Body & Soul escrita por Dri Lisboa


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Esta é mais uma história da coletânea baseada em músicas do B.A.P.
Boa leitura!



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Já havia anoitecido e como de costume estava na varanda do meu quarto enquanto olhava para o céu, aproveitei ainda para descansar um pouco a mente. A lua continuava deslumbrante desde sempre. 

O céu não possuía muitas estrelas no momento e as nuvens começavam a cobrir a lua. Foi nesse momento que ouço muitas pessoas gritando e barulho de carros. Ao olhar pela varanda, vejo que há muitos carros na frente do hotel, muitos fotógrafos também. Deveria ser alguém famoso.

 - Quem será? - tentei reconhecer alguém mas não vi nada distinto - Deve ser bem conhecido! - fiz mais um esforço na esperança de ver alguém, mas sem sucesso.

Da grande van preto haviam saído seis pessoas, elas estavam com máscaras então reconheci. Uma delas parou para olhar o céu, até que me viu a observando. Meu corpo paralisou ao mesmo tempo mesmo não fazendo ideia de quem era. Será que é esse o efeito que pessoas famosas causam nas outras?

Ela acenou para cima, especificando, acenou para mim.

— Meu Deus! - sai rapidamente da varanda - Meu Deus! - falei aos sussurros - Por que raios estou escondida? - perguntei a mim mesma. Meu coração batia feito louco e minhas pernas tremiam. Não me atrevi a olhar novamente, não com esse rubor tão evidente no rosto.Voltei para meu quarto e tomei um copo de água para me acalmar. Me vesti apropriadamente para o frio que fazia, antes de ir ao lobby do hotel ver se a minha entrega de comida havia chegado.

Ao sair do quarto, vejo um cara no corredor tentando abrir a porta de um dos quarto, ele estava demorando bastante por sinal.

— Com licença. Posso lhe ajudar? - perguntei já ao seu lado.

Quando o rapaz se virou, reconheci a máscara preta deixando só os olhos amostra, enquanto seu cabelo estava escondido debaixo de um boné preto. Talvez fosse ele o rapaz que havia acenado para mim.

— Ah. Obrigada! - ele pareceu não me reconhecer.
Peguei seu cartão, mas não passava de jeito nenhum, sempre recusava o acesso.

— Tente abrir pela senha! - sugeri. Ele passou por mim, senti seu perfume amadeirado. Vi que ele me olhava de canto de olho, parecia que estava começando a lembrar de algo. Rapidamente desviei, disfarçando para não dar bobeira.

A pessoa tentou uma a 6 vezes a senha e nada.

— O que será? - indaguei vendo se o cartão estava arranhado ou algo do gênero. Até que me permitir olhar o número do quarto, estava impresso um 28, e o número do quarto a frente era 29.

Comecei a sorrir, gargalhar na verdade. Foi então que percebi que os olhos do moço a frente me fitavam com curiosidade.

— Me desculpe - falei desconcertada - Seu quarto é por aqui! - voltei pelo caminho que havia percorrido, até chegar na porta do quarto de frente ao meu. Passei o cartão de acesso e então abriu.

— Uau, obrigada! - ele agradeceu olhando para mim enquanto trocava um longo aperto de mãos. Apenas acenei dizendo que não precisava.

Então a próxima coisa que ele fez me surpreendeu. Havia pegado uma nota e deixou nas minhas mãos. 

— É... - comecei.

— Uma gorjeta bem gorda por ter me ajudado e não conte a ninguém. Te peço! - ele gargalhou, sua voz estava sendo abafada, mas ela não me era estranha.

— Obrigada, mas fiz apenas minha obrigação! - decidi não explicar nada e devolvi o dinheiro - Se me dá licença - me curvei e segui minha rota, prendendo um sorriso.

— Isso foi errado da minha parte? - perguntei a mim mesma - Enfim, vou evitar vê-lo novamente.

