Hasta que llegues tu escrita por Hanna Sus 2


Capítulo 36
Capítulo




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Fernanda chegava na delegacia acompanhada de Daniel e Marina, ela logo avista Luiz Henrique sentado no sofá, chorava silenciosamente, ela corre até ele ajoelha em sua frente e o abraça, ele retribui o abraço, estava desesperado, não conseguia crer que aquilo estava mesmo acontecendo.

Luiz Henrique: Ela se foi Fer, se foi. Minha mãezinha.

Fernanda: Eu sinto muito meu amor. Eu sinto muito. 

Luiz Henrique olha para Marina e se levanta, então ela vai até ele e os dois se abraçam, Marina sentia se repetir a dor de perder uma mãe, como era traiçoeiro o destino, sempre a deixando desamparada.

Sergio observava seus filhos, estava triste por eles, mas ele queria Luiza e essa era a única maneira de tê-la.

Sergio: Vou começar o preparativo para o funeral.

Fernanda: Acho que meu pai que deveria cuidar disso senhor.

Sergio: Mas ele não está aqui não é, e a mãe dos meus filhos merece um funeral digno.

Sergio sai sem falar mais nada, queria enterrar logo aquele corpo, queria acabar logo com isso.

Fernanda: Aonde está meu pai amor?

Luiz Henrique: Eu não sei, ele saiu, não me disse onde ia.

Daniel: Vou tentar falar com ele.

Daniel ligou para Otavio diversas vezes, mas todas as ligações foram ignoradas por ele. Ele não estava pronto para as palavras de consolo, sentia raiva, desespero, não queria acreditar que aquilo estava acontecendo.

****Sala da Capitã****

Hanna estava sentada em sua mesa, pensativa, ela era durona, mas sentia a dor das famílias que perdiam seus entes queridos, ela sofria junto com eles. Estava tão perdida em seus pensamentos que não ouviu baterem na porta, foi tirada de seus pensamentos por Clara.

Clara: Capitã, posso entrar? ... Capitã?

Capitã Hanna: Oi Clara, desculpe, está ai a muito tempo?

Clara: O suficiente para perceber sua frustração.

Capitã Hanna: Você sabe como fico quando esse tipo de situação acontece.

Clara: Ainda não se acostumou com os males do oficio?

Capitã Hanna: Não vou me acostumar nunca. Mas diga, o que você quer?

Clara: Então capitã, eu não quero especular e nem fazer acusações injustas sem ter certeza, por isso gostaria que você me autorizasse a refazer a autópsia do caso da Luiza?

Capitã Hanna: Mas porquê? O que você encontrou de errado?

Clara: Bom, eu vi de relance os registros dentários, e me lembro de ter umas discrepâncias, mas o que mais me chamou atenção foi as queimaduras, eram para ser mais profundas pelo tempo que ficou exposto ao fogo.

Capitã Hanna: E isso significa o que? O que está querendo dizer?

Clara: Bom, eu acredito que aquele cadáver estava resfriado.

Capitã Hanna: Então você está me dizendo o corpo estava congelado?

Clara: Tudo indica que sim.

Capitã Hanna: Então existe a possibilidade de Luiza está morta a mais tempo?

Clara hesita um pouco, não queria trazer falsas esperanças.

Clara: Na verdade, existe a possibilidade daquele corpo não ser da Luiza.

Capitã Hanna: Você acha que o Juan iria errar tanto assim.

Clara: Não acho que ele errou, você lembra quando disse que desconfiava dos atestados de morte dos suspeitos de envolvimento com tráfico, você me disse para fazer acusações somente quando eu tivesse certeza, e preciso examinar aquele corpo pra isso. Sem contar que era para mim ter feito a autopsia, mas ele não deixou, fez questão de ele mesmo fazer, não me deixou nem acompanhar.

Capitã Hanna: Ta ok, eu autorizo que refaça a autopsia, mas faça isso com descrição e sozinha, eu vou pedir para levar os documentos da autopsia pra você, não melhor, eu mesmo levo até você, vou acompanhar tudo.

Clara: Está bem, te espero na sala de autopsia.

***Em algum lugar próximo ao acidente***

Uma jovem entrava no estaleiro para escrever, ela adorava aquele lugar pois ninguém te importunava lá. Ela escrevia em seu computador sua história, quando um barulho no fundo do estaleiro a assusta. Ela apanha um punhal que estava próximo, se levanta e vai em direção do barulho.

Moça: tem alguém ai?

Ela aguarda alguns segundos, até que Lucas se levanta, ela segura mais forte o punhal e fica na defensiva, Lucas então levanta os braços se rendendo.

