abençoado seja o dia das bruxas escrita por morphmagus


Capítulo 1
único


Notas iniciais do capítulo

Iai, meus anjos
Depois de muito tempo, eu voltei com essa one fofinha

Amo vocês, aproveitem!
Feliz Halloween!



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  James caminhava de um lado para o outro dentro do próprio quarto, estava estupidamente nervoso. Se sentia desconfortável com aquela fantasia estúpida que Sirius praticamente o obrigou a vestir. Que tipo de adolescente normal se vestia de John Lennon no halloween? Aquele terno branco era péssimo e a peruca e a barba falsa eram ainda piores. Mas é claro que Sirius Black ia inventar que todos os quatro deveriam sair combinando. E ainda por cima com a roupa da icônica foto da Abbey Road. Não entenda mal, não é como se James não gostasse dos Beatles, ele os amava, mas era o cumulo vestir aquilo para ir numa festa de halloween.

  Ouviu a buzina insistente e os garotos gritarem por ele, terminou de ajeitar a peruca e saiu do quarto, trancando a porta em seguida (Charlus, seu irmão mais novo tinha a mania de fuçar suas coisas). Desceu a escadas de dois em dois degraus, beijou a bochecha de sua mãe assim que a encontrou perto da saída da casa, saiu da mesma e caminhou rapidamente até o carro de Remus Lupin.

  No instante em que entrou no carro e olhou para Peter Pettigrew no banco de trás, com uma peruca e aquelas costeletas, James começou a gargalhar. Aquele era o Ringo Starr mais hilário que já havia visto. Em seguida, olhou para Remus, que estava ao lado de Peter, de terno, descalço e com os cabelos bagunçados em uma imitação perfeita de Paul McCartney. Sirius, que estava dirigindo, estava com uma calça boca de sino e uma blusa de botões, ambos jeans, na sua melhor versão sedutora como George Harrison. Ele e Remus tinham tido mais sorte que os outros, não precisaram de perucas, apenas Sirius colocou uma barba falsa.

  Assim que as gargalhadas cessaram, James cumprimentou os garotos e eles, finalmente, seguiram rumo à festa.

  —Como se sente indo à uma festa da Evans? —Sirius sentia um enorme prazer em importunar James e jamais perderia aquela oportunidade.

  —Não enche, Black. —Mostrou o dedo do meio. —Já tô com essa merda de fantasia, não preciso de você me enchendo.

  —Ué, achei que você fosse o maior fã dos Beatles de Londres. —Peter se pronunciou.

  —Tem uma grande diferença entre ser fã e se fantasiar dos Beatles.

  —Tenho certeza que vai conquistar a Evans desse jeito, Jay-jay. —Sirius mantinha um sorriso malicioso, enquanto olhava de esguelha para James. —Ouvi falar que ela gosta da banda.

  —Posso até gostar da Lily, mas não chegaria a esse ponto, Padfoot. 

  A tal Lily Evans que eles falavam era uma garota que estudava com James desde o jardim de infância e por qual ele sempre fora apaixonado. Ela era a garota mais linda que James conhecia. Os cabelos ruivos, olhos verdes, a pele clara cheia de pequenas sardas. Tinha doze anos quando olhou para a menina, que até aquele momento era apenas mais uma garota chata que estudava com ele, de forma diferente. Ele descobriu o quão bonita ela era e tinha o desejo de ter seu primeiro beijo com ela, o que não aconteceu (duas semanas depois de descobrir Lily, James deu seu primeiro beijo com Hestia Jones na escadaria de Hogwarts). Desde então, Evans estava sempre presente em seus pensamentos e era o maior alvo de seus convites para encontros e das brincadeiras, o que ele achava que era a melhor forma de conquistar alguém, funcionava com as outras, por que não funcionaria com Lily?

  Mas, foi apenas aos quase dezesseis anos que James Potter finalmente admitiu que estava apaixonado por Lily Evans. Há um ano atrás, ele percebeu que amava o jeito dela, que amava ouvi-la falar sobre livros ou sobre qualquer coisa, que amava quando o sol iluminava seus cabelos vermelhos, que amava o brilho de seus olhos verdes, e que amava, principalmente, os sorrisos discretos quando ele lhe contava alguma piada. Merlin, James amava Lily.