No lobby, esperei mais uns 10 minutos e peguei minha comida. Segui caminho para a área aberta do hotel, uma praça com um belo jardim. Me sentei em um dos bancos com uma cobertura, coloquei meus fones e minha playlist favorita. Repleta de músicas do B.A.P, era fã deles a bastante tempo, mas depois que eles entraram em hiatus, não soube mais nada do grupo, muito menos do meu ultimate, Jung Daehyun. 

Não havia atualizações de nenhuma rede social ou da empresa. Tinha perdido as esperanças, então encontrava conforto em suas músicas e sua voz. Comecei a comer e não demorou muito para nevar, já havia um pouco de neve, mas agora a grama estava ficando toda branca.

— Que lindo! - sorri de boca cheia. Após comer. Joguei as embalagens no lixo e sai para me jogar na neve.

Estava bastante frio. Ainda bem que usava um casaco bem quente, assim como a calça comprida. Me deitei de olhos fechados e comecei a fazer um anjinho na neve movendo os braços e as pernas. Escutava " 1004 - Angel ", senti a obrigação de cantar quando a parte do Daehyun chegou.

" Naega saraganeun iyuneun neoya. Dasin mot bol geot gata jeongmal jugeul geot gata. Nareul saranghaejul sarameun neoya. Eodum sogeseo nareul bichwojwo ".

Meus dedos começaram a adormecer, tentei abri meus olhos porém não abriram completamente, só o suficiente para ver que alguém estava inclinado e me fitava de cima. Não consegui reconhecer porque meus olhos estavam muito frios, logo estavam semicerrados. Levantei e a pessoa me ajudou também, sua mão bem quente se comparada a minha.

— Me desculpe! - sorri tirando meus fones - Meus olhos estão congelados, então só um momento e irei te agradecer corretamente - tentei abrir, mas não deu muito certo.

— Você pode me emprestar suas mãos, percebi que elas estão quentes. Não vou conseguir com as minhas - gargalhei.

A pessoa silenciosamente deu-me as mãos. Coloquei cada uma em um dos meus olhos e as fiz se movimentar em círculos nas minhas pálpebras para descongelar. Aos poucos comecei a abri-los.

De repente escuto uma voz que reconheceria em qualquer lugar.

— Espero que elas tenham sido úteis! - disse levando suas mãos colocando nas minhas bochechas. Então conseguia ver de quem eu aproveitava o calor.

— Suas bochechas estão congeladas também! - Daehyun sorriu de orelha a orelha. Não sei se foi nesse momento que meu coração parou, ou quando ouvi suas voz, ou vi seus olhos ou no momento que percebi que segurava suas mãos.

Estou sonhando, não é? Por favor não me diga que é real, porque sou capaz de cair nesse chão. Meu coração batia tão rápido que podia ser ouvido à quilômetros de distância. Até minha respiração estava dificultada e me tremia toda..

— Você deve estar com muito frio. Está tremendo toda! - ele pegou seu casaco e colocou em volta de mim.

— Vamos para dentro! - me acompanhou, mal sabia ele que meu corpo tremia não era pelo frio, mas por sua presença.

Daehyun fez me sentar em um banco perto do lobby.
— Só um minuto! - ele se foi, sumindo por uma das portas a esquerda.

Parece que agora eu conseguia finalmente formular algo. Jung Daehyun está aqui. Peguei suas mãos, e ele me tocou. E agora? O que eu faço? O calor que sentia agora, era do meu nervosismo. 

Não estava sonhando, ele estava mesmo aqui. Pode ser que aquelas seis pessoas que saíram do carro são eles? Meu Deus. Vou surtar B.A.P está no mesmo hotel que eu, que coincidência tão prazerosa e surreal. Não vejo a hora de os ouvir cantar novamente. Daehyun estava com o cabelo preto, e penteado de forma relaxada a cobri seus olhos. Ele está muito bem, não pareceu perde peso, nem seu rosto pareceu cansado.

