Time is running out but

O tempo está acabando

You need to do me right so

Você precisa fazer direito comigo

You better wake up

É melhor se tocar

 

(flashback on)

Estavam os dois na banheira de hidromassagem, tomando champanhe e comendo chocolate, algo que ela adorava fazer, mesmo que ninguém a acompanhasse. Hayden tinha manias estranhas, na verdade, era toda esquisita. Gostava de ouvir músicas bregas, assistir novelas mexicanas, pintar as unhas de caramelo. Tinha uma voz de taquara rachada, embora também tivesse mania de falar alto e grosso em sala de aula. Seus alunos de francês mal se aproximavam, tamanha a esquisitice daquela brasileira: “Ela parece uma alienígena com esse visual!”, diziam os pequeninos ingleses. Mas seus tempos de cabelo de vassoura e cd’s de Reginaldo Rossi estavam por findar-se, graças à chegada daquele mexicano fabuloso em sua vida.

Entre uma taça de champanhe e outra, sorrisos e juras de felicidade eterna, embora as três palavras mágicas não se unissem aos lábios perfeitos do moreno fatal, Hayden olhava os belíssimos olhos castanhos, imaginando o futuro a seu lado.

(flashback off)

 

-Era tão bom quando estávamos bem. Era tão intenso. Hoje sinto falta de ser o patinho feio sabia?!

-Ahhh, o que é que é isso bi? Fala sério, o Raff te ama! Ele não fala, não demonstra, não manifesta, mas ele te ama, tenho certeza! E sem essa de patinho feio, que como loira fatal e gostosa, você é muito melhor!

 

-Poxa Di, você é um amigo e tanto!

-Ahhh, minha gata garota favorita!

 

Estavam os dois abraçados em um banco de praça, na cidade de Curitiba. Havia 6 anos que Hayden voltara da Inglaterra, agora a professorinha tinha resolvido montar sua própria escola de francês, algo com que sempre sonhou. Ela e seu amigo bissexual Di Aguilera estavam conversando sobre o abalo cósmico no relacionamento de Hayden e Raff Duran, o mexicano perfeito.

 

Di era do tipo extravasado total, tinha um caso com um pedreiro que morava perto de sua casa, na cidade metropolitana de Colombo. O tal pedreiro escondia seu lado B, mas Di não fazia a menor questão. Era amigo de Hayden a pelo menos 15 anos. “Sou um cara decidido, lindo, maravilhoso e com mais de 20 anos. O que eu tenho a perder mostrando para o mundo minha bissexualidade?”, era mais ou menos assim que Di vivia, com a certeza suprema de que se tratava de uma pessoa bem resolvida. Isso, de certa forma, dava a Hayden maior confiança, principalmente em momentos difíceis como o que estava vivendo com Raff, seu grande amor.

 

-Mas Di, ele nunca disse que me ama, mesmo depois de tantos anos de namoro sério, o Raff não fala, não desabafa. Parece preso, parece até distante demais de mim – ela falava fazendo gestos gigantescos, chamando atenção de quem passava na rua. Seu tom de voz ia aumentando.

 

-Fala baixo criatura, será que as consultas no fonoaudiologista não resultam em nada! Que saco, chama mais atenção que a bicha aqui! – Di falou irritado com o jeito de Hayden, ela havia melhorado muito sua fala, mas quando estava nervosa se excedia – Olha, pelo que eu sei do seu bofe, acho que ele está querendo um tempinho.

 

 

Pronto, o mundo desabava diante da loira. Hayden não queria tempinho, não precisava de tempinho, ela queria ação! Queria que o namorado lhe enviasse flores, chocolates; que lhe surpreendesse com um anel de noivado, qualquer coisa assim, romântica. Qualquer um desses atos que os namorados fazem, mas ele não era assim.

 

Raff Duran era fotografo, tinha uma vida badalada e conheceu Hayden na Inglaterra por felicidade do destino. Ele nunca havia falado absolutamente nada a ela, desde seus sentimentos até tudo o que passava em seu coração; e fazia isso, de se trancar em si mesmo, por puro medo e insegurança. A única pessoa com quem Raff se confessava era seu melhor amigo e irmão gêmeo, Juan. Os dois passavam a noite conversando e jogando vídeo game, talvez fosse à distração com Super Mário World que deixava Raff despreocupado para falar sobre a namorada, mas fora esses momentos, ele não abria a boca.

 

 

-Hermano, yo no sei como a Hayden está con usted até hoy, sério. Ella não tem nada a ver contigo cara.

