A Heart Full of Love || oneshot escrita por condekilmartin


Capítulo 1
A Heart Full of Love


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal!
Como já mencionei aqui na sinopse, esse conto imagina como teria sido a vida de Rômulo e Cecília após os 5 anos passados na novela (na época do lançamento do segundo livro da Elisa) de maneira bem curta e rápida. Um conto fofo pra lembrar de um casal tão querido e shippado feito Rocília.
Espero que gostem ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/769454/chapter/1

VALE DO CAFÉ – 1915

Os Tibúrcio eram uma das famílias mais alegres da região, o que era uma surpresa, considerando que a Mansão do Parque tinha lá sua fama de mal assombrada e o Almirante Tibúrcio não era das pessoas mais simpáticas do Vale do Café. Mas, depois de serem atormentados por Fani, pelo próprio Almirante e por dona Josephine, Rômulo e Cecília Tibúrcio precisavam de um pouco de paz, ainda mais agora com Mário crescendo.

Depois da morte – a verdadeira – da mãe do médico, o casal resolveu se mudar da casa dos Benedito para uma casa mais perto da cidade, pois, além de facilitar a ida ao trabalho, eles finalmente teriam um cantinho para chamar de seu, embora dona Ofélia quase tivesse mais um dos seus ataques de nervos quando deram a notícia de que iam se mudar.

Cinco anos após a inauguração da ferrovia de Darcy, Rômulo continuava a trabalhar no hospital junto a doutor Jonatas e Mariko, enquanto Cecília havia se tornado professora da mais nova escola do Vale do Café, fundada por Ernesto. Ela estava realizada em poder passar seu amor pelos livros para as crianças da região, incluindo seu próprio filho e os filhos de suas irmãs, com exceção de Thomas que morava em Pemberley com Elisabeta e Darcy.

No entanto, Cecília ainda tinha alguns momentos de angústia por não conseguir engravidar. Ela e Rômulo continuavam tentando, mas parecia que algo os impedia de realizar esse desejo, mesmo com tantos anos de casamento.

— Meu amor? – Cecília chamou Rômulo, depois de terem colocado Mário para dormir.

— O que houve, meu amor? Que carinha é essa? – Rômulo percebeu a expressão tristonha que a esposa tentava disfarçar.

— Mário anda perguntando quando é que vamos lhe dar um irmão... – ela suspirou. – Não sei o que lhe responder. Estamos tentando há anos, mas parece que estou destinada a nunca conceber um filho seu.

— Que besteira é essa, Cecília? – Rômulo abraçou a esposa. – Já conversamos sobre isso diversas vezes: filhos são destino. Mário veio até nós porque o destino quis que fôssemos seus pais, e eu não poderia ser um pai mais feliz.

— Mas Rômulo, e se eu não for capaz de ter um filho e Mário se decepcionar comigo? – As lágrimas encheram os olhos de Cecília, que tentou contê-las, em vão. – Não vou suportar saber que decepcionei meu filho e meu marido.

— Ei, quem disse que você me decepciona ou decepciona nosso filho? – Rômulo secava as lágrimas que escorriam pelo rosto da mulher. – Somos agraciados demais por ter e por ser você, meu amor. Você é a melhor mãe que Mário poderia ter tido e a melhor esposa que eu poderia ter escolhido. Sou o homem mais feliz do mundo por ter você, Cecília.

— É?

— Claro que sim. – Rômulo a beija e a leva para a cama. – Além da mais linda, você é a melhor pessoa que eu conheço, a mais doce, a mais inteligente...

— A mais fantasiosa... – ela soltou uma risada fraca. – É que eu queria tanto, tanto, tanto engravidar. Mário ficaria tão feliz, você também...

— Meu amor, tudo o que podemos fazer é tentar. – Ele a olha e começa a tirar sua camisola e encher seu colo de beijos. – Seu tratamento com doutor Jônatas está indo tão bem, quem sabe não conseguimos?

— Você acha que podemos mesmo? – Cecília tentou conter a centelha que estava brotando no seu coração. Não aguentava mais sofrer com falsas esperanças.

— Claro que sim. – Ele deu um sorriso tranquilizador e voltou a beijá-la apaixonadamente.

— Eu te amo tanto, meu marido. – Ela tirou sua camisa e soltou uma gargalhada quando ele começou a lhe fazer algumas cócegas.

— Eu te amo.

***

Semanas depois...

