Des Promesses? escrita por Meurtriere


Capítulo 1
Des Promesses?


Notas iniciais do capítulo

Essa é mais uma fanfic que eu passei da data em que queria postar, não consegui fazer ela a tempo de posta no dia de los muertos, então vai hoje mesmo.

Mais uma vez eu trago um ship pouco conhecido e que tem poucos "adeptos". Lembro que adorei a ideia desse casal desde a primeira vez que vi na internet, há uns bons anos atrás. Esse com certeza será um casal que nunca verei no mangá/anime, por isso cabe a mim escrever fics mesmo rs

A capa eu achei no google imagens, como sempre rs

Espero que gostem.



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O Rei Cobra passava em frente à uma das varandas de seu palacete e avistou lá sua filha trajada completamente de preto ao lado de Carue. Era o terceiro ano consecutivo que ela fazia isso, ainda que o primeiro tenha sido terrivelmente pior. Fazia dois anos desde a guerra em Marineford, mas o Rei não sabia bem o porquê que naquela data sua querida filha ficava tristonha e calada. Uma vez ele a questionou quanto a isso, mas ela lhe cedeu uma resposta rasa e desconversou logo em seguida. Por fim achou melhor deixá-la em paz.

Enquanto isso a princesa Nefertari suspirava entre sorrisos e lágrimas que ela tentava segurar. Carue tentava consolá-la, mas tinha pouco resultado quanto a isso. A dor era também um sentimento a ser vivido. Ela acreditava que com o tempo ela não mais sofreria tanto e que gradualmente o esqueceria. De fato, isso aconteceu, mas agora sabia que nunca conseguiria esquecê-lo por completo e seria tolo de sua parte lutar contra isso.

Um pouco mais de dois anos atrás...

Alabasta finalmente voltava a crescer como uma nação próspera e única, o povo estava alegre e seguro novamente e Vivi gostava de ficar assistindo à movimentação de uma das sacadas do castelo pertencente a sua família. Não se cansava de admirar aquelas pessoas que tanto sofreram nas mãos de Crocodile. Seu sublime momento, porém, se interrompeu quando alguma confusão chegou aos seus ouvidos.

 - Hey! Você não pode entrar assim. Isso é uma residência real!

— Eu sou amigo da princesa!

Vivi se apressou para conferir o que era toda aquela baderna e finalmente entendeu a situação ao chegar no topo da escadaria do salão de entrada.

— Ace? – ela questionou incrédula quanto aquela repentina aparição.

— Owe! Vivi! – o pirata acenava sorridente entre os guardas que tentavam barrar sua passagem.

Rapidamente, a princesa desceu a escadaria e pediu gentilmente para que os homens deixassem o rapaz, visto que ele era realmente um amigo dela e que no fim ele poderia “se livrar” deles facilmente Ela ainda só não compreendia o que ele fazia ali.

— Estou feliz de ver que você, meu irmãozinho e seu bando conseguiram reaver seu reino.

— Sim, no fim nós todos conseguimos e o Crocodile foi preso pela marinha.

O jovem pirata fez uma careta que ela não soube interpretar, então ele coçou a cabeça parecendo procurar palavras certas.

— Foi exatamente por isso que vim até aqui, mas preferiria falar a sós com você.

Ela assentiu silenciosamente, mas claramente apreensiva e então começou a caminhar sem destino certo pelos corredores do palacete, sendo seguida pelo Punhos de Fogo e Carue.

— O que houve? – ela o questionou assim que deixaram o grande salão de entrada.

— As notícias sobre Alabasta se espalharam rapidamente e mais rapidamente surgiram especulações sombrias sobre os interesses de Crocodile quanto ao seu reino. – ele a encarou brevemente e continuou. – Entenda, os Schichibukais são piratas que se destacam pelos mares por suas habilidades e viajam sem se preocupar com a marinha, por isso possuem mais facilidades para descobrirem coisas relevantes. – mais uma vez ele parecia procurar um jeito de falar o que tinha que falar. - Há boatos de que Crocodile teria encontrado uma arma poderosa aqui, mas a maioria apenas acredita que isso era algo relacionado ao fato do seu reino ser desértico o que aumentaria o poder da Akuma no Mi dele. Mas há quem acredite haver mais por trás disso. – ele fez uma pausa, respirou profundamente e continuou. – O homem a quem eu procuro é muito perigoso e extremamente vil. A ganância move aquele homem e por isso vim alertá-la para não baixar as defesas ao menos por enquanto, visto que o rastro dele não está longe daqui.

