On The Street escrita por sabrinavilanova


Capítulo 4
Capítulo Quatro- O Aviso


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!! Tudo bom, gente?
Peço que, por favor, leiam essa nota até o final.
Tudo bem, tudo bem, talvez vocês achem que eu sou uma cara de pau por vir aqui depois de tanto tempo, eu entendo, não julgo por vocês me julgarem. Mas a questão aqui é que eu pensei muito e defini meus objetivos em relação a essa história, o que quero dizer com isso? Vou explicar.
Quando comecei a escrever essa fanfic, apenas o primeiro episódio de kazetsuyo havia sido lançado. Eu realmente estava me divertindo enquanto escrevia, comecri a postar quando só restava escrever o final e a minha rotina de escrita estava no auge, maravilhosa. Só que tudo desmoronou quando eu entrei em um bloqueio horrível em novembro/dezembro e fiquei quase dois meses sem escrever.
Quando eu voltei, eu reli a história e eu resolvi que eu amo demais esse plot, mas não quer dizer que eu amo a forma como o escrevi. O que isso quer dizer? Eu NÃO desisti de On The Street, eu amo OTS como se fosse minha cria de tantos anos. Mas eu sinto que eu não me esforcei o suficiente para colocar esse plot para fora e, por isso, decidi que vou reescreve-la. Desculpem por toda essa demora em me resolver, mas espero que não desistam de mim.
Peço humildemente que compreendam a minha situação, eu realmente quero dar tudo de mim para reescrever essa história e construí-la da forma que ela merece.
Voltarei daqui a algum tempo com a nova versão, porém essa ficará aqui por enquanto.

Eu vou deixar o que escrevi para o último capítulo, é apenas uma parte do que eu queria fazer. Então, espero que gostem.
Obrigada por lerem e me entenderem.

Até logo o/



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Aquela não havia sido a primeira vez que recebeu uma resposta negativa de alguém, sabia também que não seria a última. Mas aquela rejeição, em específico, havia doído mais do que imaginava. Tudo bem, era de Kakeru que estava falando, era mais que claro que seria daquela forma, óbvio que teria que refrear os próprios passos para andar ao seu lado e, mesmo que Kurahara fosse um corredor bastante veloz ― o que, diga-se de passagem, era bastante irônico no ponto de vista de Haiji ―, as coisas corriam mais vagarosamente quando se tratava de relacionamentos com aquele rapaz. Deveria saber, é claro. Principalmente pela experiência e convívio que tiveram, quando Kakeru passou a morar no prédio do clube e quando conversaram sobre a Hakone ou, simplesmente, com o seu relacionamento de amizade com Prince, que nasceu daquela forma estranha e inesperada ― coisa que ninguém nunca realmente entendeu.

Deveria saber que não poderia apressar as coisas, deixar fluir, esperar o tempo que ele precisasse seria a melhor forma de fazê-lo sentir a vontade com a sua presença, tinha dado certo até ali, não era? Não tinha porque as coisas desandarem daquela forma, então, como havia conseguido estragar tudo? Oh, sim, agindo daquela maneira estúpida e totalmente impaciente. Aquilo o levava a pensar como sua mãe tinha razão ao falar que deveria admitir seus defeitos. Na realidade, mal havia espaço para a negação destes, ele era péssimo em matéria de relacionamento, ou melhor, como Yamamoto gostava de frisar, um completo desastre.

E, mesmo que tivesse bem mais experiência sobre o assunto que o outro indivíduo-naturalmente-belo envolvido, ainda assim, não poderia sequer não estragar as coisas. Ele havia feito uma promessa para si mesmo em segredo, não decepcionar aquele ser em específico. Akemi já havia o alertado para tomar cuidado em relação a Kakeru, ele a ouviu, obviamente; mas não escutou, não da maneira que deveria ter feito, era claro. Antes mesmo que a amiga o dissesse, já havia notado. O rapaz era muito fechado, apesar de se comunicar normalmente com qualquer um que morasse no dormitório do clube de atletismo, nunca dizia nada além de palavras monossilábicas quando se tratava de seu passado. Aquilo o deixava intrigado, certamente, mas esperou Kurahara contá-lo ― o que nunca aconteceu.

