A Nossa Canção escrita por Manu Dantas


Capítulo 2
Capítulo 2 - Aun Hay Algo


Notas iniciais do capítulo

Julinha aprontou nesse capítulo! Medo de vocês não gostarem.

Bom, aqui está o cap 2! Aproveitem!



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No capítulo anterior:

Trombei com tudo em uma pessoa que vinha em direção ao palco.

— Nossa, desculpa! É que eu estou com tanta pressa que... - Parei a frase na metade quando levantei a cabeça para encarar a pessoa com quem havia trombado. Ele estava ali, na minha frente. Estava mais alto, mais forte, o cabelo estava diferente, mas o sorriso... O sorriso ainda era o mesmo que eu conhecia, o sorriso de menino, o sorriso do meu "gurizinho". E o olhar... O olhar ainda tinha o mesmo brilho dos velhos tempos, da época em que namorávamos.

E de repente eu me senti como uma menina de novo. Meu coração disparou dentro do peito, as minhas pernas começaram a tremer e o ar escapou dos meus pulmões. Senti todas as minhas defesas caírem por terra. Toda a minha pose de mulher decidida e forte não foi o suficiente para me sustentar naquele momento. Que se danasse a tal coroa que a Bruna disse que não podia cair! Ele era o meu único ponto fraco, e estava agora parado na minha frente, com um sorriso nos lábios que depois se transformou em uma expressão de surpresa. Pelo jeito ele também não estava preparado para aquele encontro.

"Ahhh, essa louca paixão" — Por um momento aquela música brega era o único som no ambiente. Era como se todo o resto não existisse além de eu e ele ali...

— Luan? - Consegui falar meio rouca.

— Júlia - Ele falou o meu nome com aquela voz de mel e por um instante tudo pareceu se encaixar perfeitamente, como se não houvesse passado ou futuro, e apenas o presente importasse.

Um silêncio constrangedor se instalou entre nós. Aquele tipo de silêncio que aparece quando você é pego fazendo algo errado, quando percebe que disse algo que não devia ou... quando você encontra o seu ex-namorado assim, sem esperar. O nosso caso, com certeza, estava na última opção.

Mexi a cabeça, sem saber o que fazer. Aquela música brega ainda estava tocando, só para me deixar ainda mais nervosa.

"Você chegou e pôs em mim o seu olhar, e me fez prisioneira". Dizia a letra da canção. Coincidência ou não, a frase se aplicava perfeitamente a minha situação.

— Oi - Consegui dizer com o melhor sorriso que consegui improvisar na hora. Dentro do meu peito o meu coração sambava mais que passista em dia de desfile.

— Oi - Ele respondeu tão sem jeito quanto eu sem conseguir tirar os seus olhos dos meus. Eu sustentava o seu olhar, completamente hipnotizada pelo brilho que eu via ali.

— Luan, você não ia para o palco? - Ouvi alguém, que estava parada atrás dele, interromper a nossa troca de olhares.

— É... eu já tô indo já - Ele respondeu meio distraído - É que eu parei para cumprimentar a Jú... que dizer, a Júlia - O Luan tentou se explicar se complicando ainda mais. Segurei a vontade de rir para não piorar a situação.

— Jade, essa é a Júlia, prima do Anderson, o meu empresário. Ela voltou para o Brasil há pouco tempo, estava na Espanha trabalhando como modelo - O meu ex me apresentou para a garota que, aparentemente, estava junto com ele. Digo aparentemente porque os dois não estavam de mãos dadas.

Olhei para o Luan surpresa. "O gurizinho" estava por dentro da minha vida, hein? E olha que eu nem o tinha como um dos meus amigos no Facebook...

Passei o meu olhar dele para ela e a medi da cabeça aos pés. Alta, corpo em forma, cabelo comprido e dividido ao meio completamente sem graça, vestido com estampa cafona e fora de contexto para a ocasião e... Mas que nariz era aquele? Ela queria roubar todo o oxigênio do mundo só para ela?

— Oi - Consegui dizer depois que me recuperei do choque ao ver o "nariz de um quilômetro".

