My Wildest Desire escrita por Lara Campos, AmandaG, karolcosta


Capítulo 7
Capítulo 7 - Maldição


Notas iniciais do capítulo

Hey galeraa
o Nyah esteve fora do ar... ja tava com saudade disso aquii D
espero q gostem desse cap q ta maiorzinho pq o anterior foi
pekenino,ok?
Bjus, e espero q gostem ;*



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Damon PDV

Eu..eu, não sabia mais no que pensar. Meus olhos doíam, minha cabeça girava e Elena estava parada à minha frente com o telefone em mãos. A capacidade auditiva dela não era tão avançada quanto a minha, então não pode ouvir o que se passava na casa de Stefan.
_E-ele desligou o tele...
_É eu sei – respondi atônito. Também sabia o porque de ele ter desligado, ou melhor,o porque de ela ter desligado.
_Talvez a ligação caiu – Elena procurava uma resposta para não aceitar o fato de que Stefan estava tão balançado com a volta de Katherine quanto eu -.
Não só balançado, ele já sabia da chegada dela a tempos e estava escondendo isso de todos. Katherine estava sendo acobertada. Mas porque?

Por muito tempo não me preocupei com nada nem com ninguém. Que se danem meus sentimentos, eu dizia a mim mesmo todos os dias ao acordar. Eu podia desligar a dor e essa era sensação mais prazerosa da vida - morte -. Mas com Katherine por perto eu não era mais o mesmo. Elena já havia me tranformado em um homem de verdade só por estar por perto, eu lutava por ela, me importava, e isso trazia de volta aquele Damon que era capaz de fazer de tudo pela mulher amava e que havia sido assassinado em 1864. O verdadeiro Damon, pra ser mais claro.
Elena sacudia meus ombros tentando tirar-me daquele transe momentâneo. Suas mãos em meus ombros, seu olhar preocupado, seu rosto a centímetros do meu, e a imagem dela em minha mente, aquela imagem que eu não conseguia definir se era de Katherine ou de Elena. Juntei minhas sombrancelhas em um V, uma raiva enorme emanava de dentro de mim e Elena ainda tentava me acordar.
_Me deixe em paz, por favor – disse quase gritando -.
_Damon, você tá bem?
_Saia daqui, Elena, por favor, antes que eu...
_Antes que você? – ela insistia em me confrontar mesmo sabendo que eu podia perder o controle a qualquer momento -.
_...antes que eu faça uma besteira, Elena. Vá. Agora.
_Não.
_Elena, por favor.
_Eu não vou sair daqui enquanto você não se acalmar.
_ELENA – quando me dei conta do que fazia já era um pouco tarde. Elena estava entre mim e a mesa do jantar apoiada com a mão em uma das cadeiras – SAIA DAQUI, Elena – minhas presas estavam à mostra. Tentei esconder meu rosto para não assustá-la muito -.
_E-eu não tenho medo de você – disse ela engolindo em seco. Nada daquilo era verdade. Elena suava frio de medo, mas persistia em ficar naquela sala junto a mim quando eu estava prestes a quebrar qualquer coisa que estivesse àminha frente – Você acha que eu não sinto a mesma dor que você, que eu não tenho medo – Elena sussurava com a voz entrecortada – Você acha que quando você desceu naquela tumba pra salvar ela eu não estava preocupada com o que aconteceria dali em diante. Você realmente acha que eu suportaria perder Stefan pra ela, ver ele ser levado a ruínas talvez, ver ela levar... – seus olhos estavam cheio de lágrimas, seu corpo tremia de medo, de raiva, de angústia – ver ela levar Você, Damon.
Suas palavras fizeram com que eu me afastasse e voltasse ao sofá. Ela ainda tremia e chorava, minha cabeça ainda doía e meus olhos também
_Você... eu... você – me calei sem nem saber o que diria. -.
_Você e seu irmão deviam ser um só... seria tudo tão mais fácil – ela sorriu pelo canto da boca - Uma mala, só uma embalagem e não o dobro delas – Elena falava de cabeça baixa – Eu te amo, Damon. Você é meu melhor amigo. – amigo, ta ok, eu tinha que aceitar assim, mas não por muito tempo - Ela é a unica vilã nessa história e eu temo perder vocês dois...de uma vez. Seria o dobro da dor, Damon. Não pense que só você tem o direito se se sentir confuso, ninguém tem culpa nisso tudo, Katherine está de volta e só há um jeito de resolver o futuro a partir de agora. Encarando ele de frente, e mesmo que meu medo se torne realidade eu vou saber que fizemos a coisa certa.
_A coisa certa, ok! Quem se importa com a coisa certa?! Katherine nunca sequer aprendeu o que era certo e você ainda acha que fazer a coisa certa vai resolver alguma coisa?
¬_Eu só...
_Elena você não entende – me levantei e voltei à posição anterior colocando Elena entre a mesa e meu corpo – Não há jogo limpo numa situação dessas, não há coisa certa a se fazer. Eu esperei mais de cem anos pela volta dessa mulher e mesmo assim ainda não saberia o que fazer se ela aparecesse à minha frente. Não sei qual seria minha reação.
Aproximei mais nossos corpos, eu quase tocava seus lábios nos meus.
_A situação é muito mais complexa do que você pensa, Elena. Você é humana e eu sempre pensei ter o controle da situação quando estávamos juntos, mas eu sempre estive errado. Eu nunca saberei como te proteger, e nem o Stefan. Você pode ficar em perigo se nos apegarmos ao que supomos ser certo.
No caso, eu teria que protegê-la sozinho já que, curiosamente, meu irmaozinho mais novo já sabia sobre Katherine e eu não duvidaria se descobrisse que ele estava ao seu lado.
Movi meus braços apoiando-os na mesa. Elena estava começando a ficar desconfortável presa comigo tão perto de beijá-la.
_Acho que devíamos nos acalmar – ela tentava achar um modo de escapar do meu círculo ao seu redor -.
_Eu... agora mesmo, não sei o que devo fazer. Nunca saberei. Só o que sei é que quero muito te beijar e deixe-me saber, por favor, se isso não for o que você deseja também.
Elena ficou absolutamente parada e me aproximei um pouco mais dela. Seus olhos conectados aos meus, sua boca entreaberta pedindo para que eu a tocasse imediatamente, e nenhuma palavra de reprovação fora providenciada.
Cheguei mais e mais perto e quando nossos lábios se tocaram um arrepio passou por todo o meu corpo fazendo com que eu me afastasse.
_Acho que eu tenho que ir embora – disse Elena ofegante -.
Não consegui pará-la.
De novo, eu nunca saberia o porque daquela reação do meu corpo e porque me afastei subitamente sendo que já haviamos nos beijado antes. Talvez fosse a coisa certa a se fazer naquele momento.

