Uma nova Saga escrita por s2R


Capítulo 21
Capitulo 21. Interfaces


Notas iniciais do capítulo

Hey, everyone! Boa Leitura!
Galera leiam, as notas finais, plys!
Desculpe os erros ortográficos!



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Eu tinha a sensação de ter dormido demais; meu corpo estava rígido, como se eu não tivesse me mexido por um bom tempo. Minha mente estava confusa e lenta; sonhos estranhos e coloridos rodavam dentro da minha cabeça. Eles eram tão vívos.

Havia uma impaciência em mim, tudo parte de um frustrante sonho onde você não consegue se mexer rápido o suficiente... E havia muitos frios, criaturas de olhos vermelhos que eram mais maldosos do que a sua gentil civilidade demonstrava e também tinha o meu irmão, Elijah. O sonho ainda estava forte - eu até podia me lembrar dos nomes. Mas a parte mais forte, mais clara do sonho não era a parte dos frios. Era o anjo que estava mais claro.

Foi difícil deixá-lo ir e acordar. Esse sonho não queria ser jogado na vala, onde eu costumava esquecer. Eu lutei contra isso enquanto a minha mente ficava mais alerta, me focando na realidade. Eu não conseguia me lembrar de qual era o dia da semana, mas eu tinha certeza de que Charlie, o Jacob, a escola ou alguma outra coisa estava esperando por mim.

Eu inalei profundamente.

Alguma coisa fria tocou a minha testa com a mais leve das pressões.

Eu apertei os meus olhos mais ainda. Eu ainda estava sonhando e ele parecia ser real demais. Eu estava perto de acordar... a qualquer segundo agora, e ele iria embora. Os braços de pedra que eu imaginei passando ao meu redor eram realistas demais

 Com um suspiro, eu abri as minhas pálpebras .Eu asfixiei, e joguei meus pulsos em cima dos meus olhos.

Bem, claramente, eu tinha ido longe demais; deve ter sido um erro ter deixado a minha imaginação ir tão longe.

Ok, "deixar" era a palavra errada.

Eu havia forçado ela a sair de controle, eu havia praticamente perseguido as minhas alucinações e agora minha mente estava sem controle. Eu levei menos de um segundo pra me dar conta de que, eu realmente estava louca agora.

Eu abrí meus olhos de novo  e Edward ainda estava lá, seu rosto estava a apenas alguns centímetros dos meus.

— Eu assustei você? - Sua voz baixa estava ansiosa. Isso era muito bom, sendo uma ilusão. O rosto, a voz, o cheiro, tudo - era muito melhor do que me afogar nas lembranças. A linda invenção da minha imaginação observou minhas expressões mudarem, alarmado. As íris dele estavam pretas, com manchas que pareciam sombras embaixo dos olhos. Isso me surpreendeu; as minhas ilusões de Edward costumavam estar mais bem alimentadas.

Eu pisquei duas vezes, desesperadamente tentando me lembrar da última coisa que eu havia feito.

 Alice era parte do meu sonho, e eu me perguntei se ela realmente havia voltado. Eu pensei que ela havia voltado no dia em, que eu quase me afoguei na verbena em La Push...

— Oh, droga - Minha garganta estava grossa pelo sono.

— Qual é o problema, Bella?

Eu fiz uma carranca pra ele. O rosto dele estava ainda mais ansioso que antes.

— Eu estou morta, não tô? - eu gemí. - Eu me afoguei. Droga, droga, droga! Charlie.

Edward fez uma carranca também.

 - Você não está morta.

— Então porque é que eu ainda não acordei? Não é possível que eu tenha morrido pra verbena. - Pensei em Klaus, em toda minha família.- Droga!

— Você está acordada, Bella.

Eu balancei minha cabeça.

— É isso que você quer que eu pense. E daí vai ser pior quando eu acordar. Isso se eu acordar, o que eu não vou, porque eu estou morta. Isso é horrível. Merda! Tem o Charlie eu deixei uma bomba no colo dele, ele acabou de perder um irmão e eu morrer só piora tudo - eu não consegui falar de horror pelo que eu tinha feito.

— Eu consigo entender que você esteja me confundindo com um pesadelo - o meio sorriso dele era severo. - Mas eu não consigo imaginar o que você possa ter feito pra ir para o inferno. Você cometeu muitos assassinatos enquanto eu estava longe?

Eu fiz uma cara de zombaria.

 - Não é como se meu subconsciente não soubesse os atos que cometi com o passar dos séculos. Mas respondendo sua pergunta quanto ao pesadelo; Obviamente, você não é um pesadelo ou o meu inferno. Sei lá, vai ver alguma bruxa se compadeceu de mim e decidiu que não devo sofrer pela eternidade, mais do que já sofri!

Ele suspirou. Encarei o teto por um segundo enquanto minha mente parava de borbulhar. Minha cabeça estava começando a ficar mais clara. Meus olhos se distanciaram do teto por um segundo, para a janela escura, aberta, e depois de volta pra ele. Eu comecei a me lembrar dos detalhes... Eu comecei a me sentir uma tonta enquanto eu lentamente me dava conta de que Edward realmente estava aqui comigo.

