Oneshots Criminal Minds Parte 2 escrita por Any Sciuto


Capítulo 46
In Your Eyes I See Love.


Notas iniciais do capítulo

Spoilers para "Ashley"
Esse é o final que eu queria para o episódio.



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O pedido de casamento de Rossi estava finalmente pronto, mas tudo o que Luke podia ver era ela e em como Penelope parecia chateada.

Quando as portas do elevador se abriram, Rossi disse a frase que selaria mais um casamento ao velho perfilador.

— Ela disse sim! – Rossi gritou e levou Krystall para perto de todos.

Penelope estava feliz exteriormente, mas internamente, uma batalha de sentimentos a inundava.

Quando Kevin a pediu em casamento, quase nove anos atrás, ela poderia ter dito sim, mas ela disse não e selou sua solidão. Ela era apaixonada por Morgan e ela admitiu isso quando ele saiu.

Sair era a palavra. Sam também havia ido tão de repente quando entrou. E ela estava sozinha.

Quando Luke pediu para abraçar ela e seus olhos se cruzaram, ela queria apenas fugir. Então, ele a abraçou e deu um beijo em sua bochecha.

Terminada a comoção, Penelope saiu tão discretamente da comemoração, não querendo uma cena no que era a hora de Rossi.

O perfilador mais velho deve ter visto a jovem analista fugir porque ele rapidamente se desculpou com Krystall, indo para o escritório da garota.

— Vá. – Krystall também havia percebido. – Ela precisa de um pai agora.

Beijando a noiva, ele foi direto e bateu, esperando ser convidado para se retirar. De dentro, vinham pequenos sons de choro. Penelope chorando era coisa ruim.

— Penelope? – Ele abriu a porta. – Estou entrando.

— Sim senhor. – Ela tentou disfarçar as lágrimas. – Precisa de algo?

— Venha cá, Pen. – Ele a puxou para um abraço paternal. – Seja o que for que esteja acontecendo, eu sempre vou estar aqui.

Ela desabou em lágrimas. Rossi nunca a deixou. Ele precisava e queria que ela soubesse que ele sempre estaria aqui com ela.

— Acho que você não quer voltar para a festa. – Rossi a puxou para um canto para conversar. – Me conte, Garcia. Qual o problema?

— Eu estou sozinha. – Ela abaixou a cabeça. – E isso nunca mudará.

— Oh Pen. – Ele a trouxe para outro abraço. – Qualquer homem que tiver você com ele, seria um homem de sorte.

— Eu não quero qualquer homem. – Ela precisava deixar sair. – Eu o amo, Dave. Eu amo Luke, mas tenho medo de entregar meu coração e ele me rejeitar.

— Eu acho que vocês dois precisam resolver isso. – Rossi a segurava. – Antes que um de vocês se machuque.

— Já estou machucada. – Penelope suspirou. – E de qualquer forma, ele não me vê como nada além de uma amiga.

Luke ainda segurava seu drink. Sentado a sua mesa, ele precisava de todo o álcool que ele conseguisse. A troca simples de olhares entre ele e Penelope só aumentou a vontade que ele tinha por ela. Ele era um tolo, um idiota.

Colocando o ultimo gole, ele deixou a taça na mesa e se levantou. Isso acabou agora. Lisa era águas passadas. Ele diria o que sentia por Pen e seria agora.

Rossi finalmente conseguiu que Penelope se deitasse no sofá em seu escritório. Ela parecia incrivelmente cansanda depois de toda a emoção. Krystall ajudava Rossi a levar Penelope para lá.

Luke travou em seu caminho, vendo Pen lutando para ficar acordada. A obvia adrenalina baixando.

— E a levo. – Luke dispensou Krystall. – Para onde?

— Meu escritório. – Rossi disse. – Amor, pode abrir a porta?

— Claro. – Krystall estava preocupada com Penelope. – Ela vai ficar bem?

— Acho que a adrenalina está baixando rápido. – Luke respondeu. – Ela não parou desde a mensagem.

— Tire os sapatos dela e a deixe dormir aqui. – Rossi tirou um cobertor do armário. – Luke, eu ficaria, mas acho que você deveria estar aqui.