— Será que ele me ouviu cantando? - arregalei meus olhos, coloquei as mãos na minha bochecha - Será? - sussurrei.

— Suas bochechas ainda estão congeladas? - me assustei quase caindo para trás, mas Daehyun me segurou, depois sentou-se ao meu lado.

— Obrigada! - disse baixinho.

— Aqui, espero que seja do seu gosto - ele colocou em minhas mãos um copo de café - O frio vai aumentar bastante por causa da neve, então precisamos nos agasalhar direitinho. Certo? - sua voz me preencheu por completo, me fazendo até esquecer de como se respira.

— Sim! - respondi sorrindo - É. Obrigada por mais cedo! - curvei minha cabeça em sua direção. Senti novamente seu toque em minha testa, ele havia posto uma das suas mãos, e a outra na sua testa.

— Acho que você vai ficar doente - comentou - Você está muito quente e até vermelha! - ele retirou suas mãos. Ele não sabe que esses sintomas são porque estou com ele, tão perto dele.

— Não se preocupe. Estou bem! - garanti.

— Eu fui agradecer pela ajuda de mais cedo.

— Ajuda de mais cedo?

— Sim. A confusão com os quartos!

Meu Deus. Aquele homem com a máscara. Não pode ser!

— Tudo bem! E minha função ajudar os clientes.

— Eu sei - ele sorriu - Não entendi por que estava lá fora no frio. Você quer ficar doente para não trabalhar? - ele gargalhou.

— Não, não. É porque a grama estava tão linda repleta de neve, que queria me divertir, fazendo um anjinho - ele não me escutou, não é?

— Entendi! Então, podemos voltar depois para fazer anjinhos na neve, devidamente agasalhados! - o jeito como ele sorriu me deixou ruborizada.

— Jung Daehyun. O manager está chamando! - um assistente veio até nós.

— Ok. É, obrigada... - ele parecia procurar meu crachá.

— Sou Yeri!

— Tenho que ir senhorita Yeri! - ele apertou minhas bochechas - Obrigada pelo trabalho duro! - então eles se foram.

— Droga, droga, droga, droga! - fui falando até o meu quarto. Tomando cuidado para Daehyun não me ver. Peguei uma torta de abacaxi para comer enquanto me sentava.

O que está acontecendo aqui? Por que estou continuando com essa mentira! Aliás por que ela começou. Será que se eu me apresentasse como fã, ele agiria da mesma forma? Com certeza não. Ele põem limites na aproximação com as fãs. Não queria perder isso, mas seria pior se eu não contasse a verdade. Não quero mentir para ele, justo ele.

— Certo! Vou falar com ele! - minha campainha tocou. Olhei pelo olho mágico e segurei um grito.
Droga Daehyun. O que você está fazendo aqui. A campainha tocou de novo.

— Ele não pode me ver! - sussurrei

— Olá! - disse atendendo a porta depois de um minuto.

— É... eu mudei para cá...recentemente! - Daehyun explicou enquanto tentando decifrar meu rosto coberto por creme de abacaxi.

— Não se preocupe, isto é um creme revitalizador de abacaxi - expliquei.

— Entendo! - ele arqueou as sobrancelhas.

— Um novo inquilino! Bem vindo. É raro vermos famosos aqui no hotel. Principalmente um k-idol. Espero que vocês retornem com tudo.

— Obrigada! - ele falou ainda olhando para o creme no meu rosto.

— O que você queria? - perguntei.

— Ah é. Você conhece uma moça chamada Yeri, acho que ela trabalha arrumando quartos. Vi ela saindo daqui uma vez, é porque perguntei para as outras pessoas que trabalham aqui, mas ninguém sabia dela.

Meu Deus, ele está me procurando. O que eu faço!

— Ah, claro. A Yeri. Ela é nova, então poucos sabem da sua função. Falarei para ela que você à está procurando!