-Você sempre me pilhando né Juan? Esquece a Hayden meu, a gente está bem.

-Bien? Bien Raff? Como? Diga-me como? Usted no da à menor moral pra ella. Mujeres querem mucho mas que presença física hermano, acredite em seu brother!

 

Desde aquelas palavras de seu irmão, Raff estava pensativo. Realmente, nunca havia dado presentes para Hayden, nem dito que a amava. Seria crueldade sua? Seria ele um monstro? Não sabia, mas nessas horas o melhor era relaxar, então resolveu ir até a banca de jornal.

 

-Oi, por favor, um cigarro solto – havia anos que não fumava, porque essa recaída agora Raff? – e me da um exemplar da Playboy também – a capa era Giovanna Ewbank e vinha com o título: A nova namoradinha do Brasil. Ele viu certa semelhança entre a mulher e sua namorada, seria interessante comparar mais tarde – quanto é tudo?

 

Quando voltou para a casa, no Jardim Social, resolveu inovar, fazer algo que jamais havia feito. Então pegou o celular e ligou para a casa da namorada. Ele sabia que ela não estaria, por ser a Noite das Garotas, em que ela e suas amigas de infância, incluindo Di, falavam e comiam besteiras. Realmente, aquela mulher não tinha nada a ver com ele, mas ele a amava e sabia disso, só não sabia como dizer. Discou os dígitos e olhou para a tela do celular, estava exitando, não sabia direito o que dizer, apenas uma ideia em mente. Ouvia algumas músicas na internet, mas elas não faziam sentido.

 

- Querida Hayden, quero te dizer, bem, é que No hay bella melodia en que no surjas tu ni yo quiero escucharla si no la escuchas tu. Besos

Escolheu uma letra de canção para deixar um recado de amor, parecia mais fácil assim, então selecionou outra canção e outra, foi anotando, enquanto comia umas fatias de melancia, sua fruta favorita. Ele não gostava de jantar, preferia comer uma fruta à noite. Pronto, já havia feito um levantamento das músicas que recitaria ao telefone, deixando gravados os recados na secretária da namorada.

 

Enquanto isso, na casa de Raysa, a best friend de Hayden, três garotas e um bi falavam sobre as tendências da moda, entornando bebidas alcoólicas da melhor qualidade, ora falando em português, ora em francês e até em espanhol. Quando, de repente, Di olhou para o rosto de Hayden, sentada ao lado de Lenah, a amiga não parecia estar bem.

 

 

-O que foi bi?

-Nada não – abriu um sorriso murcho.

-Fala cachorra safada – Lenah fez cócegas na amiga, que depois de rir levantou do carpe e se sentou na cama cabisbaixa.

 

-Não sei gente, é que o Raff e eu estamos passando por um momento ruim e o dia dos namorados é amanhã, sabe. Eu até comprei um Xbox pra ele que à noite não desgruda daquele Play3, mas acho que vai ser como todos os anos: banhos de banheira, champanhe, chocolate, tudo arrumado por mim, feito por mim, para ele. – enquanto ela falava, sua voz tinha oscilações entre o grave SUPER grave e o roco SUPER pata choca, efeito que a bebida lhe causava. Raysa olhando aquilo, não se aguentava de rir, Di deu um tapa no braço da amiga para que parasse de tirar sarro, ela respondeu com um “ai ai”, levando a mão ao braço atingido.

-Então é isso pequena? Relaxa, vocês sempre saem por cima – Lenah disse abraçando a amiga e sentando-se a seu lado. Raysa por sua vez parecia ter tido uma ideia genal.

-Já sei!

 

-Lá vem bomba, ai minha nossa santinha dos porpurinados, não deixa essa banzé falar besteira.

Parecia ser tarde, Raysa contava da ideia para as amigas no apartamento do Bacacheri, enquanto na casa do Jardim Social o mexicano gravava os últimos recados selecionados.

 

- Hoy me siento libre estamos unidos por amor hoy todo ha cambiado creo mas en ti. Besos coracón.

-Hayden, carino, soy yo una vez más, quero finalizar minha expressão de amor por ti, demonstrando nessa frase final o quanto importa em meu coração. Um dia eu te conheci e nesse dia Deus me mostrou o sentido da vida. Se eu nunca te disse, se eu nunca mostrei é porque o mundo não criou palavras suficientes. Sei que passamos um momento difícil mas, Después de la tormenta siempre llega la calma, Pero, sé que después de ti, Después de ti no hay nada, era isso amor. Depois de você não há nada. Eu te amo. São 00:00, Feliz dia dos namorados.