Elena PDV

Entrei em meu carro e voltei para casa aflita. Katherine estava de volta e pra piorar, quase beijara Damon, mais uma vez. Eu estava ficando cada vez mais enrolada por pensar nele daquela maneira, naqueles olhos, naquele boca, naquele...Meu Deus! Pare com isso, Elena, esbravejei mentalmente numa tentativa frustrada de afastar aqueles pensamentos pecaminosos da minha cabeça.
Era absolutamente impossível negar o fato de que o vazio deixado por Stefan durante tanto tempo fora preenchido por Damon e por mais que eu desejasse que nada daquilo estivesse acontecendo era a mais pura realidade.
_Você é muito mais parecida com ela do que as aparencias podem julgar, garota – disse a mim mesma e ainda consegui sorrir falando sozinha enquanto eu tinha muito mais para me preocupar do que o simples fato de me sentir atraída pelos dois Salvatore.
Fechei meus olhos para secar as gotas de lágrimas que desceram quando comecei a sorrir loucamente e ao abrí-los um vulto passou à minha frente. Desviei o carro e os pneus cantaram no chão. Desci do carro para retomar meu folêgo perdido por causa do susto, mas quando tentei ligar o carro novamente ele insistia em não dar sinal de vida.
Ninguém estava por perto, já era noite e ainda por cima era o último dia do feriado. Por sorte eu não estava longe de casa.
Deixei meu carro mal estacionado em frente a uma loja de conveniencias e fui para casa andando. Estava com muito frio e com muito medo também. Pensei em ligar para Stefan, pois estava com medo, mas havia esquecido meu celular no hotel com Damon.
_Que merda!
Meus dentes batiam um contra os outros e a ida para casa estava demorando mais do que eu esperava.
Finalmente abri a porta de casa e Jenna ainda estava acordada assistindo à TV na cozinha.
_Oi. Eerr, porque você não vê TV na sala? – perguntei sorrindo e cumprimentei-a com um beijo na bochecha -.
_Não deu tempo, mas olha isso.
Ela apontou para a TV. Era o noticiário urgente da cidade.

“Estamos aqui em frente a ponte onde foram encontrados dois corpos ainda não identificados. Os ataques de animais haviam se tornado menos frequentes de dois meses para cá, mas parece que tudo está começando de novo. A polícia afirma...[...]”

Subi as escadas correndo e abri a porta do quarto do Jeremy. Graças a Deus ele estava dormindo e não era o meu irmão a vítima daquela desgraçada.
Peguei o telefone e disquei o número do Stefan. Logo ele atendeu:
_Hey, por que você desligou o telefone hoje mais cedo?