— Aquilo tudo realmente aconteceu, então? - Era quase impossível pensar no meus sonhos como sendo verdade. Eu não conseguia fazer a minha cabeça grudar nesse conceito.

— Isso depende - o sorriso de Edward ainda estava duro. - Se você está se referindo a nós na Itália, então, sim.

— Que estranho - eu meditei. - Eu realmente fui á Itália. Você sabia que o mais longe que eu já fui foi a inglaterra?

— Talvez você devesse voltar a dormir. Você não está sendo coerente.

— Eu não estou mais cansada. Tudo estava vindo claramente agora. –Comecei a me sentar-  Que horas são? Por quanto tempo eu estive dormindo?

— É pouco mais de uma da manhã. Então, por umas catorze horas.

Eu me espreguicei enquanto ele falava. Eu estava tão rígida.

— Charlie? - eu perguntei.

Edward fez uma carranca.

 - Dormindo. Você provavelmente devia saber que eu estou quebrando as regras agora. Bem, não tecnicamente, já que ele disse pra nunca mais passar pela sua porta de novo, e eu vim pela janela.

— Charlie te baniu da casa? - Eu perguntei, com descrença.Não parecia uma atitude que Charlie tomaria. Seus olhos estavam tristes.

Busquei não focar  muito nele, precisava clarear ainda mais minhas lembranças, tudo estava lento demais precisava de sangue ou começaria a dissecar. Estou a mais de 4 dias sem consumir uma bolsa completa de sangue, desde o acontecimento no penhasco; o que também me desgastou muito.

— Qual é a história? - eu perguntei, mas para mim do que para ele. Não sabia o que fazer, sempre achei que o momento de falar a verdade para Edward demoraria a acontecer. Sempre imaginei que em alguns anos nos reencontraríamos e eu falaria a verdade. Sempre achei que teria tempo para isso acontecer, mas aqui esta ele. Genuinamente preocupado, na minha frente e depois de tudo o que ele provavelmente ouviu na mente de Elijah, provavelmente ele e sua família vá querer um explicação. Nada mais natural!

— O que você quer dizer?- Ele me perguntou, por um instante achei que ele estivesse reparado nos meus devaneios, mas ele estava visivelmente curioso. Vou aproveitar isso para ter mais tempo, e verificar se a família dele vai permanecer em Fork’s, não vou tomar uma decisão deste nível, com a mente cansada e o corpo se recuperando, fora a fome.

— O que eu vão dizer? Qual é a minha desculpa pra ter desaparecido por... Afinal, por quanto tempo eu estive fora? – Desconversei.Até porque não preciso de desculpas com Charlie; o meu corpo esta demorando muito pra se recuperar e está difícil focar em algo que não seja na fome, comecei a sentir minha garganta ardendo.

— Três dias – Recapitulando estou a 6 dias sem sangue, ok isso não é bom, mais 2 dias e eu começaria a dessecar, isso explica porque estou tão fraca e porque meu corpo não esta se recuperando. Os olhos dele se apertaram, mas ele sorriu mais naturalmente dessa vez. 

—Na verdade eu estava esperando que você tivesse esse uma boa explicação. Eu não tenho nada e não sei muito bem o que pensar depois de tudo. - Eu o olhei receosa e ele devolveu o olhar nublado, como se estivesse tentando me ler, eu não tinha como manter minha pose com tanta fome, minha mente começou a tontear; depois que ele me disse quanto tempo fiquei desacordada, minha fome triplicou.

—Deixa que com Charlie, eu me entendo. –Ele não pareceu desapontado com minha resposta, logo comecei a reparar no âmbito de sua pergunta, é pareci que me enganei. Ele reparou, sim!

— Bem, talvez Alice invente alguma coisa - ele ofereceu confortável, com a ideia da verdade!

— Então - eu comecei, escolhendo a pergunta menos importante. - O que você esteve fazendo, até antes desses três dias?

O rosto dele se tornou hesitante por um instante. - Nada terrivelmente excitante.

— É claro que não. - Eu murmurei, irritada com sua superproteção, obviamente ele omitindo;

— Porque você está fazendo essa cara?

— Bem... - eu torcí os lábios, considerando. – Este é você! E sua “proteção” , que não se importa como que eu acho bom pra mim, até porque, sou frágil demais para a verdade!

— Estou começando a achar você, não é tão frágil! – Ele estreitou os olhos para mim, e eu devolvi.

— Que bom!

Ele suspirou cansado. - Se eu te contar, você  vai acreditar?

Ele esperou pela minha resposta. - Talvez - eu disse depois de um segundo de pensamentos nublados e de uma longa tentativa de esquecer a fome, eu não queria sair agora, meu corpo não estava pronto para tentar levantar, e por incrível que pareça conversar  com Edward estava me distraindo bem. - Se você me contar.

— Eu estava... Caçando.

— Isso é o melhor que você pode fazer? - eu critiquei. - Isso definitivamente não prova nada. - Ele hesitou, e depois falou lentamente, escolhendo as palavras com cuidado.

 - Eu não estava caçando comida... Na verdade eu estava testando a minha sorte em... perseguir. Mas eu não sou muito bom nisso.