 

Juan estava completamente abismado com aquela cena. Antes de entrar no quarto, estava se arrumando para uma festa dos solteiros a qual havia sido convidado e ainda antes disso, escrevendo uma carta declarando seu amor. Para Juan, a baboseira de amor era infinitamente ridícula e resolveu deixar a carta de lado, sair para a balada. Pensava em avisar Raff quando se deparou com aquela cena do telefone, os pedaços de melancia, o computador aberto em Letras de canção. Foi um choque.

 

-Que grande idiota você é Raff, fica dando valor a essa mulher desesperadamente. Para com isso! – ficou tão bravo em ver a situação de total entrega do irmão que seu sotaque se perdeu. Raff virou o rosto, estava chorando emocionado, resolveu não responder.

 

No ap. de Raysa, as meninas se arrumavam.

-Eu não acho uma boa ideia – disse Lenah com cara enfunada.

-Por que você é uma songa monga! Não quer ir meu bem? FICA! – Di deu uma almofadada na cara de Lenah.

-Gente, será que eu não vou me arrepender? – Hayden dizia mal podendo se equilibrar no salto que estava colocando.

 

 

A ideia estupenda de Raysa era simples: Dia dos Namorados, Noite dos Solteiros. Ela queria levar todo mundo para uma festa que ia rolar em uma danceteria, aliás, no início não pretendia ir e quebrar a Noite das Garotas, mas vendo o rostinho de Hayden e sabendo que a loira adorava festas, resolveu convidar.

 

-Escuta amor, você é de maior e vacinada, se seu namorado não te dá valor, mostre para ele que tem MUITOS homens por aí afim!

-Di, não é bem essa a ideia principal ein! Não fuja do foco. – Raysa disse espantada com a fala do amigo – a questão é que você precisa fazê-lo abrir os olhos Hayden! Ele tem que levar um “acorda meu filho” para saber que, embora você ame ele, não está ao alcance único e exclusivo do macho-men! – elas apelidaram Raff de macho-men, pela relação com a origem mexicana.

 

 

-Tudo bem. Eu já tinha pensado nisso mesmo, só não tinha coragem. Hoje a noite será nossa amores! – elas uniram as mãos, com exceção de Lenah, que ficou emburrada sentada na cama.

-Não vai mesmo flor?

-Nem pensar, prefiro ficar longe dessa fria. O Raff é meu amigo, tanto quanto você. Eu amo o casal e vou ser madrinha quando casarem, não pretendo pactuar com...

 

-Chega de baboseira, estamos indo, não nos espere gata!

Saíram semi-bêbadas em direção ao ponto de taxi, rumo a tal festa. Sem dúvidas Hayden arrasaria com aquele vestido preto perfeito em seu corpo.

 

Raff já havia se recuperado do pós-declaração. Não achava que era muito legal fazer aquilo por telefone, mas já era difícil daquele jeito, imagine de outro! Foi ao quarto do irmão pegar o lep top emprestado, pois o dele estava com problemas, como sempre. Na parede havia pôsteres de bandas, fotos de amigos e família, um ou dois quadros e uma medalha pendurada. Era a medalha do time de Handebol, do qual os dois irmãos fizeram parte, Raff lembrou que considerava o irmão gêmeo muito malvado quando eram pequenos, principalmente por ele se sobressair em tudo, até nas coisas mais patéticas. Raff amava muito Juan e abriu um sorriso largo, lembrando das emoções e conquistas que tiveram juntos. Seu olhar desviou em um ponto e depois de alguns segundos uma inevitável curiosidade lhe veio em à tona.  O que haveria naqueles papéis em cima da escrivaninha?

 

 

Não sei como escrever isso, literalmente. Meu português não é lá perfeito, minha sorte é ser ajudado por uma amiga fake na internet. Bem, eu não tenho muita intimidade com você, mas penso que posso chamá-lo de Di, não é? Bem Di, eu descobri algo em mim, olhando para você. Reparando em como você é uma pessoa maravilhosa e extremamente distinta das demais. Você tem força e isso me deixa muito incomodado. É um incomodo bom, ou ruim, ainda não sei. Só preciso dizer, nesse dia dos namorados que sou gay e amo você.

