Luke olhou para o céu cheio de estrelas de fora do quarto da mulher que ele amava.

Ela ainda estava sob recuperação e felizmente seus gráficos eram bons. Ele olhou para a porta. A enfermeira trouxe suas duas garotinhas, lindas e fortes para o quarto. Se aproximando, ele pegou Antonella nos braços e riu para a pequena. Ela tinha seus olhos, mas era parecida com Penelope em todo o resto.

— Ei garotinha. – Ele traçou seu rosto adormecido. – Eu sei que sua mamãe vai adorar te conhecer.

O médico entrou e sorriu para Luke com o bebê nos braços. Ele então foi até o leito de Penelope e parou a medicação.

— O que está fazendo? – Luke entrou em modo proteção. – Por que?

— Estou tirando sua esposa da sedação. – Ele acalmou Luke. – Penelope é uma paciente briguenta. Notamos que ela tentava acordar sozinha e os últimos exames comprovaram isso.

— Tem certeza? – Luke sorriu. – Quero dizer, eu acho bom ela finalmente acordar, mas tem certeza que é a hora certa?

— Sim. – O médico piscou. – Precisamos fazer alguns exames nela, então queríamos um pouco de privacidade. Ela está segura, eu prometo.

Luke assentiu, meio receoso, mas sabia que poderia usar esse tempo e checar Abby e Spencer.

Saindo do quarto, ele olhou para a esposa dormindo. Ele fechou a porta, sentindo a perda dela.

Abby e Spencer estavam no paraíso. Andrew era um garotinho maravilhoso. Uma batida familiar a ela foi ouvida. Abrindo a porta, Gibbs entrou com um ursinho de pelúcia.

Eles não se falavam mais nos últimos tempos, mas logo depois do atentado com Abby eles voltaram a se falar, mesmo que por telefone.

Ela sorriu e sentiu que havia perdido esse olhar paternal dele. Ela havia contado a ele sobre a gravidez e sabia que ele havia sorrido, mesmo que fosse do jeito dele.

— Então você está gravida? – Gibbs perguntou pelo telefone. – Isso é... Uau.

— Eu sei. – Abby se olhou no espelho. – Eu já tinha perdido a esperança de encontrar alguém, mas Spencer ele é tão meigo e ele me ama.

— Você contou a ele? – Gibbs sabia que havia algo na voz dela. – Se ele te ama, ele não vai negar esse bebê.

— Ainda não é o momento. – Ela se sentou. – Ele e a melhor amiga foram sequestrados há uma semana. Eles foram resgatados, mas Penelope ainda está no hospital. Ela está em coma no momento.

— Conte a ele, Abbs. – Gibbs fez sua melhor voz de autoridade. – E depois faça uma visita a nós. Bishop vai ficar feliz e Timothy também.

— Vou fazer, pai. – Abby brincou. – Obrigado por me dar o conselho.

— Eu sempre vou estar aqui, Abby. – Gibbs disse, antes de desligar. – Lembre-se da promessa que eu fiz.

Ela suspirou e desligou. Ela se sentia leve.

— Oi Abbs. – Gibbs entrou e olhou para o bebê. – Meu deus, ele é lindo.

— Você veio! – Abby ficou excitada com a visita de Abby. – Estou tão feliz!

— Por que você achava que eu não viria? – Gibbs deu um olhar sério. – Uma garota que eu considero minha filha teve um bebê e você acha que eu iria perder?

—Porque você se afastou de mim depois que você voltou. – Ela fez um beicinho fofo. – Eu achei que você tivesse me esquecido.

— Eu era um idiota. – Ele olhou para Reid. – Deve ser Spencer. Meu nome é...

— Leroy Jethro Gibbs. – Spencer o interrompeu. – Líder da equipe NCIS, teve uma filha e uma esposa assassinadas por Pedro Hernandez e depois o assassinou.

Gibbs não entendeu porquê de Abby ter contado isso.

— Oh não foi Abby quem me contou. – Spencer logo adicionou. – Eu sou um profiler, pego as coisas e analiso. Você fez como o meu antigo chefe de seção que matou o assassino da esposa dele.

Outra batida na porta foi ouvida. McGee entrou no quarto, com Torres e Bishop ao lado dele.

