—Olha... se te serve de consolo também fui rejeitada por Deidara mais de três vezes...—Ino diz enquanto caminham para casa.
Sakura e Hinata a olham espantadas.
—Como assim?—Pergunta Sakura.
—Ah... longa história...
—Estamos com tempo..—Diz Hinata.
—Hm... que tal vocês dormirem na minha casa hoje que eu conto?—Sugeriu.
Aquilo animou Sakura.
—Fechado.
Aos poucos Sakura estava começando a se dar bem com seus pais, então não foi difícil dela sair e ir dormir na casa de Ino. Sua mãe ainda estava preocupada com sua associação com a mesma , mas ela via que seria perda de tempo tentar convencer a filha a se afastar.
—Só toma cuidado , tá?
—Tá.
Para Hinata também foi fácil, seus pais tinham total confiança na filha.
—Meninas.—Ino as cumprimenta quando chegam.—Entrem logo.
—Uou.—Hinata diz observando sua grande casa.
—Meus pais são bem espaçosos..—Ela diz sem graça.—Vamos lá em cima.
Ao chegarem lá, elas jogam conversa fora. Estudam um pouco, para a surpresa da mãe de Ino. Assistem alguns filmes e séries e logo estavam fazendo um refeição na madrugada.
—Temos aula daqui a pouco..—Comenta Hinata olhando pro relógio da cozinha.
—Pois é.—Ino concorda.
—Antes de dormir...—Ela toma um gole de água.—Quero ouvir sua história Ino.
—Ah verdade!
As três voltam para o quarto e se deitam.
—Não quero fazer drama mas...—Ela abraça um travesseiro.—Gostaria de ouvir a história da Hinata com Naruto primeiro...
Hinata fica um pouco sem graça , mas concorda com isso.
Narrado por Hinata
—Eu sempre gostei dele... desde o primeiro dia que o vi....
Flash back
Foi num dia chuvoso... eu estava caminhando pra casa, pois naquela época eu fazia um cursinho de inglês. E ... por descuido meu eu cai de cara no chão, resumindo ... me molhei, me ralei e perdi todas as minhas anotações.
—Você tá bem?—Eu pude ouvir uma voz atrás de mim.
Eu estava próxima ao ponto de ônibus.
—Ahn...—Eu dizia sem graça.
Senti que ele me pegou pela cintura, e me ajudou a levantar. Quando o vi, senti meu rosto ficar vermelho. Ele era lindo... mesmo diante daquela situação toda.. de chuva e estar anoitecendo..
—O-obrigado.—Eu agradeci , quando ele me deu minhas coisas.
—Não há de quê.—Ele diz.—Tome cuidado..
—Hai.
Desde aquele dia em diante, ele tem sempre “me ajudado” quando algo constrangedor acontecia comigo. Seja na rua, na escola , no supermercado.. em toda parte. Ele parecia meu anjo protetor, e quando me dei conta , já estava apaixonada por ele... e ele por mim sem eu saber... ai ai
Fim do Flash Back e narrativa
—E só?—Perguntaram Sakura e Ino ao mesmo tempo.
—Ué , querem mais?—Perguntou saindo dos seus pensamentos.
—Tipo assim..—Sakura começou fazendo gestos no ar.—Foi muito “conto de fadas”... não teve muita emoção...
—É...—Ino concordou.
—Pra mim foi mágico.—Ela disse sem graça.
—Parece que vivemos em outra realidade.—Comentou Sakura rindo.
—Bom...acho que é minha vez..—Ino se senta na cama e sorri.—Já digo logo que não é uma história fofa e apaixonante como a da Hina...
Sakura e Hina se olham e logo observam a loira.
—Teve um final feliz mas... é mais pro final.—Ino diz ao ver o espanto das amigas.
—Ah bom.—As meninas dizem juntas tranquilas.
Narrativa da Ino
—Naquele dia... eu briguei com minha mãe, pois a mesma não queria me deixar sair com minhas amigas pra um acampamento...
Flash back
—Mas mãe...—Eu disse fazendo bico.
—Não e não Ino!—Ela diz me olhando feio.—Mas que teimosia.
—É só um acampamento...
—Eu não quero saber!—Ela me corta.
Bato o pé no chão , e corro pro meu quarto. Como eu detestava quando ela me proibia de algo... poxa , eu tenho 14 anos e não posso fazer nada! De repente, meu celular vibra , olho na tela e vejo que é uma mensagem de Karin.
“Amiga , balada hoje, topa?”
Karin sabia que minha mãe nunca me deixava sair pra esses lugares... e ás vezes eu até concordava com ela , mas hoje... eu quis experimentar o “perigoso”.
“Topo.” Eu mandei de volta.
Vou ao meu closet e escolho o vestido mais curto que eu tinha.. comprei escondido da minha mãe até...
Separei meus acessórios e maquiagens .. aquela noite, seria a noite em que eu agiria como “adulta”.
Flash back
—Adulta?—Sakura me perguntou irônica.—Bom... parece que os rumores sobre você naquela época eram verdade...
—Nossa Ino... tão nova.—Hinata disse espantada.
—Posso continuar?—Perguntei revirando os olhos.
Flash back
Eu separei tudo , esperei que meus pais caíssem no sono e pulei pela janela. Coisa que todo adolescente faz..em determinada época da vida...
—Nossa..—Karin diz ao me ver.—Você está linda..
—Valeu.—Eu disse tentando não parecer nervosa.
Era a minha primeira “noitada”, tudo alí era novo... eu via pessoas se pegando, pessoas fumando e outras bêbadas jogadas no chão... aquilo foi pesado, e olha que estávamos ainda do lado de fora.
—Identidades.—Pediu o segurança.
Sou uma garota travessa, sempre ando com uma identidade falsa, ele logo nos libera pois , mesmo tendo só 14 anos eu aparentava ser mais velha.
Quando entrei... senti um calor absurdo, um cheiro de bebidas empreguinou meu nariz , na hora me senti tonta.
—Vamos pra pista de dança.—Karin disse no meu ouvido.
Eu a segui, era difícil pois, a balada estava lotada. Começamos a dançar, e não demorou pros rapazes se aproximarem ... um mais estranho que o outro... eu dispensei todos , pois eles eram muito invasivos.
—Vou me sentar.—Eu disse a Karin, quando meus pés começaram a doer.
—Mas já?—Ela pergunta sem parar de dançar.
—Pois é.—Eu fiquei sem graça.
Karin era mais experiente que eu... talvez seja pelo fato dela ser uns cinco anos mais velha que eu. Minha mãe a odiava com todas as forças...
Caminho para o bar , e me sento.
—Gim-Tônica.—Eu disse pro barman.
Ele me olha suspeito.
—Que foi?—Perguntei tentando parecer a fina.—Quer ver minha identidade?
Eu o mostro, e ele logo prepara a bebida.
—Qualquer idiota sabe que você é de menor hm.—Eu ouvi alguém do meu lado dizer.
Me viro, e vejo um cara loiro de olhos azuis... que era estranhamente parecido comigo.
—Como é?—Perguntei quando peguei minha bebida.
Ele me olha nos olhos.
—Você é uma criança hm.
Aquilo me irritou bastante, idai que eu era? Quem ele pensava que era?
—E você que parece uma mulher? Você é homem né?—Perguntei irônica.
Sua expressão mudou rapidamente.
—Como é hm?—Ele me fitava.
—É surdo?