Oneshots Criminal Minds Parte 2 escrita por Any Sciuto


Capítulo 200
The Mysterious Murderer.


Notas iniciais do capítulo

Oneshot 200. Uma releitura de uma cena de The Blacklist



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A equipe estava atrás de um assassino que retalhava seus corpos em uma debulhadora de milho de fazenda, os transformando em pedaços de carne. Literalmente.

O caso tinha uma forte ligação com Penelope e Luke já que no momento nenhum dos dois estavam à vista. A vista de um corpo todo destroçado e outro corpo que não era de Pen ou Luke os deu uma pequena esperança de que ambos estavam bem.

Depois de fugir de um cara que tentava matar ele, Luke seguiu para a Union Station. Ele e uma bolsa misteriosa estavam se escondendo de um perigoso inimigo que ameaçava a vida dele e de Garcia.

Se fosse apenas sua vida ele estaria mais do que disposto a se entregar, mas a vida da mulher que ele amava também estava em perigo. Ele não iria desistir tão fácil.

— Luke Alvez por favor, atenda o telefone de cortesia. – O alto falante indicou. – Luke Alvez o telefone de cortesia.

Luke colocou o boné e os óculos e atendeu o telefone.

— Por favor pense no que vai fazer. – A voz de Raymond Reddington soou pelo telefone. – Eu não estou te ameaçando, mas esse homem que está atrás de você é perigoso demais.

— Eu preciso fazer isso, senhor Reddington. – Luke fez uma pausa. – Por mim, mas por Penelope também e você sabe bem que eu não desisto de nada se for por Penelope.

— Quer mesmo arriscar sua vida assim? – Red falou. – Ou a vida de Penelope no processo?

— Eu vou decidir depois. – Luke desligou o telefone e no processo, roubou uma mala de um passageiro, colocando um par de óculos para disfarçar.

Penelope estava segura com Spencer em um lugar que ninguém da equipe sabia apesar de ele confiar em todo mundo.

— Pode me buscar uma xicara de café? – Penelope pediu. – Estou com sede.

— Claro. – Spencer olhou em volta. – Eu volto já.

Penelope observou Reid desaparecer na cozinha e aproveitou o tempo para correr e sair por trás. Ela roubou um carro fazendo ligação direta antes mesmo que Spencer deduzisse onde ela foi.

Ele pegou o próprio carro, mas ele sabia que sendo um hacker antigamente, ela seria difícil de encontrar.

Ele voltou para a sede da BAU em busca de ajuda dos amigos.

Penelope abandonou o carro na esquina do apartamento onde dividia com Luke. Ela teve seus dotes de contra vigilância e subiu até o apartamento, esperando ver Luke a esperando, pronto para fugir.

Entrando no apartamento, Penelope percebeu que havia música tocando no lugar e não do tipo que Luke gostava de ouvir. Era muito mais dela do que ele.

— Então a esposa chega. – Um homem saiu da despensa da casa. – Por favor, colabore comigo.

Fazendo sinal para dois homens, Ele a encarou o tempo todo, tomando uma cerveja.

— Por favor, não faça isso. – Penelope o viu vindo em sua direção. – O que você quer de mim?

— De você princesa eu não quero nada. – Ele beijou seu cabelo. – Mas se você cooperar comigo, nós podemos ter um bom momento. Na cadeira.

Penelope olhou para Luke já amarrado na cadeira com fitas adesivas em seus braços e boca. Ela sabia que as coisas ficariam complicadas agora.

— Muito bem, o casal feliz está aqui. – Ele pegou outra mecha de cabelo de Penelope e cheirou. – Agora eu vejo o que você vê nela.

Luke se debateu na cadeira, tentando de tudo para se libertar e libertar Penelope do inferno que ambos estavam passando.

Penelope não sabia o porquê tudo estava acontecendo, mas ela estava com medo por ela e por Luke.

— Muito bem, senhor Alvez. – O homem misterioso falou. – Ou deveria te chamar de Agente Alvez.

Arrancando a fita de Luke, ele riu do gemido de dor que Luke sentiu.