— Acha que Alabasta corre perigo novamente?

Ace não a respondeu de imediato, encarou os olhos em tom azul claro dela, estavam claramente apreensivos, mas mesmo naquele estado reservavam uma beleza ímpar. A Nefertari tinha feições delicadas, dignas de uma princesa e os cabelos azulados criavam um bonito contrata com a pele alva.

— Não se preocupe, sinto que estou próximo de encontrá-lo e nada de ruim será causado por aquele homem novamente. – Portgas ostentou aquele seu sorriso largo e cativante. Tinha o mesmo espírito jovial de Luffy.

A barriga de Ace roncou alto e arrancou uma gargalhada descontraída de Vivi enquanto o pirata ficava levemente encabulado com a situação, mas sem perder o riso dos lábios.

— Venha, é meu convidado para comer e beber.

Ela o pegou pela mão e animadamente o puxou por entre longos corredores e cômodos elegantes até a cozinha do palacete. Lá alguns cozinheiros simpáticos logo se animaram com a presença da princesa e ofereceram meia dúzia de comidas diferentes aos dois. Ace aceitou um bom pedaço de carne o que fez Vivi lembrar ainda mais de Luffy, mas de repente o rapaz adormeceu sobre a mesa por uns minutos e acordou sem se dar conta que havia adormecido.

Depois de passarem um bom tempo entre comer, beber e dormir na cozinha, ela separou para ele alguns suprimentos para sua viagem e o ajudava a arrumar na mochila do rapaz, do lado de fora da cozinha, sob o sol escaldante. Curiosamente, Ace não suava e não demonstrava incômodo com o calor de Alabasta, parecia ter nascido ali.

— Eu estava com saudades disso...

— De quê? – ele a encarou curioso.

— Dessa animação de vocês... – ela deu de ombros e continuou – Você e seu irmão emanam essa confiança e essa esperança de que há pessoa boas em todos os lugares, mesmo entre os piratas.

— Pessoas boas hein... – ela cedeu um sorriso de canto um tanto tímido.

— O quê? Não faça essa cara, é verdade. Veja o que seu irmão fez por mim e por Alabasta ou mesmo você que voltou aqui apenas para me alertar, poderia simplesmente ter seguido seu rumo.

— E que tipo de homem eu seria se fizesse isso? – ele negou com a cabeça e voltou a exibir o sorriso largo novamente. – Eu sou um dos filhos do Barba Branca e não irei desonrar sua marca em minhas costas simplesmente deixando meus amigos para trás e seguindo meu rumo.

Vivi não pôde deixar de admirar aquelas palavras, aquela postura, aquela determinação e até aquele sorriso jovial. Ele tinha belos olhos não tinha?

— Tenho certeza que qualquer pai se orgulharia de ter um filho como você.

— Ah você precisa conhecer o Pops . – ele se virou de frente para ela e ajeitou seu chapéu. – Hey depois que eu terminar a minha busca, eu posso vir aqui e te buscar para conhecer ele. Ele vai adorar conhecer uma princesa e você vai adorar ele também. E também tem o Marco, ele é uma fênix sabia?

Ela sorriu diante de toda sua empolgação, era realmente o irmão mais velho do Luffy.

— Eu não posso, preciso ficar aqui com o meu pai e cuidar do reino. – Ace fez uma careta ao ouvir sua resposta e ela se sentiu um pouco mal. – Acredite eu adoraria navegar novamente pelos mares e viver novas aventuras como uma pirata... – ela fitou o céu azul e sem nuvens pensando na mera possibilidade de ir com ele.