— O que é que você estava perseguindo? - eu perguntei intrigada.

— Nada de inconsequente. - As palavras dele não combinavam com a sua expressão; ele parecia aborrecido, desconfortável.

— Eu não entendo.

Ele hesitou.

— Eu... - ele respirou fundo. - Eu te devo desculpas. Não, é claro que eu te devo muito, muito mais do que isso. Mas você precisa saber... - as palavras começaram a fluir rapidamente, do jeito que eu lembrava que ele falava as vezes quando ficava agitado. -  Eu não tinha ideia da confusão que estava deixando pra trás. Eu pensei que fosse seguro pra você aqui. Tão seguro. Eu não tinha ideia de que Victória ...- os lábios dele se curvaram quando ele disse o nome, como se estivesse com algum ácido corroendo sua boca. - Eu vou admitir, quando eu ví ela daquela última vez, eu estava prestando muito mais atenção aos pensamentos de James. Mas eu não ví que ela seria capaz de responder dessa forma. Que ela tinha um laço tão forte com ele. Eu acho que agora me dou conta do porque, ela tinha tanta confiança nele, que o pensamento dele falhar nunca ocorreu a ela. Era a grande confiança que nublava os sentimentos dela por ele, isso evitou que eu visse a profundidade deles, o vínculo que havia alí. Não que isso seja uma desculpa por eu ter ti deixado. Quando eu ouví o que você disse a Alice, e o que ela mesma viu, quando eu me dei conta de que você teve que colocar a sua vida na mão daqueles lobisomens, imaturos, voláteis, a única coisa que podia ser pior do que a própria Victória ...

— Edward, por favor ...

— Saiba que eu não tinha nenhuma ideia de tudo isso. Eu me senti doente, com toda a minha essência, mesmo agora, quando eu posso ver e sentir você segura nos meus braços. Eu sou a desculpa mais miserável por...

— Pare - eu interrompí ele. Ele olhou pra mim com olhos agoniados, e eu tentei encontrar as palavras certas, as palavras que iam livrá-lo daquela obrigação imaginada que o causava tanta dor. As palavras eram muito difíceis de dizer. Eu não sabia se podia dizê-las sem me quebrar. Eu não queria ser uma fonte de culpa e angústia para a vida dele. Nós devíamos estar felizes, mas á tantas coisas não ditas. E para piorar a minha mente não estava nas melhores condições.

Tentei me manter Baseada em todos os meus meses com Charlie e seus conselhos.

— Edward!  Isso tem que parar agora. Você não pode pensar nas coisas desse jeito. Você não pode deixar... Essa culpa... Mandar na sua vida. Você não pode se responsabilizar pelas coisas que Acontecem comigo. Nada disso é culpa sua, isso é só parte do que a vida é pra mim. Então, o que quer que aconteça na próxima vez, você tem que se dar conta de que não é o seu trabalho levar a culpa. Você não pode simplesmente sair correndo para a Itália porque se sente mal por não ter me salvado. Mesmo se eu tivesse pulado daquele precipício pra morrer, isso teria sido a minha escolha, e não sua. Eu sei que é... a sua natureza segurar a culpa por tudo, mas você realmente não pode deixar as coisas chegarem a esses extremos! Isso é muito irresponsável, pense na sua família.- E outra, você tem que parar de tomar decisões pelos outros! O que você fez comigo, com a sua família, foi imaturo Edward. Mesmo se eu tivesse morrido, você tinha a sua familia que te ama, você pensou no que seria para deles se você conseguisse se matar? São anos de convivência apagados por puro egoísmo. - Ele olhou para mim com os olhos doentes de tristeza, eu me vi ali. Era como se ele tentasse dizer, que seria difícil viver sabendo que nunca mais poderia me  ver ou sentir- Eu sei! Eu também! Mas, não seria culpa sua!

Eu parei pra respirar fundo, meu coração estava acelerado, minhas veias estavam começando a apertar, fiquei um tempo parada esperando me acalmar. Eu tinha que me alimentar.

— Isabella Marie Swan - ele sussurrou, com a expressão mais estranha cruzando o rosto dele. Ele quase parecia incrédulo, como se eu tivesse dito algum absurdo. - Você acredita que eu pedi que os Volturi me matassem porque eu me senti culpado?

— Não foi isso?

— Se eu me sentia culpado? Sim,  Intensamente. Mais do que você pode compreender.

— Então... ? Eu não entendo.

— Bella, eu fui até os Volturi porque eu achava que você estivesse morta - ele disse, com a voz macia, com os olhos penetrantes. - Mesmo se eu não tivesse nenhuma responsabilidade pela sua morte - ele tremeu quando disse a última palavra - mesmo se não fosse minha culpa, eu teria ido para a Itália. Obviamente, eu devia ter sido mais cuidadoso, eu devia ter falado diretamente com Alice, ao invés de aceitar uma informação de segunda mão de Rosalie. Mas, realmente, o que é que eu podia pensar quando o garoto disse que Charlie estava no funeral? Quais eram as chances?  - ele murmurou depois, distraído. - As chances estão sempre contra nós. Erro após erro. Eu nunca vou criticar Romeu de novo.