— Seu filho da puta! – Luke gritou. – Deixe-a ir por favor. Isso é comigo, não com ela.

— Isso é com você dois. – Ele deu um tapa em Penelope. – Como isso se sente para você?

— Gosta de bater em mulher? – Luke berrou a plenos pulmões. – Isso te faz macho.

O homem chegou perto de Luke e começou a bater nele mal recebendo uma reação do agente.

— Filho de uma puta. – Luke viu quando ele socou a cara de Penelope. – Pare com isso.

Penelope começou a sentir o sangue escorrendo pelo rosto e seus sentidos estavam desligando.

— Penelope, você precisa ficar acordada. – Luke implorou antes de ver os olhos de Penelope se fecharem e Luke ficou irritado. – Agora chega.

O homem voltou e cortou as cordas de Penelope e começou a bater a cabeça dela no chão do apartamento.

Luke foi desamarrado e ficou deitado, recebendo facada após facada. Cada segundo ele olhava para Penelope, completamente desacordada e cheia de sangue.

Emily correu para cima de seu escritório, procurando por Rossi com uma provável pista.

— Eu acho que eles estão no apartamento deles. – Emily viu o agente sair pegando as chaves. – Luke comprou duas passagens para o voo para o Rio de Janeiro em nome dele e de Penelope, mas eles não pegaram o voo.

— Acha que eles estão em problemas? – Rossi olhou para uma foto de Penelope e Luke no noivado dos dois. – Precisamos chegar rápido.

JJ e Reid correram para baixo, ansiosos para trazer Pen e Luke em segurança.

— Eu achei o que estamos procurando. – Um dos capangas levantou a bolsa. – No quarto do bebê que eles não tem.

— Então, acho que vocês podem se livrar deles. – O homem limpou o sangue da mão. – Eu vou estar a caminho de um lugar ensolarado.

Depois que o homem saiu, os capangas ligaram o som e começaram a pegar plástico filme e tentaram sufocar Penelope.

Luke, no entanto, não se renderia fácil mesmo com seis facadas no corpo, ele levantou e começou a bater nos capangas. Jogando um dos homens na parede, ele olhou para uma Penelope muito apagada no chão e sua raiva aumentou.

Reddington e Dembe entraram atirando e Luke caiu no chão, ao lado de Pen.

— Precisamos levar ela para o hospital. – Reddington falou. – E Luke também.

— Eles não vão sobreviver. – Dembe tentou alertar, com medo do destino do jovem casal.

— Precisamos levar eles para o hospital. – Red insistiu. – Ligue para Emily.

Colocando ambos os jovens no carro, Reddington ficou ao lado de Penelope. Ele nunca iria dizer, mas ele conheceu os pais da jovem e até mesmo ajudou a pagar os enterros de ambos.

— Ei. – Luke gemeu um pouco. – Você é tão linda. A mais linda.

— Luke. – Penelope abriu um pouco os olhos.

— Penelope? – Luke gemeu, a dor insuportável.

— Você precisa ficar acordada. – Luke implorou. – Você precisa resistir.

— Eu não posso. – Ela piscou lentamente.

— Quanto tempo? – Red perguntou, ansioso por chegar.

— Dois minutos, talvez menos. – Dembe respondeu.

— Você ouviu? – Luke perguntou. – Eu não posso viver sem você.

No outro carro, fornecendo uma escolta para Dembe e Red, Emily olhou com dificuldade. Rossi dirigia enquanto ela pedia por reforços.

— Aqui é a agente Especial Emily Prentiss. – Ela começou pelo rádio. – Nós temos dois agentes para baixo. Precisamos de escolta de emergência até o hospital. É uma situação de vida e morte.

Quando Penelope deu entrada, carregada por Reddington e Luke carregado por Dembe, amos os homens se sentaram no carro, esperando boas notícias.

Penelope foi rolada com rapidez na sua maca até a sala de emergência um enquanto Luke foi para sala de emergência dois. Eles estavam lado a lado

— Eu preciso de uma ampola de Epinefrina agora. – Um dos médicos começou a examinar Luke, rasgando sua camiseta. – Precisamos fazer uma punção e sugar todo o sangue.