Rômulo estava no hospital quando Jane chega um tanto quanto apressada atrás do cunhado.

— Rômulo?! – Jane entra no consultório.

— Jane, está tudo bem?

— Está, mas aconteceu algo com Cecília... – a esposa de Camilo foi interrompida por um Rômulo desesperado.

— O que aconteceu com Cecília, Jane? Ela não está na escola? Foi algo com Mário? – Ele já estava tirando o jaleco e saindo da sala quando a terceira filha de Ofélia conseguiu falar.

— Mário está bem, não se preocupe. – Ela respondeu e Rômulo suspirou aliviado. – Mas Cecília está na casa de vocês, parece que passou mal no meio de uma de suas aulas.

— Passou mal? O que ela teve? - Rômulo estava quase explodindo de preocupação com a esposa.

— Parece que ela desmaiou, não sei muito bem. – Jane disse rapidamente. – Estava indo para casa de mamãe quando o capitão Randolfo me mandou vir te buscar. Parece que Ernesto a levou para casa.

— Então vamos, Jane, logo.

Eles saíram do hospital e seguiram direto para a casa do médico.

***

Cecília estava no meio de uma aula quando sentiu a tontura chegar. Agradeceu por não estar na turma do filho e dos sobrinhos, não queria assustá-los com aquela cena. Ela precisou segurar firme na mesa para não cair, mas aparentemente o que a acometeu foi mais forte, pois a fez desmaiar.

Ela acordou algumas horas depois na sua casa, sem saber o que tinha acontecido.

— Fui eu quem a trouxe para casa, Cecília. – Ernesto disse, indo verificar se ela já estava melhor. Ele havia ido fazer uma visita à escola para ver como as coisas estavam indo e acabou por ver a esposa do amigo desmaiar bem na sua frente.

— Obrigada, Ernesto. – Cecília tentou ficar sentada na cama, mas ainda sentia sua cabeça girar. – O que aconteceu? Onde está Mário?

— Calma, ele foi para casa de dona Ofélia junto com os filhos de Lídia, Jane e Mariana, ele está bem. – Ernesto a tranquiliza.

— Graças a Deus, não suportaria me afastar dele novamente. – Cecília se entristecia sempre que se lembrava do dia em que dona Josephine denunciou que ela e Rômulo estavam cuidando de Mário após encontrá-lo e ele fora arrancado friamente de seus braços. Ficava atormentada só de pensar em ficar longe de seu filho novamente.

— Você desmaiou assim que entrei na sua sala de aula, está se sentindo melhor? – Ernesto estava preocupado. Esperava que capitão Randolfo tivesse conseguido avisar a Rômulo sobre o estado de Cecília.

— Continuo apenas com um pouco de tontura, mas estou melhor sim. – Ela afirmou, respirando mais profundamente.

— CECÍLIA? – Rômulo subiu rapidamente as escadas, deixando uma Jane nervosa para trás.

— Estou aqui, meu amor! – Cecília respondeu, estando mais tranquila por estar perto do marido.

Rômulo voou para perto da esposa, enchendo-a de beijos, verificando se ela estava inteira, enquanto Ernesto narrava para ele e Jane o que tinha acontecido.

— Ah, minha bonequinha, precisa se cuidar! – Jane deu uma bronca na irmã mais nova, mas a preocupação estampava seu rosto.

— Estou me cuidando, minha irmã. Não sei o que houve, eu estava explicando o assunto e de repente desmaiei. – Cecília tentou tranquilizar Jane e Rômulo, repetindo diversas vezes que estava bem.

Depois de tantas explicações e garantias de que Cecília iria ficar bem, Jane seguiu para casa dos Benedito para passar o dia com o filho e os sobrinhos enquanto Camilo trabalhava nos negócios cada vez mais prósperos do café Três Mosqueteiros. Ernesto também precisou voltar aos seus afazeres de prefeito, enquanto Ema desenhava mais alguns vestidos enquanto cuidava dos pequenos Afrânio e Catarina.

— Cecília, o que aconteceu de verdade? – Rômulo questiona a esposa, preocupado com o possível diagnóstico.

— Não sei, meu amor. – Ela responde com sinceridade. – Uma hora eu estava explicando a matéria aos meus alunos e, no minuto seguinte, havia desmaiado. Se não fosse por Ernesto não sei o que teria acontecido.

— Graças a Deus aquele Carcamano estava por perto quando eu não estava. – Rômulo a beijou na testa.

