Castelobruxo - Interativa escrita por matheus_almeida


Capítulo 1
A Sociedade Bruxa no Brasil


Notas iniciais do capítulo

Fala meu povo, tudo bom? Então, como talvez já tenham percebido, este capítulo ainda não será o começo da história, apenas com algumas informações - praticamente todas inventadas por minha pessoa - sobre a fic, portanto, leiam tudo com muita atenção, ok?

As regras estão lá embaixo nas notas finais, junto da ficha.
Vejo vocês nos comentários, até!



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—CASTELOBRUXO-

 

 

Foi fundada pelos índios que viviam na floresta amazônica, mas até então não era uma escola “convencional.” Quando os índios a criaram, Castelobruxo nem mesmo era chamada assim, mas possuía um nome em tupi-guarani, que apenas os índios conhecem até hoje. Seus fundadores foram os pajés de três grandes tribos que por ali viviam.

Um deles era Tupã, o Grande Líder, o mais poderoso bruxo que os índios conheceram. Além de Pajé, Tupã também era o Cacique de sua tribo, era um grande líder militar e espiritual de seu povo, sendo admirado e invejado por muitos, apesar de ser um tanto quanto inescrupuloso com quem ameaçava impedi-lo de fazer o que queria.

Outro era Sumé, o Sábio. Entre os índios, Sumé foi o pioneiro no estudo das propriedades mágicas das plantas, o que mais tarde seria chamado de Herbologia. Outro de seus grandes feitos, foi o início de um sistema pictográfico, usado não apenas pelos bruxos, mas por toda comunidade indígena. Por outro lado, sua elevada sabedoria lhe garantiu uma certa arrogância.

Por fim, o último dos pajés era Rudá, o Justo. Rudá dedicou sua vida ao amor, à bondade, a ajudar os outros. Há quem diga que ele foi um índio mais bondoso que viveu, estendendo seu auxílio tanto para humanos, quanto para animais. Chegando a um determinado ponto de sua vida, Rudá decidiu estudar os animais, principalmente, mais especificamente as criaturas mágicas, sendo um tipo de magizoologista primitivo. Ao contrário dos outros, Rudá não possuía nenhuma característica considerada ruim.

Os três se uniram por que acreditavam que era necessário que os bruxos jovens fossem ensinados, precisavam que alguém os ensinasse quais plantas serviam para curar ferimentos, como tratar as criaturas mágicas que os cercavam, como defender suas tribos. Assim surgia o que viria a ser a Escola de Magia e Bruxaria de Castelobruxo. Cada um escolheu um punhado de alunos que “apadrinharia”, dedicando-se ao ensino dos mesmos, dando origem às três Tribos de Castelobruxo, que carregariam os nomes de seus líderes.

Para a Tribo de Tupã, foram os que, assim como ele tinham um espírito forte, que demonstravam as características necessárias para um líder forte, e também, aqueles que fazem de tudo para cumprir seus objetivos.

Para a Tribo de Sumé, foram os que eram ávidos pelo conhecimento, que sempre buscam aprender mais e mais. Dentre eles, a exemplo de Sumé, alguns eram um tanto quanto arrogantes.

Para a Tribo de Rudá, os escolhidos eram os mais abnegados, os que se dedicavam a ajudar os outros, os capazes de perdoar qualquer insulto.

Surgiram assim também os símbolos que representariam as casas. Tupã escolheu um raio, Sumé escolheu uma folha, e Rudá escolheu uma pata de onça. Criou-se também a cerimônia de seleção, onde os novos alunos recebiam uma pulseira feita de ouro, encimada por uma pedra branca, após isso, um a um colocava a mão com a pulseira em uma grande bacia cheia da água do Rio Negro. Quando retiravam as mãos, a pedra estava desenhada com o símbolo da tribo para onde o aluno foi enviado.

Por volta do século XIII, os bruxos de outras tribos ao redor do continente começaram a vir para estudar na escola que surgia na Amazônia. Antes de possuir um vasto complexo de construções, a escola era composta apenas por algumas ócas, três onde as tribos dormiam, e uma maior onde os alunos eram ensinados. A chegada dos membros de outros povos, principalmente íncas e astecas, trouxe consigo a construção do complexo que é Castelobruxo, juntamente de uma vastidão de conhecimento. Assim surgiu o imponente prédio principal, revestido de ouro, repartido em diversas salas, onde a maioria das aulas aconteceriam. Surgiu também a torre onde os alunos estudariam astronomia, que recebeu o nome de Torre do Céu.