— Obrigada! - ele sorriu e se foi.

— Droga, droga, droga, droga! - tirei todo o creme do rosto - Tenho que falar a verdade. Isto está ficando cada vez pior. Certo, irei lá e falarei a verdade.

Toquei a campainha e rápido alguém apareceu na porta.

— Yeri! - ele sorriu parecia tão feliz ao me ver.

— Olá!

— Venha! - ele segurou na minha mão e me puxou para dentro.

— Queria que me ajudasse com minha bagagem! Quero te requisitar especialmente.

— Obrigada Sr.

— Nada de senhor! Daehyun! - acenei afirmando.

Passamos o resto da noite desfazendo e arrumando suas coisas. Conversamos sobre vários assuntos. Conheci ele de uma maneira que tenho certeza que quase ninguém conhece. Definitivamente, iria dizer a verdade a ele, no outro dia.

Havia amanhecido e o fanmeenting iria ocorrer no área aberta do hotel. Daehyun queria muito que eu fosse. Inclusive, meu deu um passe para o camarote.

Às 8:45 já havia uma fila enorme. Ainda bem que a área que ocorreria o meeting era grande o suficiente. Já às 9hs todos do B.A.P haviam chegado. Meu coração estava tão alegre que repetidas vezes, lágrimas vieram aos meus olhos. Ocorreram várias perguntas de fãs para eles, cantaram suas músicas e comentaram sobre o novo conceito que estava vindo e também sobre a data do comeback.

Às 16hs começaram as filas para os autógrafos e os presentes doados pelas fãs. Não me permiti ir, por que não havia nada que eu tivesse para dar. Quando deu 18 horas, o momento tão aguardado por todas havia começado. As brincadeiras com cada integrante, o momento de chegar tão perto para interagir com eles. Lembro que nao tinha nenhum pingo de sorte para ser sorteada nisso.

O barulho das fãs era alto. Gritando os nomes deles. Não consegui me conter e meu lado de baby nesse momento reinou.

— Chegou a parte que vocês mais gostam! - Himchan avisou - Momento para aproveitar o máximo de nós.

— Hyung, avise que devemos estar inteiros para o comeback - Zelo avisou rindo.

— Vocês ouviram seu Oppa! - ele gargalhou e todo o salão também.

— Então! Vamos logo para as brincadeiras! - Bang avisou.
— Não esqueçam de se protegerem do frio antes de saírem daqui e não fiquem doentes! - Daehyun avisou.

— Se vocês ficarem doentes. Chamem o Oppa aqui! Cuidarei de vocês! - YoungJae comentou e foram mais gritos.

— Vamos começar comigo! - Jong Up de pós a frente.

Houveram vários jogos. De dança, adivinhações, teatro e competições também.

— Agora está na hora da competição que vai funcionar da seguinte forma. Haverão três provas. As fãs escolhidas participarão das três com seus pares. Então, vamos as sortudas! - Bang meteu a mão dentro da caixa de vidro.

— O número que fará par com Jong Up é o 84, 47 fará par comigo, 73 com YoungJae, 12 com Himchan, 62 com Zelo e 88 com Daehyun. Todas se dirijam para cá por favor.

Os meninos começaram a chamar por seus pares pelos números, até que elas estavam lá no palco. Mas faltava uma, o par do Zelo.

— Por favor, número 62, seu par está esperando! - Himchan falou.

— 62, 62 preciso de você! - Zelo encenou o que foi engraçado. Eles esperaram e nada.

— Não vamos desistir, vamos chamar pelo nome - Zelo pegou o papel.

— Yeri. Cadê você? - minha respiração parou no exato momento que Zelo chamou meu nome. Olhei meu ingresso e o número 62 saltou aos meus olhos. Meu Deus.

— Aqui! - levantei as mãos toda alegre.

— Ali está ela. Venha, seu Oppa está te esperando! - ele sorriu e foi como uma flecha no meu peito.