— É disso que eu tô falando. E daí?

— Perdão?

— E daí se eu estivesse morta?

Ele me encarou duvidosamente por um longo momento depois de responder. - Você não se lembra de nada do que eu te disse antes?

— Eu me lembro de tudo que você me disse. Incluindo as palavras que anularam todo o resto.

Ele passou as pontas dos dedos gelados no meu lábio inferior.

— Bela me perdoa! – Balancei a cabeça, como que diz tudo bem - Você parece ter compreendido mal. - Ele fechou os olhos, balançando a cabeça pra frente e pra trás com um meio sorriso no seu lindo rosto. Não era um sorriso feliz. - Eu pensei que já havia explicado isso claramente antes. Bella, eu não posso existir num mundo onde você não exista.

— Eu estou... - minha cabeça nadou enquanto eu procurava pela palavra apropriada. - Confusa. -  Eu não conseguia entender o sentido do que ele estava falando. Ele me olhou dentro dos olhos com um olhar sincero, intenso.

— Eu sou um bom mentiroso, Bella, eu tenho que ser.

Eu congelei, meus músculos se travaram com o impacto. A fina linha no meu peito de abriu; a dor me tirou o fôlego. Ele balançou meu ombro, tentando relaxar a minha postura rigida.

—Meu amor. Me deixe terminar! Eu sou um bom mentiroso, mas ainda assim, pra você acreditar em mim tão rapidamente – ele gemeu. - Aquilo foi...doloroso de ver. - Eu esperei. - Quando nós estávamos na floresta, quando eu estava te dizendo adeus...

Eu não me permití lembrar. Eu lutei pra permanecer apenas no presente momento, meu corpo já está desgastado demais, já sentia meus movimentos.

— Você não ia desistir, você viria atrás de mim. - ele sussurrou. - Eu podia ver isso. Eu não queria fazer aquilo, eu senti que me mataria fazer, mas eu sabia que se eu não te convencesse de que não te amava mais, você ia levar muito mais tempo pra retomar a sua vida. Eu esperava que, se você achasse que eu havia seguido em frente, você faria o mesmo.

— Uma despedida limpa - eu sussurrei por lábios que não se mexiam.

— Exatamente. Mas eu nunca imaginei que fosse tão fácil fazer isso! Eu pensei que fosse ser quase impossível, que você ia saber que era mentira e eu teria que passar horas tendo que te convencer e plantar a semente da dúvida na sua cabeça. Eu menti, e eu lamento, lamento porque te machuquei, lamento porque foi um esforço inútil. Lamento por não ter podido te proteger do que eu sou. Eu menti pra te salvar, e não funcionou. Eu lamento. Mas como é que você pôde acreditar em mim? Depois dos milhares de vezes que eu disse que te amava, como é que você pôde deixar uma palavra acabar com a sua fé em mim?

Eu não respondí. Eu estava chocada demais pra formular uma resposta racional. Eu permiti que a lembrança voltasse, aquele dia eu estava insegura, tinha tomado uma decisão arriscada e importante demais, eu estava decidida a ser franca com os Cullen's, Charlie tinha em apoiado pela manhã; Ele disse para eu ir com calma, os Cullens eram bebes do mundo sobrenatural, eles não sabiam quase nada, achavam que existia os quileutes e eles. Quando Jasper me atacou, minha insegurança aumentou, lembro da familia de Edward se afastando por culpa do meu sangue, exceto Carlisle, me lembro de estar fraca para me curar devagar por causa da minha dieta animal, me lembro de chegar em casa e Charlie me perguntar como foi; De dormir aquela noite, sozinha e do dia seguinte! 

Me lembro do choque, da decepção, da dor!

E tudo ficou tão perdido depois daquilo, você ser rejeitado já é ruim, imagina pelo seu companheiro de alma. E agora, ele estava aqui me falando que sentiu tudo o que senti e se culpando por tudo que eu me culpei, agora eu entendo o quão tóxico nossa relação estava se tornando para os dois. Os dois tomaram decisões que cabiam ao casal decidir, não de forma individual e sim em conjunta, eu enganei eles e eles me enganaram, como posso cobrar algo assim?!

— Eu podia ver nos seus olhos, que você honestamente acreditou que eu não te queria mais. O conceito mais absurdo, mais ridículo, como se houvesse alguma forma de eu existir sem precisar de você!

Eu ainda estava congelada.  Estava tentando digerir tudo. Me sentei devagar, tentando reformular uma frase, mas nada me vinha a mente.

— Bella - ele suspirou. - Sério, o que é que você estava pensando!

— Você não podia ter feito isso!- Coloquei a mão no rosto- Por que você fez isso?

— Bella ... ?

— Eu cheguei a admirar sua consideraçãoEdward, sabia? ... de me falar a verdade e não me iludir! Você destruiu essa imagem agora Edward; Você não cogitou me perguntar, você simplesmente fez. E eu tive que lidar com isso!

— Você não foi a única que teve que lidar Bella, eu sofri também!