Dois séculos depois, Pedro Alvares Cabral desembarcava na costa nordeste do continente, e alguns anos depois, os primeiros colonos. Junto deles, vieram dois bruxos portugueses, mais precisamente magizoologistas, que, ao saberem da existência de uma grande mata, e de algumas criaturas estranhas, se dirigiram para a recém-descoberta Ilha de Vera Cruz. Quando aportaram, foram direto em busca da grande floresta, onde, dizia-se, habitavam aquelas criaturas estranhas, e de fato, as encontraram. Seu primeiro contato foi com os pequenos – e diga-se de passagem, endemoniados – Caiporas, que em instantes roubaram suas calças e varinhas, sumindo em meio às árvores. Enquanto procuravam por seus pertences, deram de cara com a óca da Tribo de Rudá. Para a surpresa dos bruxos, não foram atacados, nem mesmo tiveram dificuldades para conversar com os nativos, pois, como foram descobrir, os bruxos indígenas haviam lançado um feitiço extremamente complexo, chamado Feitiço da Fala Comum, que permitia que todos se entendessem, como se fossem fluentes em todas as línguas faladas no terreno da escola.

Após os dois, outros bruxos portugueses rumaram ao novo continente, seguidos por bruxos espanhóis, holandeses, e até mesmo, britânicos. Começou então uma espécie de relação “simbiótica”, onde os bruxos europeus ensinavam aos nativos algumas técnicas para esconder a escola, para que não fosse encontrada pelos não-bruxos europeus, chamados de Okeri pelos nativos, termo que mais tarde seria usado por todos os bruxos brasileiros para se referir aos trouxas. Da mesma fora, os índios lhes ensinaram tudo o que sabiam. A relação entre os dois povos foi, desde o início, pacífica e amigável, tanto que, os filhos dos europeus que haviam chegado ao Brasil, foram estudar em Castelobruxo.

O tempo se passou, mas Castelobruxo manteve sua essência. Os diretores das três tribos passaram a ser chamados de Grandes Pajés, e com o passar do tempo, acabaram formando um tipo de conselho que comandaria a escola, sendo os três os presidentes titulares da escola.

 

—SOCIEDADE BRUXA NO BRASIL-

 

Pode se dizer que a sociedade bruxa brasileira seja a que mais se aproxima dos não-bruxos, quase não havendo famílias que digam ser de “sangue puro”, o que não impede que existam aqueles que insistam em dividir as pessoas por causa de seu sangue, seja pelos puristas de sangue, quanto pelos que simplesmente precisam dividir o povo.

No início do século XX, surgiu o chamado Partido Puro no Ministério Brasileiro da Magia, um grupo de bruxos que diziam ser de sangue puro e, fiéis aos ideais de Grindelwald. O grupo tentou criar leis que separassem não apenas bruxos e okeris, mas os bruxos de sangue puro – segundo eles, os verdadeiros bruxos – e os mestiços e nascidos-okeri. Para a felicidade, tanto de bruxos quanto de okeris, não houve uma guerra aberta, como haveria na Europa anos mais tarde. De início, o Partido Puro foi até aceito pelo ministério, como apenas uma linha de pensamento mais radical, mas quando foi descoberto que seu líder, Diego Lumen, torturava e matava mestiços, por dizer que pessoas como eles eram as maiores aberrações do mundo bruxo, o partido foi considerado um grupo terrorista, ainda mais quando descobriram seu apoio a Grindelwald, e decretaram a prisão de todos, sentenciando a liderança à morte.

