Sherlock - Season 5 escrita por TinaS


Capítulo 5
Uma mudança de ambiente


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo espero que gostem ^^
Boa leitura :)



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Sherlock, John e Kate/Molly estavam em um taxi indo rumo ao 221B depois de uma intensa discussão com Lestrade conseguiram seu consentimento e alguns policiais disfarçados os escoltavam. O risco era grande e o detetive sabia muito bem disso, mas o fato de o empregador de Molly deixa-la ser pega queria dizer que ele concordava com o fato dela estar ali e Sherlock sabia que o tal homem queria encurrala-lo. Parando em frente ao local os três desceram, Molly estava algemada já que, como as habilidades dela eram desconhecidas, eles resolveram não arriscar sua fuga. Sra. Hudson estava na casa do Watson com Rose então ninguém estava dentro do local. Eles entraram e logo subiram as escadas.

Por que me trouxeram aqui? – Kate/Molly questionou num tom repreensivo.

É mais seguro – John rebateu.

Seguro? – ela soltou uma risada – com você e o detetive sozinhos comigo?

Vamos esclarecer os fatos – Sherlock já estava começando a se irritar com toda aquela bomba de sarcasmo vinda da mulher a sua frente – primeiro não estamos sozinhos, temos agentes do governo disfarçados nos vigiando a maior parte do tempo e segundo você não está em vantagem aqui mesmo que pense o contrário.

Primeiro – ela sentou no sofá e o encarou em desafio – eu sei o nome do homem que estão procurando e segundo – ela olhou pela janela – eu sei dos planos dele para vocês, então Sr. Holmes quem está em desvantagem aqui?

Sherlock analisou a expressão dela e deu um sorriso de canto, nunca havia visto Molly assim e ainda mais o desafiando em palavras. Sentia falta de como ela era antes de tudo aquilo, mas admirava o jeito com que ela estava falando com ele mesmo a preferindo como a antiga Molly. Sempre soube que ela era uma mulher forte e passar por tudo aquilo só iria a fazer crescer ainda mais. Ele se aproximou e sentou na mesinha de centro em frente ao sofá e se debruçou para encara-la melhor. Enquanto John, bem olhava para a cena extasiado.

Você pode saber parte do espetáculo minha cara, mas eu lhe garanto que mentes pequenas só veem fatos isolados – a voz dele saiu calma, mas arrogante ainda sim – só duas pessoas veem o todo deste episódio e seu desfecho, uma está a sua frente e a outra está em algum lugar se escondendo ainda. Você faz parte disso tudo, mas não é o personagem que ele quer que você acredite que é.

Kate/Molly não deixou a surpresa que sentiu com as palavras dele a intimidarem e conseguiu esconder bem o que estava pensando e por fim resolveu ignorar o ultimo comentário do detetive e deitou-se no sofá fechando os olhos. Estava exausta na verdade, não havia dormido nada há 2 dias e isso fazia seu corpo pedir por descanso. Sherlock percebeu o desgaste físico dela e tratou de deixa-la mais confortável, pegou travesseiros em seu quarto e cobertores. Arrumou o sofá para ela que não protestou o cuidado e nem o toque dele já que estava cansada demais para isso.

—x-

Casa dos Watson

John estava a caminho de casa depois de passar quase o dia todo com Sherlock vigiando Kate/Molly. Sra. Hudson já havia sido muito paciente cuidado de Rose e ele só queria ver a filha e abraça-la e sentir que ela estava segura. Odiava aquele sentimento de insegurança e desde o que aconteceu com Mary sua preocupação dobrava quando aparecia alguém querendo enfrentar Sherlock num jogo e ainda mais usando as pessoas ao redor dele. Quando desceu do taxi viu uma figura recentemente conhecida com uma enorme mala.

Jane? – ele a chamou e ela sorriu ao vê-lo.

Oi John – ela se aproximou dele com dificuldade de puxar a mala.

Quer ajuda? – ele riu da situação.

Sim por favor – ela sorriu sem graça – na verdade recebi ordens para ficar na sua casa.

Na minha casa? – o Watson se inclinou para ouvir melhor porque acreditou estar errado.

Ordens do Mycroft – ela estava confusa – não te avisaram?