— Onde?  No Alasca? Na américa do Sul? Em algum lugar onde nada ti lembraria a mim? – Ele tentou falar mas eu o interrompi de novo- Eu fiquei aqui Edward, me agarrando as mínimas coisas. Tudo aqui me lembrava você e sua família e eu lidei com isso, e estava lidando ainda!

— Bella...

—Por Deus Edward, eu reformei minha casa por sua causa! Eu precisei, tentar me conformar de alguma forma, porque eu não tive como ir! Eu não conseguia deixar nada relacionado a você para trás.

—Bella, eu...

—Por que eu te amo, droga! Eu continuei te amando loucamente, e agora você esta me dizendo que tudo o que me disse foi mentira! O que você esperava disso Edward? O que você esperava de mim? Que eu vivesse? – Falei zombando enquanto lagrimas caiam- Como se vive assim?

—Eu esperava que você me esquecesse. Sim, eu esperava que você vivesse.- Ele falava sem olhar no meus olhos, ele parecia divagar –Eu não tenho o direito de ti pedir para desistir de nada por mim, entende?

—Você também não tem o direito de decidir por mim!- Ele me olhou nos olhos triste.

—Me perdoa?- Eu o olhei. O buraco em meu peito estava maior, estava ficando difícil de respirar, ver a dor dele aumentava a minha.  Por que tudo com ele tem que ser tão intenso?!

— Por favor, Charlie me acorda desse sonho.- Fechei os olhos deixando uma lagrima cair.

— Você é impossível - ele disse, e deu uma risada, uma risada dura, frustrada. mas uma risada. ele segurou meu rosto e eu abri meus olhos - Como é que eu posso colocar isso de forma que você acredite em mim? Você não está dormindo, e você não está morta. Eu estou aqui, e eu te amo. Eu sempre amei você, e eu sempre vou amar. Eu estava pensando em você, vendo o seu rosto em minha mente, durante cada segundo em que estive longe. Quando eu te disse que não te queria, aquele foi o tipo mais negro de blasfêmia. Doeu até os ossos, ver você de longe, me quebrou e saber que você se colocou em perigo por minha causa só faz eu me sentir o mais miserável dos seres. E tudo o que eu te peço é perdão, você pode não me querer mais. Mas por favor, me perdoa?

Eu balancei a minha cabeça enquanto as lágrimas continuavam escapando do canto dos meus olhos.

— Você não acredita em mim, acredita? - ele sussurrou, o seu rosto mais pálido que o normal, eu podia ver isso mesmo na luz fraca. - Porque você consegue acreditar numa mentira, mas não na verdade?

— Por que isso não pode ser real, Edward eu demorei demais pra achar qualquer coisa a me apegar, e minha mente me pregar uma peça dessas, só mostra o quão doente estou! Eu não poço, cair assim na loucura. Tenho muita gente que precisa de mim. E você não está aqui! Não mais! isso é a minha mente me iludindo, de novo! Mas, dessa vez eu não vou cair, eu tenho que encarar...

Os olhos dele se estreitaram, a mandíbula se apertou.

— Eu vou provar que você está acordada - ele prometeu.

Ele pegou o meu rosto seguramente entre suas mãos de ferro, ignorando minha luta quando eu tentei desviar o meu rosto.

— Por favor não - eu sussurrei.

Ele parou, seus lábios estavam a meio centímetro dos meus.

— Porque não? - ele quis saber. O hálito dele bateu no meu rosto, fazendo minha cabeça girar.

— Quando eu acordar - ele abriu a boca pra protestar, então eu revisei - Ok, esqueça essa, quando você se for de novo, já vai ser duro suficiente sem isso também.

Ele se afastou um centímetro, pra olhar pro meu rosto.

— Ontem, quando eu te tocava, você estava tão... hesitante, cuidadosa, e ainda assim era a mesma. Isso é porque eu estou muito atrasado? Porque eu te machuquei demais? Porque você realmente seguiu com a sua vida, como eu planejava que você fizesse? Isso seria... muito justo. Eu não vou contestar a sua decisão. Então não tente desperdiçar seus sentimentos, por favor, só me diga se você ainda pode me amar ou não, depois de tudo que eu te fiz. Pode? - ele sussurrou.

— Que tipo de pergunta idiota é essa?

— Só me responda. Por favor.

Eu olhei pra ele com o rosto obscuro por um momento.

— O jeito como eu me sinto por você nunca vai mudar. É claro que eu te amo, e não há nada que você possa fazer pra mudar isso!

— Isso era tudo que eu precisava ouvir.

A boca dele já estava na minha, e eu não consegui lutar com ele a minha coragem se fez em poeira quando os nossos lábios se encontraram. Esse beijo não era tão cuidadoso quanto eu me lembrava, isso pra mim estava ótimo. Eu ia me acabar depois, mas também eu ia pegar em troca tudo o que eu pudesse.

Então eu o beijei de volta, meu coração batendo feito um louco, num ritmo desconjuntado enquanto a minha respiração ficava descontrolada e eu movia os meus dedos cuidadosamente pelo rosto dele. Eu podia sentir o corpo de mármore dele em cada linha do meu, e eu estava tão feliz por ele não ter me escutado, não havia dor no mundo que justificasse perder isso. As mãos dele memorizavam o meu rosto, do mesmo jeito que as minhas mãos faziam com o rosto dele, e, nos breves segundos que os nossos lábios ficavam livres, ele sussurrava meu nome. Ele se afastou com cautela, e ficou me olhando por um longo segundo.