Depois que cada um estava ao lado do seu par. Bang ia começar a explicar sobre o jogo, mas Daehyun chegou a cochichar algo em seu ouvido. Bang acenou.

— Meninas ouve uma confusão na hora do sorteio. Quem deve ficar com o Zelo é o 88, 62 é para o Daehyun. Troquem por favor!

— Poxa, vou perder minha parceira, estava confiante que íamos ganhar, mas agora nos tornaremos rivais! - ele deixou seu rosto a altura do meu, perto o suficiente para sentir seu hálito e meu rosto com certeza estava vermelho no momento. Ouvi gritos de todos os lados. Seguraram minha mão e me puxaram, percebi que era Daehyun.

— Sorte sua, você está com o melhor dos melhores! - ele riu, me fazendo sorrir também. Meu coração vibrava de alegria, mas um pouco nervosa.

— Então vamos as explicações! - Bang avisou.

O jogo seria composto de 3 provas. A cada prova, os pares iam sendo eliminados. A primeira deveríamos encenar uma briga, a segunda uma declaração e a última um teste de popularidade.

Após a briga de todos, fomos os últimos.

— Fiquem de frente para o outro! - Bang ordenou

— Apenas aja naturalmente! - sussurrou Daehyun e rebati - Você também!

— 1, 2, 3 e já! - Bang avisou.

— Eu juro que não tinha esquecido o horário do nosso encontro - ele sorriu.

— Ya, pare de mentir, não vou cair nesse seu sorriso de novo! - dei as costas para ele.

— Não seja assim - ele me abraçou pelas costas, e me coração começou a bater incontrolavelmente. Os gritos estavam bem altos.

— Está vendo. Seu coração bate por mim. Não seja assim. Ta bem? - ele estava entrando no papel mesmo.

— Me solta. Não basta esquecer o dia do nosso aniversário, precisa ser o horário do nosso encontro também! - me soltei.

— Você acha que eu esqueci, mas vi você enquanto fazia anjinhos na neve, e vi você cantando também. Acha que eu iria esquecer, apenas me mantive imparcial enquanto te admirava! - ele, olhei perplexa, então ele me ouviu cantar, rapidamente senti vergonha.

Daehyun foi chegando perto de mim, preendendo me entre a mesa e ele. Não ouvia mais nada além de sua voz.

— Foram só 10 minutos. Se eu tivesse chegado logo, não teria feito isso em você - ele colocou suas mãos na minha bochecha. Elas estavam quentes como da última vez.

— Okay, okay. Palmas para eles! - Daehyun segurou minha mão e agradecemos ao público.

— Okay. Vamos as votações. Nessa rodada serão eliminados 2 casais - por fim, foram eliminados o YoungJae e o Jong Up.

— A próxima é simples, vocês brigaram, agora terão que se declarar.

Eu e Daehyun fomos os primeiros.

— Você não sabe quanto tempo esperei para te encontrar, meu anjo. Minha vida sem você é apenas escuridão. Venha comigo e vamos fazer anjinhos na neve juntos - ele falou enquanto segurava uma das minhas mãos e a sua outra acariciava meu rosto.

— Wow, Daehyun está inspirado hoje. Palmas!

— Você...o que está fazendo? - perguntei.

— Estou jogando! - sorriu e piscou.

Nessa rodada, Himchan havia sido eliminado. Agora restava 3 casais.

— Agora, o teste de popularidade. Quem vocês acham que fez o melhor casal. Zelo? - as palmas foram bastante - Eu? - não houveram tantas palmas - Daehyun? - no momento do seu nome, ele me agarrou pela cintura e acenou. As palmas foram bastante também.

— Como pareceu haver empate, vamos fazer um último jogo. Batalha entre Zelo e Daehyun - as fãs foram à loucura.

— Hyung se saiu bem com a fã que deveria ser minha! - sussurrou no ouvido do Daehyun, a outra não foi capaz de ouvir - Ela nunca foi sua! - Daehyun sussurrou de volta.