 

Jane vai ficar na sua casa por questões de segurança.

S.H.

 

Acabei de receber a mensagem – John olhou no celular.

Você se incomoda? – ela viu que ele estava desconfortável.

Não é isso é que – ele olhou para a porta da casa – eu tenho uma...

Filha eu sei – a loira sorriu – eu adoro crianças!

Se é assim então vamos entrar – ele respirou aliviado.

Os dois entraram na casa de John e logo Rose correu para os braços do pai que a abraçou forte. Sra. Hudson se aproximou e olhou da moça para John e vice versa. O Watson sabia muito bem o que aquele olhar queria dizer, ela estava tirando conclusões precipitadas como sempre fazia quando via uma mulher com ele, sendo que Jane era a primeira que ela viu depois de Mary.

Sra. Hudson essa é Jane, prima do Sherlock e está nos acompanhando no novo caso que temos – ele tratou de explicar as coisas antes de algum comentário inapropriado.

Olá minha cara – a Sra. Disse – como você é bonita, já ia comentar a sorte grande de John – mesmo assim ela fez esse tipo de comentário.

Obrigada – Jane sorriu e logo se dirigiu para a pequena que estava se escondendo atrás do pai – e você deve ser a pequena Rose – ela se abaixou com calma para não assustar a menina – trouxe um presente para conquistar sua confiança.

Sherlock te disse isso? – John arqueou uma sobrancelha.

Ele disse que ela ama bonecas de pano – a loira comentou tirando um cachorro feito de pano da bolsa.

Rose se aproximou ainda um pouco receosa, mas estava interessada no cachorro que estava na mão de Jane. Olhou para o pai como que pedindo permissão e ele assentiu. Os próximos segundos foram de risadas com Rose pegando o boneco e se jogando nos braços de Jane sorrindo.

Obrigado por cuidar dela Sra. Hudson – John agradeceu e entregou o casaco da mulher que pegou a bolsa.

Quando precisar é só me avisar John – ela acariciou o rosto dele como uma mãezona – boa noite – ela sorriu – tchau Jane.

Tchau Sra. Hudson foi um prazer – a loira disse enquanto fazia cócegas em Rose.

John fechou a porta e se encostou na coluna admirando a cena à sua frente e por um momento sentiu como se Mary estivesse ali com eles. Sorriu e então estragando a brincadeira levou Jane para o quarto de hospedes e depois foi dar banho em Rose. A loira tomou um bom banho e então sentiu seu estomago revirar, estava morrendo de fome e com vergonha de dizer isso ao Watson, mesmo ela tendo percebido o quão cavalheiro ele é ainda se sentia constrangida com ele. Ouviu barulhos na cozinha e foi até lá, no corredor e em algumas cômodas viu fotos de Mary, já tinha a visto em fotos de documentos e leu sobre a fatalidade que aconteceu com ela. Chegando na cozinha viu John com toda a dedicação arrumar a mesa enquanto cantava junto com Rose. A mulher sorriu, não devia ser fácil criar uma filha sozinho, mas ele conseguia fazer aquilo com maestria.

Não sabia que cantava – ela surpreendeu o homem que quase derrubou os pratos.

Não me assuste assim Jane – ele riu junto com ela – está com fome?

Leu meus pensamentos – ela sentou na mesa – nossa então essa mocinha já come sozinha?

Sim – John sorriu lisonjeado – temos sorte da Sra. Hudson ter cozinhado o jantar.

Ela parece ser muito boa com todos – a loira começou a se servir.

Ela é – John lembrou de todas as vezes que ela ajudou – mas e então você não é casada?

Divorciada – ela disse e John notou uma tristeza nos olhos dela que ainda não tinha visto.

Desculpe perguntar assim – ele balançou a cabeça percebendo quão idiota fora.

Não tudo bem – ela sorriu fraco – eu posso falar sobre isso.

Tem certeza? – ele entendia muito bem o que era perder alguém.

Eu sempre quis ter filhos John – ela tomou um pouco do vinho – mas eu sou geneticamente incapaz e digamos que meu marido não aceitou isso muito bem e pediu o divórcio.

Sinto muito – John estendeu a mão e tocou a da mulher a sua frente sendo o mais cordial possível.

