Monstro escrita por ColibriMoriarty


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindos ao mais novo episódio de: Dramas Adolescentes de um mutante, estrelado por: Rex Salazar!



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Um barulho insistente infiltrou em seus sonhos, fazendo com que acordasse. Rex soltou um resmungo enquanto que se revirava na cama, incomodado por ter sido desperto. O rapaz estendeu seu braço e agarrou o telefone celular que estava no chão, do lado de sua cama. Uma foto de Noah com um enorme pedaço de pizza caindo de sua boca e seu rosto inteiro lambuzado por queijo aparecia no visor, logo abaixo, havia uma mensagem escrita: “Recebendo chamada de Noah”.

— Alô? – Murmurou Rex após deslizar o dedo pela tela, aceitando a ligação.

“Que voz é essa?” Questionou o loiro do outro lado da linha.

— A voz de quem foi acordado às seis da manhã por uma ligação. – Retrucou Rex com um bocejo.

“Cara, são sete horas aqui em Phoenix, acho que devem ser umas dez por aí.”. Contestou Noah, pensando em alguma piadinha para fazer sobre aquilo. “Tipo, são quase quatro horas de diferença e tal...”.

— Espera, o quê? – Rex checou o horário em seu telefone, o loiro estava falando a verdade, eram quase dez horas da manhã no horário local. O rapaz ficou mudo diante da descoberta, normalmente ele acordava antes das oito para caçar algum E.V.O que estivesse causando problemas ou para treinar com Seis. – Por que ninguém me acordou? – Murmurou mais para si mesmo, do que para Noah.

“Vejo que a Bela Adormecida está de mau humor, posso ligar mais tarde se preferir.” Comentou ele, estudando um grupo de garotos sonolentos arrastar algumas mochilas para o ônibus. Um deles não prendeu sua bagagem direito, e todas as malas desabaram sobre os pobres coitados. Noah conteve o riso.

— Não, não precisa. – Respondeu, sentando-se na cama com uma careta, estava moído. – Desculpa.

“O mundo vai acabar! O grande Rex acabou de se desculpar?!! Corram para as colinas!!” Zombou Noah do outro lado da linha, desandando em gargalhadas.

— Quanta maturidade. – Retorquiu Rex, ele teria respondido de outra forma caso estivessem conversando cara a cara, provavelmente teria dado a língua para o amigo. – Mas por que está me ligando? Pensei que a srta. Dodds não admitia celulares ou qualquer outro tipo de tecnologia em sua excursão. – Provocou, risonho.

“Aquela gárgula velha?!” Troçou Noah. “Ela está ocupada demais tentando seguir o roteiro sem atrasos.”.

— Falando nisso, para onde vocês vão agora? – Questionou-lhe. Rex invejava um pouco o amigo. Noah não precisava ficar correndo atrás de mutantes o tempo todo e ainda podia ir e vir a vontade, diferentemente dele.

“Deveríamos ir ao Grand Canyon hoje, porém alguns alunos dormiram demais e atrasaram as coisas um pouco.” Reportou, observando a professora repreender os garotos que haviam derrubado as bagagens, aos gritos. “Você deveria estar aqui para ver, ela está maluca. Apostei dez pratas com o Jhonatan que ela vai ter um ataque cardíaco antes do jantar.” Riu, então ele decidiu mudar de assunto enquanto assistia os garotos ajuntarem seus pertences do chão. “Como estão as coisas por aí? Apanhando muito de pombos mutantes?” Troçou.

— Eram mais de vinte e cinco pombos do tamanho de utilitários! – Retorquiu Rex, injuriado, lembrando-se de quando lutara com os E.V.O's no início da semana. Fora humilhante. As aves ainda conseguiram fugir, deixando Rex e Seis cobertos de penas e de, bem, cocô. – De qualquer forma, houve um aumento de atividade E.V.O essa semana. Segunda-feira foram os pombos; Terça-feira um enorme peixe mutante ameaçou romper uma barragem; Quarta-feira um cavalo desenvolveu um par extra de patas, duas asas e ainda desistiu de ser vegetariano, quase comendo seus instrutores; Quinta-feira uma aranha gigante obstruiu os túneis do metrô com suas teias, e ontem, sexta-feira, um sushi gigante atacou o centro de Manhattan. – Contou, sentindo-se cansado apenas de lembrar de tudo.