— Chame o pessoal da tomografia. – Outro começou a verificar Penelope. – Eu quero eliminar hematoma subdural.

— Ela precisa de uma cirurgia agora. – Uma enfermeira correu.

— Onde diabos está o neurocirurgião? – Outro gritou. – Se não abrirmos em dez minutos, ela morre.

— Estão tirando ele da sala agora. – Uma enfermeira jogou um tubo endotraqueal para o médico. – Quatro minutos.

— Pode me ouvir? – O médico que cuidava de Luke tentou acordar o agente. – Pode me ouvir?

Emily abriu a porta do hospital e olhou para um Raymond muito mais do que abalado e entrou. JJ, Reid, Rossi, Matt e Tara entraram correndo em busca de seus amigos mais próximos.

JJ não conseguia parar de chorar quando encontrou Penelope já ligada a um monitor cardíaco e em suporte de vida. Luke havia ido para a cirurgia, mas era menos crítico que Penelope.

Quando o médico colocou o aparelho para abrir o crânio de Garcia, a equipe precisou segurar Emily para que a chefe não se metesse em problemas que impediriam Penelope ser salva.

JJ era uma bagunça emocional e se virou para os braços de Will quando ele chegou. Ele estava também se poder falar.

Tara abraçou Emily e se permitiu quebrar. Matt consolava Reid e era consolado por Rossi.

— Devemos chamar Derek? – A voz ainda machucada de JJ. – Ele merece saber.

— Sim, mas vamos esperar um tempo. – Emily se sentiu completamente entorpecida. – Nós vamos esperar aqui e então, mesmo que a gente seja demitido vamos pegar esse filho da puta e fazer carne moída dele.

Sentada em uma cadeira, ela sentiu uma presença conhecida e se virou para os braços.

— Obrigado por vir. – Emily se agarrou a Hotch. – Eu não aguento mais isso, Aaron. Eu não aguento mais isso.

— Está tudo bem, meu amor. – Ele beijou seu cabelo. – Eles vão ficar bem. Vamos pegar esse cara e fazer ele pagar.

Um médico se aproximou da equipe e todos estavam preparados para todos os tipos de notícia.

— O agente Alvez vai se recuperar. – Ele tinha um ar de distância nos olhos. – Ele está na UTI, mas ele vai se recuperar. Não deve ficar com sequelas.

— E a agente Penelope Alvez? – JJ quase queria uma notícia boa. – Alguma notícia sobre ela?

— Pelo que eu saiba a senhora Alvez está na neurologia ainda então eu vou falar com o Doutor De La Rosa.

O médico saiu, mas precisou se sentar quando sentiu o tamanho do fardo que estava lidando. Ele estava nervoso pelos ferimentos de Luke, nervoso por Penelope estar quase em coma e pelo expediente que fez, mas do último ele agradeceu.

O doutor De La Rosa viu a equipe, abraçada uns aos outros e sabia que a notícia a seguir os faria questionar sua fé. Todo mundo fazia. Até mesmo ele.

— Vocês estão aqui para a senhorita Alvez? – Ele perguntou, mesmo sabendo a resposta. – Quem aqui é parente mais próximo dela?

— Isso seria eu. – Derek passou por todos. – Depois de Luke eu sou a pessoa que ela confiaria sua própria vida.

— Certo, eu posso informar a todos? – Ele viu Derek acenar positivamente. – Bem, a senhorita Alvez teve um hematoma subdural e entrou em coma. Ela será levada para a UTI e será mantida até que fizermos exames para determinar se ela tem alguma atividade cerebral, que será testada semanalmente.

Diferentes sentimentos passaram por todos, apesar do sentimento de raiva ser o constante.

Derek recebeu uma ligação de Emily pedindo, quase implorando que viesse ao hospital. Ele se sentou e esperou que aquilo tudo fosse uma brincadeira.

Foi uma semana horrível para todos. Reddington se perguntava se ele tivesse chegado dez minutos mais cedo se ele teria evitado isso.

— Você não pode se culpar, Raymond. – Dembe disse. – Mas precisa tirar um tempo antes de ir procurar o homem que fez isso.