— Aliás - ele disse num tom casual. - Eu não vou te deixar. Ele levantou a cabeça pra prender seus olhos aos meus. - Eu não vou a lugar nenhum. Não sem você - ele adicionou mais seriamente. - Eu só te deixei em primeiro lugar porque eu queria que você tivesse a chance em uma vida humana normal, feliz. Eu podia ver o que estava fazendo com você, mantendo você constantemente na cara do perigo, tirando você do mundo ao qual você pertencia, arriscando você a cada minuto que você passava comigo. Então eu tinha que tentar. Eu tinha que fazer alguma coisa, e pareceu que ir embora era o único jeito. Se eu não pensasse que você estava melhor sozinha, eu nunca teria me obrigado a ir embora. Eu sou egoísta demais. Só você poderia ser mais importante do que o que eu queria... ou precisava. O que eu quero e preciso é estar com você, e eu sei que jamais serei forte o suficiente pra ir embora de novo. Eu tenho muitas desculpas pra ficar, graças aos céus por isso! Parece que você não consegue ficar segura, não importa quantos quilômetros eu ponha entre nós.

— Não me prometa nada - eu sussurrei. Se eu me deixasse ter esperanças demais, e isso desse em nada... isso me mataria. Eu ainda tenho pendencias com ele.

A raiva soltou um brilho metálico dos olhos dele. - Você acha que eu estou mentindo pra você agora?

— Não, não mentindo. - Eu balancei minha cabeça, tentando pensar nas coisas coerentemente. - Você fala sério... agora. Mas e quanto a amanhã, quando você pensar em todas as razões pelas quais foi embora em primeiro lugar? Ou no mês que vem, quando Jasper der a louca pra cima de mim? Ou... 

Ele enrijeceu.

— Charlie está vindo.- Ele sumiu de vista, e  logo vi a lampada do corredor iluminando embaixo da porta, a maçaneta virou e a cabeça de Charlie apareceu.

—Charlie?- o chamei e ele apareceu com dois copos de milkshake fechado.

—Trouxe lanche pra vocês- Charlie fez questão de deixar na cara que sabia que Edward estava ali. Ele se aproximou da minha mesa de estudos e deixou os dois copos- Onde ele está? - Charlie foi direto, eu neguei a cabeça nervosa com a reação do Edward ao perceber que Charlie não é humano.- Edward, pode sair. Eu sei que você está aqui desde de ontem.- Vi Edward saindo do closet nos encarando de forma incrédula.

—Como você...?

—Acho que isso é uma conversa que a Bella gostaria de ter com você- Charlie me olhou sugestivo- Trouxe sangue de animal para você Edward. Bom como não sei qual é o seu preferido, trouxe o sangue de um esquilo, e Bella o seu é o copo com a faixa verde. Trouxe o seu preferido. Aconselho não abrir, toma pelo canudo mesmo, você está fraca pra ter essa conversa com ele, precisa de sangue!

Edward estava nos olhando incrédulos, Charlie se virou para ele e os dois ficaram em silencio, logo a expressão de incrédulo no rosto de Edward mudou para abismado então eu entendi, Charlie estava mostrando algo a Edward. O mesmo estava sério enquanto Edward revesava seu olhar de Charlie para mim. Foram longos minutos em silencio, peguei o copo com a faixa escura e segui o conselho de charlie, não abri a tampa, peguei o canudo de ferro e furei o copo, logo o cheiro de A+ me antigiu, suguei o sangue enquanto os dois ainda se encaravam, meus músculos receberam bem o sangue. Senti minha aparência mudando, estava com a mente mais clara, a recuperação estava sendo quase instantânea, a dor na garganta já havia passado e meus olhos estavam mais atentos, minha mente estava mais agiu, eu quase conseguia sentir o sangue circulando em minha veias, meu coração acalmou. Terminei o copo e os dois estavam me olhando, Charlie estava com a expressão branda enquanto Edward me olhava com os olhos nublados e perdidos.

— Terminou?- Perguntou Charlie acenei que sim e ele estendeu a mão, colocou uma tampinha no topo do canudo, para não escapar o cheiro.- Sugiro que você lave a boca antes. Frios são mais sensíveis a  sangue humano. -Os olhos de Edward permaneciam nublado me encarando enquanto me levantava, me direcionei ao banheiro deixando os dois no quarto. Minha atenção estava presa neles, enquanto pegava a escova de dente e a pasta.