— Você é modelo? Sério? Eu estudo Moda - Ela sorriu para mim tentando ser simpática.

"Sem chances, filhote de Pinóquio! Eu não estou a fim de ser sua amiga", pensei comiga mesma.

— Sério? Bacana! - Fingi uma falsa simpatia - Mas sabem como dizem, né? Moda não é para qualquer um, só para quem tem estilo - Respondi arqueando uma sobrancelha. Estilo, definitivamente, era o que ela não tinha.

"Foi se aventurar e agora ficou só... Ai que dó, ai que dó!" Ouvi a música da Thaeme e do Thiago encher o ambiente. O show havia começado...

— Droga! A Thá já subiu no palco! - De repente eu me lembrei do que estava indo fazer antes de encontrar o Luan. Nossa, quanta coisa um simples batom podia fazer, não é?

— É, acho melhor a gente ir lá para o palco - O Luan avisou a Jade, seguindo com ela pelo corredor. Ele me deu uma última olhada com uma expressão bem confusa no rosto antes de voltar a olhar para a frente, prestando atenção no caminho.

Fiquei sem saber o que fazer. Ainda com as pernas bambas e com o coração disparado, continuei o meu caminho meio sem rumo. Quando me dei conta, eu estava sentada no camarim encarando a minha própria imagem no espelho.

Eu ainda estava sem ar. Sem dúvidas eu não estava preparada para ver o Luan novamente. Encontrar com ele e com a namorada nova, então? Aquilo mexeu comigo. Nada nessa vida me deixaria preparada para encarar o meu "gurizinho" com uma namorada nova. Mas tinha algo de estranho ali. Se aquela era o seu novo amor, por que ele estava tão distante dela?

Fiz uma análise rápida da imagem que eu via refletida no espelho: Por fora eu era a Júlia que passou três anos na Espanha e aprendeu muito com a vida. Por dentro eu era a mesma "menininha" da época que namorava com o Luan.

Espantei aqueles pensamentos para longe, peguei o batom que eu fui buscar e voltei para o palco. Assim que a Thaeme tivesse uma "brechinha" eu a ajudaria a retocar o "make".

Levantei a cabeça e segui adiante. Lembrei do que a Bruna havia me dito e ri sozinha. Não era a Jade que ia fazer a minha coroa cair...

***

Arrumei um lugar no canto do palco e tentei prestar atenção no show. Digo que tentei porque toda vez que eu me dava conta eu estava olhando para o outro lado, onde o Luan estava com a namorada. Era algo mais forte que eu, tipo quando você está com um "coceirinha" em alguma parte do corpo e fica cutucando até virar uma ferida horrível. Talvez eu gostasse de sofrer. Mas eu precisava olhar para ter certeza de que eu não estava imaginando coisas. Ele estava ali mesmo, só que com outra menina. Saber disso fazia o meu coração doer... Precisei respirar fundo várias vezes para não dar "bandeira" que eu estava com ciúmes.

De tanto olhar acabei reparando que os dois conversavam, até brincavam um com o outro, mas... Um casal de namorados não deveria ficar de beijinhos e abraços por aí? Qual era o problema deles?

O show foi rolando e quando chegou a hora, o meu "gurizinho" subiu ao palco e cantou a música que ele gravou em parceria com a Thaeme e com o Thiago, iluminando todo o lugar com o seu sorriso. A letra era mais ousada, um pouco insinuante, bem diferente das canções de amor que eu estava acostumada a ouvir o Lú cantar. O meu menino estava crescendo...

No final da apresentação, a dupla repetiu "Ai que Dó" a pedido do público. Pelo canto do olho pude perceber que o Luan estava cantando o refrão da música me encarando.

"Foi se aventurar e agora ficou só... Ai que dó, ai que dó".

Quase não acreditei naquilo. Ah, se ele soubesse que era eu que estava com dele. Afinal, não deveria ser fácil ficar ao lado de uma pessoa que roubava todo o oxigênio do lugar onde estava!

Se ele achava que ia conseguir me atingir cantando aquilo para mim... Bom, ele realmente conseguiu! Mas eu não poderia demonstrar nada na frente dele, então por isso eu peguei meu celular e enviei uma mensagem para a Bruninha, só para poder aliviar a minha "mágoa".