— Vamos ver o que vai ser no sorteio! - Bang jogou o dado para cima, e esperou que parasse até ver o escolhido. 

— Wow. Pepero Gamer! - Bang avisou e gritaram como se não houvesse amanhã.

Fiquei muito nervosa. Não parava de tremer. Fazer isso com Daehyun, era inimaginável.

— Não vou fazer nada que você não queira! - sussurrou no meu ouvido. Olhei para ele. O que Daehyun pretendia fazer?

— Vamos a Zelo e Bong Soo.
Ficaram de frente um para o outro, e colocaram o pepero na boca entre eles.

— No já vocês podem ir. Já! 

Eles não foram longe, a menina ficou tão nervosa que quebrou o pepero com 2cm de tamanho. Isso quer dizer que não precisaríamos ir muito longe, bastava ser menor que o deles.

— Daehyun e Yeri, por favor.
Daehyun colocou o pepero na boca e esperou eu colocar a minha.

Posicionados, esperamos pelo sinal. Estava muito nervosa e como não estaria, daquela distância dele já poderia ter um sangramento nasal.

— No já. Já - Bang alertou.

Daehyun pegou meu rosto entre as mãos e foi comendo o pepero, fiz o mesmo, e aos poucos a distância ia diminuindo. Chegou um momento em que, mesmo se quebrasse, ganharíamos, mas Daehyun continuou.

Será que foi isso que ele disse com que eu podia parar se quisesse.

O pepero estava a quase 1 cm, e nossos rostos colados. Daehyun me olhava fixamente, tanto que não era capaz de desviar. Senti sua respiração em meu rosto, parecia que meu coração ia explodir, senti um toque macio em meus lábios antes de ele morde o pepero.

— Wow. Esse vai ficar para a história! - Bang alegrou-se. Pegou o resto do pepero e mediu - 5 milímetros! Eis os campeões! - apontou para gente. Sorri abobalhada, lembrando do toque em meus lábios.

Por fim. Após o final do fan meeting, ganhei um ingresso para o comeback e uma foto com cada integrante, além de outros artigos de fãs.

No meu quarto, não conseguiar pregar os olhos. O relógio marcava 21 horas. Toquei meus lábios, lembrando daquela sensação de maciez. Daehyun havia me beijado, tenho plena consciência disso.

— Meu Deus! O que eu faço? - disse bagunçando meu cabelo. Aliás, nem contei a verdade a ele.

De repente a campainha tocou.

Levantei nas pontas dos pés e olhei pelo olho mágico. Como imaginei, era ele. Droga, conte a verdade para ele! Peguei torta na geladeira, dessa vez era de limão. Coloquei no meu rosto e atendi.

— O, Sr. Daehyun! Você por aqui novamente! - sorri, mas ele apenas me olhava fixamente.

— Algum problema? Ah, deve estar procurando pela Yeri, no momen.. - ele me puxou antes mesmo de eu terminar de falar e me levou para o apartamento em frente.

Me sentou no sofá e foi para a cozinha.
O que está acontecendo?

Ele voltou com um guardanapo, sentou ao meu lado e começou a limpar meu rosto. 

— Não. O tempo estimado ainda não...

— O que vai ser amanhã Yeri? Melancia? - reclamou limpando meu rosto.

— Você...

— Hoje, quando jogamos pepero senti um forte cheiro de abacaxi em você, aliás é incomum que só uma pessoa saiba de uma empregada nova, que não está nem no sistema - ele terminou de limpar meu rosto.

— É...Me desculpe...

— Tudo bem, venha! - ele pegou minha mão e me puxou para o banheiro. Me sentou ao lado da banheira, que por sinal era grande, assim como a minha.

— Por que não morango? Não gosto de limão! - disse sentando ao meu lado. Ele pegou minha xuxa do pulso e amarrou meu cabelo de um jeito estranho. Molhou o pano na água da banheira e passou no meu rosto repetindo o processo novamente.