De acordo com Akemi, ele era um gênio em tudo o que fazia. Das corridas até as matérias da escola, Kakeru pegava as coisas rápido quando significava teoria. A prática, bom, a única coisa que havia aprendido com ela era correr. Talvez por isso houvesse entrado no curso de Sociologia, talvez não. Mas aquilo não era importante no momento, o que importava era que mesmo que o rapazote fosse um gênio em relação a maioria das coisas, ainda assim era meio lento quando se tratava de sentimentos, tanto seus quanto dos outros e, por isso, tinha uma facilidade em se machucar. Em suma, Kurahara era como um animal de estimação que fora machucado pelo dono e se afastava de qualquer outro que quisesse lhe dar carinho.

Haiji suspirou com aquele pensamento. Não gostava nada daquela história, mas não era como se tivesse a escolha de gostar dela ou não. Não era a sua vida e também não deveria se intrometer nos assuntos de Kakeru, não quando ele não havia pedido que o fizesse.

O segundo suspiro que deixou os lábios finos não passou despercebido pelo homem sentado a sua frente. Os olhos idênticos aos seus passaram a observá-lo com mais atenção após aquilo, sempre daquela forma tão indiscreta com que ele sempre fazia as coisas. Mãos cruzadas sobre a mesa, expressão pacífica, apesar de ter resquícios de preocupação, aquele havia se tornado o visual dos dois nos últimos dias, na verdade, nos últimos meses. Talvez eles fossem mesmo parecidos demais, assim como todos costumavam falar quando viam-nos juntos.

― Você está preocupado ― disse o homem com um sorriso leve estampando a face.

― Essa não é uma pergunta, eu presumo ― respondeu, desviando o olhar para a xícara vazia em cima da mesa.

― Não, não é. Você está com as sobrancelhas levantadas, só faz isso quando está nervoso.

― E como você sabe disso?

― Sua mãe diz que eu faço isso quando fico nervoso, então imaginei...

― Ah.

― Ah ― repetiu com um pouco mais de entusiasmo. ― Vai me dizer por que?

― Não.

― Certo. ― Deu de ombros, conformado, notando como ele mesmo estava nervoso. Conhecia Haiji o suficiente para saber que tentar forçá-lo a falar não era algo aconselhável, as conexões familiares estavam estremecidas demais, não arriscaria desmanchar o que tivera que reconstruir tantas vezes e com tanto esforço: sua relação com seu filho; aquilo sim era seu bem mais precioso. ― Sua mãe disse que você alugou um novo apartamento.

Haiji apenas assentiu, o homem não o julgou.  

― O dormitório não era confortável? ― Suspirou, pondo as mãos sobre os próprios ombros para massageá-los. Aquela não era, definitivamente, uma boa maneira de puxar assunto. ― Quer dizer, você insistiu em sair de casa e foi morar lá, pensei que você gostasse e…

― Não saí de casa por isso, você sabe. ― E ali estava, aquele assunto de novo. Sabiam que ele chegaria, não foi exatamente uma surpresa quando a tensão caiu sobre os ombros de cada um.  

― Haiji…

― Pai, eu não quero conversar sobre isso agora, ok? ― ele pontuou e o homem nada mais fez além de assentir com a cabeça. ― Temos que nos concentrar na mãe, ela precisa de nós mais do que nunca, sabe?

Ele assentiu novamente.

― Uma hora ou outra teremos que conversar, certo? Se quer que eu espere, eu esperarei, mas não esqueça que você puxou a teimosia de mim, não vou desistir dessa conversa. ― Kiyose nem chegou a esconder o suspiro resignado daquela vez, apenas levantou e mandou um sorriso triste para o homem.

― Eu tenho que ir agora ― disse ele.

― Filho, só… me perdoe, por favor. ― E ali estava o olhar, aquele olhar de arrependimento, ele era realmente um desgraçado!

Um desgraçado que já havia perdoado há muito tempo.

― Nos vemos depois, pai. Mande notícias sobre os exames quando eles ficarem prontos.

Ele acenou em despedida e saiu sem dizer mais nada.





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