Ele sabia que o amigo tinha razão, então ele tirou uma semana longe de tudo, mas o mais longe que ele conseguiu foi o quarto de Penelope. Ele viu o homem negro na ponta da cama dela e sorriu.

— Sinto muito. – Ele se desculpou. – Eu não sabia que havia alguém aqui.

— Raymond, certo? – Derek se levantou. – Você salvou a Pen e o Luke. Eu nem posso dizer o quanto estou grato por isso.

— Não foi nada demais. – Ele garantiu de volta. – Eu só queria ter chegado alguns minutos antes.

— Bem, você salvou a vida dos dois. – Morgan deu um beijo na testa de Pen. – Você pode ficar alguns minutos com ela? Eu preciso ligar para minha esposa.

— Claro. – Reddington se sentou na cadeira ao lado de Penelope. – Eu estava planejando ficar um pouco aqui.

— Então eu vou ver o Luke. – Derek viu um aceno de Reddington.

Ele saiu do quarto, deixando sua Baby Girl. Ele sabia que o homem ao lado dela iria cuidar dela bem.

Entrando no quarto de Luke ele olhou para o homem na cama que acordou.

— Como você se sente, Alvez? – Derek perguntou. – Você precisa de algo?

— Preciso sair dessa cama maldita. – Ele tentou tirar em vão o soro. – E eu preciso chegar a Penelope.

— Eu sei que você precisa ver ela, mas ela ainda está em coma. – Derek chegou perto dele. – Eu vou ver com o médico.

— Obrigado. – Luke ficou sozinho no quarto.

Olhando para a foto de seu casamento, ele começou a chorar sem parar. Ele mexeu em coisas que nunca deveria ter mexido. Ele descobriu um segredo do fugitivo mais procurado dos estados unidos e mexeu nele.

— Está tudo bem, senhor Alvez? – O médico viu que ele estava chorando. – Alguma dor?

— Eu estou preocupado com minha esposa. – Luke resolveu ser franco. – Eu não a vi em alguns dias.

— Bem, eu vim para levar você para ver ela. – O médico pediu a ajuda de Derek. – Pode me ajudar, senhor Morgan?

— Claro. – Ele colocou Luke nos braços e o colocou na cadeira de rodas. – Hora de ver sua esposa.

Ele sorriu, mas era um sorriso triste. Eles chegaram e viram Emily sentada com Pen.

— Raymond me disse para lhe dar isso. – Ela passou um papel para Luke. – Estarei lá fora.

Abrindo o papel, ele leu. “ Mesmo que você tenha entrado em coisas que seus olhos não deveriam ver, eu perdoo você. Eu vou achar o homem que machucou Penelope e vou matar ele. Eu prometo. ”

Luke suspirou e se voltou para a mulher na cama, sua esposa.

— Eu preciso de você de volta. – Ele pegou a mão de Pen na sua. – Eu preciso daqueles filhos que a gente planejou. Nossos filhos perfeitos.

Ele foi obrigado a voltar para o quarto. Suas marcas de facada ainda curavam e só haviam se passado uma semana desde tudo aquilo.

Reddington começou a buscar pelo responsável por machucar Penelope.

A primeira parada foi no sindicado Nash. Cobrando seus favores, ele descobriu o primeiro nome. Ian Gravey. Por um acaso o homem era policial e ele precisou de muito planejamento para pegar o homem sem levantar suspeitas.

Ele recrutou um amigo Glenn que trabalhava no Detran e o atraiu para uma reunião secreta, sua marca registrada.

— Como vai, Ian? – Reddington apareceu na frente do homem. – Eu tenho milhares de coisas para fazer, como visitar a mulher que você colocou na UTI.

— Eu não faço idéia do que você está falando. – Ian se defendeu. – Eu não coloquei ninguém na UTI, eu tiro elas de lá.

— Isso é verdade? – Raymond mostrou uma foto de Penelope. – Essa mulher está na UTI há quase uma semana em coma e pode não sair de lá por sua causa e por causa de uma mala. Uma mala que não lhe pertence.