— Soubemos que tinha uma mamãe nova aqui. – McGee brincou. – Abby, ele é tão lindo.

— Exatamente. – Torres riu. – Eu achei que seu bebê fosse uma mistura de vampiro com humano.

— Torres! – Bishop o repreendeu. – Ele é fofo, Abby. Parabéns.

— Abigail! – A voz de Ducky foi ouvida. – Deus, seu filho é maravilhoso.

— Sim Abby. – Palmer entrou com alguns brinquedos. – Breena se certificou de mandar isso a você. Ele é lindo.

— Agora acho que estamos bem. – Abby sorriu para Reid. – Obrigado por virem pessoal.

Todos ficaram ao redor de Abby e Spencer. Vance não se dispôs a vir e Jackie iria passar mais tarde.

Luke desistiu de ir para o quarto de Abby quando ele ouviu as risadas. Ela realmente não precisava dele agora.

O médico o parou quando ele entrou no corredor. Ele estava contente com os resultados.

— Ela pode acordar em algumas horas. – O médico respondeu. – Sua esposa é uma lutadora.

— Eu sei disso. – Luke entrou e se sentou. – Eu vou estar aqui quando acordar.

Duas horas depois...

Penelope se sentiu tonta ao abrir os olhos. Seu estomago parecia incrivelmente leve e ela começou a entrar em pânico. Onde estavam suas garotinhas?

A visão estava embaçada a sua frente e ela sentiu a IV na mão. Tentando ver algo, ela viu uma sinueta e ficou com medo.

— Ei. – Luke a acalmou. – Sou apenas eu.

— Onde estão meus bebês? – Penelope viu que estava em um hospital. – Onde elas estão?

— Na maternidade. – Luke explicou. – Você entrou em trabalho de parto e os pontos foram rompidos. Eles fizeram uma cesariana de emergência.

— Mas elas estão bem? – Penelope ainda procurava as filhas. – Eu preciso ver elas.

— Vou pedir a uma enfermeira que te traga. -  Luke a acalmou. – Só um minuto.

Ele beijou a testa de Penelope e a viu relaxar. Saindo para o corredor, ele gritou para uma das enfermeiras.

— Você pode encontrar o doutor Johnson? – Luke a viu acenar. – E traga as filhas dela. Ela está agitada e com medo.

— Vou providenciar. – Ela sorriu. – Diga a ela para se acalmar.

Penelope procurava pelos óculos na mesa ao lado da cama quando sentiu Luke alcançar para ela.

— Obrigado. – A visão melhor depois que ela colocou os óculos. – Há quanto tempo estou dormindo?

— Dois dias. – Luke a tranquilizou. – Tanto você e Abby precisaram ficar mais tempo. Abby está indo para casa com seu bebê nos braços.

— Eu posso ver? – Pen deu seus olhos de cachorrinhos. – Por favor.

— Claro que pode, Grace. – Abby apareceu com o bebê na porta dela. – Deus, Penelope Alvez. Se nos der esse susto de novo, eu vou ficar muito chateada.

Penelope sorriu. Ela sabia que era apenas brincadeira. Seus olhos fitaram o bebê nos braços da amiga.

— Pen. – Ela se sentou perto da amiga. – Esse menino bonito é o Andrew.

— Ele é lindo, Abby. – Penelope sorriu. – Você já viu as minhas filhas?

— Sim. – Abby sorriu. – Fique sabendo que Luke deu nomes para as duas enquanto você dormia. Ziva e Antonella.

— Eu iria querer esses também. – Pen olhou o marido com amor. – Podemos deixar eles?

— Claro que podemos. – Luke beijou Penelope. – Falando nelas...

A enfermeira apareceu com as duas meninas. Os olhos de Penelope se encheram de lágrimas. Elas eram tão perfeitas, assim como Andrew.

— Podemos sempre fazer uma festa tripla. – Spencer riu. – Afinal as chances das duas terem filhos no mesmo dia é algo que nem eu consigo pensar.

— Essa é a Ziva. – Luke passou a bebe. – E aquela é Antonella.

— Eu sou uma mulher feliz agora. – Pen viu toda a equipe se reunir com eles. – Nós somos felizes agora.

Todos sorriram. A sensação de que tudo parecia estar bem era para ser comemorado.