— Por que você não me disse a verdade? - perguntou.

— É que, você já tinha me confundido. Não queria explicar e fazer você se sentir mal.

— Não adiantou, porque fiz você arrumar toda minha bagagem!

— Não foi tão ruim! - sorri - Aliás, você me ouviu não é? No outro dia?

— Sim sim. Me admirei que você cantou minha parte com tanta paixão - ele sorriu se aproximando de mim - Deixa eu ver se tirei o cheiro - meu coração novamente começou a desmanchar quando sentir o toque do seu nariz na minha pele, lembrei do toque dos seus lábios, nervosa me precipitei em me afastar e cai dentro da banheira, Daehyun havia tentando de alguma forma evitar isso, mas acabou parando em cima de mim.

— O que fazer? Meu Deus! - comecei a pedir desculpas, mas Daehyun apenas ria.

— Você parece uma gatinha molhada - gargalhou novamente, me permitir sorrir. 

Daehyun de repente, não estava mais sorrindo, estava sério. Foi então que percebi porque. Estava encostada na banheira, enquanto ele se encontrava quase em cima de mim.

Ele fez algo que não imaginei estar acontecendo. Começou a se aproximar de mim. Seus me encaravam, depois iam para minha boca.

Minha respiração estava descompassada assim como meu coração. Parece até que eu havia voltado ao jogo do Pepero, mas sem Pepero.

Há pouca distância do meu rosto Daehyun sussurrou algo.

— Você pode me parar se quiser! - seu hálito passeou por meu rosto. Não tinha força de vontade para fazer ele parar, então esperei pelo inevitável.

— Feche os olhos! - senti seu hálito quente tão perto da minha boca. Fiz o que me pediu.

De repente no momento que seus lábios encostaram nos meus, a campainha tocou nos assustando.

— Olha. Se esconde aqui, vou ver quem é! - disse no meu ouvido e se foi, me deixando sozinha no banheiro.

Deus, o que foi isso? Levantei. Ele, realmente, ia me beijar. Essa sensação de algo não terminado me cortou, assim como hoje mais cedo. Era uma provocação que tinha que terminar. De um jeito ou de outro. 
Daehyun apareceu na porta.

— Olha, tenho que sair. Pegue alguma roupa minha para não se resfriar. Quando chegar falo com você - então partiu.

Quer que eu espere aqui? Foi isso? Não pensa em mais nada, se troque e vá para casa. Vesti um moletom preto que parecia um vestido em mim e fui para o meu quarto, tomando cuidado com o corredor.

Fechei a porta me escorando nela em seguida. Coloquei minhas mãos na cabeça. Sentia meu peito doer, e um frio na barriga, que sensação é essa? Não pode ser que eu...será? 

Toquei meus lábios novamente e aquela sensação incompleta me atingiu de novo.

— Estou ficando louca! - bagunçei meu cabelo. A campainha tocou de repente me fazendo levantar aos pulos. Abri a porta. Daehyun estava lá, ofegante e suado.

— Posso entrar? - pergunta e dou espaço para ele. Ele fechou a porta atrás de si e me jogou contra a parede, com seus braços a minha volta.

— O que você fez comigo? - perguntou com os olhos vidrados em mim - Essa sensação, nunca presenciei ela, tudo que sinto aponta para você - pegou na minha cintura com a mão esquerda me puxando para si, seu corpo colado ao meu é com sua direita ele acariciava o meu rosto. Ele parecia olhar cada parte do meu rosto. Depois sentia a fragrância da minha pele, do meu pescoço.

— Você é real? - perguntou - É um anjo?

— Eu..

— Shiii! - disse com os dedos nos meus lábios. Ele aproximou e roçou os lábios nos meus. Aquilo foi muito excitante, despertou em mim loucos desejos - Sei que isso é pretensioso da minha parte, mas...vou vir ao seu quarto amanhã as 11 horas da noite - então ele passou a mão pelos meus cabelos e se foi.