Lucas: Calma moça, por favor, eu preciso de ajuda.

Moça: Quem é você?

Lucas: Lucas, eu me chamo Lucas, escuta, eu estou aqui porque fugi de sequestradores.

Moça: Não minta pra mim, esse tipo de brincadeira não tem graça.

Lucas: Eu não estou mentindo. Olha, eu estou muito machucado e um pouco zonzo, então vou me sentar um pouco ok, por favor não me bate com isso ai, ok. Me diga, como se chama?

Moça: Nina. Como sei se posso confiar no senhor.

Lucas pegou no bolso sua carteira e jogou para ela, ela agachou e leu os documentos dele.

Nina: Você é médico?

Lucas: Sim, especialista em oncologia.

Nina: É o que eu quero estudar.

Lucas: Que legal Nina. Logo seremos colegas então. Nina você tem meios de locomoção, um carro?

Nina: Tem a caminhonete do meu pai, quer que eu te leve ao hospital?

Lucas: Preciso que me leve a delegacia na cidade. Pode me ajudar?

Nina: Tudo bem, te levo lá.

Nina ajudou Lucas a chegar na caminhonete e ele entrou e se escondeu, ela correu para o banco do motorista, deu partida e saiu, ela sabia que era loucura mas acreditou nele, mas ela estava preparada para pegar a arma no porta luvas se fosse necessário.

Em mais ou menos 30 minutos os dois chegaram na delegacia, Nina foi conversar com o policial na recepção que a informou que a capitã havia saído a pouco tempo da sala dela, mas que retornaria em breve.

Lucas viu a sala da capitã e foi em direção dela disfarçadamente, então ela se apressa atrás dele.

Nina: Hey, aonde você estava indo.

Lucas: Não é seguro pra mim ficar na sala de espera, então vou esperar na sala da capitã.

Nina: Ok, eu te ajudo a entrar lá sem que ninguém veja.

Nina ajuda ele a entrar na sala, e logo vai atrás dele.

Nina: Vou ver se n banheiro tem alguma coisa pra limpar esses machucados.

Lucas: Seria bom, tomara que tenha algum analgésico também.

Nina voltou pouco tempo depois com um kit de primeiros socorros, ela então ajuda Lucas a fazer os curativos.

***Cativeiro Luiza***

Luiza estava sentada no chão abraçando as pernas, já não conseguia nem chorar, estava ali, esperando, ela nem sabia o que esperava mas esperava.

Zuleide: Minha menina, o que tem? Se sente mal?

Luiza: Ah Zuleide, Lucas está morto por minha causa, ele não merecia ter passado por isso.

Zuleide: A culpa não é sua menina, o culpado e o senhor Sergio.

Luiza: Zuleide, me ajuda a sair daqui? Me ajuda a fugir.

Zuleide: Eu não posso menina, eu gostaria mas não posso. Ele ameaçou minhas filhas, eu não posso coloca-las em risco.

Luiza: Ah Zu, eu sinto muito pela senhora também estar passando por isso.

Luiza abraça Zuleide que a acolhe como uma mãe.

Zuleide: Eu não vou deixar ele te machucar, eu prometo. Mas eu acho que você devia comer menina, deixar seu corpo, sua saúde forte, vai que aparece uma chance de sair daqui, vai precisar ter força não acha?

Luiza: Tem razão, vou comer.

Zuleide: Otimo.

As duas vão até a mesa que á no quarto, e Luiza come o lanche que Zuleide tinha lhe preparado.

****

—--Na delegacia---

Otavio estava de volta a delegacia, queria ver de novo o corpo que ele acreditava ser o de Luiza, ele agradeceu não ter encontrado com ninguém conhecido no caminho, ainda não queria encarar ninguém, ele vai em direção a sala da capitã quando é parado por uma policial.

Policial: A capitã não está ai senhor.

Otavio: Sabe me dizer aonde ela está.

Policial: Na sala de autopsia, no necrotério.

Otavio: Está bem, obrigado.

Otavio segue rumo ao necrotério, e entra sem nem bater, estava tão transtornado que essas formalidades não lhe interessava, ele caminha até a porta de onde ouvia vozes.

Clara: Ah meu Deus.

Capitã Hanna: O que foi? Fala Clara.

Clara: Eu estava certa capitã. Esse cadáver não Luiza Maldonatto.

Otavio: Como é que é.

Hanna não teve tempo nem de pensar, foi um susto atrás do outro, primeiro a revelação de Clara e depois o susto ao ouvir a voz de Otavio.

Capitã Hanna: Otavio o que faz aqui?

Otavio: Não é a Luiza? Não é a minha Luiza.