  Percebeu que havia se perdido em seus pensamentos quando o carro estacionou em frente a uma casa completamente decorada de forma esquisita e assustadora. James nem ao menos havia reparado nas brincadeiras que Sirius fez com ele durante o trajeto. Desceu do carro, esperou que os outros fizessem o mesmo para que pudessem entrar em casa. Parou um instante para observar a casa, o jardim do mesmo estava com vários fantasmas espalhados, algumas lanternas de aboboras iluminavam parcialmente, falsas teias de aranha se estendiam pelas colunas da varanda e uma bruxa verde quase se camuflava em um arbusto. Dali James podia ver que havia tabuas nas janelas do andar superior, entre uma tabua e outra havia uma cabeça e dois braços, como fosse alguém tentando fugir. Ele tinha que admitir, aquela era uma das melhores decorações de halloween que já havia visto.

   Nem havia dado vinte passos quando tomou o primeiro susto. Uma aranha gigantesca caiu em sua frente, batendo em seu rosto. Reprimiu um grito que seria vergonhoso e continuou entrando na casa. Lá dentro a decoração estava tão boa quanto o exterior. Velas brancas com sangue escorrendo e lanternas com cabeças de bonecas iluminavam o lugar (além das luzes de boate no centro da sala), ponches vermelhos e com olhos dentro estavam espalhados pelas mesas, conseguiu ver algumas bolsas de soro cheias de bebidas penduradas em uma parede, além de vários bichos e manchas de sangue por todo o lugar.

  Ouviu Sirius e Remus avisarem que iam dar uma volta. Olhou ao redor, procurando por Peter e o encontrou atacando a mesas com doces estranhos, nada de surpreendente quando se fala de Peter Pettigrew. James estava sozinho em uma festa lotada de adolescentes bêbados e fantasiados. Decidiu andar por aí por não ter nada melhor para fazer.

  Bebericava um ponche enquanto cumprimentava os conhecidos. Haviam pessoas de todas as escolas que ficavam ao redor daquele bairro. Viu Sirius e Remus dando uns amassos em um canto qualquer, mas parou de olhar no momento em que Marlene McKinnon se juntou aos dois. Não tinha nada contra a garota e muito menos ao relacionamento dos três, mas quando eles se juntavam era quase como ver um filme pornô.

  Continuou caminhando pela casa até chegar em um canto mais afastado onde tinha um sofá, jogou-se desleixadamente no mesmo. Sentiu uma pequena movimentação ao seu lado, então foi se virando lentamente. Mas nada e nem ninguém iria lhe preparar para aquele susto.

  —Caralho! —Gritou, se afastando da pessoa. —Puta que pariu, que susto da porra, garota.

  —Te assustei? —A garota falou com a voz arrastada. —Não era a minha intenção, Potter.

  —Lily? —Depois de se recuperar do susto, ele conseguiu reconhecer a garota.

  —Achei que não ia me reconhecer.

  —Eu sempre te reconheço.

  Ficaram em silêncio, sentados lado a lado. James a observou discretamente, analisando sua fantasia. Lily estava assustadora.  Os cabelos ruivos presos em um coque com uma coroa preta enfeitando, estava mais pálida que o normal, ao redor dos olhos estava escuro, ela usava lentes amarelas, uma cruz de cabeça pra baixo no meio da testa, os lábios pintados de vermelho, as presas expostas e sangue escorria até seu pescoço onde começava a gola de seu vestido que era negro em cima e descia num degrade até ficar vermelho sangue nas pontas. Os braços estavam descobertos e tinham braceletes, além de vários anéis nos dedos. A expressão demoníaca só a deixava mais assustadora. Como sempre ela havia feito a melhor fantasia da festa.

  —É uma bela fantasia, Evans.

  —Obrigada, Potter. —Lily alisava a saia do vestido e olhava para o nada.

  —Está tudo bem? —Ela o encarou com as sobrancelhas erguidas, uma pergunta silenciosa.  —Você está aqui, sentada em um canto escuro, ao invés de estar dançando e bebendo como os outros. E eu sei que você gosta de uma boa festa, Lily.

  —Você também gosta de uma boa festa, Potter. E está aqui, nesse canto escuro, ao invés de estar dançando e bebendo. Ou beijando várias bocas, como você sempre fez.

  —Não me sinto disposto a dançar com essa fantasia ridícula. —Lançou um olhar irritado para um Sirius completamente distraído do outro lado do cômodo. —E faz muito tempo que não saio beijando várias bocas por aí.

  —Ah, é uma bela fantasia. O grande John Lennon. —Era claro o tom de ironia na voz da garota. —Uau, por que o grande conquistador James Potter não está pegando ninguém?

  —Porque estou apaixonado por uma garota que me odeia.

  James pode ver com clareza Lily ficar desconcertada o que ele disse. Também era óbvio que ela achava tudo aquilo uma baboseira e a maior mentira que já ouvira. Ficaram mais uma grande porção de minutos em silêncio, ele parecia pesado demais para ser quebrado.

  —Vamos sair daqui, Potter.