 Ass: Juan Duran

 

O coração de Raff saiu pela boca. Ele mal podia acreditar naquilo. Seu melhor amigo, seu irmão, seu companheiro de vida, era gay! Ele que sempre lhe dava lição de moral em como conquistar as garotas. Ele, que sem dúvidas, embora a semelhança era muito mais interessante. Como assim, gay? Como assim, ama o Di? O DI, ELE AMA O DI AGUILERA, O BI AMIGO, NÃO MELHOR AMIGO, DA HAYDEN! Sua consciência levou um soco muito grande. Precisava respirar, precisava fazer alguma coisa. Ligou no celular da namorada e nada. Ligou no celular do irmão e nada. Ligou para o ap. de Raysa.

 

-Oi – uma voz sonolenta atendeu, o relógio marcava 1:30 am

-Lenah? Aqui é Raff – Lenah engoliu a seco aquele nome, ficou tremula.

-Ra... Ra... Raff?

-É, Raff o namorado da Hayden. A você sabe quem, sua bobinha. Tudo bem aí?

 

-Tu-tudo Raff! – ela fingiu estar feliz, estava desesperada. Procurou ao redor o celular, pensando em alertar aos três fujões, seria inútil estavam bêbados, desistiu – como é que vai? O que conta de bom?

-Olha eu não sei se é bom, mas a Hayden ta aí?

-Como assim aqui, ta, aqui, a Hayden... é, sim, claro que está aqui, aqui, está, claro. Por que ela não estaria aqui? Haha, claro.

 

-Lenah você ta bem?

-Olha eu não sei mentir pra você, vem pra cá agora.

Quando Raff chegou lá, super preocupado, sem saber o que havia acontecido, porque Lenah não deu mais informações, olhou ao redor procurando à namorada e imaginou o pior, sem pensar que o pior estava por vir. Lenah perguntou por que ele estava procurando Hayden e ele disse automaticamente, olhando ao redor procurando por Hayden, preocupadíssimo. Lenah recebeu a notícia de Juan ser gay como um tiro no peito, parecia que isso era impossível.

 

 

-Ta eu sei é tenso, mas cadê a Hayden?

A pior hora era receber essa notícia. Raff ouviu atento. Lenah tentou ser cuidadosa, mas a raiva explodiu nos olhos dele que ficou descomposto, com gestos bravos e muito tenso.

 

-Me diz aonde é essa boate – Lenah ficou com medo.

-Eu não sei.

-Me diz aonde é essa boate Lenah Muller.

-Raff, eu juro que eu não sei.

-Pois então descobre, porque estamos indo pra lá agora.

-O quê? Não! Não vou com você atrás da Hayden, ela vai me matar. Ela vai me matar de qualquer jeito, mas ela vai...

-LENAH EU NÃO ESTOU BRINCANDO, AONDE É ESSA BOATE? – ele chacoalhava ela, muito bravo.

 

-Tudo bem vamos até lá, mas eu dirijo. Antes uma semi-bebada do que um kamikaze.

 

Hayden estava dançando todas as músicas possíveis. Sua vontade de trair Raff estava saltando, ela mal podia se conter. Às vezes pensava em quanto aquele homem havia mudado ela, o quanto havia mudado a vida dela. Antes um patinho feio e agora uma das mulheres mais lindas que qualquer um de seus amigos havia visto. Seus cabelos loiros gigantescos e ondulados, seus olhos azuis, seu corpo esculpido, seu bom gosto, sua delicadeza, suas expressões, ela radiava aquela beleza e devia tudo ao Raff, o fotógrafo que lhe ofereceu um sorvete em Londres. Mas essas lembranças eram afogadas com goles e mais goles de tequila, embora a tequila também o lembrasse. Mas o que era aquilo agora? Parecia que ela o via, que engraçado ficar bêbada, ela soltava risadas e dançava eufórica. Espera aí, aquele não era o Raff, era o...

 

-Juan?

-Hayden?

-O que você está fazendo aqui?

 

-Yo soy que te pergunto. Deixei mi hermano em casa elle no pode ter... – parou pra pensar olhando desconfiado - NOOOO! USTED ESTÁ ENGANANDO MI HERMANO? HAHAHAHA

Juan não se conteve na risada, era completamente exagerada. Raysa e Di que viram o elemento conhecido se aproximar correram para perto da amiga.

-BOOOOOOFE! – Di disse correndo até Juan – você aqui? Ui, que delícia – deu uma piscadela.

 

-Hola Di – ele disse meio tímido – Hola Raysa – disse dando um beijo.

