Sobre os garotos que eu já beijei escrita por Nayzinha


Capítulo 1
Experiências com beijos


Notas iniciais do capítulo

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Sempre fui considerada a esquisitona do rolê. E quando eu digo rolê, quero dizer de maneira geral. Isso inclui: família e amigos.
Não sei exatamente quando eu criei ou soube que eu tinha meus próprios princípios. Minha maneira de vê as coisas, sendo elas certas ou erradas. Talvez tenha sido com 13 anos. Por que com 13? Porque foi quando eu mudei de escola e de casa. Passei a conviver com outras pessoas e num ambiente diferente. Mas uma parte minha, uma que não sei exatamente explicar, acha que eu já nasci com 50% dos meus princípios formados os outros 50 veio através da minha mãe e de livros que eu comecei a ler nesta época, e experiências vividas. Acha que eu estou errada? Bom, depois do que escreverei, vocês tirará suas próprias conclusões. Talvez eu mesma tire novas conclusões ao escrever tais acontecimentos da minha vida de seis ou quatro anos atrás.

Meu primeiro selinho foi com 14 anos. Eu estava na sétima série e esse garoto na sexta. Ele era mais velho e havia repetido de ano. Eu não lembro o nome dele, acho que era algo como Welington. Enfim, eu lembro do rosto dele. Ele era branco e seus dentes não eram alinhados, mas ele tinha um charme selvagem. Ela falador. Depois de dias ou semanas enrolando ele e ficando apenas na conversa, no meio da rua enquanto andávamos, nos debruçamos e "Smak" um selinho. Só sei que a partir daí eu comecei a andar rápido e alcancei uma amiga que estava andando na nossa frente o deixando para trás a ver navios.Eu não sei direito o que sentir na hora, talvez um sentimento negativo por eu não ter sentimentos por ele e só está fazendo aquilo por pressão dele e de amigos. Porque no fundo eu não achava normal de tanto que me falavam que não era normal uma moçoila de 14 anos ser BV. Porém, eu ainda era. Aquele selinho durou menos de dois segundos. Só sei que depois desse dia, eu passei a evitar ele. Ele até que tentou se aproximar, mas depois que viu que eu estava virando a cara e deixando ele falar sozinho, ele desistiu.

Agora vai o primeiro beijo de verdade que foi com meu melhor amigo, Malcon. Eu tinha 16 anos, poucos meses e viria o 17 e como eu vinha morar em São Paulo, não queria mudar de estado BVL. Sem nunca ter beijado de verdade uma pessoa na qual eu gostasse. Porque eu podia não ser apaixonada por ele, MALcon (apelido carinhoso ), mas eu sentia um carinho por ele e isso bastava já que futuramente eu pretendia lembrar daquele momento importante ou contar a minha filha como foi e com quem foi que eu havia "aprendido" a beijar. Então foi durante uma conversa no WhatsApp que começou com uma brincadeira que acabamos combinando de se beijar na escola no outro dia. Mesmo ele sendo meu amigo, eu estava uma pilha de nervos naquele dia. Na hora do intervalo, ele me abraçou e quando vinha para cima dos meus pequenos lábios, eu virei o rosto e o abracei. Meu instinto de alerta e medo falaram mais alto. E isso aconteceu durante uns 10 ou 15 minutos ou talvez tenha sido menos, mas eu estava nervosa demais para me importar com o tempo. Foi atrás da cantina onde não ia ninguém. Finalmente, demos dois beijos que eu achei super estranhos. De verdade. Parando agora para tentar lembrar da sensação, eu só consigo lembrar que achei estranho, mas foi bom. Meio que depois disso, ele queria namorar comigo, mas tinha toda uma história complexa por trás que não vale a pena citar por agora, já que o foco é falar sobre os garotos que eu já beijei.
O segundo foi o Brendon, meu primeiro namorado e o cara que estraçalhou meu psicológico na época. Ele não era bonito, tinha seus atrativos, mas beleza não. A altura era o que mais chamava a atenção. Ele tinha um jeito marrento e mulherengo, alguém que eu de primeira queria manter bem longe, porém arrumaram um jeito de nos aproximar, da gente conversar e depois de dias enrolando e pensando se eu realmente devia, nos beijamos na escada. Não vou esquecer, porque foi super engraçado um cara aparecer lá do nada e eu deixar o Brendon sozinho em pé na escada enquanto corria. É, eu sempre fui doida.
Namoramos depois disso e ele foi um garoto que ficou marcado na minha memória, mesmo que tenham acontecido mais coisas negativas do que positivas, ele foi o meu primeiro namorado afinal.
O terceiro e o que eu mais me arrependo foi o Natan. Eu já estava em SP e tava numa fossa por ter terminado com o Brendon. Natan foi, de certa forma, alguém que me consolou. Eu o achei super gente boa, estava carente e frágil devido ao término e isso contribui, mas de inicio só o via como amigo, e foi com essa desculpa que ele se aproximou. Nos beijamos depois de uns dias conversando. E para ser sincera, foi um dos piores beijos. Tudo bem que eu não era experiente no assunto, mas parecia que ele tava tomando leite diretamente de uma tigela de tanto que a língua dele ia para cima e para baixo como uma minhoca se retorcendo. Sem direção aparente. Foi simplesmente uó. Depois do Natan, da língua ambulante, veio o Felipinho com quem eu cheguei a namorar por 12 dias (oficialmente), mas foi alguns meses até acontecer um beijo de verdade. Ele era legal, mas sem sal. Então não aconteceu nada mais que dois beijos.
E então, eu conheci o Eddy. O melhor beijo que eu já tive foi com ele. Eu não consegui sentir nada por ele, só gostar do beijo. Ele queria namorar comigo por ter uma imagem idealizada minha na cabeça. Queria que eu fosse alguém que eu não era. Então o mandei pastar. A verdade é que talvez o Eddy só tenha se "apaixonado" pela aparecia, ou seja por uma Nadja idealizada.
E por último vem o Pedro, o famosinho YouTube. Não foi um beijo ruim até. Mas ele é alguém tão confuso e complicado como eu, se não, mais. Não é alguém que vá se estender por muito tempo na minha vida. Oficialmente, a minha história com ele ainda não terminou. Mas é só questão de tempo visto que...

 

Lídia foi abruptamente tirada da leitura pela voz alta e autoritária da avó que veio de fora do quarto. A voz ordenava que ela fosse jantar imediatamente.


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Notas finais do capítulo

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