Choices of the heart - A guerra escrita por DrewDeh


Capítulo 3
Reencontro




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Point of View – Kylie Benson 

—Mãe. — falei abrindo a porta de casa — Mãe! — a chamei novamente, só que mais alto.  

—Kylie? — sua voz soou surpresa, vi sua figura sair do corredor e logo correr até mim. — Meu Deus! Você está viva? Onde esteve?  

—É uma longa história, só importa, que estou aqui. — disse a abraçando.  

—Você está machucada? Quem é essa? — ela me olhava, mas acabou olhando por cima dos meus ombros e vendo Astra.  

—Minha criada no palácio. — disse a olhando.  

—Sou Astra. — A morena disse se apresentando 

—Eva. Vocês estavam juntas? — minha mãe perguntou desconfiada. Respirei fundo levantando minha mão e em um movimento fiz minha mãe paralisar.  

—Kylie! — Astra gritou e eu revirei os olhos.  

—Ela está enchendo o saco. — disse sem paciência.  

—Você está a um ano sumida, não sente falta dela? Você não é assim.  

—Está bem. — disse emburrada desfazendo a magia.  

—Sim, fomos sequestradas após a queda do avião, conseguimos fugir somente agora. — Astra explicou e eu me sentei no sofá.  

—Sequestradas? Meu Deus! Eu disse para não entrar nessa seleção, Kylie.  

—Estou bem agora, mãe.  

[...] 

Já tinha amanhecido e eu já estava com minhas roupas normais. Astra ainda dormia e minha mãe já tinha saído de casa. Batidas na porta me fizeram andar até ela, sorri largo ao ver Alex e Jasmine.  

—Meninas! — disse as abraçando juntas, elas corresponderam imediatamente me fazendo sorrir largo.  

—Não acredito que você está viva. — Alex falou saindo de meu braço, logo Jasmine saiu e as duas ficaram me olhando.  

—Entrem! — dei espaço para elas e fechei a porta. — Sim, estou viva. Na verdade, foi um ano bem legal. — falei sorrindo.  

—Onde estava? Você está machucada. — Jasmine falou me olhando atentamente.  

—Estou, mas não de verdade. — disse e passei a mão pelo meu corpo.  

—Você aprendeu? — Alex perguntou surpresa me encarando.  

—Sim, muita coisa. Estava em um acampamento secreto de magia.  

—Mas o rei os caçou. — Jasmine me olhou confusa.  

—Sim, por isso secreto. São os que sobraram. Aprendi tudo que podia nesses meses, mas como Justin já está bem tive que voltar.  

—E os hematomas? — Alex perguntou curiosa, ri fraco.  

—Meu motivo para ter sumido um ano. Todas as selecionadas foram encontradas vivas ou mortas, menos eu. Não posso contar a verdade para eles. Eu seria morta.  

—Qual sua história? — ri fraco me sentando no sofá 

—Sequestro. — disse dando de ombros.  

—O que você aprendeu lá?  

—Muitas coisas. Descobri mais sobre meu dom da cura. Essa é o motivo para Justin está vivo, duas vezes. 

—Como? Dom? — Alex estreitou as sobrancelhas e eu ri fraco.  

—Ao que parece quando o avião caiu, o príncipe caiu no lago e morreu. Eu vi seu corpo e trouxe para a terra, quase morri, mas deu certo. — Elas riram — Então, em um surto de raiva porque eu descobri com ele morto que eu o amo, acabei trazendo ele de volta a vida.  

—Você o ama? — Jasmine perguntou puxando meu braço.  

—Sim. — falei envergonhada. — Justin é totalmente diferente do Brian. Isso é amor, pelo Brian era apenas uma ilusão. 

—Até que fim! — Jasmine comemorou me fazendo ri.  

—E a segunda vez? — Alex perguntou interessada na história.  

—Descobri como me transportar de um lugar para o outro e consegui fazer isso para o quarto do hospital dele a seis meses. Então, usei meu poder de cura nele. Parece que deu certo. — Ri fraco.  

—Como é fazer magia? — a ruiva perguntou.  