De: Jú

Para: Bruna Anjinha

"Seu irmão tem autorização do Ibama para trazer um tucano para a balada?"

Pouco tempo depois ela me respondeu.

De: Bruninha

Para: Jú Prin

"Pelo visto você conheceu a Jade, né? Não esquenta, Prin. Sou muito mais você! E pode acreditar, o meu irmão também é".

Olhei para onde os dois estavam e sem querer o meu olhar cruzou com o do Luan. De novo fiquei hipnotizada com o brilho que eu via estampado ali. Foi aquele brilho que me confirmou o que a Bruna havia acabado de me dizer.

***

O show terminou, o pessoal começou a desmontar o palco e a Thaeme e o Thiago seguiram para mais uma rodada de entrevistas, fotos, autógrafos e conversas com os fãs. Para adiantar, fui até o camarim para organizar tudo por lá.

Estava distraída, pensando na vida e em tudo o que aconteceu entre eu e o Luan enquanto guardava roupas, sapatos e acessórios que estavam espalhados por ali quando alguém abriu a porta. Automaticamente me virei para ver quem era e senti o meu corpo gelar na mesma hora.

— Luan? - Eu quase gritei, tamanho foi o meu susto.

— Hãã... Desculpa! Achei que o Thiago estivesse aqui - Ele tentou me enganar. Será que ele havia esquecido que eu sempre descobria quando ele estava mentindo?

— Ele e a Thá estão atendendo alguns fãs lá na frente - Avisei - Escuta, desde quando você se veste que nem um "mauricinho"? - Provoquei. Na verdade eu só queria puxar assunto e prolongar aquele momento sozinha com ele o máximo que eu conseguisse. Sem contar que ele estava lindo "de matar" com aquela roupa: blusa de linho azul escura, calça clara e tênis estilo coturno.

— Não é mauricinho... - Ele se defendeu enquanto analisava as próprias roupas - Eu só queria vestir um "trem" que combinasse com a balada. Não fiquei bonito, não? - Ele quis saber ajeitando a blusa e quase me matando do coração. Bonito era pouco para descrevê-lo...

— Está sim, bonito e estiloso! - Fui sincera. Queria incluir que ele estava gostoso também, mas achei melhor pegar leve.

— Bom, vindo de você que passou os últimos anos "nas" Europa, acho que isso é um elogio, né? - Ele brincou quebrando o "climão" que estava no lugar - E aí, por que você voltou?

— Crise financeira... As coisas andam complicadas lá fora. Achei que era hora de voltar para o Brasil - Expliquei enquanto tentava retornar à minha missão de guardar as roupas na mala.

— Vai ficar aqui de vez? - Ele voltou a perguntar saindo da porta e caminhando até o centro do camarim.

— Acho que sim... Tenho algumas coisas pendentes para resolver na Espanha ainda, mas pretendo me firmar por aqui agora - Desisti da minha tarefa de organizar a bagagem e passei a prestar atenção somente nele. Ele me encarava com uma expressão engraçada, de quem estava pensando se deveria ou não estar ali.

— E então, quer dizer que agora você é um cara que investe em casas noturnas? Quanta "evolução", hein? Bem diferente da época que eu viajei - Voltei a puxar assunto mexendo nos meus cabelos. Eu precisava mantê-lo ali, junto comigo. Depois de tanto tempo separados, eu só queria curtir o meu "gurizinho" por um momento, mesmo que eu estivesse de um lado e ele do outro do camarim.

— Muita coisa mudou desde que você viajou, Júlia - Ele me respondeu sério. A frase veio carregada com muitos significados, como se com aquelas palavras ele estivesse querendo me dizer que não havia mais nada entre nós.

Bom, não era aquilo que o seu olhar e as suas atitudes me diziam. E foi guiada por esses sinais que ele me dava mesmo sem querer, que eu tomei coragem e cheguei perto dele o olhando fixamente nos olhos. Meu coração gritava dentro do meu peito e eu me permiti ouvi-lo depois de tanto tempo. Perder a razão não era algo comum para mim, mas o Luan tinha o poder de desarmar todas as minhas defesas.

