Agentes + Comida escrita por Diamandis


Capítulo 4
Philinda + Daisy




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A manhã está quente, Melinda faz seu tai-chi matinal enquanto espera Phil acordar. Estar aqui se tornara algo agridoce. Ela está feliz por passarem esse tempo juntos, mas sabe que uma hora isso vai acabar.

— Bom dia Mel. -Melinda estava tão distraída em seus próprios pensamentos que sequer notou Phill se aproximando.

— Oi Phil. Dormiu bem? – Melinda perguntou, se concentrando nele. Ele parece mais fraco, ela percebe.

— Sim, e você? – Ele respondeu, é óbvio que ele está mentindo. Phil não tem conseguido dormir bem desde que pousaram nesse “lugar mágico”, mas novamente, Melinda finge não notar isso e sorri para ele, respondendo: Dormi bem.

XxxX

O dia passou rápido, Coulson definiu esse novo estilo de vida deles como bom, mas sedentário. E em comparação a agitação do dia a dia na SHIELD, é mesmo. Ela observava a lua enquanto esperava a comida que os dois encomendaram, chegar.

— Mel, olhe pra cá. – Ela olhou e viu Phill na mesa com duas velas acesas:

— Eu lembrei que nunca chegamos a tomar aquela garrafa, então eu comprei uma dessas sem você ver àquele dia no mercado. – Ele sorri. Ela não pode deixar de sorrir também, ele sempre é tão ‘Phil’. Ela foi apagar as luzes e sentou-se com ele. Eles tiveram um momento confortável de silêncio até que ela decidiu quebrá-lo:

— Você nunca me contou a história inteira.

— Sobre a May assustadoramente igual a você, mas em versão robô?

— Bom resumo e, sim.

— Tudo bem, contarei. – Ele começou a contar tudo, ela sentiu um pouco de culpa presente em sua voz, mas não o interrompeu momento algum. Quando ele terminou, ela disse:

— Você demorou a descobrir, estou magoada Phil. – Era óbvio que ela não estava falando sério, mas Phil se encolheu na cadeira com a culpa agora estampada em seu rosto. – Quando era mais jovem, você escondia seus sentimentos melhor. - Ela o provoca.
— Você acabou de me chamar de velho? – Ele perguntou, fingindo desentendimento.

— Talvez. – Ela falou, dando de ombros.

— Eu deveria tomar essa garrafa inteira sozinho.

— Sim, então você seria um velho bêbado. – Ela ri.

— Temos a mesma idade, Melinda. – Ele protesta.

— Nunca disse que eu era mais jovem que você, embora pareça.

— Essa doeu May, realmente. - Ele diz dramaticamente. Os dois continuaram se provocando e bebendo, até que ouviram o telefone tocar.

— Eu atendo. - Diz Melinda. Quando atende, ela ouve a voz da Daisy:

— May, nós encontramos o Fitz.

— Phil, eles encontraram o Fitz. – Logo após dizer isso, May põe a chamada em viva voz e os dois conversam com Daisy, May nota a melancolia disfarçada na voz de Daisy, então ela deixou Coulson e ela conversarem mais. Está sendo difícil para Daisy também, Coulson sempre foi como um pai para ela. May lembra que o aniversário de Daisy está próximo (daqui a uma semana) e pensa que eles poderiam fazer uma visita a ela na base. Ela começa a planejar uma surpresa para a garota e espera ela desligar para contar para Coulson, que aprova o plano.

XxxX

Os dois contaram para Mack e Elena, que prometeram avisar para o resto da equipe. Desde então Phil e Melinda tem acompanhado o andamento da surpresa para Daisy, mas uma coisa aconteceu: Dois dias antes da festa, Daisy sumiu e ninguém podia achá-la.

XxxX

Daisy estivera triste desde que conversara com Coulson e May. Ela via toda a equipe como uma família, meio disfuncional, mas uma família, entretanto, toda vez que ela olhava para Fitz ela lembrava do que ele fizera. Não foi esse Fitz, ela sabe, mesmo assim, ainda é o mesmo Fitz. E Coulson irá morrer, daqui um dia, uma semana, uma hora, ela não sabe. Daisy simplesmente não consegui ficar ali por mais tempo, todas as lembranças de lá a faziam se sentir horrível e impotente.

Ela não sabia pra onde queria ir, ela só andou por aí sem rumo, até que encontrou-se olhando para a clínica do seu pai. Pai. Difícil chamá-lo assim quando ele sequer se lembra dela. Jaiying e Cal a amaram em algum momento, no seu próprio jeito, mas mesmo assim, sua infância foi horrível desde que ela se lembra, doía-lhe ver o quão feliz Fitz ficava ao falar de seu sanduíche, ou Jemma dos morangos, pois eles têm coisas que trazem boas lembranças de sua infância, o que ela tem? Daisy não tem nada, e nunca teve.

Ela perdeu muitas pessoas que amava: Trip, seus pais, Licoln, Coulson...

— Oi, quem é você? Quer alguma coisa? – Cal se aproximou dela com um sorriso, pronto para atendê-la. Sua cliente, não sua filha.

— Ah, nada, só estava passando. – E assim Daisy se virou e foi embora.

Ela esteve assim até o dia de seu aniversário -Dia 8 de julho de 1988, como sua ‘mãe’ disse tempos atrás – mas algo a fez voltar naquela noite. Quando ela entrou viu a nova base totalmente escura.

— Gente? – Ela chamou, ela procurou um pouco, até que levou um susto:

— SURPRESA!!! – Toda a equipe estava lá, com um grande bolo de aniversário, apenas esperando por ela. Daisy sentiu lágrimas em seus olhos, mas se recusou a deixá-las caírem. Ela ficou sem ação, mas Coulson saiu do meio do time e a abraçou. Ela não pôde se conter.

— Feliz aniversário Daisy. – Ele sussurra em seu ouvido, e Daisy o abraça como se sua vida dependesse disso, como se quando ela largasse, ele sumiria.
Ela percebeu que o time estava em silêncio, então ela se virou, ainda segurando o Coulson e agradeceu a todos. Mack partiu para abraçá-la, sendo seguido por todos os outros. Até May foi puxada para o abraço. Quando o abraço acabou, Daisy olhou para todos eles e pensou: Não importa o que passamos, eu sou vou aproveitar esse momento.

— Pra quem vai ser o primeiro pedaço de bolo, Daisy? – Elena pergunta, e Daisy vai cortar o bolo e diz: - Esse é para o Ac. – Daisy percebeu que não importava o quanto sua infância tenha sido ruim, nem mesmo o que o time tem passado, ela não pode apagar os bons momentos que viveu com essas pessoas. Esse bolo será inesquecível, e esse momento, também


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