Logo depois de matar Prentiss com uma madeira Doyle fugiu do galpão, sabendo que sua melhor chance de encontrar Declan havia escorrido com sangue.

Ele precisava encontrar o filho e isso era uma coisa que ele nunca deixaria incompleto. Pegando os perfis da equipe de Emily, ele parou quando o de Penelope Garcia apareceu.

A jovem e doce Penelope era tudo o que ele precisaria para encontrar o filho. Duas semanas se passaram e ele começou a ficar atraído pela loira exuberante.

— Como você planeja sequestrar uma agente do governo? – Seu capanga perguntou. – Ela deve ter uma arma, sabe?

— Penelope Garcia não usa armas. – Doyle se virou. – E um pouco do meu açúcar mágico pode fazer todo o trabalho.

— E como planeja fazer isso? – Ele olhou para fotos de Penelope. – Ela é muito linda.

— Sim, e depois de me ajudar a encontra Declan, ela pode ser minha refeição. – Doyle riu. – Fora do meu perfil. Eles nunca descobrirão que sou eu.

Eles se sentaram e começaram a formular um plano. Penelope seria dele logo e ele estava pronto.

Garcia pediu o primeiro café de seu almoço. Depois de terminar com Kevin e ter uma noite de amor com Derek, eles quase não se falaram. Ela sentia a falta de seu amigo.

— Aqui. – A garçonete colocou outro café. – Do homem ali ao lado.

Um homem de óculos escuros e cabelos compridos levantou a própria taça e Penelope achou que era uma desfeita não aceitar. Então ela bebeu e decidiu voltar para a BAU.

Ela chegou no carro e se sentou, sentindo as forças acabarem logo quando tentou se mover. Ela olhou para a janela e viu Doyle rir para ela. Seu coração começou a bater, em pânico. Ela fechou os olhos desejando que Derek estivesse com ela.

Doyle pegou o corpo inconsciente de Penelope e a levou para o carro.

Foram quase duas horas que a equipe, ou o que restou dela descobriram sobre o sequestro de Penelope. Derek pediu para não participar e Rossi sabia o porquê. O homem negro e a analista peculiar estavam namorando ou tiveram algo e ainda estavam tentando decidir como seguir em frente.

Parando na frente do escritório de Garcia, Derek entrou e se sentou na sua cadeira, tentando fazer com que o computador falasse com ele magicamente.

Mas ele a deixou sozinha com um maluco. Rossi entrou e Derek sabia sem uma palavra.

— Ele voltou, não é? -  Derek jogou uma caneta no chão. – Doyle tem Penelope e Emily está morta. Ele vai matar ela também.

— Você precisa se acalmar. – Rossi forçou Derek a olhar para ele. – Eu estou tão assustado quanto você.

JJ correu pelos escritórios da BAU em fúria e se encontrou com Erin Strauss e Aaron Hotchner.

— Tem certeza agente Jareau? – Erin a olhou. – Vocês podem encontrar Garcia sozinhos.

— Com todo o respeito senhora. – JJ desdenhou. – Emily tem uma relação de irmã com Pen e ela insistiu em estar aqui.  

Emily entrou no prédio da BAU com uma missão: encontrar sua amiga. Ela alugou o primeiro jato e veio de volta. Ela explicaria depois. Primeiro de tudo, Penelope.

Garcia piscou e tentou encontrar foco, mas sem seus óculos parecia difícil.

A visão de Ian Doyle entrou na sua e ela sabia que estava em perigo quando seus braços não estavam soltos.

— Olá pequena senhora. – Doyle arrumou o cabelo de Pen sensualmente. – Eu esperei tanto pelo nosso encontro.

— O que quer de mim? – Penelope afastou o rosto de Doyle. – Eu não posso te ajudar.

— Mas você vai. – Ele arrastou um dedo por seus seios e por debaixo do decote dela. – Você com certeza está bem equipada, Penelope.