— Não a julgue- Ouvi Charlie falando, enquanto eu escovava meus dentes- Ela tem um mundo nas costas, são séculos de luta, e você foi uma das poucas coisas boas que ela conseguiu com o passar dos anos. Você a fez esquecer de quem ela era, e isso de certa forma a deu paz por um ano. O que você fez depois, não tem como eu te perdoar, por que eu vi como ela ficou. Eu sei que você também sofreu, por isso não estou o esmurrando agora. Mas, nunca mais faça isso! Ela é mais forte que todos vocês juntos, até mais que eu, só que isso não quer dizer que ela seja de ferro e também não quer dizer, que ela não tenha pessoas que a amam e que querem proteger ela. Ela tem uma familia inteira de seres sobrenaturais que lutam por ela e que te caçariam se você a magoasse de novo..- Ouvi o barulho dos pés de Charlie seguindo ate a porta, enxaguei a boca, com lágrimas nos olhos; lágrimas de amor.

— Essa nunca foi minha intenção!

— Eu sei, eu ouvi. É dificil de engolir o que você disse, mas eu vou tentar, por dois motivos: por ela e por que claramente você também sofreu! Mas, ela é minha filha, pode não ser de sangue mas é minha familia! Ela é importante para mim!- Ouve um momento de silencio- e também não é como se você não soubesse disso, eu te mostrei! Certo? - Ouvi Edward concordando e logo depois a porta do quarto sendo aberta.- Quer um conselho, os dois? Sejam francos um com o outro, os dois erraram. Se vocês se amam tanto assim, exponham a verdade, nenhum relacionamento perdura na mentira.- Houve um momento-  É isso, não esquece de se alimentar, você está com uma aparência horrivel, Edward!

—Eu vou! Obrigado Charlie!

—Disponha! Boa noite, Edward.

—Boa Noite!

—Bella- Ele ma chamou e eu abri a porta do banheiro- Boa Noite! - Sai do banheiro.

—Boa Noite, pai!- Charlie me olhou com um sorriso e fechou a porta. Depois de longos minutos de silencio sem saber o que falar, eu o olhei e ele estava encarando o copo perdido. Logo ele me olhou, os olhos carregados de perguntas das quais eu sabia que não podia mais fugir.- Nós precisamos conversar!

— Sim!- Ele concordou, não fui para a cama, me sentei no sofa embaixo da janela, abri mais os vidros e deixei o ar gelado entrar. Ele estava me encarando, liguei a luz do abajur, e vi a aparência faminta dele.

—Edward, você precisa se alimentar! -Ele olhou para baixo.

—Não estou pensando nisso agora!- Ele falou, calmo.

—Por favor, você precisa!- Ele me olhou de novo respirando pela boca, ele estava me analisando, eu sabia, mas precisava convencer ele a se alimentar.- Edward...

—O que você é?- E assim, na lata, ele perguntou- Me perdoa, é que eu não sei o que pensar. Eu tinha tomado a decisão de ti deixar contar no seu tempo, até por que não me sinto no direito de exigir nada. Mas, se o Charlie não é humano e se ele viveu... tanto. E você que o encontrou, como? Eu não entendo! - Ele estava tão perdido quando Jacob, estava incrédulo. Não vou mentir e dizer que o nervosismo não me pegara, mas a preocupação também estava lá.

— Você come, e eu conto. Lembra? - Fiz uma analogia a noite que eu contara que sabia que ele lia mentes, no dia em que fui comprar vestidos com Angela e Jessica.

Ele se sentou na cama e pegou o copo, diferente de mim ele abriu a tampa, o cheiro rodou o quarto mas não me afetou, não tanto quanto ele que logo virou o copo. Eu me encolhi na cadeira, o sangue já fazia pouco efeito nele, mas já era algo. Ele terminou e me olhou sugestivo.

—Sou uma vampira - Sua sobrancelhas abaixaram incrédulos- Não como sua familia, sou da especie original.

—Espécie?

—Sim, há tres tipos de espécie de vampiros: os Frios, a  espécie mais recente, que é o seu caso; os Hereges, que são mais antigos, que é o meu caso e os Originais, que é a primeira espécie de vampiros.- Ele me encarava- Eu sou derivada dos originais, de forma direta. Hereges, são como híbridos. Só que no meu caso eu sou meio bruxa e meio vampira. Como Humana eu era uma esponja que só podia usar magia sugando dos outros, agora eu sugo de mim mesma, até por que os vampiros vieram da magia.

—Espera, como assim?- Eu inalei, tentando clarear tudo, e expulsar o nervosismo.

—Bom, resumindo, uma bruxa criou a espécie original e por ai foi.

— Isso eu entendi, mas eu não entendi a parte de bruxas existirem.- Eu sorri com sua ingenuidade.

—Bom, em um mundo onde Lobisomens e Vampiros existem; As bruxas tem que entrar no catalogo pra ficar completo, você também não acha! - Ele me encarou incrédulo.

— Mas, você pareci humana!

—Essa é uma das caracteristicas da minha especie. Somos menos explícitos, temos mais facilidade de passarmos despercebidos, nossa aparencia não muda muito com a transformação.

— Isso é loucura.

—Eu sei!- Ele ficou encarando o chão, eu dei o tempo que ele precisava, não podia forçar, estava indo muito bem. Droga, ainda tem a familia dele.- Edward! - Ele me olhou- Acho que é melhor eu contar pra todos... juntos!

—Eu...

—Por favor, também não esta sendo facil pra mim. E eu devo isso a sua familia! - Ele pareceu ponderar.

—Não se qual vai ser a reação deles!