— Mas ainda continuo sentindo um pouco de tontura. E que cheiro é esse do perfume de Jane? Parece que meu estômago vai sair pela boca. – Cecília tapa o nariz com as mãos e o olhar de Rômulo se ilumina. – O que foi?

— Meu amor, como estão suas regras nas últimas semanas? – Ele questiona tentando conter a esperança que brota no seu rosto.

— Estão um tanto atrasad... – Cecília se assusta com o que acaba de constatar e seus olhos enchem de lágrimas. – Rômulo, você acha que posso estar grávida?

— Meu amor, temos todos os sintomas. – Ele não consegui conter as lágrimas e sorri para a esposa. – Acredito que nós finalmente concebemos nosso bebê. Um irmão ou uma irmã para o nosso filho que tanto quer. Cecília, eu...

— Rômulo, você tem certeza? – Cecília tenta conter a centelha de esperança que cresce em seu coração. – Eu não vou aguentar se não for verdade, não vou.

— Cecília, só precisamos fazer alguns exames para termos 100% de certeza, mas isso eu já tenho. Você apresenta todos os sintomas, olhe o que lhe aconteceu hoje.

— Nenhuma das minhas irmãs chegou a desmaiar quando ficou grávida. Jane e Elisa sentiram tonturas, Lídia teve seu surto de inteligência e Mariana só descobriu por causa das regras atrasadas... – Cecília contou.

— Desmaios são mais comuns do que você imagina, meu amor. – Rômulo sorriu. Ele sabia que a esposa estava grávida e que ia ser pai novamente, o que mais poderia pedir? – Tenho certeza de que você está grávida, mas venha, vamos ao consultório e podemos confirmar com alguns exames.

Cecília o beijou com tanta vontade e tanta felicidade que parecia que eles tinham acabado de casar. Estavam felizes como no dia em que encontraram Mário na porta da casa dos Benedito.

— Cecília, temos que ir ao consultório. – Rômulo continuava abraçado à esposa e a enchia de beijos, embora não quisesse sair dali até que eles fizessem o que estavam pretendendo.

— Agora não.

Eles se beijaram novamente e se entregaram àquele momento de imensa alegria. Haviam conseguido, afinal. Mário ganharia um irmão, Cecília seria a mais nova grávida das irmãs Benedito e Rômulo estava ainda mais realizado com a gravidez da esposa.

Os dois não se continham de tanta alegria, mas queriam ter plena certeza antes de partilharem a notícia com os familiares. Decidiram então aguardar a chegada de Elisabeta, Darcy e Thomas ao Vale do Café para contarem a feliz notícia.

***

Casa dos Benedito, após o lançamento do livro de Elisabeta...

— ATENÇÃO, ATENÇÃO. - Rômulo não se cabia de ansiedade para contar logo a novidade à família. – Sei que hoje foi o lançamento do segundo livro da minha cunhada, mas Cecília e eu temos uma novidade para vocês.

— Ah, minha Virgem Santíssima, mais novidades? – Ofélia encarou Rômulo e Cecília com curiosidade. – O que foi dessa vez, minha filha? Qual a mais nova fantasia que vocês criaram?

— Ofélia, por favor, deixe que eles falem! – Felisberto tentava acalmar a esposa e deixar que a filha e o genro partilhassem da sua novidade.

— Não é fantasia nenhuma, mamãe. – Cecília não conseguiu segurar as lágrimas quando se levantou e pôs as mãos de Rômulo e as suas próprias sobre sua barriga. – Rômulo e eu finalmente conseguimos engravidar! Vamos ter um bebê!

— UM BEBÊÊÊÊ?????? – Ofélia gritou alto o suficiente para dar um susto nos netos que brincavam na frente da casa, longe da bagunça dos adultos. – Por São Geraldo Magela, Cecília, você está grávida????

— Um bebê, minha filha? – Felisberto não conseguiu segurar as lágrimas.

— Sim, papai, sim, mamãe. – Cecília lutava para segurar as lágrimas, bem como Rômulo. – Depois de tantos anos, nós finalmente conseguimos engravidar.

— Ai meu Deus, Cecília, que notícia maravilhosa! – Elisa praticamente pulou em cima dos dois para comemorar.

— Sim! Que felicidade, minha irmãzinha! – Jane se juntou ao abraço, emocionada.

— Estou tão feliz por você, minha bonequinha! Sabia que ia acontecer! – Mariana não conseguiu conter as lágrimas ao abraçar as irmãs.