Capitã Hanna: Por favor Otavio acalme-se, e fale baixo. Clara você tem certeza.

Clara: Tenho certeza absoluta.

Otavio começou a andar de um lado pro outro, com misto de alegria, alivio e ansiedade.

Otavio: Minha Luiza está viva, a gente precisa encontrá-la. Eu tenho que avisar o Luiz Henrique, a Marina, meus filhos, ah eles vão ficar tão feliz.

Hanna impede Otavio de sair.

Capitã Hanna: Você não vai avisar ninguém ainda.

Otavio: Porque não?

Capitã Hanna: Existe um motivo para terem colocado esse corpo para ser o de Luiza, queriam forjar a morte dela.

Otavio: Sim, Lucas queria que pensássemos que ela estava morta.

Capitã Hanna: Exatamente. Mas porque ele não forjou a morte dele também. Assim encerraríamos o caso. Não faz sentido ele fingir a morte dela mas não fingir a morte dele.

Clara: e o que você sugere que tenha acontecido capitã?

Capitã Hanna: Acho que Lucas está sendo usado como bode expiatório. Quem fez isso queria que ele fosse incriminado, precisamos encontrar o Lucas, ele pode estar correndo risco. Otavio, quem faria algo desse tipo com Luiza?

Otavio: Eu apostaria no Sergio, ele é louco por ela, e me odeia, e isso até justificaria ele usar Lucas, pois Sergio sentia ciúmes do Lucas também. Com certeza se vingaria de nós dois.

Capitã Hanna: Ta bem, partimos daí. Clara, você precisa agir naturalmente, não fale dessa segunda autopsia para ninguém, eu vou expedir um mandado de prisão para o Juan, está mais que provado que ele fraudou essa autópsia. Venha Otavio, vamos conversar melhor na minha sala.

Os dois vão para sala dela em silencio, quando ela entra na sala viu uma jovem indo para o banheiro.

Capitã Hanna: Quem é você?

Nina levou um susto que até deixou o kit cair no chão, espalhando tudo que havia dentro dele.

Lucas: Ela está comigo.

Otavio o Hanna se viram imediatamente. Hanna se apressa a fechar as persianas enquanto Otavio fecha a porta e tranca, e então voltam a encarar Lucas.

Otavio: Aonde ela está Lucas?

Lucas: Eu não sei Otavio.

Otavio: Como assim não sabe.

Capitã Hanna: Otavio acalme-se por favor. Lucas, o que aconteceu?

Lucas conta tudo desde o começo, não detalhou muito pois estava sendo acelerado a toda hora pela capitã.

Capitã Hanna: Lucas, me fala da casa aonde vocês estavam.

Lucas: Era uma casa grande, luxuosa, envolto por muros altos, não conseguia ver o que havia atrás do muro.

Otavio: Como Luiza estava? Ela está bem?

Lucas: Eu consegui me comunicar com Luiza poucas vezes através de Zuleide, ela uma senhora que trabalha na casa e que aceita essa situação por estar sendo ameaçada por Sergio, e hoje de manhã eu a vi antes de ser levado, ela estava desesperada, me pedia perdão, ela deve achar que estou morto.

Hanna caminha até a mesa dela e pega telefone.

Capitã Hanna: Oi, sabe me dizer se o senhor Sergio ainda está na delegacia?

Recepcionista: Não, saiu daqui faz uma hora.

Capitã Hanna: Ok. Obrigada. Peça para o Flavio vir a minha sala agora por favor.

Recepcionista: Ok.

Otavio: O que vamos fazer?

Nesse momento batem-na porta e todos ficam em silencio.

Capitã Hanna: Quem é?

Flavio: Sou eu Capitã, você mandou me chamar?

Ela corre e abre a porta.

Capitã Hanna: Flavio, eu preciso que você encontre pra mim o senhor Sergio Goyri. Mas eu não quero que ninguém saiba. Rastreio o carro, o celular, veja as últimas ligações dele, e investigue as fianças dele, principalmente se há algum aluguel sendo em seu nome.

Flavio: Sim senhora.

Capitã Hanna: Agora que já sabemos que Luiza está viva e quem realmente é o sequestrador, podemos informar aos familiares que ela está bem.

Otavio: Claro.

Capitã Hanna: Lucas, vou te encaminhar a um hospital e você estará guardado por dois policiais ok.

Lucas: Não precisa, eu estou bem. A Nina cuidou bem de mim. Eu quero ficar, quero estar junto nas buscas.

Otavio: Pois não é necessário, eu cuido dela.

Lucas: Otavio, eu vou ficar, você querendo ou não.

