Sherlock - Season 5 escrita por TinaS


Capítulo 9
As peças do jogo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal estou muito feliz com os comentários de vocês ^^
Obrigada por estarem acompanhando.
Boa leitura.



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Os pais de Sherlock e Mycroft estavam na cidade já que souberam por Jane sobre o incidente com o filho mais velho. Por sorte ele havia recebido alta naquele dia e os pais o levaram para a casa deles que eram bem afastada da cidade e claro que as divergências de opiniões sobre o local em que ele deveria ficar foram muitas.

Eu posso cuidar de mim mesmo – Mycroft disse enquanto levantava da cadeira de rodas pronto para entrar no carro do pai.

Não seja bobo – a senhora Holmes disse em tom autoritário – você irá repousar sobre meus cuidados.

Eu não discordo que ele terá mais conforto em casa com vocês do que teria sozinho naquele lugar onde mora – Sherlock estava amando aquela cena constrangedora – mas ainda assim preciso dele.

Então terá que ligar ou ir até lá para vê-lo – a mãe deles era durona – já que faz tempo que nenhum dos dois nos visita ou dá notícias.

Onde está aquela que começou tudo isso? – Mycroft abaixou o vidro do carro e avistou Jane saindo do Hospital junto com John Watson – é melhor ter uma boa desculpa para o que fez.

Eles tinham o direito de saber – ela se defendeu e ajudou John a se apoiar em Sherlock – além do mais ela me pediu para ficar de olho em vocês.

Interessante – Sherlock olhou para o pai que apenas sorriu concordando com ele.

Isso vale para você também – Jane encarou Sherlock.

Pensei que não viveria para ver uma cena dessas – John disse enquanto ria de tudo aquilo e recebeu um olhar irritado do Holmes mais velho.

Então melhor se regozijar por esse breve momento que não tornará a acontecer – Mycroft disse e olhou para o irmão – espero notícias sobre o caso – e fechou o vidro do carro.

Se cuide meu bem – a senhora Holmes beijou o rosto de Sherlock – e você também John e assim que puder venha nos visitar – ela beijou ele também.

Pode deixar senhora Holmes – o Watson gostava dela, tinha aquele jeito de mãe.

Jane abraçou os tios e acenou para Mycroft mesmo sabendo que ele estava irritado com ela. Os três se dirigiram para Baker Street onde Lestrade estava juntamente com Molly. Sherlock estava esperando mais algum progresso por parte do caso, mas Sebastian não tinha dado mais nenhum passo para o desafiar e isso intrigava. Depois que o taxi chegou ao destino eles desceram do carro e subiram as escadas, encontraram Molly servindo chá com bolo para Lestrade e o outro agente que o acompanhava.

John! – Lestrade o cumprimentou – que bom que está bem.

Obrigado – o Watson sentou na poltrona destinada a ele com cuidado.

Como se sente? – Molly logo serviu chá para ele.

Ainda com algumas dores no corpo, mas nada preocupante – ele agradeceu o chá – só quero ver minha filha.

Sra. Hudson ligou e disse que está tudo bem com ela – Lestrade terminou seu chá e se levantou – preciso ir agora se cuidem.

Todos se despediram dele e do agente e logo estavam apenas os quatro no apartamento. Molly sentou no sofá ao lado de Jane e as duas conversaram um pouco. Sherlock olhou para ela e logo foi até a cozinha. Preparou café e então mais chá, aquele seria o momento de revelar ao paladar dela sua preferência por bebidas quentes e ele sabia que ela não gostava tanto de chá como gostava de café.

Aqui está – ele colocou as duas xícaras na frente dela – beba.

Café? – Molly encarou com receio – mas eu já disse que prefiro chá.

Só experimente – o detetive insistiu.

Não custa nada – Jane deu força ao primo, ele estava tentando de várias formas trazer a Hooper de volta e ela admirava isso nele, já que nunca o tinha visto apaixonado.

Tudo bem – Molly encarou John que fez que sim com a cabeça.

Ela pegou o chá primeiro e bebeu tranquilamente, o olhar de Sherlock estava sobre ela o que a incomodava, pois ele parecia enxergar cada músculo de seu corpo se movendo enquanto engolia liquido. Por que ele estava tão interessado no gosto dela por líquidos quentes? Ela pegou a caneca com café, mas o encarou com resistência, alguma coisa dizia que não gostava muito dele, mas quando sentiu o cheio a vontade de provar foi maior então ela tomou um gole de café.

Nossa – ela pareceu surpresa – eu gostei mais desse.

Exatamente – Sherlock não pode evitar sorri e se levantou satisfeito – você sempre amou café então só precisava prova-lo.