— Meu barco não é grande como do meu irmão, mas podemos dar um jeito. Você dorme para um lado e eu durmo para o outro. Mas a viagem será rápida e na Moby Dick o Pops irá tratar você feito uma princesa, mesmo que você não fosse uma de verdade. Talvez o Vista a importunasse um pouco... Mas tudo bem, eu ainda posso voltar e irei te contar sobre todas as minhas aventuras e sobre os piratas do Barba Branca, assim você pode matar suas saudades dos mares.

Agora era Vivi que estava nitidamente empolgada com a ideia de receber novamente uma visita de Portgas D. Ace. – Você promete?

— É claro!

Ele partiu e a princesa o observou do alto do Palácio até que a silhueta do rapaz sumisse por entre as dunas. O vento bagunçava seus cabelos azuis enquanto ela suspirava sorridente. Poucos dias depois se pegou pensando em quando veria o rapaz novamente, se sua missão havia chego ao fim ou mesmo se estava tudo bem com ele. Infelizmente os jornais lhe informaram o contrário, Portgas D. Ace havia sido capturado e preso pela Marinha. Pouco tempo depois os jornais voltaram a noticiar sobre ele, agora revelando também o nome de seu pai. Gol D. Roger. Assim como a sentença de morte.

Vivi chorou e chorou. Entre as lágrimas ela sorria ao pensar que aquele rapaz era ninguém mais e ninguém menos que o filho do Rei dos Piratas. Havia se apaixonado pelo filho do maior pirata que já navegara por aqueles mares e agora ele estava preso e condenado a morte. Para sua esperança logo chegaram as notícias de que Luffy havia invadido Impel Down e liderado uma fuga em massa. Infelizmente Ace não estava entre os nomes que escaparam, mas Crocodile e outros Baroque Works sim.

E então Marineford. Luffy liderou um grande grupo de ex-presos atrás de seu irmão e toda imensa frota do Barba Branca foi reaver seu capitão da segunda divisão. O próprio Barba Branca fora atrás de seu “filho”, ela viu pelo jornal Marco A Fênix. Jozu, Vista... Todos os amigos e companheiros de Ace. Mas nenhum deles conseguiu salvar o rapaz da morte. Nenhum deles conseguiu proteger seu amado do punho de lava de Akainu.

Vivi ficou de luto por uma semana, trajando apenas preto e dizendo a todos que estava comovida com a guerra. Não era todo uma mentira, mas nem de longe era o principal motivo de seu luto. Ela chorava a noite em sua cama ao pensar que nunca teria oportunidade de revelar seus sentimentos ao Punhos de Fogo e fora ingênua o suficiente para não perceber naquele dia o que estava sentindo. Desde então ela ficava de luto no aniversário de sua morte e se agarrava a suas divertidas lembranças junto ao “Príncipe dos Piratas”. 


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Notas finais do capítulo

O Ace é simplesmente meu personagem favorito de todo o universo de One Piece (desculpa Robin). Na verdade acho estranho quando alguém diz que não gosta dele porque pra mim é tão claro que o Oda fez ele com o intuito de todo mundo amar e se afeiçoar pra ele chegar depois e matar o meu Ace daquela maneira horrível. Então eu precisava fazer uma singela homenagem a ele no dia de los muertos e passei muito dos meus sentimentos de perda pra Vivi.

Sobre o casal em si... Novamente, o Ace era um amor de pessoa e tão divertido, simpático, educado. Quem leu a novel dele sabe que ele não costumava passar desapercebido público feminino de modo geral. Então comprei a ideia de que a Vivi poderia no mínimo admirar esse jeito descontraído dele, já que eles se divertiram juntos em Alabasta. E realmente acredito que ela sentiu ao saber da morte dele, já que ela devia ver ele como um amigo pirata.

Outra coisa que me agrada é que ela é uma Princesa e como ele é o filho do Rei dos Piratas, nada mais justo do que ele ser o Príncipe dos Piratas. Sem falar dos contrastes dela ser toda educada e fofa e ele ser todo despojado e super confiante.

Alias acho que ele não ia sofrer nenhum pouco com o calor de Alabasta, só não sei se o Cobra aprovaria esse tipo "Príncipe" pra filha dele rs



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