— Cecília, eu sei que você fez isso só pra me imitar... – Lídia apontou para a própria barriga. – Mas estou feliz demais por você, minha irmã!

O casal foi felicitado por todos e a casa virou uma festa.

— Isso merece uma grande comemoração! – Darcy disse enquanto abraçava Elisabeta.

— Concordo, meu amigo! – Camilo completou. – O que acha, Brandão? Randolfo?

— Si-si-sim! Eles me-me-me-merecem! – Randolfo disse, indo para perto de Lídia.

— Merecem demais. – Brandão concordou. – E Mário? Já sabe que vai ganhar um irmão?

— Ainda não contamos para ele. – Rômulo disse. – Estamos um tanto receosos sobre como ele vai reagir.

— Ara, como assim receosos? – Ofélia disse. – Tenho certeza que meu neto vai ficar muito feliz em saber que vai ganhar um irmão.

— Estamos com medo de ele se sentir um tanto deslocado, mamãe. – Cecília entristeceu o rosto. Detestava imaginar que poderia fazer o filho sofrer com essa notícia.

Mário era o filho que Rômulo e Cecília tanto desejaram no primeiro ano de casados, apesar de tudo o que passaram. Parecia que o destino o tinha reservado especialmente para ser filho deles e eles o amavam tanto, tanto, tanto. Sofriam só de pensar na possibilidade do filho se sentir rejeitado por ter sido adotado, pois o amavam como se ele tivesse saído do ventre de Cecília e não sabiam mais o que seria das suas vidas sem aquele menininho por perto.

— Mário não vai se sentir deslocado coisa nenhuma, Cecília. – Elisabeta encarou a irmã e deu um sorriso tranquilizador.

— Isso mesmo, meu afilhado, fofo do jeito que é, vai amar saber que vai ganhar um irmãozinho ou uma irmãzinha. – Mariana completou.

— Vocês acham? – Cecília perguntou, sem conter as lágrimas. Estava explodindo de tanta alegria. Ela encarou o marido e secou algumas de suas lágrimas.

— Temos certeza. – Todos responderam e se abraçaram.

Depois de tudo o que sofreram na Mansão do Parque, Rômulo e Cecília se sentiam ainda mais amados e queridos na casa dos Benedito depois dessa notícia. As irmãs partilhavam dicas sobre a gravidez e os cunhados conversavam sobre ter mais de um filho, especialmente Randolfo que também seria papai pela segunda vez.

— Rô-rômulo, vo-você sabe que eu ta-também sou pai ado-do-tivo, não é? – Randolfo lembrou o cunhado que não era pai de sangue do filho, que era fruto de um caso de Lídia com Uirapuru. – Amo meu filho como se fo-fosse meu de san-san-sangue. Sei q-q-que ama Má-má-mário do mesmo je-je-jeito.

— Amo sim, Randolfo. – Rômulo sorriu para o cunhado. – Mário foi o maior presente da minha vida e da Cecília, não sei o que seria de nós sem ele. Apesar de não ter o meu sangue, ele é meu filho e eu o amo de todo o coração. Ainda mais agora.

— Isso. – Randolfo olha para Lídia, que está grávida novamente e sorri. – Ainda mais agora.

***

Rômulo, Cecília e Mário resolveram fazer um piquenique na cachoeira numa tarde de domingo. Domingo era dia de ir para a casa dos Beneditos, de reunir a família inteira lá, mas essa tarde era especial: Rômulo e Cecília finalmente iam contar da gravidez para o pequeno Mário.

A cesta de lanches tinha tudo o que o pequeno mais amava e, enquanto comiam, Cecília lia para os homens da sua vida, que se divertiam imaginando as cenas que estavam escutando.

— Meu amor? – Cecília chamou Mário e ele foi para perto da mãe.

— Sim, mamãe? – O pequeno se aproximou, dando um abraço demorado. Rômulo admirava a cena enquanto chegava perto deles.

— Eu e seu pai temos uma novidade pra você. – Cecília sorriu e olhou para o marido que segurou suas mãos.

— O que é? É presente? – Mário foi se levantando para procurar dentro da cesta de lanches, mas Cecília o segurou enquanto soltava uma gargalhada.

— É um presente sim, meu amor. – Ela sorriu para o pequeno.

— Você vai ganhar um irmãozinho! – Rômulo soltou, sem conter a alegria.