—Estranho. Todos nós temos um tipo de limite e se ultrapassarmos acabamos pagando por isso.  

—Como? — Jasmine perguntou e só então percebi que seu cabelo estava preto novamente.  

—Gostei da sua nova cor de cabelo. — Ri fraco e ela olhou para o próprio cabelo.  

—Obrigada. Agora responda. — Suspirei  

—Quando eu fui ao hospital, Justin estava mais machucado do que eu poderia aguentar, ou a junção da ida e volta com a cura passou meu limite, mas quando voltei ao acampamento meu nariz sangrou. Nunca me disseram o que pode acontecer, só disseram que eu não posso passar esse limite.  

—Você não perguntou? — Alex perguntou brava. 

—Não, ninguém pode saber que eu fiz isso. Só vocês. Me prometam que não vão contar a ninguém. — pedi intercalando meu olhar nas duas. — Por favor!  

—Ninguém vai saber. — Jasmine me assegurou e eu respirei aliviada. 

—Logo, eu devo voltar ao castelo. — Suspirei me levantando.  

—Não quer? — Alex me olhou confusa. 

—Quero, vocês não têm ideia da saudade que sinto de Justin, mas agora é um grande risco para mim. — As olhei e mordi meu lábio inferior. — Eu fazia alguns truques quando entrei lá, agora eu sei fazer magia de verdade. Eu sei me controlar, tudo mais, só que posso me descontrolar e acabar fazendo.  

—Você consegue. — Fechei meus olhos respirando fundo. Batidas na porta fizeram eu dar um pulo. Olhei para as meninas e fiz um sinal para que elas se comportassem.  

Abri a porta e sorri sem mostrar os dentes para Davis. Abracei meu segurança que foi retribuído na mesma intensidade, mas então lembrei que tinha tirado meus machucados e rapidamente mexi minhas mãos fazendo eles reaparecerem.  

—Não acredito que você está bem. — Nicolas falou e eu senti o chão sumir de meus pés, o rapaz me apertou mais forte, me colocando no chão em seguida.  

—Estou, só com alguns machucados. — disse me soltando dele.  

—Achei que tínhamos te perdido. — Sorri de lado abaixando a cabeça.  

—Não, ainda não. — Ri fraco, olhei por cima dos ombros de Nicolas vendo a única pessoa que poderia fazer meu coração disparar. Era inevitável não sorrir.  

—Kylie. — Justin disse baixo, parecia não acreditar no que via. Nicolas deu um passo para o lado deixando o caminho livre para mim e o loiro.  

—Alteza! — falei fazendo uma reverencia, que foi interrompida com Justin me puxando para seus braços.  

—Não faça isso, por favor. — Ele pediu, me deixando sem folego de tão forte que me apertava. Correspondi o abraço e fechei os olhos sentindo seu cheiro, apreciando seu toque e tudo mais que vinha dele.  

—O que exatamente? — perguntei me soltando dele.  

—Sumir por tanto tempo. — disse segurando meu rosto com suas enormes mãos. O loiro puxou meu rosto para próximo do dele para que pudéssemos juntar nossos lábios. Uma corrente elétrica passou pelo meu corpo, coloquei minhas mãos em seu rosto desfrutando daquele momento.  

—Eu não queria. — falei após me afastar do príncipe.  

—O que aconteceu? — Justin perguntou preocupado. Abaixei a cabeça, teria que parecer convincente.  

—Eu não sei bem, desmaiei e quando acordei estava em um local escuro. Eles nos alimentavam, tinha um banheiro improvisado. Então, me trocaram de lugar para um tipo de quarto e aí encontrei a Astra. Não sabia quanto tempo passei ali, até chegar em casa. Não dava para saber se era dia ou noite. - Justin segurou meus braços, tentava me segurar. Ele deu alguns passos me segurando até chegarmos no sofá.  

—Como escapou? — ele perguntou e eu o olhei.  