Capitã Hanna: Chega vocês dois. Otavio, vamos comunicar os demais sobre Luiza.

Otavio: Sim, vamos.

Nina se aproxima de Lucas e senta ao seu lado.

Nina: Esse senhor tem ciúmes de você né, essa Luiza deve ser bem especial.

Lucas: Ela é especial sim.

***

Na sala de espera da delegacia estavam todos em cantos separados, Marina era consolada por Daniel e Luiz Henrique estava sentado no sofá com Fernanda do lado.

Luiz Henrique: Seu pai não deu noticia ainda?

Fernanda: Não. Estou começando a me preocupar.

Luiz Henrique: Ele ficou transtornado Fer, o que vimos não foi fácil.

Fernanda: Eu imagino amor.

Luiz Henrique: E meu pai que também sumiu, disse que voltava logo e nem atende minhas ligações.

Fernanda: Não entendi nada, ele saiu sem nem se despedir.

Todos ouvem quando a porta abre e por ela passa Hanna e Otavio.

Fernanda: Pai até que enfim apareceu, aonde o senhor estava?

Capitã Hanna: Temos uma notícia para dar há todos vocês.

Luiz Henrique: Mais notícias ruim?

Otavio: Não Luiz Henrique, essa notícia é boa.

Marina: Então fala logo.

Daniel: Prenderam o Lucas?

Lucas vinha logo atrás e ouviu a última pergunta, então ele da porta responde:

Lucas: Podemos dizer que mais ou menos.

Luiz Henrique: O que esse cara faz aqui?

Luiz Henrique é segurado por Fernanda e Daniel, a intenção dele era partir para cima do Lucas. Otavio percebeu que os ânimos estavam se exaltando e resolveu soltar a notícia logo.

Otavio: Luiza está viva.

Paira um silencio no ar, Luiz Henrique já não tentava avançar em Lucas, ele ficou imóvel, tentando assimilar o que ouvia, Marina estava do mesmo jeito, ambos em estado de choque, então é Fernanda que questiona o que ouviu.

Fernanda: Como assim viva papai? E o corpo encontrado no carro queimado?

Lucas: Aquele corpo não era de Luiza, era de uma desconhecida. Luiza está viva, e bem, mas ela precisa ser libertada logo, antes que ela faça uma loucura.

Luiz Henrique começa a chorar, ele solta o ar dos pulmões e esboça um sorriso então ele segura o rosto de Fernanda.

Luiz Henrique: Você ouviu isso também Fer? Ouviu eles dizerem que minha mãe está viva ou eu estou ficando Louco?

Fernanda: Você não está louco, eles disseram isso mesmo.

Fernanda apesar de estar extremamente feliz com a notícia, estava agindo com um pouco de receio, ela ligou os pontos, se Lucas não era o sequestrador, então só podia ser uma pessoa, Sergio, e essa notícia seria muito doloroso para o Luiz Henrique.

Marina que sorria abraçada a Daniel logo começa a ligar os pontos também, e seu sorriso se desfaz.

Daniel: Amor, porque essa carinha, Luiza está viva, isso é motivo de alegria.

Marina nada diz, ela caminha até Luiz Henrique pega as mãos dele e seus olhos enchem de lagrima.

Marina: Irmão, você sabe o que isso significa?

Luiz Henrique: Que minha mãe está viva, a nossa mãe Mari.

Marina: Sim, isso é maravilhoso.

Luiz Henrique: Sim, é maravilhoso. Porque você está seria e chorando?

Ela então abraça Luiz Henrique que olha confuso para os demais, então Otavio dispara.

Otavio: Porque ela sabe quem seria capaz de fazer isso com a sua mãe Luiz Henrique, foi o Sergio, seu pai está mantendo Luiza presa.

Luiz Henrique: Não gente, meu pai não faria uma coisa dessas.

Lucas: Ele fez Luiz Henrique, ele esta louco. Estava até disposto a me matar para ter Luiza pra sempre.

Luiz Henrique: E quem me garante que você não esta mentindo.

Lucas: quando encontrar sua mãe, vai ver que não estou mentindo.

Antes das acusações continuar a Capitã Hanna interveio, ela tratou de acalmar os ânimos, precisavam manter a calma enquanto aguardavam o paradeiro de Sergio.

****Na estrada****

Sergio dirigia em uma velocidade maior que a permitida, ele recebeu a ligação dos seus capangas dizendo que não haviam encontrado Lucas, então Sergio teria que por seu plano B em pratica, e o plano era sair do país com Luiza, ir para um país sem extradição e viver ao lado dela pra sempre.

 

Continua...


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