Era um averno olhar pro pai do Ricardo e pensar que ele o havia traído. Que ele havia nos traído.
Fui surpreendida. No último instante, antes que eu chegasse ao qualquer lugar, ele me libertou, deu-me dinheiro e uma passagem para Argentina, longe do inferno que vivia, longe do meu amado.
Lágrimas rolavam por meu rosto, seu olhar era triste mas resoluto.
— Você precisa ir agora Mônica.— Disse ele.
— Mas e o Ricardo?! Ele precisa saber que estou bem! — Exclamei exasperada.
Com um beijo na testa se despediu.
— Ele vai saber. Na hora certa. Quando tudo estiver mais calmo, falarei.