  Lily se levantou e olhou sugestivamente para ele, incitando-o a fazer o mesmo. Impaciente, pegou a mão dele e o puxou para cima, usando toda sua força para força-lo a levantar.  Assim que conseguiu, começou a arrasta-lo em direção a saída. Levaram vários minutos para conseguir passar por todas as pessoas aglomeradas na casa. Quando, finalmente, estavam do lado de fora, Evans soltou sua mão e saiu andando no meio da rua.

  —Evans? —James chamou e como resposta obteve apenas um olhar da mesma. —Para onde vamos?

  —Relaxa, Potter. Não vou te sequestrar, nem te levar para algum lugar proibido. —Respondeu, debochando dele. —As vezes você é certinho demais, Potter. É impressionante.

  —Não sou certinho demais, Evans. —Reclamou. —Só não acho que sair andando por aí sem rumo de madrugada não seja uma das melhores ideias.

  —Quem disse que estou sem rumo? —Arqueou as sobrancelhas em desafio. —Vamos logo, não seja chato. 

  Continuou andando deixando James escolher se iria segui-la ou não. A escolha do garoto era óbvia. Depois de andar cerca de 10 minutos em linha reta, Lily virou de repente em uma esquina, entrando em um beco deserto e suspeito demais. Receoso, James a seguiu, subindo uma escadinha que tinha no fim do beco. Andaram mais alguns minutos por uma rua ainda mais deserta e pararam em frente a uma lanchonete antiga. Entraram na mesma e Lily cumprimentou os funcionários como se já os conhecesse há muito tempo, o que deveria ser verdade.

  —Aonde estamos? —Para James aquele não parecia ser o melhor lugar para comer, não que ele fosse preconceituoso, mas o lugar não parecia em tão boas condições.

  —Três Vassouras. —Lily sentou em uma mesa perto da janela. —Uma lanchonete, caso não tenha percebido.

  —Como conheceu isso aqui?

  —Dorcas mora aqui perto, me mostrou o lugar e desde então eu sempre venho aqui.

  Potter apenas assentiu com a cabeça, sem saber o que responder. Olhava ao redor quando uma senhora de avental e com um bloquinho na mão parou na mesa deles. Lily levantou para abraça-la, a senhora beijou as bochechas dela sem se importar com a maquiagem exagerada. Evans fez o pedido a mulher que saiu em seguida, provavelmente para fazê-los.

  —Quem é? —James não conseguiu conter sua curiosidade por muito tempo.

  —Madame Rosmerta, a dona daqui. —Lily se virou para olha-lo. —Você por ir embora, Potter.

  —O quê? —A olhou incrédulo. —Está me expulsando de um lugar público, Evans?

  —Não seja idiota. —Revirou os olhos. —Você não parece muito afim de estar aqui.

  —Não te deixaria sozinha, Lily.

  Foi a vez da garota não saber o que responder. Entraram em um silêncio mortal até que Madame Rosmerta voltasse com os pedidos.

  —Uau, isso aqui é maravilhoso. —James falou de boca cheia.

  —O melhor hambúrguer de Londres. Isso é para você aprender a não julgar um livro pela capa, Potter.

  —James.

  —O quê? —Lily perguntou, confusa.

  —Já que vamos passar a madrugada juntos você deveria me chamar de James e não de Potter.

  —Vou tentar, mas não posso prometer nada. —Riu baixo. —São muitos anos de costume, James.

  Seu nome nunca lhe pareceu tão bonito quanto naquele momento, sendo pronunciado por Lily. Por Merlin, James se sentia num daqueles clichês americanos, em que tudo que a garota fizesse era perfeito. Mas Lily era maravilhosa, a mulher mais linda que James já havia visto (depois de sua mãe, é claro).

  Depois de terminar de comer e Lily ter pago o lanche (depois de muita briga, já que James queria pagar, ela conseguiu engana-lo e pagou), eles saíram dali e começaram a andar sem rumo. Conversavam algumas besteiras, como filmes que haviam acabado de serem lançados e séries.

  De repente, Lily começou a correr em direção a Merlin sabe onde. Um pouco atordoado, Potter correu atrás dela tentando não cair naquela rua escura. Quando finalmente a alcançou, encontrou a garota sentada em um balanço velho no meio de uma pequena praça. Ofegante, James se jogou no balanço ao lado. Ele tentava não morrer de cansaço, enquanto Lily fazia o balanço ir cada vez mais alto.

  —Você não deveria fazer isso, esse balanço não parecer ser muito forte.

  —Não vou cair, Potter. —Gargalhou ainda se balançando. —Por que escolheu essa fantasia, James?

