The Life in the Pridelands escrita por Lary


Capítulo 1
Criando confusão




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Kopa P.O.V 

Ouço o som maravilhoso do meu despertador "berrando", o que indicava o início de um novo dia, até porque o som do despertador é de uma vaca mugindo. Tateio tudo que estava sobre o criado mudo antigo com alguns detalhes a ouro ao lado da minha cama até achar o maldito relógio que apesar de não ser do século passado, como o criado mudo, também era feito com detalhes em ouro. Quase tudo neste palácio é feito deste metal, se não dele, de prata ou até mesmo diamantes. Desligo o despertador. Com dificuldade abro os olhos devido à claridade que entrava pela janela de meu quarto, o que indicava que eu havia esquecido de fechar as cortinas noite passada. De repente me lembro que hoje é segunda-feira, dia de tédio... Quer dizer, aula! Melhor eu me arrumar, pois semana passada me atrasei umas três vezes e meus pais ficaram bravos. Apesar de serem rei e rainha e quase sempre estarem ocupados com assuntos de Pridelands, eles nunca deixam nada passar, nada mesmo! Se eu me atrasar cinco minutos, eles percebem! As vezes eu penso que são super humanos, porque mesmo com tantos deveres reais, ainda têm tempo para nos supervisionar, e além disso serem superprotetores. Todos os pais são,  mas os meus vão além do limite do patético! Quando o assunto é cuidado e proteção meu pai poderia usar aquela frase do Buzz Lightyear: "Ao infinito e além".

Escovo os dentes o mais rudimentarmente possível, só pra não deixar o costume, me troco e desco para o café. No caminho, encontro Zazu, que viva conosco e era um forte aliado dos meus pais quando o assunto era supervisionamento de filhos superprotegidos!

—Zazu! - o cumprimento, falando a primeira palavra do dia, minha garganta estava até seca

—Bom - dia - Kopa! - ele me responde, com seu sotaque um tanto diferente, típico de mordomos.

Desço várias escadarias, pois nossos quartos ficavam no quinto andar do palácio. Não que não tenhamos elevadores, pelo contrário, isso é o que mais temos por aqui, até porque o castelo tem dezesseis andares, todos com pelo menos quarenta cômodos grandes. Mas hoje fui pelas escadas para me exercitar um pouco.

Chego na sala de refeições - uma sala com uma mesa de madeira, com bordas douradas e várias cadeiras adornadas com joias - e me sento ao lado de papai, meus irmãos caçulas, Kiara e Kion ainda não tinham aparecido, somente eu, papai e mamãe:

—Bom dia! - Os cumprimento com um sorriso.

—Bom dia, filho! - Responde minha mãe.

Ela é uma mulher linda, com lindos olhos azuis, um corpo de dar inveja e cabelos loiros.

—Bom dia, Kopa! - Diz papai

Ele é um homem alto e forte, pois pratica vários esportes. Outra coisa que me faz pensar que ele é um mutante ou controla o tempo, não sei onde ele arruma tempo para tanta coisa! Seus olhos são cor de mel, com uma leve tonalidade verde, os quais meus irmãos herdaram, já eu herdei o azul safira de mamãe.

—É hoje aquela sua prova de... história, não é? - papai continua... esqueci de citar, ele tinha uma memória de elefante, também!

—É... É sim, pai... - respondo me lembrando do exame da professora Tezara. Não queira ter aulas com a professora Tezara. Muito menos provas! Não é à toa que chamamos ela de "professora Tezera"!

—E estudou? - mamãe pergunta, enquanto passa uma geleia vegana numa torrada que, por algum motivo, fico com vontade de comer

—Estudei sim... Mas sabe como é, né, mãe!? É a Tezera... Nunca é o bastante

—Ora, que besteira! - papai entra no assunto - Na minha época... - lá ia ele falar de uma época aparentemente rupestre da civilização, onde os professores eram todos carrascos e até reguada podiam dar nos alunos... felizmente sou salvo de ouvir aquilo pela milésima vez por meu irmão, que chega no exato instante:

—Eu já te disse pela milionésima vez para parar de bisbilhotar meu celular! - Ótimo, uma briga logo cedo... Cadê a pipoca?