Agora me lembro das vezes que tomei café e te ofereci também – ela disse não muito feliz com algumas lembranças – você sempre foi idiota como eu me lembro ou era só comigo?

Posso garantir que ele é idiota com todo mundo – John disse e arqueou uma sobrancelha para Sherlock que o olhou incrédulo.

Certo – o detetive encarou Molly – eu posso ter sido grosseiro as vezes, mas sempre tentei ser sincero.

Pelo menos acertou sobre o Moriarty – a legista tomou todo o café – no fim ele gostava de homens, ainda bem que não me envolvi tão profundamente com ele.

Correto – Sherlock a encarou por mais alguns minutos receoso que as lembranças que ele gostaria que ela não se recordasse ainda tivessem voltado, como a da ligação e a discussão, mas o que tudo indicava era que ela ainda não tinha se lembrado desses episódios.

Eu vou indo – Jane disse olhando no celular – Mycroft me deu umas tarefas para me punir então nos vemos na sua casa John.

Ela se despediu dele com um beijo no rosto e acenou para Sherlock e Molly. Os dois se encararam travessos com a atitude e já estavam desconfiados se algo estava acontecendo entre os dois. Sherlock já tinha uma opinião formada de que se ainda não aconteceu era apenas questão de tempo para acontecer.

Não me olhem assim – o Watson sabia exatamente o que estavam pensando.

Não é errado seguir em frente John – Molly disse.

Nisso eu preciso concordar com ela – Sherlock sentou em sua poltrona e encarou John – está claro que vocês tem muitas coisas em comum e o fato de você ter uma família mexe com Jane porque ela sempre quis ter filhos mesmo sendo incapaz de tê-los.

Eu não vou ter essa conversa está bem? – John não queria pensar nisso ainda mais por causa de Mary.

Você não pode ficar na defensiva e nem achar que está traindo Mary – Sherlock disse.

Não comece suas deduções sobre isso porque eu não permito! – John disse um pouco mais alto e ao mesmo instante dois homens entraram pela janela a quebrando.

Sherlock e John levantaram rapidamente e foram para cima dos homens em uma luta corpo a corpo. Um terceiro homem arrombou a porta e ele estava armado, Molly o enfrentou e conseguiu desarma-lo com facilidade e atirou em seu peito. Sherlock estava com as mãos sobre o pescoço de um deles e John estava com dificuldades já que acabara de sair do hospital.

Solte-o – Molly disse apontando a arma para o homem e quando o fez ela atirou nele.

Molly – Sherlock a encarou para que não atirasse no que ele estava segurando, mas ela já havia puxado o gatilho.

Problema resolvido – ela disse e abaixou a arma, mas sem solta-la.

Não queríamos mata-los – John levantou do chão – precisamos de respostas.

O que? – ela não entendeu – eles iriam matar vocês.

Está tudo bem – Sherlock fez sinal com as mãos para ela se acalmar – me dê a arma.

Um ruído saiu do rádio que eles tinham e a interferência doeu nos ouvidos dos três. Molly balançou a cabeça e ouviu-se do rádio uma voz de alguém dizendo algo.

 

Eu Te Amo...

 

Era o que a voz dizia e então no seguinte minuto os telefones de John e Sherlock começaram a tocar. O detetive sabia o que estava acontecendo, era ele Sebastian Moran que estava fazendo isso porque queria que Molly lembrasse daquela ligação. Ele correu até o rádio tentando desliga-lo enquanto John tentava parar o som dos celulares. A Hooper sentiu como se tivessem acertado a cabeça dela com algo pesado e então mais lembranças surgiram.

 

Molly estava na cozinha de seu apartamento cortando limão fazendo uma limonada, seu dia tinha sido difícil. O telefone tocou e ela viu que era Sherlock, mas encarou o telefone e ponderou se atenderia ou não então ficou tocando por um tempo.

Oi Sherlock isso é urgente? – ela disse ao atender o telefone – porque eu não estou tendo um bom dia.

Molly eu só quero que você faça algo muito simples para mim e não pergunte o motivo – o detetive disse e parecia ansioso.

Esse é um de seus jogos estúpidos? – Molly não queria participar.

Não é um jogo eu preciso que me ajude – ele abrandou mais a voz.

Olha eu não estou no laboratório – ela respondeu rápido.

Não preciso dele – Sherlock retrucou.

Então o que você quer? – a legista só queria acabar com aquela conversa.

Só diga essas palavras – ele respondeu.

Quais palavras? – ela sorriu fraco estava exausta.

Eu te amo – Sherlock disse como se fosse fácil.

Me deixe em paz – ela disse quando o sorriso se desfez e encarou o telefone.

Molly por favor! – Sherlock implorou – não desligue, não por favor.