“Caramba.” Comentou Noah. “Que loucura!”

— Nem me fale. – Disse Rex com um suspiro. – O Branco está querendo me matar pelo desastre que as últimas missões têm sido.

“Mas o Branco é assim mesmo.” O loiro começou a fazer uma voz engraçada do outro lado da linha, na tentativa de imitar o timbre do Cavaleiro. “Eu sou o Cavaleiro Branco, beijem meus pés, seus inúteis. Eu sou incrível com essa minha pele branca como leite, chame-me de Branca de Neve a partir de agora, por favor...” A imitação fez com que Rex desabasse em risadas, as quais foram acompanhadas por Noah do outro lado da ligação.

De súbito, uma voz feminina e esganiçada gritou através da linha: “Senhor Nixon! Isso é um celular?!”. Rex fez uma careta em solidariedade enquanto ouvia o amigo gemer pela chamada de atenção.

“É só uma calculadora, srta. Dodds!” O rapaz pôde ouvir o loiro gritar com o telefone longe do rosto. “Tenho que ir, Rex.”.

— Melhor desligar mesmo, vai que ela decida arrancar seus olhos com as garras dela. – Brincou Rex, divertido. – Ah, e traga-me uma lembrancinha!

“Pode deixar, vou trazer uma pedra do Grand Canyon para jogar nesse seu cabeção!” Prometeu Noah, e desligou. Rex ainda ficou alguns segundos encarando seu próprio reflexo na tela até decidir se levantar e trocar de roupa.

~X~

— Seis! – Chamou o rapaz ao entrar na sala de controle do QG. O homem engomado estava conversando com alguns outros agentes, porém se virou ao ouvir seu codinome ser chamado. Os outros funcionários dispersaram-se enquanto que Seis, pacientemente, aguardava Rex se aproximar com um andar apressado.

— Vejo que você finalmente acordou. – Limitou-se a comentar.

— Por que você não me chamou? Houve alguma atividade E.V.O? Uma base da Providência está sendo atacada? Preciso tirar algum gato de uma árvore?! – Questionou o rapaz sem fazer uma pausa sequer entre as perguntas.

— Respire, Rex. – Aconselhou Seis. – Não está acontecendo nada. Não recebemos nenhum reporte sobre ataques E.V.O, muito menos sobre algum felino preso em uma árvore. – Respondeu ele, deixando o garoto perplexo. – Está sendo uma manhã realmente muito calma em comparação aos dias anteriores.

— E, por causa disso, você decidiu não me acordar? – Retorquiu o rapaz.

— Na verdade, isso foram ordens da doutora Holly. Além do mais, eu não sou sua babá para ficar te acordando. Você tem um despertador para exercer essa função. – Retrucou Seis. Um agente fez sinal para ele, e o homem foi em sua direção para checar algumas informações que ele apontava em um monitor.

— Como assim “foram ordens da doutora Holly”? – Questionou-lhe o rapaz, seguindo-o. Seis o ignorou enquanto que falava algo para o agente, que assentiu, digitando no teclado. – Seis! – Chamou Rex, aborrecido, cruzando seus braços. Ele odiava ser desprezado, principalmente pelo homem de terno.

— A doutora Holly acha que você estava precisando de uma folga. – Contou, sem desviar sua atenção do monitor, onde linhas e mais linhas de texto corriam.

— Folga? Eu não preciso de uma folga! Eu sou a única pessoa aqui que pode combater, de igual para igual, os mutantes lá fora! Eu não posso ter uma folga!– Exclamou, apontando para a janela com um gesto amplo. Seis e o agente com o qual ele estava conversando, apenas se voltaram e o observaram em silêncio, assim como todos os outros ao redor, visto que Rex não havia dito aquilo de forma baixa. O rapaz sentiu-se esmorecer por dentro devido a atenção extra indesejada que havia conseguido. Seis respirou fundo.