—Aposto que o Kion ganha hoje - Bunga se senta à mesa e cochicha com Timão, que o criara, assim como meu pai.

—Eu aposto em Kiara! - Timão fala todo convencido

Logo após Kion se sentar com uma cara nada feliz, Kiara chega ao cômodo:

—Eu não bisbilhotei, só dei uma olhada de leve já que você não põe senha! - diz ao Kion em tom brincalhão - Bom dia, pessoas! - brinca

—Mas a partir de hoje vou colocar! - Responde seco

—Pra quê!? - ela continua brincando com a irritação do Kion - Gosto de ver você tentando fazer sucesso com as contatinhas! - começa a rir

—Vê se não enche, tá? - Kion pega uma torrada e coloca um pouco de suco de laranja

—O Kion tá de conversinha, de conversinha... - Kiara tenta continuar a zoeira, mas acaba ficando infantil

—Chega vocês dois - papai tenta evitar uma discussão maior, pois quando esses dois começavam a brigar, não tinha quem parava.

—É, que bobagem - mamãe finge colaborar, mas logo revela seu interesse pelo assunto - Quem é a da vez, filho??

—Ninguém - ele sorri forçadamente

—Eles nunca contam, não é, Simba?? - mamãe diz

—Nunca! Sorte que temos os outros pra entregar - papai brinca

Kion P.O.V

Eu mereço isso, viu! Mas não importa, pelo menos Kiara não abriu a boca dessa vez. Ela pode ser bem escandalosa quando quer, principalmente se descobre que um shipp é real! Acabo meu café, vou para a sala principal e fico esperando o motorista vir para nos levar à escola, dou uma olhada no espelho... Até que eu estava bem... Cabelo bagunçado, um topete bem charmoso, minha marca registrada. A camisa preta destacava meus olhos esverdeados e meu cabelo castanho, levemente ruivo. Estou pronto para mais um dia, depois da escola, eu e a guarda vamos patrulhar.

Saio pouco depois, e no caminho fico encarando a janela, perdido em meus pensamentos, até que reparo que Kiara não tirava os olhos de mim. Desconfiado, decido perguntar o que era:

—Que foi? - Pergunto

— Tô só tentando decifrar o que se passa nessa sua cabeça cheia de contatos! - ela começa

—Com certeza algo que não seja da sua conta! - A irmã de vocês também é chata assim?

—Vamos parar com isso, criancinhas! - Chegou meu irmão para completar minha infelicidade

—Você também tá curioso que eu sei! - aponta Kiara

—Conta de uma vez quem é a crush do Kion, Kiara! - Bunga cai de joelhos, implorando para que Kiara revelasse

—Posso falar, maninho? Antes que nosso amigo sofra um traumatismo craniano?? - brinca e começa a rir, se referindo a Bunga, que tomara um baque, por estar ajoelhado, quando o carro fez uma curva.

—Deixa de ser criança, Kiara! - Falo

O carro então estaciona, e saimos um a um do veículo. Por ironia do destino, quando é a vez de Kiara, ela pisa em uma casca de banana que sabe-se lá por qual motivo estava ali, naquele lugar, na frente da porta do carro, escorrega e cai sentada. Não consigo evitar uma série de risos descontrolados, pois a cena foi muito engraçada!

—Quebrou a padaria, amanhã não tem pão! - Bunga cantarola, como sempre, fazendo graça. O que me faz rir mais ainda.

Bunga é o meu melhor amigo desde a infância. Norma, a governanta do palácio costuma dizer que quando eu e ele nos juntamos, pode sair da frente, porque coisa boa não vai sair... Digamos que ela esteja 1% errada! Kkkkk

—Não tem graça, alguém me ajuda a levantar! - Kiara choraminga ainda caída no chão.

—Quer uma mãozinha? - Ouço uma voz familiar, e quando olho para ver quem era, me deparo com três pessoas... Vitani, Nuka e Kovu, o possível crush da minha irmã, e o mesmo que estendera a mão para ajudá-la a de levantar.