— Essa mal você quer. – Ian começou a rir. – Que tal começarmos e fazermos um acordo?

— Eu vou fazer um acordo. – Raymond puxou uma cadeira na frente do homem. – Se Penelope morrer, não importa se é daqui a uma semana ou um ano, eu vou te encontrar e te matar. – Ele encarou ainda mais Ian. – E torça para o agente Alvez se recuperar também.

Ian engoliu em seco. Red sempre cumpria as palavras e ameaças. Ele colocou uma escuta no telefone em forma de chip de telefone com a ajuda de Aram e se sentou no banco.

Ele viu Garvey entrando no carro e ativou a bomba debaixo do banco. O carro explodiu, mas Ian por algum motivo havia saído do carro pela outra porta e fugiu.

Aquele homem estava dando nos nervos de Reddington.

Conforme os dias iam passando, Luke foi melhorando enquanto Penelope ficou em coma e no mesmo estado.

— Eu tenho boas notícias. – O doutor De La Rosa disse. – Os exames mais recentes de Penelope mostram uma melhora significativa e ela não tem morte cerebral. Apesar de tudo, não temos uma data ou algo para determinar quando e se ela vai acordar.

Sentados na cantina, o restante da equipe ainda digeria a notícia.  Derek e Savannah se mudaram temporariamente para Washington com seu filho.

Savannah havia pedido uma transferência temporária para o hospital onde Penelope estava internada para cuidar da mulher que ainda era a melhor madrinha que Hank poderia ter.

Derek se sentia impotente para descobrir quem atacou Pen e Luke.

Se passaram dois meses, sem sinal de melhora para Penelope. Seus sinais eram consideravelmente melhores, mas ela não acordava.

Luke se afastou do serviço. Ele ainda precisava fazer fisioterapia por causa das sequelas das facadas. Ele se sentava com Penelope todos os dias e ia para casa todas as noites com Derek o cuidando.

— Ela queria filhos. – Luke falou entre mordidas. – Estávamos planejando ter bebês juntos, talvez uma menina.

— Vocês vão ter chance de ter ainda. – Morgan o tranquilizou. – Penelope é uma das melhores lutadoras dessa vida. Ela levou um tiro há alguns anos e uma semana depois ela estava querendo sair do hospital.

Luke suspirou. Rossi estava no hospital naquela noite. Ele e Reddington entraram em uma rotina juntos. Secretamente procurando o paradeiro de Ian Garvey e correndo para pegar o homem.

No terceiro mês, um susto deixou todos nervosos. O monitor cardíaco de Penelope começou a se descontrolar e Luke desejava que fosse um sinal de que ela poderia estar acordando.

Mas era apenas a pressão que baixou um pouco. Eles buscaram uma causa para aquilo e então tiveram uma surpresa. Havia sangue pelo coberto de Penelope. Ela teve um aborto espontâneo e Luke sentiu seu mundo quebrar ainda mais. Aquilo era demais para ele.

No quarto mês, a equipe finalmente descobriu onde Garvey estava escondido e com ajuda de Ressler, Lizzie e Navabi eles conseguiram prender Garvey sem resistência.

Ele apenas disse quatro palavras no interrogatório.

— Eu quero um advogado. – Ele se fechou depois daquilo.

Eles encontraram as digitais dele na faca que esfaqueou Luke e foi o suficiente para prender ele por duas tentativas de assassinato de dois agentes federais.

Porém, Penelope ficou na mesma, mas com uma melhora significativa. Foram administradas drogas que limparam seu útero de forma natural. Apesar disso, ela poderia ter filhos.

O quinto mês era o começo do inverno e perto do natal. O presente que Luke queria era que sua esposa acordasse, mas ela não acordou.

Ele passou o natal no hospital, assim como toda a equipe. Eles fizeram preces e cantos para que Penelope voltasse logo.

Emily e Hotch estavam noivos, mas tinham medo de compartilhar sem a presença de Pen, então no ano novo, todos reunidos no hospital, eles anunciaram. Emily pegou a mão da amiga e sentiu um leve apertar, mas o médico disse que provavelmente era sua imaginação.

