Dead And Justice escrita por MahriaRP


Capítulo 1
Eu mato uma lenda


Notas iniciais do capítulo

Eu vou colocar a capa amanhã



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Se concentre, Se concentre eu ficava pensando. Concentrei um pouco da minha força na piscina do quintal de nossa casa. Isso não me exigia quase nada de esforço, mas por causa da adrenalina e do desespero isso foi um pouco difícil.

Olhei para o homem que tinha invadido a minha casa. Ele parecia estar por volta dos 30 anos, tinha cabelos castanhos bem curtos, mas não deu para ver a cor de seus olhos, estava muito escuro. Ele parecia entediado e talvez assustado, mas usava uma face que não deixava transparecer muito isso.

Apesar de não saber quem ele era, eu sabia o que ele queria. De novo não. Eu não vou deixar me levarem outra vez para aquele lugar asqueroso.

Peguei um tanto de água suficiente para fazer uma bolha até a altura de seu nariz e sufocá-lo. Ele caiu de joelhos por cauã da falta de ar e tentava inutilmente tirar a água de seu rosto.

-Agora fala, o que você quer aqui ? – Eu gritei, mas estava mais parecendo com um animal grunhindo.
Deixei a água cair de seu rosto e agarrei a gola de sua camisa. Lancei-lhe um olhar furioso. O fogo passava por minhas veias e senti minha mão esquentar. Tentei me acalmar para não matá-lo. Ainda não.

-Fala verme – eu gritei batendo sua cabeça na parede.

-Calma. Ai. Você é forte, hein? – ele zombou e eu fiquei mais irritada – Eu só vim te buscar. Você sabe, Andrew quer te ver de novo.

Era óbvio que ele queria. Meus medos apenas foram concretizados, afinal, mais cedo ou mais tarde ele mandaria alguém me buscar.

-Eu não vou ver aquele filho da puta mais uma vez. – eu berrei.

-Ashley, Ashley, como você é ingênua. Quando Andrew quer alguma coisa, ele tem. E ele te quer mais uma vez.

-Ah é, pois eu acho que só estamos eu e você aqui, e já que você sabe tanto sobre mim, creio que você sabe quem venceria essa luta. Sem falar de como eu já te dominei só com a água.

-Oh, eu sei que você é bem forte, e sei que você já poderia ter me matado. Mas eu acho que você não sabe quem sou eu. Desculpe pela falta de educação, eu sou Alec.

Congelei. Não podia ser, na verdade, podia ser, mas fiquei surpresa que Andrew mandasse seu mais forte homem para me buscar. Alec era, sem dúvidas, o seu servo mais poderoso e que dons mais singulares que qualquer pessoa já viu. Quantas lendas eu ouvi sobre o domínio de Alec sobre as pessoas com o espírito. O  cara era foda, tenho que admitir, mas eu era mais.

Comecei a rir e ele ficou confuso. Afrouxei um pouco meu aperto, mas sem soltá-lo. Eu podia estar maluca, mas isso era engraçado. Pra mim.

-O lendário Alec?Agora eu realmente me sinto honrada. Para ele ter te mandado eu devo realmente ser uma ameaça. Mas não adianta no que você se transforme ou tente mandar eu fazer, você sabe que comigo seus poderes são inúteis. E eu posso te matar antes que você perceba.

Ele ficou irritado e tentou me dar um soco para fazer eu desmaiar. Mas eu fui mais rápida e dei um soco em seu maxilar. Aprendi com meu tio isso, quando você soca o maxilar, se tiver a sorte de quebrá-lo, seu oponente terá sérios problemas. Não sei isso é verdade.

Para sorte dele e azar meu, seu maxilar não quebrou, mas ele ficou tonto. Soltei a gola de sua camisa com força o suficiente para bater sua cabeça no chão.

-Sinto em lhe dizer Alec, mas infelizmente eu não vou com você. Oh, você nem ao menos vai voltar. Desculpe minha falsidade, mas eu não sinto nada por isso.

Ele tentou me atacar mais uma vez, mas enquanto levantava, convoquei o ar em um pequeno tornado que o jogou contra a parede. Ele tentou fingir que estava inconsciente e tentou fazer eu acreditar que estava morto para ver se eu dava as costas. Ai, ai, tão patético. Ele levantou, mas antes que pudesse dar qualquer golpe, lancei o fogo em seu corpo inteiro.

Eu não sou uma pessoa má, mas era eu ou ele. Eu não ia voltar para aquele lugar de loucos, não ia ser mais uma vez um experimento científico.

Os gritos de Alec preencheram a noite com um ar sombrio. Não importava no que ele se transformava, o fogo iria consumi-lo em pouco tempo. Nossa, aqueles gritos me irritavam. Aumentei a quantidade de fogo e tirei todo o ar de seus pulmões. E pronto. Seus gritos cessaram e eu percebi que tinha acabado de matar uma lenda.

Uau, eu estava realmente ficando forte, mais alguns treinamentos e ninguém poderia me vencer. Se bem que foi tão fácil acabar com Alec que não entendi o titulo que recebera.

Quando sobraram apenas cinzas - sem esforço algum – mandei o ar espalhá-las no terreno ao lado. Apesar de ter sido uma luta muito fácil, usar mais de um elemento de uma vez consumia um pouco da minha energia, mas o suficiente para me deixar com sono.

Essa noite eu estava sozinha, por isso não houve reclamação por eu ter feito um trabalho ruim. Fui devagar para a cozinha fazer um lanche, e o bom de controlar o elementos – principalmente o ar – é que você quase não precisa se mexer. Parece até que eu movo as coisas pelo poder da mente, o que não é muito diferente. É divertido.

Suspirei. Eu queria tanto poder fazer isso na frente dos outros, mas Matthew – meu tio – vem sempre com aquela historia de manter segredo. Não que eu discorde dele, mas é chato.

Preparei um hambúrguer e comi bem devagar. Eu não poderia deixar de repassar a minha luta com Alec. Depois de seis meses, Andrew decidiu me buscar – de novo. Esperava que ele fosse me esquecer, mas isso era muito improvável. Seria mais um problema na minha vida, mas eu não iria me entregar como da primeira vez. Infelizmente, na época eu fui ingênua o bastante para achar que ele me ajudaria. Bom, eu tinha apenas 12 anos e ainda não sabia controlar os meus poderes.

Fui para o meu quarto me arrumar para dormir. Eu gostava de lá, pois era a única parte extravagante da casa. O único lugar onde eu tinha paz e conseguia colocar meus pensamentos em ordem, era onde eu podia e conseguia criar meu mundinho perfeito.

Dormi logo depois que deitei, e mais uma vez, como todos os dias, eu tive pesadelos.

 


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Notas finais do capítulo

reviews com criticas, elogios e sugestões são muito bem aceitos



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