—Eles iam nos levar para outro lugar, eu acho. Nos amarraram com cordas e colocaram vendas em nossos olhos. Então, estávamos em um caminhão que deu defeito. Aproveitei para tentar fugir. Nós conseguimos fugir, corremos por tanto tempo até chegarmos aqui. Eu nem acreditei que tinha chegado aqui. — falei com os olhos cheios de lagrimas, Justin me abraçou e eu pude ver minhas amigas, me repreendendo com o olhar.  

—Agora você está bem, iremos acha-los. — Justin falou firme alisando minhas costas.  

—Não precisa, só quero está em casa. — Me afastei dele, que beijou minha testa.  

—Nós iremos para o palácio. — Justin se levantou e eu o olhei confusa. — A seleção voltará em uma semana. São 7 selecionadas na disputa. Ajeite suas coisas.  

—Por que tão rápido? — perguntei me levantando.  

—Só faltava você. — Sorri de lado com sua resposta — Se ajeite para irmos embora, logo.  

—Sabe que eu cheguei agora, passei um ano longe da minha mãe, Justin. — disse encarando o loiro.  

—Eu sei, tudo bem. Fiquei até a próxima semana, você volta com todas as selecionadas — ele falou com toda sua pose de príncipe, mas dava para notar que ele estava triste.  

—Vem cá. — Segurei sua mão indo até meu quarto, então lembrei que Astra estava lá.  

—Alteza! — a morena surgiu na porta do meu quarto, já estava pronta.  

—Astra. — Justin sorriu, abraçando a criada. — Fico feliz por esta bem. Precisa de algo? — perguntou olhando a morena, que negou. 

—Estou bem, alteza. Obrigada. — Ela sorriu — Deixarei vocês a sós. — Astra me olhou e então passou por nos. Entrei no quarto com Justin.  

—O que quer dizer? — ele perguntou fechando a porta atrás de si.  

—Você não pode me colocar contra a parede assim, Justin. — falei me virando para ele.  

—Me desculpa. — O loiro pediu passando a mão em sua nuca, parecia nervoso. — Foi horrível saber que você não tinha sido encontrada depois de seis meses do acidente.  

—Foi horrível ver seu corpo boiando no lago, sem vida.  

—Eu não estava sem vida. — Ele riu — Se tivesse, eu não estaria aqui. — Ri fraco assentindo. 

—Você entendeu. Todos achamos que você tinha ido.  

—Já me contaram a história. Você me achou boiando, tentou me salvar, se afogou. Davis te salvou, voltou para me salvar e então acharam que eu estava morto. Eu estava ali, você sumiu, Kylie. Por um ano, dozes meses. Por mais que eu estivesse "morto" sabíamos onde eu estava, achamos tudo do acidente menos vocês duas.  

—Você estava desacordado metade desse tempo. — falei o encarando. 

—Sim, estava. Não quer dizer que não senti sua falta quando acordei e nos outros seis meses. — Suspirei.  

—Eu sei. Só do jeito que sentimos falta um do outro, eu também senti da minha mãe. Não foi só um ano longe dela, tem o tempo da seleção.  

—Algo mudou nesse tempo? — Justin perguntou dando um passo para frente, segurou minha mão e fitou meus olhos.  

—Não, Justin. Só foi um tempo conturbado. — Me sentei na cama respirando fundo — Não quero voltar agora para aquela vida. Você sabe melhor do que ninguém o quanto sua vida é diferente de mim. Não estou preparada para voltar ao seu palácio logo de cara.  

—Tudo bem. — Ele suspirou — Você volta com todas as selecionadas, afinal tem que ser tudo igual para todos.  

—Sabemos que não é. — disse rindo, me levantei ficando na sua frente, segurei suas mãos entrelaçando nossos dedos.   

—Sabemos sim. — Ele riu e olhou para o chão. Justin levantou seu rosto e eu pude olhar seus lindos olhos caramelados. — Ainda assim, precisamos seguir as regras.  

—Isso não quer dizer, que você precisa ir embora agora. — disse em um tom sugestivo me aproximando mais dele. Justin umedeceu seus lábios, sorrindo de lado.  

—Não preciso mesmo. — O loiro falou soltando minhas mãos e segurando meu pescoço juntando nossos lábios.  


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