Poderia ser apenas sua imaginação, mas ela sabia que Penelope estaria voltando.

Luke precisou voltar para o trabalho, Garvey foi condenado à morte por injeção letal. Na meia noite do começo do sexto mês ele foi executado.

Mas apesar de tentar trazer uma sensação de alivio, isso só trouxe mais dúvidas se sua esposa iria acordar. O prazo de um ano chegando e ele não queria precisar escolher desligar os aparelhos dela.

No sétimo mês, Reid conseguira uma namorada. Abby foi com ele em uma das visitas a Penelope e percebeu que a medicação estava trocada. Como cientista forense, ela tinha um pouco de conhecimento e com a ajuda de Ducky, eles conseguiram que o remédio fosse trocado.

Os resultados demorariam três meses para serem vistos, mas todos estavam ansiosos para que isso acontecesse.

O oitavo mês chegou e Savannah se transferiu definitivamente para Washington. Ela e Derek compraram uma casa perto do hospital e Hank podia visitar Penelope todo o tempo.

Os irmãos de Pen também vieram e a visitaram finalmente. A irmã e mãe de Morgan, a mãe de Luke, a avó dele também.

Ele nunca a abandonou. Eles quase a perderam quatro vezes naquele tempo, mas eles lutavam incansáveis.

No nono mês, a notícia mais esperava chegou.

— Os novos exames de Penelope mostram que a taxa de consciência dela está maior a cada dia. – O médico mesmo suspirou aliviado. – Eu acho que ela pode acordar ainda no mês que vem.

Derek rezava para que isso finalmente acontecesse. Ela foi levada para uma clínica privada, com aspecto de sua casa, suas coisas espalhadas.

Então eles estavam no décimo mês.

Luke estava lendo um poema. Quase no final do livro que Reddington havia conseguido para ele.

— Eu agradeço a os deuses pela minha alma inquebrável. – Luke sempre lia alto. – Sou o senhor do meu destino. Sou o capitão da minha alma.

Ele não percebeu Penelope finalmente acordando. Ele estava perdido nos pensamentos quando sentiu uma mão em seu ombro.

Penelope não sabia onde ela estava naquele momento. Ela sabia que não podia falar ou qualquer outro som. Ela parecia estar em um tipo de quarto de UTI privada.

Luke se virou, com medo do que lhe tocou e seus olhos começaram a encher de água até o segundo que ele pegou a mão dela e a beijou.

— Oh meu deus. – Ele literalmente gritou. – Penelope. Penelope, você está acordada. A equipe ficará tão feliz por isso.

Ela fez o movimento de uma caneta e Luke tentou por alguns segundos entender.

— Oh, claro. – Ele pegou a prancheta e a caneta que estavam ali para esse caso.

— Quanto tempo? – Ela escreveu, claramente se lembrando de ser atacada.

Luke parecia diferente para ela e ele não a culpou.

— Quase um ano. – Ele engoliu em seco ao ver o olhar de tristeza dela. – Dez meses.

— Você está bem? – Ela escreveu e Luke começou a chorar de novo.

— Eu passei quase dois meses internado, mas estou curado. – Ele a protegeu em seu abraço quando ela começou a chorar.

Emily entrou no quarto, largando a comida que trouxe e começando a chorar. Quando Hotch correu para ela, ele finalmente notou o motivo de ela ter gritado.

Penelope olhou para os dois e tentou dar um sorriso impossível com aquele tubo na garganta.

— Penelope. – Emily abraçou a amiga com cuidado. – Você finalmente acorda. Eu estava com tanto medo. Hotch, chame o médico.

— Sim. – Ele praticamente voou do quarto, assuntando JJ no corredor.

— Penelope! – A agente loira começou a chorar de felicidade. – Eu não consigo acreditar que você finalmente acordou.

— Eu preciso de licença. – O médico entrou com enfermeiras atrás dele. – Todos para fora.

Penelope pegou a mão de Luke e não queria soltar ele. Ela precisava dele.

— Eu posso ficar? – Luke perguntou, quase envergonhado. – Pode deixar ela calma.

