Verona de Amor escrita por MrsNutella


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Sabiam que eu amo comentarios?



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— Deixe de ser avarento e me empreste algumas moedas Teobaldo!

— Eu mando Pedro ir comprar pão!

— Mas EU desejo ir, Ama pediu que eu fosse, ela está faxinando a casa, Sr Capuleto vai dar seu baile de máscaras anual pelo fim da semana! E além disso, você acha mesmo que Pedro sabe a diferença entre um pão francês e um de forma???

Estiquei a mão pedindo que ele me desse as moedas de prata que pedi.

— Tudo bem, se é o que Ama pediu... mas não demore, e não se perca.

— Helena! Eu vou com você!— Julieta vinha descendo as escadas da casa.

— Não. — Teobaldo diz.

— Mas é muito arrogante não é mesmo? — penso.— Sinto lhe dizer Teobaldo, mas você ainda não é o chefe da família, e não pode dizer o que Julieta pode ou não fazer!— digo o mais delicada possível. Difícil.

— Aé?? Então nada de moedas.

— Deixa de ser infantil!

— Julieta não vai!

— Tudo bem. Julinha, fique por favor.

— Mas...— Julieta.

— Eu volto logo, e vamos andar a cavalo, prometo!

— Tudo bem...

Peguei as moedas de Teo e saí com meu capuz pela cidade até a melhor padaria de Verona; me deparando com nada mais nada menos do que 4 da gangue dos Montecchio, em frente á padaria, sentados ao redor de uma bela fonte, treinando o combate com espadas e rindo. O quase-Montecchio, Mercutio Escalus, Benvólio, Baltazar e Romeu.
Logo ajeito meu capuz para evitar que vissem meu rosto. Vejo como se divertem, Escalus está sentado assistindo e fazendo seus comentários, enquanto Romeu e Benvólio riem e se provocam durante a luta e Baltazar apenas ri. Parece divertido.

Pouco antes de mim passam por eles, três garotas como eu, provavelmente indo até a doceria.

"Fiiu fiiu"

Os meninos param de lutar e começaram a ser...meninos.

Escalus levantou, foi para a frente das moças e abordou-as com seu mais charmoso sorriso. Seguido pelos outros que ficaram a sua volta também a frente das moças.

Enquanto isso eu aproveitei para passar por eles enquanto estavam distraidos. Senti alguns olhares sobre mim mas nada que pudesse tirar a atenção deles de suas presas.

Entrei na padaria, e logo sorri só com o cheiro maravilhoso de pão recém assado.

— Bom dia senhorita, o que deseja? — disse o padeiro sorridente.

— Bom dia, eu queria duas baguetes de pão francês por favor. — Sorri educadamente de volta.

— Buscarei em segundos senhorita!— disse e entrou para a cozinha.

Eu fiquei esperando enquanto olhava a vitrine com diversos doces. A boca chegou até a salivar com o bolo de cenoura que eu tanto amo, mas não posso comer, Teobaldo me deu as moedas contadas para 2 baguetes, que raiva!

— Aqui estão mocinha.— entregou-me os pães.

— Agradecida. — Chego a cesta que trouxe para carrega-los perto de meu rosto e cheiro o vapor quente do pão.
Hmmm.

Viro-me para sair do estabelecimento e AH!

Quem colocou esse saco aí?!!

Tropeço, e vejo em câmera lenta os dois baguetes voando de minha cesta, indo direto em direção ao chão. Mas logo antes que eu pudesse gritar "não!" de maneira dramática, vejo um par de mãos, com rápidos reflexos, salvar o café da manhã.

— Cuidado! Os pães estão cada vez mais caros nessa cidade!— sorriu. Benvólio Montécchio.

Seus olhos encontram os meus. E seu sorriso largo aumenta em milímetros.
— Ora, você por aqui, e eu novamente te livrando de pequenos empecilhos. — Estende os pães para que eu coloque na cesta novamente.

— Obrigada de novo.— Sorrio fraco.

Tento passar por ele mas ele não se move, tornando a minha vida mais difícil. Passo com meu corpo a centímetros do dele, entre as prateleiras e a porta, e o encaro com olhos semicerrados. Enquanto seguimos para fora da padaria.

— Qual é o seu nome mesmo? — ele  toca meu braço e pergunta.

Nisso Escalus chega e se apresenta, com um olhar sugestivo entre eu e o Montecchio.

— Helena. Helena de La Rosa.

— De la Rosa... então creio que falo com una guapa espanhola? — Diz beijando minha mão educadamente.

— Sim, cheguei a pouco em Verona. Prazer em conhecê-lo, mas devo partir, os pães vão esfriar...— tento sair.

— Sem nem dizer que foi um prazer me rever? — Benvólio brinca, dizendo mais a Mercútio do que a mim.

— Minha educação me diz que é feio mentir.— Sorrio e me afasto.
Escalus ri.

Logo Vejo que estou cercada, pois Romeu e Baltazar, ao ver a conversa ao longe vieram ver o que se falava também.

— Helena, se estou correto? Bom te reencontrar! — Disse Romeu com sinceridade.