—Obrigada, Kovu! - Ela o agradece toda desengonçada após se levantar.

Se meus pais descobrem nossa amizade com os três, provavelmente não nos deixariam sair do palácio nunca mais, afinal eles são Os Exilados, e também filhos de Zira e Scar. Na verdade só o Nuka é filho legítimo, a Vi e o Kovu foram adotados. Após meu pai derrotar o Scar, Zira formou um grupo de rebeldes contra o reinado de meu pai, e como vingança, tentou matar Kopa, mas falhou! Às vezes eu me pergunto se eu seria mais feliz caso ela tivesse conseguido - penso enquanto encaro meu irmão esbarrando na Vi, e derrubando todo seu material escolar - Depois disso, meu pai os condenou ao Exílio, onde eles vivem desde então. Nenhum deles têm permissão para andar livremente pelo reino, mas meu pai acabou permitindo que os filhos deles, estudassem nos colégios do reino, mas sendo supervisionados por guardas o tempo todo. Por isso todos nós devemos ter cuidado, se os guardas nos pegam conversando com os três, contam aos nossos pais na hora, e com certeza meu pai os expulsaria da escola.

—Am... vamos indo - Kopa fala... aquele era nosso sinal secreto para avisar que os guardas estavam por perto. De imediato, Kiara, Kopa e eu nos arrumamos, juntamos os três e mudamos o rumo. Nuka, Vitani e Kovu fazem o mesmo, e os dois grupos se distanciam, como se fossem rivais.

A cena chegava a ser engraçada, já que estávamos todos indo à mesma sala. Acabamos fazendo curvas desnecessárias, e nos encontramos na aula. Logo no início, reparo na expressão que a professora faz quando nossos amigos entram... uma pena, por serem exilados, eles sofriam discriminação até mesmo de quem deveria garantir a igualdade naquele colégio. Nem nossos amigos mais próximos sabiam de nossa amizade, este era nosso grande segredo.

Kiara P.O.V

Era hora da maldita prova de história, como eu odeio essa matéria! Fiquei a noite toda estudando, espero que consiga uma boa nota.

A professora entrega as folhas e marca o tempo para fazermos o exame.

Vejo Kovu pegar o apontador emprestado de Vitani, e neste mesmo momento, a professora diz:

—Você aí - aponta a Kovu - Pode me entregar a prova!

—O que? Mas eu nem comecei! - Kovu protesta

—Eu vi você pegando cola da sua irmã - ela diz seca

—Mas eu peguei o apontador, meu lápis quebrou! - Tenta explicar mostrando um lápis pela metade, sem ponta.

—Me entregue a prova!! - Todos da sala davam risadinhas, o que já estava me tirando do sério!

—Tá olhando o que ô marginal? Perdeu os movimentos? ME ENTREGA A PROVA! - Ela grita

—Ele NÃO vai entregar merda nenhuma pra senhora! - Falo por impulso, causando um espanto na classe toda, principalmente em meus irmãos, que me olhavam com uma cara de "o que você está fazendo?"

—Como é, princesa Kiara? - Pergunta em tom de ameaça

—É injusto você tratar ele assim só por ser um exilado! - Kovu estava cabisbaixo, muito envergonhado pela humilhação que estava passando.

—Kiara, não precisa disso - Vitani tenta me calar, dizendo que estava tudo bem.

—Não, Vitani! Precisa sim! Alguém tem que dizer a verdade para esses racistas idiotas! - Vi Kion arregalar os olhos com tudo o que eu acabara de dizer. Kopa até fechou os olhos. Tiifu, Zuri e Fuli me olhavam sem entender o porquê eu defendia um exilado. Ono, Beshte e Bunga estavam de boca aberta, sem entender nada.

—Os dois - a professora aponta para mim e Kovu - para a diretoria, agora! Vou fazer o pedido de expulsão! - Espera... Ela vai fazer O QUE???


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Notas finais do capítulo

Esta é minha primeira história aqui no Nyah! Mas tenho outras no Spirit, espero que gostem! É uma versão humana de Rei Leão...



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