Coloquei a xícara de volta na mesa e encarei a mulher do outro lado da cafeteria. Seus cabelos ruivos se destacavam como um farol no meio do nada, enchendo os olhos de cada pessoa no recinto. Ela se movia tão graciosamente sem nem precisar fazer esforço, e a cada movimento eu tinha cada vez mais certeza de que aquela seria a minha próxima vítima. Eu não conseguia parar de encará-la. Por um momento nossos olhos se encontraram, e um pensamento pândego correu pela minha cabeça. Pensei o quão irônico seria se eu acabasse me apaixonando por uma de minhas vítimas.