— Rex. – Disse, caminhando até ele. – Você ganhou a oportunidade de um dia livre para fazer o que quiser, desde que isso não seja aqui, atrapalhando, enquanto trabalhamos. – Comentou. O rapaz percebeu os olhares incomodados que alguns agentes lhe lançavam, com sua visão periférica. – Vou me arrepender de dizer isto, mas, por que você não pega o Haha e vai se divertir? – Sugeriu ele.

— O agente Haha pegou seu jato está manhã e partiu para a América do Sul, senhor. – Avisou um agente próximo. Seis inspirou profundamente enquanto que batia em seu próprio rosto.

— Por que não estou surpreso? – Murmurou para si mesmo. – Certo, Rex, é seu dia de folga, tente, sabe... Relaxar? – Aquilo soara mais como uma pergunta indecisa do que uma sugestão. – Saia para comer um hambúrguer ou para praticar vôo lá fora. Faça alguma coisa que não tenha ligação com a Providência. – Recomendou ele, voltando-se para o agente novamente.

— Mas sozinho não tem graça... – Murmurou Rex para si mesmo enquanto dava as costas.

— Ah, e Rex! – Chamou Seis antes que o rapaz deixasse o local. – A doutora Holly queria te dar algumas vacinas!

A porta de metal se fechou atrás de si com seu estalido habitual. Finalmente havia conseguido um dia livre, porém ele não se sentia inclinado a aproveitá-lo. Era tão estranho receber tal privilégio, que Rex se sentia um pássaro que recém aprendera a voar, não sabendo o que fazer a seguir com sua recém adquirida liberdade. O rapaz suspirou, sem Noah e Haha por ali, como iria se divertir? Sair para farrear era mais revigorante quando em companhia...

Rex puxou seu telefone do bolso, desbloqueou a tela e enviou uma mensagem para Noah questionando quanto ao curso de sua viagem escolar, entretanto, seu amigo sequer recebeu a mensagem, talvez estivessem em um local sem área ou a srta. Dodds tenha confiscado o celular do loiro. Decepcionado, ele voltou a guardar o aparelho em sua calça, afundando suas mãos nos bolsos de seu casaco rubro logo em seguida.

— Acho que terei que encarar essas vacinas muito antes do que desejava...

~X~

A mulher estava fazendo alguns ajustes com uma solda em algo que parecia ser uma placa mãe. Centrada em seu trabalho, ela não notou quando a porta do laboratório se abriu, muito menos quando Rex adentrou o recinto em silêncio. Decidindo por não incomodá-la, o rapaz desviou sua atenção para um conhecido focinho rosa que despontava entre as barras de uma gaiola próxima. O fantasma de um sorriso ameaçou lhe curvar os lábios enquanto que se aproximava, e afagava o nariz trêmulo do roedor com a ponta de seu dedo indicador. O ratinho pareceu contente com o carinho e atenção recebidos.

— Ah, Rex! – Exclamou a doutora quando apoiou o bico de solda na mesa e apercebeu-se de sua presença. – Eu não tinha te visto, desculpe. – Comentou, retirando os óculos especiais que usava para que as faíscas que o equipamento soltava não lhe machucassem os olhos. – Vejo que você realmente se deu bem com ela. – Notou, com um sorriso de satisfação, enquanto se levantava da cadeira onde havia estado sentada anteriormente. – Fico feliz por isso.

— Digamos que eu prefiro ela desse tamanho e não roendo minhas mãos. – Respondeu o rapaz, o rato perdeu o interesse nele e fugiu para se esconder em um canto da gaiola. – O Seis me disse que a senhora queria aplicar algumas vacinas em mim hoje. – Comentou casualmente.

— Ah, sim. Porém não são vacinas, eu gostaria de fazer alguns exames antes que você volte a ativa. – Esclareceu a doutora, dando um tapinha em uma maca. Rex começou a retirar seu casaco enquanto que se aproximava de Holly.

— Então é por isso que recebi o dia de folga. – Murmurou, finalmente compreendendo.

— Sim e não. Veja bem, esse exame é para confirmar algumas suspeitas minhas quanto a seus nanites... – Começou a dizer, porém o rapaz lhe cortou.