—Tudo bem!- Ele me olhou, ainda me analisando- Podemos ir agora? - Ele continuou me encarando-Eu sei que você pode não confiar mais em mim, mas eu preciso...

— Não é isso! Eu estou tentando entender por que você não me contou isso antes. - Houve um minuto de silencio de minha parte.

—Medo!

—De que?- O olhei nos olhos.

—Medo do que aconteceria depois. Eu tenho séculos de vida Edward, e toda vez que eu me permiti sentir a ponto de confiar, eu acabava colocando alguém em risco. Eu queria fazer diferente, eu só não sabia como! E fiz o errado, por capricho, me mantive na mentira, eu estava tão feliz. Eu fui egoista, e quando meu aniversario se aproximou eu vi, o que eu estava fazendo com você e com a sua familia, eu senti vergonha da minha covardia e do meu egoismo, eu estava decidida a contar naquela noite, mas ai tudo fugiu do controle e quando eu fui ver, eu estava sozinha de novo.- Ele ficou quieto- O problema aqui não é só eu ti perdoar por você ter ido, como você me perdoar por eu ter mentido!- Ele me olhou, devagar.- Você me perdoa?

 

 


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Notas finais do capítulo

Gente, é o seguinte!
Não é querendo sabonetar, só vou justificar meu desaparecimento!
Infelizmente, eu estive em um momento complicado da minha vida! Essa época de pandemia está horrivel para todos nós, e infelizmente eu perdi meu emprego e me vi envolta de problemas (tanto material quanto psicológico). Não estava com inspiração para escrever nada agradável!
Cheguei a consegui um emprego novo, mas era extremamente tóxico, roubava boa parte do meu tempo e eu estou ainda tentando receber o que trabalhei, já que me demiti recentemente, por não conseguir manter algo que me fazia tão mal.
O emprego, estava afetando mais ainda, a minha saúde, tanto fisica quanto mental. Eu estava trabalhando como operadora de caixa, que já é um emprego muito desgastante e muitas das vezes eu dobrava meus horários, não por escolha própria, mas por obrigação, eles simplesmente me comunicavam e eu não tinha o direito de escolha.
Muita das vezes eu entrava as 7 da manhã e saia as 22:20 da noite, sem exagero!
Cheguei a sofrer ataques racistas por clientes e humilhações por patrões, até que uma colega de trabalho armou uma situação que me fez quase ser mandada embora por justa causa, eu cheguei a parar no hospital, minha pressão quase bateu... enfim, pedi demissão!

Isso realmente estava acontecendo comigo, e eu não fui remunerada por nada disso! Fora os meus problemas dentro de casa, com a minha mãe doente e as contas pra pagar estando desempregada.

Pra quem não sabe, essa fic foi uma ideia muito legal, da minha ex-psicologa, que disse para eu passar a escrever o que imagino e assim explorar a minha mente e aceitar a mim mesma. Eu sei que pode parecer confuso, mas eu estou contando isso, porque realmente tem me ajudando, tanto que eu comecei a escrever um livro e estava super animada com a fic. Mas, com a pandemia, a minha psicologa veio a falecer de Covid-19, e isso, de certa forma me afetou gravemente.
Eu estava com projetos de abrir um canal no youtube, de ter me reerguer e etc... Só que essa noticia me pegou de jeito, até porque um psicologo e um amigo. E perder um amigo, dói. Independente, das circunstâncias.
Fora a separação dos meus pais que não está sendo nem um pouco indolor... enfim, muitos problemas de uma vez só!

E pra piorar eu estou desempregada atualmente, se Deus quiser, vou conseguir um emprego melhor e vou conseguir voltar ao meu normal, mas eu não sei quanto tempo isso vai levar. Estou escrevendo isso de forma clara, por que não quero ser vaga e simplesmente falar que não postei por motivos pessoais, é uma escolha minha contar pra vocês e espero que vocês não achem isso presunçoso de minha parte.

Este capitulo que postei, não estava pronto, dei uma pequena revisada e me senti na obrigação de postar e esclarecer tudo... eu nunca abandonarei a fic!
Tenho tudo planejado na minha mente, estou planejando escrever mais histórias. E até publicar uma original, mas pra isso, eu preciso resolver os meus problemas pessoais, que não são poucos; e tentar recuperar a linha de raciocínio que eu criei para esta fic, que virou o meu xodó.
Muito obrigado a todo mundo que ainda acompanha a história, peço desculpas pela minha falta, peço desculpa por ter me mantido calado, por tanto tempo!
A gente, tem dificuldade de falar sobre essas coisa, mas isso tem que acabar!
Muito obrigado por tudo: Pelos comentários e pela força, que vocês me deram sem saber o bem que estava acontecendo!
Não estou querendo piedade, só estou contando como tudo ficou uma bagunça pra mim, como imagino que tenha ficado pra vocês!
Um beijo muito grande no coração de cada um de vocês e muito obrigado, por tudo!
Boa sorte a todos nós, nessa época de Pandemia mundial!
E que este ano, realmente seja melhor e mais produtivo para todos nós!
Até o próximo capitulo!
s2
s2
s2
s2
Muito Obrigado!



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