Mais para o final do século, surgiu a Frente Libertária, um grupo essencialmente terrorista, que buscava derrubar o ministério, para libertar os bruxos da “crueldade” das leis que os impedia de viver como bem entendiam. Atacavam todos que não os apoiavam, ou que, segundo eles, ficavam em seu caminho, espalhando o terror por todo o Brasil. Desta vez, infelizmente, uma guerra civil eclodiu no país. Apesar de poucos, os membros da Frente Libertária não possuíam alguma característica única que os torna-se reconhecidos, além do fato de usarem muito a poção polissuco, o que os tornava praticamente irreconhecíveis. A guerra durou três anos, tendo seu fim com a prisão de sua líder, Estella Tenebris, que foi levada para interrogatório. As respostas que conseguiram apenas confirmaram suas expectativas, o objetivo da Frente não era derrubar o ministério, para que não houvesse um órgão legislador, era tomar o poder, e concentrá-lo na própria Tenebris, que governaria absoluta sobre os bruxos brasileiros. Ao contrário de Diego Lumem, Estella foi condenada a prisão perpétua.

 

—MINISTÉRIO BRASILEIRO DE MAGIA-

 

O MBM, como é comumente chamado, é o órgão legislador bruxo do Brasil e é muito mais parecido com o MACUSA do que com o ministério britânico, possuindo um congresso, formado pelos bruxos mais notáveis de diversas áreas, sem contar todos os seus comitês. O atual ministro da magia brasileiro é Paulo Monteiro, um ex-auror, que antes de aceitar o cargo de ministro foi chefe do Comitê de Execução das Leis da Magia, estando no cargo há mais de vinte anos, assumindo o posto quando seu antecessor foi morto, no final da guerra contra a Frente Libertária.

 

—VARINHAS-

 

Como era de se esperar, os bruxos brasileiros possuem varinhas um pouco diferentes das usadas pelos bruxos europeus. O grande número de criaturas mágicas encontradas não apenas no país, mas em todo o continente sul-americano, é terreno fértil para fabricantes de varinhas, o que faz com que haja muita concorrência. A mais famosa, e diga-se de passagem, melhor fabricante de varinhas nem mesmo é brasileira, mas uruguaia, Corina Silvino. A família Silvino tornou-se famosa logo no século XVI, quando fizeram sua primeira descoberta, ao aprenderem com os índios as propriedades mágicas que têm as penas de Uirapuru, chamado de pássaro-da-sorte pelos bruxos nativos. O núcleo de pena de Uirapuru não é o mais poderoso, mas é muito útil, pois, diz-se, que caso seu usuário tenha boas intenções, a varinha pode lançar feitiços para protegê-lo quando seu dono não sabe o que fazer.

Outro núcleo usado pela família Silvino é o de fibra de gorro de saci. As varinhas feitas com esse núcleo são muito poderosas, mas são um pouco traiçoeiras, e precisam de tempo para serem “domadas” por seus donos e pararem de soltar feitiços aleatórios. Apesar disso, quando totalmente domadas, tornam-se extremamente fiéis aos seus donos, e, caso sejam tomadas à força, começam a disparar azarações em quem quer que as tenha tomado.

O núcleo mais instável, e mais perigoso de ser manuseado, conhecido pelos Silvinos é o de escama de Boitatá. As varinhas que acompanham esse núcleo são muito instáveis, e, quando usadas por um bruxo jovem, acabam gerando efeitos muito mais fortes do que o desejado, exigindo uma boa experiência até que o bruxo se adéque à varinha. Também são varinhas que geralmente apontam para as artes das trevas, mas que podem ser dominadas.

 

—OKERI-

 

O termo okeri utilizado pelos bruxos indígenas para se referir a aqueles que não são bruxos vem de uma antiga crença indígena de que a magia é uma energia que rodeia todos, e que, grande parte das pessoas está alheia a esta energia, de certa forma, adormecida para tudo a sua volta, por isso o termo, que em tupi é “adormecido”.

 

—TRIBOS-

 

TUPÃ

 

—Símbolo: Raio

—Características dos alunos: Os que têm espírito forte, características de liderança, e também, aqueles que fazem de tudo para cumprir seus objetivos.

 

Sumé

 

—Símbolo: Folha

—Características dos alunos: Os que são ávidos pelo conhecimento, que sempre buscam aprender mais e mais. Alguns são um tanto quanto arrogantes.

 

Rudá

 

—Símbolo: Pata de Onça

—Características dos alunos: São os mais abnegados, os que se dedicam a ajudar os outros, os capazes de perdoar qualquer insulto.