— Meus nanites? Há algo de errado com eles, doutora? – Questionou, preocupando-se. 

— Não, não há nada de errado com eles. – Holly tratou de tranquilizá-lo. – Porém, nada diz o contrário. – Ela fez uma pausa enquanto assistia o rapaz subir na maca e se sentar nela. A doutora apanhou um estetoscópio de uma gaveta, vestiu-o e se pós a examinar os batimentos cardíacos de Rex. – Veja bem, você pode me dizer se está tendo dificuldade em criar seus constructos? – Questionou, ouvindo atentamente o pulsar do coração dele.

— Não... Eu acho que não. – Disse o rapaz, soando levemente incerto.

— Respire fundo, por favor. – Pediu Holly, e ele obedeceu. Ela se afastou dele para apanhar uma prancheta e anotou algumas coisas lá com uma caneta que retirou do bolso de seu jaleco. – Batimentos cardíacos estáveis... Certo, quanto tempo demora para que eles sejam construídos? – Indagou, enquanto que media a pressão do rapaz com um aparelho que retirara de uma bancada próxima.

— Eu não sei... Alguns milésimos de segundo, uns dois segundos... ? – Disse, observando a expressão não satisfeita de Holly enquanto que ela rabiscava algo no papel. – Por que está me questionando tudo isso? Há algo de errado comigo ou com meus nanites? – Questionou olhando para si mesmo, o rapaz não se sentia doente. Bom, não conseguia se amentar corretamente se já havia estado acamado antes graças a sua amnésia. Todavia, ele saberia se tivesse algo de errado consigo, certo?

— Rex, já disse que não há nada de errado com você, muito menos com seus nanites. – Frisou a doutora. – Acalme-se e estenda seu braço para que eu possa coletar uma amostra de seu sangue. – Ela tratou de apanhar uma seringa de uma gaveta enquanto que o rapaz a obedecia. Rex soltou um resmungo incomodado quando sentiu a agulha lhe perfurar a pele, porém o procedimento fora rápido e quase indolor. Quando Holly terminou a coleta, ela rapidamente se dirigiu a um computador onde, apanhando uma lâmina, colocou um pouco do sangue de Rex para análise e ligou o aparato. O aparelho ganhou vida, e várias informações começaram a ser disponibilizadas em tempo real em um monitor acoplado. – Quando foi a última vez que você comeu? – Questionou sem desviar sua atenção dos dados.

— Desde ontem a noite, por quê? – Indagou o rapaz entretido em ver o ratinho, do outro lado do laboratório, correr em uma rodinha.

— Sua glicemia está baixa, precisa comer algo ou ficará zonzo. – Aconselhou ela enquanto corria os olhos pelas informações que eram geradas. Holly fez uma careta de descontentamento ao ver que o colesterol de Rex estava um pouco acima do que esperava. Culpa das escapulidas que o rapaz dava com Noah e Haha para se empanturrar de fast food. Ele realmente era um caso perdido. Todavia, o resto dos resultados pareciam bons, o que mostrava que, apesar dos hambúrgueres gordurentos, Rex ainda estava saudável. – Você está bem, só deve diminuir a quantidade de alimentos processados em sua dieta. – Disse, voltando-se para o rapaz.

— Então eu posso ir embora agora? – Questionou ele. Não que tivesse lugar melhor para ir ou algo mais interessante para fazer, porém Rex queria dar o fora antes que Holly decidisse que ele precisava de outra vacina surpresa assim como mais cedo. Holly conteve um sorriso diante do nervosismo dele.

— Eu não vou aplicar nenhuma vacina em você, se é o que está pensando. – Externou, vendo o rapaz relaxar diante de sua decisão. – Porém ainda estou preocupada com você, Rex.

— Bom, se eu não estou doente, não há nada com o que se preocupar, certo? – Contornou o rapaz, enquanto que agarrava sua jaqueta no intuito de vesti-la. Holly fora rápida e o impedira, colocando uma mão sobre seu ombro, após cruzar a distância que os separava, a passos largos. Rex repousou sua peça de vestuário sobre a maca novamente.