— Tire esse dedo imundo de mim. – Penelope estava irritada agora. – Ou eu juro que vou fazer você engolir ele depois de eu estar livre.

Doyle deu um soco em Penelope e saiu do local. Ele mal sabia do exército que estava vindo até ele.

— Três atrás eu fiz uma decisão que alterou o modo que nós vivemos. – Hotch começou. – Mas Penelope sendo sequestrada e Doyle agindo rápido eu não tive outra opção agora.

Todos se perguntavam o que estava acontecendo afinal.

— Como todos sabem, Prentiss foi ferida gravemente e morreu na cirurgia. – Hotch engoliu em seco. – Ela perdeu muito sangue, mas eles conseguiram estabiliza-la. Ela foi colocada na UTI sob um nome falso e remanejada onde ficou sob um nome falso.

— Ela está viva? – Reid perguntou. – Emily está viva?

— Como eu disse, eu assumo todos os xingamentos. – Hotch olhou para Derek. – O que precisamos agora, é encontrar Penelope.

Emily apareceu na porta da sala, apenas tentando manter uma distância segura.

— Podemos pular a parte ”Por que você fingiu sua morte” e ir direto para encontrar Penelope? – Emily perguntou. – Doyle ameaçou Penelope no nosso primeiro reencontro e eu explicarei tudo. Depois.

Eles se ajeitaram e começaram a procurar Penelope em círculos de Doyle. Emily finalmente encontrou um deposito com a ajuda de Kevin que contou a ela que ele e Penelope terminaram.

Emily olhou para Derek com o endereço do lugar e pediu por uma pequena trégua.

Penelope tentou manter os olhos abertos, mas no sexto soco, seu corpo decidiu apagar por algumas horas. Doyle derrubou Pen no chão, o que lhe rendeu uma concussão.

Três SUV'S pararam na entrada do prédio e Derek sabia que acabara de encontrar sua menina.

Emily e um irritado Spencer entraram primeiro. Logo ao entrar, eles encontraram Penelope caída e desacordada. Seu rosto em um hematoma completo de roxo indicava que Doyle a machucou.

Aquele filho de uma puta...

— Reid! – Derek gritou. – Atrás de você!

Reid se virou e mirou em Doyle, bem a tempo de acertar uma bala entre os olhos do bandido.

Em seu último olhar, Doyle olhou para Emily que sorriu. A arma caiu e ele também.

Derek guardou a arma e correu para Penelope, no chão, ainda amarrada. Desfazendo as amaras no pulso dela, Derek a pegou nos braços e foi levada para o hospital.

Sua mão encontrou a dela e Emily hesitou antes de entrar quando Penelope estava acordada. Porém, a técnica não guardava magoa da amiga e entendeu o porquê de ela fazer isso.

— Então, você sai daqui hoje. – Derek arrumou os fios loiros de sua garota. – Pronta para anunciar que agora somos um casal?

— Eu tenho Emily e JJ de volta. – Penelope beijou Derek. – Então acho que estou pronta.

— Você falou com Spencer? – Ele a viu balançar a cabeça. – Pôs juízo naquele menino?

— Um pouco, sim. – Ela beijou o namorado. – Pelo menos, ele e Emily finalmente fizeram as pazes.

— Bom. – Derek pegou Penelope nos braços. – Eu gostaria que você fosse também minha melhor amiga Pen. Só por cerca de um ano.

Derek viu seus olhos hesitantes. Ele pegou a lágrima e abriu um sorriso.

— Porque depois, você será a Sra. Derek Morgan. – Ele a beijou e ela o beijou de volta. – Como isso soa?

— Melhor que essas paredes brancas. – Penelope riu. – Podemos ir?

— Claro minha bela dama. – Derek a girou em seus braços.

Eles chegaram na BAU e contaram a feliz novidade. Emily sorriu para o novo casal, sabendo que estava no destino de ambos.

Eles se casaram exatamente um ano depois, com a equipe como testemunha do amor de ambos.