— Eu não sei. – Luke suspirou. – Ela não gosta muito de mim.

— Acho que você pode descobrir algo. – Rossi tocou o ombro dele. – Acredite em mim. Ela te ama, tanto quanto você a ela.

— Rossi, como você? – Ele viu o olhar de David. – Claro, perfiladores.

Quando a porta foi fechada, Luke se sentou ao lado dela. Suas mãos traçaram alguns cachos loiros e ele riu. Eles eram macios.

Todo o beijo que ele deu a ela, na bochecha voltou em sua mente e ele olhou direto para os lábios vermelhos dela. Ela parecia tão desapontada quando o beijo foi dado.

Ele a viu se mexer em seu sono e ele poderia dizer que era um pesadelo.

— Não. – Ela murmurou coisas incoerentes. – Não. Luke. Luke, eu não quero ficar...

Outros múrmuros e seu nome saíram dela. Ele não sabia se ele estava chocado por ela tendo pesadelos ou por ela o chamar quando os tinha. Quando ela se agitou um pouco mais, ele pegou a mão dela na sua. Estar na BAU, depois da meia-noite, segurando a mulher dos sonhos, seria estranho para qualquer um.

Mas Luke viu como algo poético. Ela adormeceu e se acalmou, finalmente. Mas o coração dele, se retorceu feito papel.

Ele havia pego no sono, era claro porque ele acordou no sofá. Ele não percebeu até que sentiu alguém se aproximar dele e então ele notou. Ele estava confortando Penelope depois de um outro pesadelo e então ele acabou dormindo.

A hora no relógio era poucos depois das sete da manhã. Ele nunca dormiu tão bem. Ele olhou para Penelope dormindo tão calma e serena, seus cabelos em uma nuvem bagunçada de fios, mas ainda sendo a garota mais linda, em seus braços e teve que reprimir à vontade tocar nela.

Rossi abriu a porta, surpreso por Luke estar em seu sofá com Penelope ainda. Deixando o lugar, Luke beijou Penelope na testa e saiu com Rossi.

— Então? – Rossi perguntou. – Acho que a noite foi boa.

— Não rolou nada. – E isso fez Luke triste. – Eu só a confortei.

— Leve-a para casa e cuide dela, Alvez. – Rossi sorriu. – Eu vou te ajudar a levar ela para o carro. Emily nos deu quatro dias de folga.

Luke não parava de olhar para Penelope, meio adormecida, meia acordada em seu banco do passageiro.

— Eu posso deixar você lá. – Luke tentou conversar. – Temos quatro dias de folga.

— Tudo bem. – Ela queria fugir de perto dele. – Eu vou estar sozinha do mesmo jeito. Você tem Lisa e Roxy. Não se preocupe.

— Já chega. – Luke parou em um estacionamento vazio. – Nós vamos conversar.

— Eu achei que você estava me levando para casa. – Pen deixou uma lágrima escapar. – Não estregue nossa amizade.

— Sinto muito se eu não te beijei corretamente. – Ele pegou o queixo dela suavemente. – Ou se eu não tive coragem o suficiente para dar o que você merece.

— Luke. – O nome dele escapou em um sussurro. – Não faça algo que vá se arrepender.

— Eu não. – Ele veio mais perto dela. – Eu vou fazer algo que eu quero há tempos.

Seus lábios se tocaram pela primeira vez. Penelope descobriu que era mais que um beijo ocasional, quando ele subiu em cima de suas pernas e começou a apertar seu abraço.

O beijo se tornou secundário e em poucos minutos eles estavam trocando caricias.

— Lisa. – Pen gritou. – Você ainda está com ela.

— Ela é apenas o passado, Pen. – Ele abriu o fecho do vestido dela. – Estou pronto para você.

Ele voltou para o banco do motorista e dirigiu para casa. Se houve algo de surpreendente em tudo isso, foi a velocidade que os sentimentos o atingiram.

Ele havia deixado os sentimentos abertos e estava finalmente pronto para namorar com Garcia.  


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