— Ontem você me parecia bastante frustrado com o que aconteceu. Do que adianta ter uma saúde física perfeita enquanto que a sua mental está em frangalhos? – Contestou a doutora. Ela ergueu a manga da camiseta que o rapaz usava, e observou o curativo que havia feito sobre os pontos. – Perfeita demais até... Era isso que temia... – Murmurou mais para si mesma, do que para ele.

— O quê? – Indagou, observando o curativo também. A mulher retirou a gaze, revelando o ferimento. Rex ficou surpreso, o machucado estava melhor, porém, não em seu nível normal; Deveria estar quase cicatrizado, porém aparentava estar um pouco longe disso, com sangue fresco coagulando ao redor. – Mas o quê... ?! – Exclamou, assustado. – Achei que meus nanites haviam dado conta disso!

— Eu sei, Rex. Assim eu esperava também. – Compactuou a doutora. – Agora você entende o porquê de uma folga?

— Isso não deve ser nada, foi uma semana cheia, meus nanites devem estar cansados ou sei lá. – Comentou o rapaz, tentando procurar alguma solução plausível e não tão séria assim.

— Exatamente. Não apenas eles como você, Rex. Você é um ser humano, um adolescente ainda por cima, não uma máquina. Você precisa descansar, e estou falando isso como médica também. – Frisou Holly com uma expressão séria. – Não é a toa as suas recentes falhas nas missões. Seu corpo precisa de um descanso, qualquer humano normal teria sofrido um colapso a essa altura! – Exclamou, exasperada.

— Eu não sou um humano normal, doutora. Eu consigo criar máquinas com meu corpo e curar mutantes apenas com um toque! Sou exatamente o oposto de normal. – Retorquiu Rex. Ele não estava gostando nada do rumo que aquela conversa estava tomando.

— Muito bem, então. Construa uma. – Exigiu cruzando os braços.

— Espera, o quê? – Exclamou o rapaz, confuso. – Você quer que eu construa algo? Tipo... Agora? Aqui dentro?

— Você não me pareceu tão hesitante mais cedo. – Retorquiu.

— Havia um mutante solto no laboratório! – Tentou contestar, porém Holly manteve-se imutável. Vendo que a doutora não se dobraria diante de suas vontades, ele desistiu com um suspiro. – Está bem. – Concordou, derrotado. Rex fechou os olhos e, com um movimento, uma lâmina laranja substituiu seu braço. – Feliz? – Questionou, entretanto a doutora permaneceu resoluta, observando-o imparcialmente. Então, subitamente, a arma se desmontou, caindo no chão, inutilmente. Ambos observaram o metal, o rapaz muitíssimo surpreso, e a mulher, taciturna. – Eu totalmente quis fazer isso. – Tentou contornar, porém a doutora não parecia mais engolir suas desculpas.

— Rex, considere-se afastado até segunda ordem de seus deveres com a Providência. – Determinou Holly sobre os protestos resignados do rapaz. – Você é meu paciente, logo deve fazer o que mando. – Frisou, calando-o. – Tente fazer alguma coisa. Vá a um fliperama, assista um filme no cinema, leia um livro... Porém, você não deve responder a nenhum chamado da Providência. – Ela rapidamente apanhou algo de seu bolso e prendeu no pulso do rapaz.

— O que é isso? – Perguntou ele, observando o bracelete metálico.

— Essa pulseira possui um microchip que irá me mandar relatórios completos sobre seu estado de saúde em tempo real. – Comunicou. – Ah, e não pense em tentar tirá-la. Ela foi feita exclusivamente para responder apenas a meus comandos e a resistir a seus nanites.

— Vamos lá, doutora. – Disse Rex. – Isso é desnecessário. Nem mesmo o Branco faria algo assim. – Implorou enquanto que ela apanhava sua jaqueta e o empurrava para fora do laboratório.

— De onde você acha que eu peguei essa ideia? – Indagou, jogando a peça vermelha para o rapaz. – Aproveite seu dia de folga! E coma alguma coisa saudável, também! Passar bem. – Cantarolou enquanto que fechava a porta na cara de um Rex muitíssimo perplexo.


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Notas finais do capítulo

Pois é, Rex, a Holly é fogo na roupa!



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