Stefan PDV

_Oi Elena.
Katherine havia saido para caçar e eu fiquei na torcida para que ela não matasse ninguém e nem deixasse rastros.
_A bateria do celular acabou, eu não desliguei o telefone – tentei ser o mais convincente que pude -.
_Hm, tudo bem. Você está bem?
_Claro, porque não estaria?
Elena ficou calada por um instante e me dei conta que havia falado besteira.
_Talvez o fato de Katherine estar em Mystic Falls e poder entrar em minha casa a qualquer momento possa te preocupar de algum modo, mas pelo que estou vendo, não.
_Hey, não seja boba, Elena. Eu não quis dizer isso. Isso era pra ser uma resposta automática, só não me expressei corretamente.
_Me desculpa, Stefan, eu só...
_Não precisa dizer, eu também estou com medo, com medo de te perder. Não sei mais o que fazer – desta vez eu estava sendo sincero – pra poder reparar essa fissura que parece estar cada vez maior no nosso relacionamento.
_Não deixe que Katherine atrapalhe-nos, ok?
_Não vou deixar. Ela só vai conseguir nos unir – meu peito doía por ter que mentir daquela maneira. Talvez não nos veríamos nunca mais se Katherine insistisse em matá-la, eu teria que deixar a cidade. – Mudando de assunto, que tal um jantar romântico amanhã na sua casa. – Elena hesitou – Pra retomar os velhor tempos, Elena?! – insisti -.
_Claro – eu deu uma risadinha do outro lado da linha e nos despedimos -.

Eu estava agindo como um completo idiota. Minhas ações estavam colocando todos que eu amava em perigo. Katherine estava ficando louca por propor matar Elena para que pudéssemos viver a sós, eu não a tiraria de perto de mim de maneira alguma.
No início me aproximara dela por causa da semelhança física com Katherine, mas nada nela me fazia lembrar daquela “moça respeitável” de 1864. Elena era o oposto dela para ser mais claro e foi exatamente esse outro lado, essa outra face da mulher que eu havia perdido a anos e anos atrás que fizera com que eu me apaixonasse – também - perdidamente por Elena.
Eu sabia também que Damon logo apareceria para estragar minha vida, ele era mestre nessa arte, mas desta vez ele se apaixonara de verdade por Elena e por mais que eu tentasse afastá-lo dela eu tinha que aceitar o fato de que quando você se envolve com uma pessoa, se envolve com toda sua família.
Na verdade, eu tinha motivos suficientes para acabar com Damon, mas a maldição da Emily ou de quem quer que fosse estava grudada em mim.

** 146 ANOS ATRÁS **

1864 – Mystic Falls

_Você passou pela transição – Emily parecia surpresa em me viver vivo - .
_Preferia me ver morto?
_Katherine salvou minha vida uma vez. Eu devia isso a ela. Não significa que eu queira a maldição dela sobre ninguém.
Fitei-a não entendendo o que ela queria dizer. Eu me sentia completamente bem e poderoso.
_Parece mais um presente – disse querendo agradecer Katherine por me salvar também.
_Isso vai mudar – disse ela com um meio sorriso irônico.
_Por que?
Emily se aproximou de mim lentamente e parou dizendo:
_Porque mesmo na morte, seu coração é puro, Stefan. Eu sinto isso. Essa será sua maldição.
Ela passou ao meu lado indo embora.
_Emily, espere! – pedi desesperadamente,sem sucesso.

**_______________________**

Realmente, às vezes, eu chegava a me odiar por ser tão fraco. Eu não confiava em Katherine a ponto de deixá-la em Mystic Falls correndo o risco de ela matar Elena e, depois, ainda ir se divertir com Damon ao invés de sermos só nós dois.
Eu tinha de fazer algo, mas eu tinha poucas opções: fazer Damon fugir com a Elena e deixar que eles fossem felizes para sempre; – isso iria contra minhas possibilidades - , desistir de Katherine e deixá-la ir atrás do meu irmão e ainda torcer para que os dois não infernizassem minha vida; matar Elena, me sentir mal para o resto da minha não-vida e ainda correr o risco de Katherine se cansar de mim ou, talvez, tentar retomar minha vida a três com Damon e Katherine, o que seria absurdamente rídiculo, pois eu teria que deixar Elena de lado, mais uma vez.
Uma pecinha, só uma, não se encaixava, e eu teria de derrubá-la de algum modo ou não saberia nunca o que decidir.

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Notas finais do capítulo

espero q tenham gostado
Bjus ;*