A Princesa Noiva escrita por HR


Capítulo 15
Capítulo 15




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/769979/chapter/15

Rapidamente, procuro por algum jornal nas portas dos fabricantes locais, até que eu vejo um último exemplar em frente a Taverna. Estava na capa uma foto de Rumpelstiltskin e... Bela? com o título cobrindo toda a página “Enfim, há casamento!”. Eu não estava entendendo mais nada e só sabia que precisava encontrar Robin o quanto antes para que ele me explicasse tudo aquilo.

Entro na taverna e vejo Jolly no bar servindo seus clientes como sempre fazia e enquanto eu o espero atender os homens que estavam sentados no bar, olho em volta rapidamente na esperança de encontrar Robin por ali, já que aqui era sua segunda casa.

—Deseja algo? – Jolly se volta para mim com um enorme ponto de interrogação em sua expressão e aquilo me desnorteia. Ele não demonstrou nenhuma reação ao me ver depois de tanto tempo.

—Jolly, você viu Robin por acaso? – Pergunto a ele, mesmo confusa com aquela frieza de sua expressão.

—Você por acaso combinou um encontro com ele? Lamento informar, mas chegou tarde. – Ele aponta para os fundos do bar e depois me ignora, pegando uma bebida para um cliente.

—O quê? Não, eu... – Ele realmente não estava me reconhecendo, me confundindo inclusive com uma prostituta, porém eu agradeço sua informação e vou até a mesa de Robin, retirando meu capuz para que ele me visse.

—Posso ajudar? Sempre há lugar para mais uma. – Ele sorri debochado, olhando para as duas mulheres ao seu lado.

—Robin, sou eu. – Franzo a testa, sem entender porque todos estavam estranhos e ele apenas fica me observando com o mesmo ponto de interrogação que eu.

—Desculpe, você por acaso é a garota de ontem que eu... – Ele sussurra para mim para que as outras não ouvissem.

—Você está zoando com a minha cara, não é? – Eu fico perplexa, encarando-o, mas ele continua sem entender nada.

Saio da taverna, totalmente desnorteada. Não era possível que Robin não lembrasse de mim, a não ser... As palavras de Rumpel ecoam na minha cabeça “Emma irá sumir” e começo a achar que talvez não seria no sentido físico e sim uma forma de me apagar da vida de todos. Eu precisava fazer com que alguém lembrasse de mim ali, então, decido voltar para a taverna. Mas antes disso, retiro minha capa de vez, afinal, ninguém lembrava mais de mim então não precisaria mais me esconder.

Pego uma bebida e me sento numa mesa próximo a uma janela, para que eu conseguisse olhar para todos dentro daquele bar. Viro minha dose de tequila para que o álcool talvez me ajudasse a pensar em algum plano, quando vejo Gancho entrar na taverna e vir na minha direção. Henry entra com ele, mas vai direto ao banheiro, talvez para evitar Gancho ou por pura necessidade.

—Eu imaginei que estivesse aqui, mas por que não voltou ao castelo?

—Descobri que ninguém lembra mais de mim. – respondo, incomodada – Preciso fazer ele lembrar...

Fico encarando Robin ao longe, tentando descobrir uma forma de tentar despertar alguma memória nossa, quando me vem uma possível péssima ideia, então começo a desamarrar meu corselete enquanto Gancho olhava para trás confuso sobre o que eu estava falando. Quando ele se vira, percebo ele ficar de repente corado.

—Por favor Emma, Henry está aqui... – ele diz, confuso sobre o que aquilo poderia ser.

—Eu estava usando apenas uma camisola quando fizemos nossa primeira competição de tulipa. Tem que funcionar. – Tiro o corselete e deixo-o sobre a banqueta, vendo Gancho desviar o olhar. – Eu já volto.

Vou até Jolly e peço duas tulipas esperando que ele tivesse algum insight, já que eu era uma das únicas que pedia por ele, mas nada acontece. Mesmo assim, vou com os dois copos até o fundo do bar sentindo vários olhares me seguirem e me secarem das maneiras mais maliciosas possíveis, mas eu tinha que tentar.

—Você de novo? – Robin me olha nos olhos, mas só depois de percorrer com eles por toda minha vestimenta.

—Vamos beber. – Eu empurro uma das garotas para o lado para que eu sentasse perto de Robin e coloco as duas tulipas na nossa frente – Quem tomar tudo primeiro, vence.

—O que eu ganho com isso? – Ele me desafia, me olhando de uma forma sedutora.

—Com sorte, uma amiga. – Digo exatamente o que havia dito na primeira vez que havíamos feito aquilo e ele pareceu um tanto confuso, me deixando esperançosa.

A garota que havia empurrado saiu do bar, mas a outra parecia se divertir com aquilo, incentivando-o. Nós brindamos e então ela quem faz a contagem regressiva. Senti a adrenalina novamente tomar conta do meu corpo e me transportar para a primeira vez que havia feito aquilo com ele e isso só me fez desejar ainda mais que eu tivesse meu melhor amigo de volta. Eu apoio meu copo na mesa milésimos depois dele, o que quase poderia ter sido um empate, mas ele ainda havia vencido. Ao olhar para ele, vejo-o me olhando nos olhos como se procurasse por alguma coisa familiar, permanecendo assim por alguns segundos.

—Emma? – Ele pronuncia num murmuro, ainda confuso.

—Deu certo? Você lembra de mim?

—Porra, Emma! – Ele exclama.

Ele me surpreende com um abraço apertado e longo, me deixando aliviada. Como esse abraço me fez falta e saber que ele estava de volta era um grande peso que saiu das minhas costas. Ele recua e me analisa, sem entender porque estava vestida assim e ainda eufórico, acabou dispensando a outra garota, ajeitando-se de frente para mim na intenção de me ouvir.

—O que... Por que...? – Ele olha em volta e eu apenas começo a rir, me divertindo com sua reação.

—Ainda bem que eu tenho você de novo. – Suspiro e olho para Gancho, que se aproximava – Nós voltamos hoje, mas tivemos uns contratempos.

—Como assim? – Ele olha pra mim e para Gancho, ainda mais confuso.

—Nós te contamos no caminho. – Gancho diz, estendo para mim o meu corselete e eu o pego, sorrindo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Estou voltando a escrever.... vamos dar uma força e comentar o que estão achando da história? Já sabem o que vai acontecer?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Princesa Noiva" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.