Certas pessoas têm sorte no amor. Lembro até de uma palavra engraçada que li num romance indígena. Marupiara.

Outras pessoas passam a vida inteira buscando a tampa da panela.

E algumas se apaixonam por personagens.

Enquanto observo o céu noturno através do telescópio, só penso em Mr. Campbell.

De repente, uma estrela cadente destaca-se dentre muitas. Desliza na frente de Mercúrio e Vênus. Com todas as minhas forças, faço um pedido.

Mais tarde, estanco na soleira do meu quarto. Boquiaberta, encaro o homem de vestimentas antigas e semblante confuso.

— Perdoe-me, senhorita, que lugar é esse?

Parece que sou marupiara afinal.