— Você também, Romeu.

— Este é Baltazar, um criado da família, mas é um de nós, como um irmão.— Apresenta Romeu.

— Prazer— estende a mão Baltazar.

— Prazer. — sorrio levemente desconfortável, já estava ficando preocupada com a hora; eu apenas saí para comprar pão e...

— SE AFASTEM!— ouço um estrondoso trovejar de uma voz irritante e conhecida.

Os Montecchios o olham com surpresa e desdém. Teobaldo estava do outro lado da praça onde a fonte se encontrava no meio.


— Ora, ora, ora, se não é o rei dos gatos miando insuportavelmente em plena manhã.— Mercutio sorri debochado e dá alguns passos para frente; diminuindo a distância de Teobaldo.

— Helena! Vá para casa, agora!— ordena.

— Eu...

— A moça por acaso é sua esposa? Sua filha? Por acaso ela lhe pertence? — Benvólio pergunta de certa forma me impedindo de sair. — Sabe se a moça deseja sair daqui?

— Enquanto ela estiver sob o teto e proteção da família Capuleto, sim, ela faz o que eu disser! E para mim não há duvidas do assédio que ela estava sofrendo nas mãos sujas de vocês. Como disse antes, afastem-se, e a deixem.

— Capuleto??— os garotos perguntaram-se.

— ...De la Rosa Capuleto. — Digo e saio o mais rápido possível do meio deles, com todos os olhos em mim e de cabeça baixa passo para trás de Teobaldo. Mas ele ao invés de vir atrás de mim, permanece encarando os rivais com raiva no olhar. — Vamos Teobaldo, já acabou o problema. — Peço.

Ele não ouve, cego de ódio. Cospe no chão na direção dos Montecchios.

Que em segundos fecham mais as caras e seguram os cabos de suas espadas.

— Vamos embora agora Teobaldo!— Suplico e começo a virá-lo para a direção oposta.

Graças ao bom Deus não houve avanço nas ameaças, e Teobaldo foi comigo de volta a mansão dos Capuleto.
Assim que pus meus pés dentro da mansão Capuleto Teobaldo indignado:

— Não pense que vou relevar isto. É bom que você logo aprende que Verona só piora desde sua última visita. Os Montecchios estão mais imundos do que nunca! O que poderia ter acontecido se eu não tivesse ido atrás de você?! — Teobaldo fala antes que eu possa ir para o meu quarto.

— Tudo estava sob controle Teobaldo, eu já estava de saída, me afastando dos Montecchios, que nem sabiam que eu era uma Capuleto! Eu não corria risco, agora corro, por que você me fez revelar em alto e bom som...!

— "Me afastando", estava era bem próxima deles, e parece até que tem vergonha do próprio sobrenome! É bom que saibam que é Capuleto para que fiquem longe de você!

— Tudo bem Teo, vou subir agora então...— disse com pouquíssima paciência. Ele odeia que o chame de Teo.

Ele me encarou alguns segundos.

— Ah, e obrigada...— agradeço.

Subo as escadas até o quarto de Julieta.

— Julieta, cheguei!— entro em seu quarto.

Julinha estava sentada em sua cama penteando seus cabelos sedosos cor de ouro avermelhado e trançando-os.

— Oi, humm isso são pães francêses?— ia meter a mão na cesta mas dou-lhe um tapa na mão.

— AI!— disse Julieta.

— Isso é um pedido da ama! Acho que ela vai usar na sobremesa de hoje para testar, para a do baile no final dessa semana.

— Falando no tal...já sabe com que vestido você vai? Tem que estar linda no seu primeiro baile aqui em Verona!—pergunta curiosa.

— Não ainda, vou usar qualquer um dos que eu tiver aqui mais bonitos. Não estou querendo impressionar ninguém. —Sento em sua cama junto dela.— Mas um passarinho verde me contou que a senhorita vai conhecer um pretendente neste baile ein...
Acho que quem tem a obrigação de estar linda é você!— Sorrio pra ela.

— Ah, você soube do conde Paris então... ér...

— O que é esse desânimo todo? Ele é feio? — digo fazendo Julieta rir.

— Não, eu nem o conheço. E eu acho que é isso que está me deixando com dor de cabeça.

Julieta sempre foi uma romântica incurável.

— Ora Julieta, e está com medo de se decepcionar? Certo?

— Acho que sim.

— Não se preocupe, ouvi dizer que é um ótimo partido, bonito e inteligente, e além do mais é um nobre. Poucas são as chances de suas expectativas serem frustradas querida, pode acreditar em mim. — tento conforta-la.

— É, você tem razão, acho que... posso acabar gostando dele.

— Mas é Claro! Então não se preocupe com ele e como ele vai ser, apenas foque em ficar linda, afinal, é um baile, feito para você se divertir e ficar bela por si própria e todos irão querer ver a moça mais linda do baile. — digo e beijo sua cabeça.

Ela sorri.

— Mas agora chega de conversa e vamos descer que a ama quer nossa ajuda com a sobremesa!

— Tudo bem.


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