— Mudou mesmo - Concordei - Você cresceu, está mais homem, mais bonito, mais forte, mais maduro, mais decidido... - Fui falando enquanto me aproximava dele até que apenas a distância de um passo nos separasse - mais charmoso, mais elegante, mais sério. Eu só queria tirar uma dúvida... - Aproveitei a coragem que estava tomando conta de mim, coloquei a minha mão no seu rosto e o beijei.

No começo foi lento, quase doloroso, como se ele não quisesse se entregar ao nosso beijo. Eu quase conseguia ouvir a sua cabeça raciocinando se deveria ou não fazer aquilo. Mas no final acho que a emoção venceu a razão, porque ele me segurou pela cintura e se deixou levar pelo momento retribuindo o meu beijo com carinho, sem pressa, como se nós tivéssemos voltado no tempo e fossemos novamente um casal apaixonado. Mesmo depois de tudo, nós dois ainda nos encaixávamos um ao outro perfeitamente.

— Jú, tá pronta para voltar para o hotel? Opa! Hora errada - A Thaeme apareceu na porta interrompendo o nosso beijo, quebrando o clima e fazendo eu e o Luan ficar com cara de "culpados".

— Não, não... Não pára, não! Eu volto depois! - A Thá pediu antes de dar meia volta e sair atrapalhada pelo corredor com os seus cabelos voando atrás de si.

Na minha frente o Luan me encarava com uma expressão perdida no rosto, como se estivesse tentando entender os últimos acontecimentos. Procurei palavras para tentar explicar, mas nem eu entendia o que eu havia feito. Eu sabia que ele se sentiria culpado pela Jade. Na verdade, até eu me sentia um pouco. No lugar dela eu não gostaria que fizessem aquilo comigo.

— Pode falar para a Jade que a culpa foi minha - Tentei ajudá-lo assumindo toda a responsabilidade - Se ela perguntar fala que eu queria saber se você ainda era tão bom de beijo quanto antes - Brinquei mexendo no seu cabelo. Ele sorriu para mim meio sem jeito, e então eu soube que ele me perdoaria por atacá-lo daquele jeito. No fundo ele sempre relevava aquele meu jeito impulsivo.

— Júlia, Júlia... - Ele falou fingindo estar bravo.

— Luan, Luan... - Imitei o seu tom de voz colocando as mãos na cintura. Por um momento nós apenas rimos e tudo foi como sempre era entre mim e ele. Senti meu coração apertar dentro do peito. Eu sentia muita falta daquela paz e daquela cumplicidade que rolava entre nós.

— Acho melhor eu ir atrás da Thaeme - Falei caminhando até a porta, tentando voltar para o tempo presente ao invés de reviver o passado - A propósito, nisso você não mudou. Você ainda me beija do mesmo jeito que antes - Disse, antes de sair apressada pelo corredor deixando um Luan muito surpreso sozinho no camarim.

***

— Menina, que bafão foi aquele no camarim? - A Thá me perguntou sentada ao meu lado na van. Nós estávamos voltando para o hotel após o show na Outlaws.

— Bafão? O que tá rolando, mulherada? - O Thiago entrou na conversa do meu outro lado. Aquele ali adorava uma fofoca.

— Peguei a Julinha e o Luan no meio de um beijão - A Thá foi contando toda empolgada.

— Ué, e aquela menina que estava com ele? - O Thi lembrou da Jade.

— Shiiiuuu! Deixa a Jú contar! Fala Julinha, explica tudo o que aconteceu porque eu não estou entendendo nada - A Thá quis saber muito interessada no "babado".

— É que... Eu e o Luan já namoramos. Foi há mais ou menos há uns três anos, antes dele fazer esse sucesso todo. E aí, quando nos encontramos hoje meio que rolou um "flashback" - Improvisei uma história. Não ia adiantar explicar todos os detalhes para eles. Nem todas as palavras desse mundo seriam capazes de explicar o sentimento que existia entre o Luan e eu.