— Certo. – O médico viu Penelope relaxar com Luke. – Senhora Alvez, eu vou querer retirar esse tubo. Vai ser doloroso, mas podemos te dar morfina logo em seguida.

Penelope acenou com a cabeça e sentiu Luke atrás dela, a confortando com todo o amor possível.

— Certo no três. – Ele pegou o aparelho e suspirou. Era a pior parte sempre. – 1, 2,3.

Penelope sentiu seus pulmões sugar ar que ela nem sabia que sentia falta e então uma máscara de respiração foi colocada sobre ela e um pouco de morfina administrada em sua IV a fez relaxar.

— Certo, eu vou poupar vocês de todos os jargões. – Ele se sentou. – Ela precisa ficar o mais quieta por enquanto. A garganta dela está parada há meses e ela vai precisar de fisioterapia e muita paciência.

— Mas ela recuperou a consciência. – Luke ofereceu. – Quero dizer, ela acordou, quer falar, mas não pode.

— Agente Alvez, vamos com cuidado, sim? – Ele recebeu um aceno do agente. – Certo, vamos começar uma nova IV hoje com alimentação na veia e nutrientes. Vamos fazer testes de memória e ver se ela consegue reconhecer coisas e pessoas, eventos recentes e passados.

Eles viram o médico partir e voltar quatro horas depois quando apenas olhares eram trocados entre Pen e Luke, uma clara indicação que ela reconhecia o marido.

— Certo, senhorita Garcia. – Ele jogou de propósito.

— Alvez. – A voz rouca dela foi ouvida. – Eu sou casado com Luke Alvez, trabalho para a unidade de analise comportamental do FBI como analista técnica. Tenho uma chefe chamada Emily, colegas chamados Matt Simmons, Tara Lewis, Jennifer Jareau, Spencer Reid, David Rossi e Luke Alvez.

— Eu diria que você se lembra de tudo então? – Ele a viu olhar para Emily. – O que foi?

— Emily e Hotch estão noivos. – Ela viu os rostos chocados de seus amigos.

— Você estava em coma. – Emily quase teve um ataque do coração. – Como poderia saber?

— Dizem que as pessoas em coma podem ouvir. – Reid explicou e todos o olharam. – E depois poucos lembram dessas coisas.

— Eu sei que você tem uma namorada chamada Abby que ajudou a trocar um remédio. – Ela viu todos terem lágrimas nos olhos. – E você estava chorando, dizendo que queria que eu voltasse.

Ela falou diretamente para Tara que se sentou, sem palavras.

Reddington observava de longe, sorrindo para a recuperação de Penelope.

Os dias foram passando e Penelope se recuperou cada vez mais. Em menos de um mês ela foi liberada para ir para casa, com a supervisão de um médico e sessões de fisioterapia.

Os meses se passaram e ela começou a dar seus primeiros passos. Luke estava orgulhoso dela e a ajudou a caminhar de novo, aprender a digitar e ela voltou ainda melhor.

A primeira noite de amor dos dois foi com muita paixão, quase seis meses depois. Eles começaram com uma comida, boa música, suco de uva e terminaram fazendo amor como se fosse a primeira vez.

— Eu os declaro marido e mulher. – O padre que casava Hotch e Emily declarou. – Pode beijar a noiva.

Hotch puxou Emily para seus braços a luz do pôr do sol da casa de Rossi e a beijou.

Luke segurou a mão de Pen. Nunca a deixando ir. Ela não queria comer quase nada e Luke entrou em pânico.

— Pen, o que há de errado? – Ele perguntou a ela. – Onde dói?

— Me estomago. – Ela gemeu quando Luke tocou lá. – O que está havendo comigo?

— Eu não sei, mas estou te levando para a emergência. – Ele a puxou para os braços, atraindo a equipe. – Ela não está se sentindo bem.

— Vamos eu levo vocês. – Rossi precisava disso para a própria sanidade. – Venha Kitten, você precisa de um médico e agora.

Eles deram entrada no PS, correndo para uma maca que vinha na direção deles. Colocando Pen nela, Luke segurou a mão dela.