Os dois esperaram a reação do filho, que levou o olhar do pai para a mãe, até parar na barriga de Cecília.

— Um irmãozinho? – Mário levou as mãozinhas ao ventre de Cecília, que não conseguia conter as lágrimas. – E quando ele chega?

— Ah, meu amor! – Cecília o beijou.

— Ele vai chegar daqui a um tempo, filho. Já, já você vai estar brincando com ele. Ou ela! – Rômulo não conseguiu conter o sorriso.

— E ele está onde? – O menino encarou o pai com o olhar curioso.

— Está na barriga da mamãe. – Rômulo levou a mãozinha de Mário novamente à barriga de Cecília.

— Na barriga? E ela vai ficar enorme, igual a da tia Lídia? – Mário olhou espantado para os pais, que começaram a rir.

— Vai sim, meu príncipe, mas logo, logo ela volta ao normal! – Cecília tranquilizou o filho, enquanto prendia o riso.

— Mamãe, de onde vem os bebês? - Mário era curioso e inteligente feito ela, mas até Cecília sabia que não seria fácil responder essa questão. Ela olhou nervosa para Rômulo, que não conseguia parar de rir daquela situação.

— Meu filho, depois você descobre. Quando for maiorzinho. Prometo. – Cecília não conseguiu manter a expressão séria, pois a vontade de rir foi maior. Estavam tão felizes que nem uma pergunta daquelas poderia estragar o momento, apenas torná-lo ainda mais especial, afinal, os pais sofrem com essas perguntas não é mesmo?

***

— Mamãe, papai, prometo que vou ser um ótimo irmão mais velho. – Mário disse para os pais enquanto eles o colocavam para dormir.

— Tenho certeza que sim, meu amor! – Cecília sorriu. Estava tão agradecida por tudo que não conseguia fazer outra coisa que não sorrir. – E irmãos mais velhos são bem responsáveis, viu?

— Sim, sim! – Rômulo deitou ao lado do filho enquanto Cecília deitava do outro. – Eu tive que cuidar muito do seu tio Edmundo quando éramos do seu tamanho.

— E eu fui cuidada por suas tias Elisa e Jane e sua madrinha Mariana, até sua tia Lídia nascer, onde ajudei a cuidar dela também.

— Eu e seu tio adorávamos brincar de se esconder na Mansão do Parque, junto com a sua tia Fani. – Rômulo contou e deu um suspiro lembrando-se da infância.

— Na Mansão do Parque? – Mário perguntou curioso sobre o lugar. Eles não iam fazer visitas ao Almirante, já que este não queria a presença de ninguém por lá.

— E eu e minhas irmãs brincávamos muito na casa da árvore. – Cecília mudou rapidamente o rumo da conversa. – Aquela que você e seus primos brincam.

— Sério? – O pequeno perguntou maravilhado. Não imaginava que seus pais já tivessem tido sua idade.

— Sério. E você vai poder brincar com seu irmãozinho lá também. – Rômulo completou.

Eles sorriram e ficaram contando histórias de infância para o filho, que rapidamente adormeceu. Rômulo e Cecília depositaram um beijo em cada bochecha e foram para o seu quarto.

— Meu amor, – Rômulo abraçou Cecília, que estava se preparando para dormir – eu sou o homem mais feliz do mundo.

— É? – Cecília sorriu, virando para encará-lo.

— Sim. – Ele a beijou. – Depois de tudo o que nós passamos, ter você, nosso filho, nosso bebê que vai chegar... – ele beijou a barriga da esposa e seus olhos marejaram – eu não poderia pedir por nada melhor.

— Ah, meu amor! – Cecília também estava com os olhos marejados. – Nem eu. Isso é tudo o que eu sempre quis. Você, nossos filhos, nossa casa, nosso amor e nossa paz. Eu sou a mulher mais feliz desse mundo!

Eles se beijaram e Rômulo a encarou mais uma vez:

— A mais feliz? – Ele levantou a sobrancelha.

— A mais feliz. – Ela assentiu, sorrindo. – Eu te amo, Rômulo Tibúrcio.

— E eu, Cecília Benedito Tibúrcio, te amo tanto, tanto, tanto...

Eles se encararam com os olhos cheios de lágrimas e se entregaram a um beijo apaixonado. Eram o casal mais feliz do Vale do Café.

FIM


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não esqueçam de deixar seus comentários aqui! Vou amar saber o que acharam do conto!
Um beijão



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Heart Full of Love || oneshot" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.