Ele era um idiota – ela riu e sentiu algo diferente com o toque do Watson – devo me conformar em ficar sozinha.

Estou nesse time também – John serviu mais suco para a filha – desde Mary eu sinto que se me envolver com alguém de novo vou estar pondo a vida dessa pessoa em risco.

Eu li sobre o que aconteceu com ela – o olhar da loira era de ternura e empatia – você foi muito forte John.

Meus amigos me ajudaram a ser forte – ele completou – por isso não posso desistir de Molly, ela era a melhor amiga de Mary e depois do que aconteceu ela foi a que mais me ajudou com Rose.

Nós vamos trazê-la de volta – Jane sorriu e eles continuaram a comer.

Aquele noite estava sendo satisfatória para John e Jane estava gostando daquele clima familiar que tinha na casa dos Watson. Estava agradecida por ter sido designada pelo primo para ajudar naquele caso porque estava ganhando muito mais do que experiência, estava ganhando amigos e algo no seu interior dizia que até uma nova família.

—x-

Baker Street 221B

Sherlock estava preparando o jantar para ele e Kate/Molly. Ela estava no banheiro tomando um banho e protestou que não tentaria fugir e mesmo assim ele a algemou ao chuveiro. Ele não podia evitar estar desconfiado já que a mulher no seu chuveiro era outra e não queria a perder de vista outra vez. Fez um espaguete com almondegas e abriu um dos vinhos que Microft havia mandado. Molly adorava aquele prato e aquele vinho então seria sua primeira tentativa de estimular á memória dela. Ouviu seu nome ser chamado no banheiro e foi até lá solta-la. Ela já estava devidamente vestida apenas os cabelos estavam desarrumados.

Pode me dar uma escova de cabelo? – ela pediu cordialmente.

Aqui – ele estendeu e a olhou pentear – prefere seu cabelo curto dessa cor ou na cor natural dele?

Como assim? – ela o olhou incrédula – essa é a minha cor natural e sempre odiei cabelo longo.

A intuição do detetive estava certa, Molly amava seu cabelo longo e ruivo e essa Kate achava que sua cor natural era o loiro e o preferia curto. O autor desse feito a Kate/Molly queria tirar tão fundo quem ela era que mudou completamente suas preferencias e isso deixava o Holmes preocupado. “Esse homem é diferente de Moriarty, porque ele não quer um show envolvendo pessoas isoladas e nem ataques a locais estratégicos ele quer um confronto direto comigo então o próximo passo dele será em torno de Molly. Excepcional suas jogadas seja lá quem for”. Pensou o Holmes. Ele o deixaria sofrer vendo a legista daquele jeito até então tomar uma atitude que afetaria o detetive diretamente. Sherlock sabia de tudo isso então sua única opção era descobrir o nome e partir para o confronto direto.

Até que dá para comer – Molly disse o despertando de suas ideias – o vinho está ótimo é meu favorito.

Que bom – ele se limitou a dizer, mas comemorou internamente e começou a comer.

Conversa não fluiu no jantar, Molly estava algemada a mesa e dessa vez nem protestou. Sherlock apenas a observava em silencio e de forma discreta, o jeito de segurar o garfo, a taça tudo ali ainda era de Molly Hooper e ele se sentiu aliviado por isso. Ela correspondeu mal ao prato de espaguete, mas em compensação o vinho era do gosto dela. Depois de algum tempo terminaram de comer e Sherlock tirou a mesa.

Café? – ele ofereceu, pois sabia que Molly amava café e sempre optava por ele.

Prefiro chá – Kate/Molly respondeu.

Mais uma alteração no gosto dela de café para o chá. Ele suspirou e logo preparou o que era do agrado dos dois para então voltar à mesa. Os estímulos da memória dela pelo paladar haviam fracassado, mas ele ainda não tinha desistido porque o próximo passo seria muito mais intenso. O celular dele vibrou e logo viu a mensagem:

Encontramos a bala que matou Ronald Adair/Lestrade.

 

John Watson

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Então gente o que acharam? Quem vocês acham que é o homem por trás disso tudo que está acontecendo com Sherlock?
Agradeço a quem está acompanhando a história e comentando é por isso que ainda estou aqui escrevendo ^^
Não esqueçam de comentar ta legal?
Bjos
TinaS