Parece até que eu havia esquecido de como se respira. O que eu faço? Andei de um lado a outro. Será que eu espero? Realmente quero que ele venha, mas estarei preparada? O que sentia por ele havia deixado de ser um sentimento de fã no momento que nossos lábios se tocaram.

Nunca esperei um dia passar tão rápido como estou desejando agora.

Às 22:25 do outro dia já havia chegado. Mudei de ideia pela quinquagésima vez, tirado e colocado uma roupa bonita.

— Desisto! É melhor isso não acontece! - peguei meu blusão de dormir e meu short e me deitei.

— Isso é a coisa certa a fazer! - a campainha tocou. Olhei pelo olho mágico, era ele.

Não não, não são nem 23 horas. O que ele está fazendo aqui. Me escondi ao lado da porta.

Ouvi um burburinho do lado de fora e minha porta abriu sozinha.

— Obrigada senhora - Daehyun a fechou, percebendo onde estava me colocou contra a parede de novo. O ar de repente havia ficado rarefeito.

Quando tentei pronunciar algo, ele me calou com sua aproximação repentina. Seu rosto a pouca distância do meu. Ele pôs uma mão na minha cintura e com a outra, trouxe meu rosto até nossos lábios se tocarem, mas dessa vez não houve nenhuma interrupção. Seus lábios moldaram-se aos meus, sua língua explorava cada canto da minha boca. Parecia que nossos lábios eram um só.

Não tinha mais controle de mim mesma. Joguei meus braços envolta do pescoço dele, e os dele envolveram minha cintura tornando nossos corpos um só. O gosto de pasta de dente em sua boca me invadiu, seu perfume amadeirado também. Dae me impressou contra a parede, uma das suas pernas entre a minha. Consegui sentir seu desejo e luxúria a cada toque e aperto em meu corpo. Me afastou de sua boca por falta de ar. Maldito ar.

— Eu...sinto... - calei a boca dele com a minha. Agarrei seus cabelos puxando para mais perto de mim. Ele apertou minha cintura e me levantou, agarrei sua cintura com minhas pernas. Suas mãos passeavam por minhas coxas, enquanto minha língua pela sua boca.

Dae me carregou até o balcão da cozinha e me sentou nele, mas em nenhum momento paramos o beijo.

Passeie minhas mãos por seu rosto, seu pescoço, braços. Enquanto as deles estavam como um cadeado segurando meu rosto. Meu coração palpitava tanto e meu corpo tremia em resposta a todos esses estímulos.

Não acredito que estava beijando Jung Daehyun, que ele estava me beijando. Isso é uma loucura sem precedentes.

Nos afastamos novamente por falta de ar. Daehyun desceu as mãos até pararem em minha cintura me puxando para meu corpo ficar colado ao seu. O único som no quarto eram nossas respirações ofegantes e sem ritmo algum. Daehyun tirou meu moletom, deixando minha blusa branca de alça à amostra, distribuiu beijos pelo meu pescoço e depois voltou à beijar meus lábios, uma das mãos pegando na minha nuca e a outra em minha coxa.

Daehyun me segurou no colo e levou-me para a cama. Deitando-me confortávelmente. Ele desligou as luzes, mas as luzes da cidade iluminavam um pouco o quarto. Tirou seu terno e veio para cima de mim. Uma das suas pernas entre as minhas. Ele se apoianhava em um dos braços, o outro desabotoava sua camisa.

— Não fique nervosa e fique confortável amor! - sussurrou - Hoje à noite você é especial - seus lábios roçaram nos meus - Minha dama sensual - então selou minha boca com a sua.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido mais uma história da coletânea. Realmente fico muito agradecida. Quer ver sua história aqui também? Basta entrar em contato comigo! Bjos e obrigada por ler *-*



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