— Nós vamos fazer alguns exames. – O médico viu a preocupação do agente e sabia que Pen ficou quase um ano em coma. – Onde dói mais?

— Meu estomago. – Penelope gemeu ao toque. – Faz dois dias.

— Quando foi a data de sua última menstruação? – Ele a viu em choque. – O que?

— Dois meses atrás. – Ela se sentiu doente e vomitou num pote que foi colocada embaixo dela em segundos. – Sinto muito.

— Tudo bem. – Ele sorriu em reconhecimento. – Eu vou pedir um ultrassom, exame de sangue e de urina, só para confirmar.

Todos se sentaram esperando os resultados e Luke nunca a deixou sozinha no quarto do hospital.

— Vai ficar tudo bem. – Luke beijou seu cabelo. – Eu sei que vai.

Uma hora se passou e Penelope estava nervosa a dor finalmente foi embora.

— Desculpe a demora. – Ele entrou com uma máquina de ultrassom. – Mas eu conferi seu exame mais do que geralmente faríamos. Descobrimos a causa de seu mal-estar. Você está com dois meses de gravidez.

Penelope começou a chorar de emoção quando descobriu e logo o médico ligou a máquina de ultrassom e o pequeno bebê apareceu. O médico franziu a testa.

— Bem, isso é inesperado. – Ele tinha um sorriso grande. – Você não tem apenas um bebê. Na verdade, são três.

Penelope começou a chorar, feliz pela notícia extraordinária que recebera. Parecia que o destino estava recompensando ela e Luke.

Quando a equipe entrou, eles ficaram ansiosos.

— Bem, descobrimos porque Penelope está doente. – Luke sorriu como se tivesse comido um saco de balas. – Nós descobrimos que ela está grávida. – Ele viu os rostos medrosos se transformarem em felizes. – De trigêmeos.

As meninas gritaram felizes e os rapazes riram e felicitaram Luke. Aparentemente ele era um caso raro.

A medida que a gravidez de Penelope avançava os cuidados eram redobrados com a mamãe e os bebês. No final do sétimo mês ela parecia ter engolido uma daquelas bolas gigantes de praia, mas se sentia uma mulher feliz. Ela usava uma cadeira de rodas para minimizar os danos a coluna.

Penelope sentia cólicas em seu ventre e sentiu sua água quebrar no meio da reunião de briefing, mas ninguém estava realmente chateado por isso.

Ela não podia ter os filhos pelo método natural devido as lesões então foi feita uma cesárea de emergência.

Quando o primeiro choro foi ouvido, ela esqueceu de todos os problemas anteriores. O bebê em seus braços precisava dela.

— Parabéns. – O médico sorriu. – É uma garotinha.

Ela viu Luke as fotografando e sorriu. A menina deu o que era uma versão de sorriso e então ela ouviu um segundo choro.

O pacote era azul e ela quase adivinhou.

— Parabéns, é um menino. – O médico sorriu. – Está pronta para o bebê número três?

— Minha vida toda. – Penelope logo ouviu o terceiro choro.

— Parabéns. – Ele entregou o pacote cor de rosa. – É uma menina.

— Duas meninas E um menino. – Penelope sorriu. – Eles são perfeitos.

Luke so podia concordar. Sua esposa lhe deu a maior felicidade de sua vida. A equipe se amontou na maternidade para fotografar os herdeiros de Penelope.

Uma das meninas se chamou Barbara Alvez, em homenagem a mãe de Penelope. O menino se chamou Steve Spencer Garcia-Alvez. A última menina se chamou Jennifer Emily em homenagem as duas colegas de Penelope.

Eles foram muito felizes. Penelope voltou a toda para seu passatempo favorito que era pegar bandidos enquanto cuidava de seus filhos.

Logo Emily e Hotch também tiveram um bebê chamado Willian e Reid e Abby também tiveram um filho a quem eles chamaram de Clayton em homenagem ao amigo de Abby que fora assassinado.

Todos foram muito felizes em todo o resto de seus dias.

Ian queimou no inferno, como era merecido e Reddington finalmente contou a Elizabeth sobre seu segredo.


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