  Ele olhou para si mesmo, quase tinha esquecido que ainda estava com aquela fantasia ridícula. A peruca e a barba falsa já se encontravam devidamente jogados em uma lixeira qualquer, a única coisa além do terno que ele matinha era os óculos, já que James era quase cego sem eles. Maldita miopia.

  —Perdi uma aposta com o Sirius.

  —Como assim vocês apostaram a fantasia? —Perguntou em meio aos risos.

  —Sirius queria que nós quatro nos fantasiássemos dos Beatles, eu queria que fosse de Star Wars. —Lily riu alto, arrancando risos dele também. —Qual é? Eu seria o Han Solo, Peter seria Obi Wan, Remus seria Luke e Sirius seria a Princesa Leia. Ia ser perfeito, Lily.

  As risadas de Lily aumentaram ainda mais, o que a fez cair do balanço e continuar rindo sentada no chão. Ela ficou ali, jogada, rindo por vários minutos enquanto James a observava.

  —Tenho certeza que o Black adorou a ideia. —Levantou, depois de ter se recuperado da crise e sentou no balanço. —E os outros dois?

  —Remus disse que adoraria ver o Sirius de Leia e Peter, como maior fã de todos os tempos, preferiu os Beatles. —Rolou os olhos. —Aí ficou essa indecisão e o Sirius teve a brilhante ideia de fazer uma aposta, quem de nós dois ganhasse três partidas de futebol no videogame escolheria a fantasia.

  —Vocês são inacreditáveis.

  Continuaram ali, conversando por várias horas. Quando o sol estava quase surgindo eles decidiram que era hora de ir embora. Voltaram pelo mesmo caminho. Seria uma longa caminhada.

  —Por que me odeia? —Em certo momento durante o trajeto, James tomou coragem para perguntar o que sempre quis saber.

  —Não te odeio. Nunca odiei.

  —Então porque me tratava daquele jeito?

  —Você era um garoto estúpido de doze anos que vivia me chamando para sair em um encontro. Com aquela idade a única coisa que eu pensava era em brincar com Marlene e Petúnia. —Ambos riram. —E depois você se tornou um maldito conquistador, eu via várias garotas chorando por você pelos cantos de Hogwarts. E você ainda tinha a coragem de me chamar para sair toda vez. 

  —Eu nunca iludi essas garotas, todas sabiam que era coisa de um dia só. Eu nunca dei esperanças a nenhuma delas, Lily. —Falou olhando nos olhos cobertos pelas lentes. —Todas sabiam a verdade.

  —E mesmo saindo com todas essas garotas, começaram a dizer que você era apaixonado por mim. Não tinha como acreditar, James.

  —Mas é a verdade. —Passou as mãos na calça para secar o pouco de suor que se acumulava. Nunca havia dito aquilo diretamente para ela. —Eu sou malditamente apaixonado por você desde que eu tinha catorze anos, mas só há pouco tempo eu tive coragem de admitir.

  Depois disso, ambos ficaram em silêncio. Não sabiam o que falar. Mal sabiam o que pensar.

  O barulho do vento gelado era o único som em meio a quietude que se prolongou entre eles. James viu que Lily morria de frio, por isso tirou o paletó e colocou sobre os ombros da garota, que rapidamente enfiou os braços nas mangas e enrolou-o no corpo, tentando se aquecer.

  Chegaram a casa da garota alguns minutos depois, que àquela hora já estava completamente vazia (exceto por Marlene e Dorcas, que dormiriam ali). Pararam em frente a porta e ficaram apenas se olhando por alguns segundos. Lily levou uma das mãos ao rosto dele, acariciando a bochecha, depois desceu pousando-a no pescoço de James. Se aproximou lentamente e pressionou os lábios em um beijo calmo. Quando se separaram, Evans devolveu o paletó a ele e abriu a porta, entrando rapidamente e fechando-a em seguida.

  Ele ainda ficou alguns segundos encarando a madeira branca com teias sem realmente acreditar no que tinha acontecido. Então, desceu os poucos degraus e começou a caminhar para casa. Não tinha ideia do que pensar sobre o que tinha acabado de acontecer.

  Lily havia o beijado. Por Merlin, Lily o beijou!

  Não sabia se a garota sequer olharia na sua cara amanhã e muito menos sabia o que aconteceria dali em diante. A única coisa que sabia era que nunca se sentira tão grato por uma festa de halloween como naquele instante.

  Abençoado seja o Dia das Bruxas. 


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Notas finais do capítulo

Fantasia da Lily:
https://br.pinterest.com/pin/303852306107238815/
Fantasia James:
https://i.pinimg.com/originals/be/37/bf/be37bf5c00634f69a0502b330bf44e17.jpg

Espero que tenham gostado, meus amores.
Até a próxima,
morphmagus.



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