 


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Notas finais do capítulo

REGRAS

1. A história se passará em 2019, ou seja, 21 anos após a Batalha de Hogwarts, e tudo aquilo que aconteceu em Harry Potter terá acontecido aqui;
2. Não será permitido nenhum tipo de parentesco com os personagens originais dos livros, mas caso alguém queira criar uma família de bruxos que tenha vindo do Reino Unido para a América do Sul, tudo bem;
3.Serão 8 vagas ao todo, sendo: 4 “heróis” - 2 meninos e 2 meninas - e 4 “vilões” - 2 meninos e 2 meninas;
4. Com relação à história dos personagens, eu já falei que vou escolher as fichas por qualidade, então já sabem, caprichem nas histórias!
5. Obviamente, as personalidades devem bater com as procuradas pelas casas, mas é claro que seus personagens devem ser mais profundos do que apenas “frio, calculista e estudioso”, se aperecer um personagem completamente frio eu não vou conseguir trabalhar direito com ele, e ele terá que ser negado, infelizmente é assim. Sem contar que, se tiverem muitos personagens assim vai ser mais fácil colocar só a narração do que aconteceu, porque as conversas serão quase nulas kkkkk. Mas na moral, eu não consigo entender o motivo de se fazerem tantos personagens frios, eu sei que vocês conseguem fazer mais do que isso! É claro que existem pessoas introvertidas, mas há uma grande diferença entre ser introvertido e frio;
6. Não vou exigir que comentem, mas é claro que caso alguém fique muito tempo sem comentar, eu vou entender que essa pessoa perdeu o interesse na história e simplesmente abandonou, e aí eu terei que me livrar do personagem;
7. Devo lembrar-lhes que, assim que eu aceitar seu personagem ele estará nas minhas mãos, e eu poderei fazer o que quiser com ele, e digamos que… nessa história, mortes acontecerão, não posso evitar, mas fiquem tranquilos, vou evitar ao máximo matar os seus personagens;
8. Com relação às varinhas, quase todos os núcleos estão liberados, além dos que eu citei antes, apenas o núcleo de pelo de cauda de testrálio não está, por ser único da Varinha das Varinhas;
9. As aparências devem ser de pessoas reais, e por favor variem um pouco, não coloquem apenas personagens brancos, okay? Outra coisa, escolham atores que pelo menos aparentem ser adolescentes, tendo no máximo uns 22 anos, para ainda ser algo aceitável.
10. Para eu saber que você leu até aqui, coloque a sua frase favorita de Dumbledore no topo da ficha.

FICHA

Ficha (tire os parênteses):
Nome:
Apelido (Se tiver):
Sexualidade:
Data de nascimento:
Idade (de preferência entre 14 e 17 anos):
Cidade/estado em que mora:
Se não for brasileiro, é de qual país?
Ano escolar (Castelobruxo segue o mesmo período letivo que as escolas brasileiras, ou seja, começa em Fevereiro e termina em Dezembro):
Tribo:
Aparência (Descrição obrigatória, foto opcional):
Personalidade:
História:
Tipo de Sangue:
Família (Pai, mãe, padrinho e madrinha, com data de nascimento, casa na escola e profissão):
Você e sua família concordam com tanta proximidade entre bruxos e okeris? Apoiariam uma retaliação aos assassinatos cometidos por eles? (este tópico é muito importante, por praticamente definir o lado que seu personagem apoiará.
Matéria que mais gosta:
Matéria que menos gosta:
Caso necessário, recorreria às artes das trevas?
Quadribol (Qual posição, se sim qual vassoura?):
Time de Quadribol Profissional Favorito:
Varinha:
Feitiços favoritos:
Deseja Par? Se sim, com quem, ou eu escolho?
Patrono? Se sim qual?
Animal de estimação? Se sim, Qual?
Matéria escolhida no 3° Ano?
Se for do 6° ou 7° Ano, NOM’s?
Se for do 6° ou 7° Ano, que matéria seguiu pós NOM’s?
Profissão Pretendida?
Como age com:
Desconhecidos
Colegas de tribo:
Amigos:
Melhores amigos:
Par:
Professores:
Grandes Pajés:
Membros do ministério:
Okeris:
Criaturas mágicas:
Algo mais?



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