— Namoraram? Mulher, eu não sabia! E você nem me disse nada, sua bandida! - A Thá comentou se fazendo de brava - Mas, e aí? Como foi? O seu coração balançou com o beijo?

Se o meu coração balançou? Ele subiu até a minha boca, desceu, dançou a "Macarena", foi até o chão e ainda mandou um beijo "pros recalques". - Hããã... Balançou um pouquinho. Você sabe né, primeiro namorado a gente sempre tem um carinho especial - Menti.

— Um pouquinho? Sei, sei... E você ainda gosta dele? - A Thaeme estava muito, mas muito interessada na história.

— Gostar? Não, acho que não... Foi só mais o calor do momento, a emoção do reencontro - Menti de novo. Eu pensei no Luan todos os dias que passei na Espanha, acompanhei a sua carreira mesmo de longe, escrevi cartas de amor para ele que nunca entreguei, chorei sozinha por noites inteiras... Eu conhecia cada sorriso, cada mania, cada trejeito daquele menino. Mas ela não precisava saber daquilo. A partir do momento que eu escolhi ir embora e deixá-lo livre, aquele amor passou a ser algo só meu, um sentimento que eu carregava comigo e que sempre estaria no meu coração. A única pessoa que tinha noção do tamanho daquele amor era a Bruninha, e por isso nós ficamos tão unidas.

— É, mas acho que para ele não foi bem assim, hein? Pelo jeito que ele estava te segurando e pela forma que ele te olhou - A Thá continuou colocando "lenha na fogueira".

— Você foi a primeira namorada dele? - O Thiago se meteu no papo. Assenti com a cabeça e ele continuou - Então a Thaeme tá certa! Com certeza para ele não foi só um beijo. Vai por mim, nós homens nunca esquecemos a nossa 1ª namorada. É meio que algo só nosso, entende? Tipo o primeiro gol que a gente marca na escola, o primeiro carro que a gente compra... - Ele atacou de psicólogo me explicando o lado masculino do caso.

— Mas por que vocês terminaram, Jú? - A Thá continuou a sua investigação.

— Muita coisa aconteceu... Eu trai ele com outro cara, depois ele achou que eu estava de caso com o Sorocaba, aí eu viajei e nós nunca mais nos falamos - Tornei a mentir. A verdadeira razão do meu término com o Luan era um segredo que só a Bruninha sabia.

— Traiu? Caraca, Julinha! Que rolo, hein? - A Thá comentou.

— Sério que vocês terminaram por causa disso? Então esse é só mais um motivo para o Luan nunca ter te esquecido. No fundo a gente adora uma mulher que pisa no nosso coração - O Thi brincou fingindo fazer drama.

Ele e a Thaeme continuaram conversando sobre as diferenças de um relacionamento para os homens e para as mulheres, mas eu parei de prestar atenção nos dois.

Minha cabeça fervia com tudo o que tinha acontecido. Droga! Tudo o que eu queria era ver o Luan, nem que fosse de longe. Eu não pretendia chegar tão, mas tão perto dele, a ponto de beijá-lo e causar aquela confusão toda.

Peguei meu celular e digitei uma mensagem apressada.

De: Jú

Para: Bruna Anjinha

"E se eu te falar que eu beijei o seu irmão, com o agravante de que ele também retribuiu o beijo, o que você me diria?"

Esperei ansiosa pela resposta. Era tarde da noite, mas eu tinha esperança de que a Bruna estivesse acordada. Descobri que a minha intuição estava certa poucos minutos depois.

De: Bruninha

Para: Jú Prin

"Diria que ainda há algo de amor entre vocês. Jú, a gente precisa conversar. Passa aqui semana que vem?

De: Jú

Para: Bruna Anjinha

"Combinado! Passo aí na segunda-feira"

Respirei um pouco mais aliviada. A minha "anjinha" com certeza iria me ajudar a escapar de toda aquela confusão.


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Notas finais do capítulo

E o beijo? O que acharam? ME FALEM, pelo amor!

E ó, não contem pra Julinha, mas a confusão só está começando! Afinal, próximo capítulo tem Júlia na residência dos Santana!



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