Por que você está fazendo isso comigo? – a voz dela estava embargada – por que está se divertindo comigo?

Você precisa me ouvir é para um caso – o detetive argumentou – é uma experiência.

Não sou uma experiência Sherlock – ela estava abalada.

Não, eu sei, você é mais que isso é uma amiga – ele suplicou – nós somos amigos, mas por favor apenas diga essas palavras para mim.

Por favor – foi a vez de Molly suplicar – não faça isso.

É muito importante e eu não posso dizer o porquê – ele tentou mais uma vez.

Eu não posso dizer isso para você – a ruiva suspirou pesadamente.

Claro que você pode – ele foi frio como sempre – por que não pode?

Você sabe por que – ela disse firme.

Por favor apenas diga – ele estava quase no limite.

Não posso, não para você.

Por que? – Sherlock não conseguia entender.

Porque é verdade – ela encarou o chão – Sherlock sempre foi verdade.

Se é verdade apenas diga de qualquer jeito – ele não mediu seu tom, mas saiu arrogante e grosseiro.

Seu bastardo – Molly ri não acreditando em tamanha crueldade.

Apenas fale – ele insistiu.

Então diga você primeiro – Molly não iria deixa-lo se divertir as custas dela.

O que? – Sherlock tinha entendido, mas algo dentro dele estava acontecendo e seu coração ganhou batimentos mais acelerados.

Diga – Molly não recuou – como se fosse verdade.

Eu – Sherlock não entendia o porquê de estar tendo dificuldade – te...amo – ele disse, mas sentiu que deveria repetir – eu te amo.

Molly leva o polegar a boca e o morde em sua visível forma de nervosismo, ela pensou em desligar e não responder nada, mas não conseguia mais guardar aquilo dentro de si. Ouviu Sherlock a chamar então respirou fundo e disse.

Eu te amo.

 

As lágrimas caiam sobre seus olhos e ela olhou para Sherlock com fúria, sua respiração ofegava e ela parecia estar vivendo a agonia daquele dia outra vez e aquilo por Deus era muito cruel.

Então era isso? – ela estava indignada – por isso que Sebastian me pegou? Por sua causa! – ela apontou para o detetive que tentava se aproximar.

Molly me deixe explicar – Sherlock disse.

Não se aproximem – ela apontou a arma para os dois – isso é um maldito jogo e eu sou só uma peça sobre isso? Outra vez estou fazendo parte de uma experiência por causa do Sherlock Holmes!  

Você não é uma experiência Molly – John disse tentando apaziguar.

E eu já tinha superado aquele dia, mas me fazer revive-lo é mais cruel ainda – ela andava de um lado para outro atordoada – mas cada detalhe só me mostra o quanto você é igual a eles Holmes!

Igual? – Sherlock entendia o lado dela, mas estava longe de ser como eles – tudo que eu fiz foi para proteger você.

A troco de quê? – a legista chorava mais ainda – essa droga que eu estou vivendo hoje não é vida!

Molly – dessa vez John interviu – nos deixe explicar as coisas não são assim.

Não são? Eu não confio em nenhum de vocês – ela riu sarcástica – Ele e Moran são dois jogadores e todo o resto são as peças que eles brincam e machucam quando querem – gritou – mas Sebastian errou ao pensar que você me ama não é? Como ele está em desvantagem.

Por favor Molly – Sherlock disse o mais docemente que conseguiu, Molly encarou o chão por um tempo pensando no que faria.

Não – ela olhou nos olhos azuis do detetive – eu não confio em você Holmes – ela estava com dor no olhar.

Sherlock não gostou nada de ouvir aquilo, mas o que mais odiou foi ver a dor nos olhos da última pessoa que ele queria que se machucasse por sua causa.

Não venham atrás de mim – ela se aproximou da janela – senão eu juro para vocês que eu atiro no primeiro civil que eu ver na rua!

Molly pulou pela janela caindo na calçada onde estavam alguns carros, ela foi por cima deles e correu. Sherlock e John olharam ela até desaparecer na multidão de pessoas na rua. Molly iria atrás de Sebastian como Sherlock pensou que faria se descobrisse sobre o por que dele ter feito o que fez com ela e a legista tinha razão era por causa de Sherlock e ela não merecia pagar por uma vingança que era direcionada a ele. Moran também sabia que ela iria atrás dele por isso arquitetou tudo aquilo para a memória dela ser despertada.

Precisamos encontrar o esconderijo de Sebastian Moran – Sherlock disse e logo discou o número de Mycroft.

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Sebastian jogando mais intensamente e Molly fugiu.
Como Sherlock vai lidar com isso?
Não esqueçam de comentar tudo bem?
Isso me ajuda a não desistir da história.
Bjos
TinaS



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