-Nos descobriram Hayden, que droga. – Raysa disse com cara de quem tinha sido pega em um momento nada agradável.

-Si, yo peguei ustedes e mi hermano no vai gostar nada, nada de eso.

- Juan, eu posso explicar eu...

-Shii... – ele disse chegando perto da cunhada e encostando o indicador em seus lábios – relax baby, today the single’s night, ok?

 

Eles riram e se jogaram na dança, Juan não falaria nada ao irmão, faria como se não tivesse visto ninguém. Raff e Lenah estavam chegando.

-Tem certeza que quer ir lá? Que tal falar com ela amanhã?

-Amanhã eu vou terminar com ela, hoje eu preciso ver com meus próprios olhos a trairagem da sua amiguinha.

 

-Raff, também não é bem assim né? Ela estava se sentindo perdida, você é um insensível.

-Insensível eu Lenah? EU? Ah, corta essa. Hoje eu fiz uma declaração de amor na secretária eletrônica dela que esgotou os recados. – Lenah arregalou os olhos incrédulos.

 

-Sério?

-Por que eu ia mentir? – ele olhou sarcástico.

-Bem, - ela não sabia o que pensar – então acho que as coisas estão péssimas por aqui. Chegamos.

-Preciso encontrá-la!

 

 

Lenah mal estacionou Raff saiu correndo. Entrou na boate e olhou para todos os lados, estava muito agitado, prestes a chorar, prestes a matar quem quer que fosse que estivesse ao lado de Hayden. Juan estava sentado no bar, quando Lenah o avistou. Ela resolveu despistar Raff dizendo que os dois se separassem, ele sacou que ela queria ter mais tempo para avisar à amiga e fingiu que iria pelo outro lado, mas deu um jeito de segui-la.

 

-Juan!

-Lenah? Hola princesinha – deu um beijo na morena – hoy estoy a encontrar las amigas de Hayden mesmo. Tudo bem?

-Tudo péssimo, cadê a Hayden?

-O que há?

Enquanto ele se levantava do banco e segurava os braços de Lenah, que parecia aflita, Raff chegou.

-Eu, Hermano. –Raff disse com ironia.

-Oh my God! Raff?

 

-Espantado? Aposto a alma, como você está envolvido nisso aqui. Todo aquele sermão e vem pra cá com a minha namorada Juan? No dia dos namorados! – ele estava prestes a dar um murro na cara do outro, mas parou de ímpeto, quando ouviu a voz da namorada em um microfone. Ela cantava Wake up call, com um vestido mini, rebolando e apontando para ele, que tinha os holofotes em seu rosto, quase o segando.

woo ooh oooh (tradução)
woo ooh oooh

You don't buy me flowers
You don't buy me drinks
You don't drive me anywhere
but totally insane
We used to talk for hours
until the night was through
but recently your ego
is going through the roof

Maybe you need a wake up call
Cos' you're too comfortable
You think because you bagged me
You don't have to work at all

It seems like I gotta do wrong
to get your attention
but maybe when I call this man up
you'll finally start to wake up

I think I'm gonna have to cheat
to keep your eyes on me
but maybe if I make you jealous
you'll finally start to wake up

This is your wake up call
this is your wake up call
so wake up
wake up
you better wake up

You're under-estimating
the kinda chick I am
cos' I don't have a problem
finding someone else
I'll put my little black dress on
and go out to the clubs
And you won't know whats goin' on
'till tomorrow when your boys tell you
I was dancing with someone

Maybe you need a wake up call
you're way too comfortable
You think because you bagged me you
don't have to work at all

It seems like I gotta do wrong
to get your attention
but maybe when I call this man up
you'll finally start to wake up

I think I'm gonna have to cheat
to keep your eyes on me
but maybe if I make you jealous
you'll finally start to wake up

This is your wake up call
this is your wake up call
so wake up
wake up
you better wake up

You're taking me for granted
Boy you're really slacking
If I see somebody I like I'ma have to grab 'em
Time is running out but
you need to do me right so
I'ma get mine back
You better wake up

It seems like I gotta do wrong
to get your attention
but maybe when I call this man up
you'll finally start to wake up

I think I'm gonna have to cheat
to keep your eyes on me
but maybe if I make you jealous
you'll finally start to wake up

This is your wake up call
this is your wake up call
so wake up (seems like I got it all wrong)
wake up
you better wake up

This is your wake up call
this is your wake up call
so wake up
wake up
you better wake up