Hopeless. escrita por Any Sciuto


Capítulo 6
You Found Me




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No final do terceiro dia, Carlos ainda não havia deixado o hospital. Ele pediu a Eddie que falasse com Manny e Rafe. Eles deveriam ver como sua irmã se tornou uma garota forte.

Luke, obrigado por Emily voltou para o hotel para algumas horas de descanso adequadas e um banho quente. Spencer estava com Penelope e Carlos e ele podia dizer que o homem escondia algo.

— Algo está te incomodando. – Carlos supôs. – Então apenas pergunte, ok?

— Por que você fez a cena no necrotério? – Spencer foi direto no coração. – Se você só tinha treze anos e não sabia a verdade sobre seus pais, por que culpou Penelope?

— Quando Eddie me disse que você era um dos melhores, ele não estava brincando. – Carlos tentou esquecer um pouco. – Acho que eu estava tão estressado que eu acabei descontando na Pen.

— Eddie te contou, não foi? – Reid apenas queria respostas. – Te contou que seus pais morreram ao procurar por Penelope.

— Eu realmente queria desabafar. – Carlos respondeu. – Mas eu era jovem e idiota. Se conta algo, eu vou estar aqui agora.

— Espero que vocês façam as pazes. – Reid desejou. – Penelope é uma garota dura. E perdoa.

Ele sorriu.

Charles olhava para as fotos de Penelope no chão do hotel, batendo em frustração quando viu que ela ainda estava viva. Irritado, ele foi para a noite, pronto para emboscar outra vítima.

— Com licença. – Elena correu para o táxi. – Você está livre?

— Claro. – Charles sorriu para sua sorte. – Entre atrás.

Elena sorriu e entrou. Ela tirou um pedaço de papel do bolso e entregou a ele.

Fechando a proteção ele saiu de lá. Ele travou as portas e janelas e liberou o gás na parte de trás.

— Moço. – Elena começou a ofegar. – Tem um gás saindo. Moço.

Ela caiu no banco, desacordada e a mercê do motorista.

— Temos uma garota desaparecida. – Jones pregou a foto de elena.  – Elena Riggs, 28 anos. Solteira, sem filhos. Deveria encontrar o namorado em um restaurante. Ela avisou que havia encontrado um táxi, mas nunca chegou ao destino.

— Ele pode estar usando o táxi para escolher suas vítimas. – Reid, agora de volta a delegacia declarou. – Ele as pegas, droga com algum tipo de gás e as leva para o cativeiro.

— Vou pedir a Garcia... – Emily parou no momento que percebeu.  – Desculpa. Eu apenas estou acostumada.

— Todos estamos. – Rossi declarou. – Sabe que ela logo vai estar por aqui.

— Quase uma semana Dave. – Emily gemeu. – Foram três dias terríveis.

— Para Luke que ficou segurando a mão dela estão sendo dias menos complicados. – JJ sorriu. – Walker está pensando desde que chegou há duas horas.

Emily foi até o amigo e deu um café.

— Uma moeda por seus pensamentos. – Ela brincou. – Sério Walker, o que você está pensando?

— Ele a quer morta, não é? - Stephen começou um raciocínio. - Então a gente vai matar Penelope.

Todos o olharam como se ele fosse louco. Mas havia um plano sendo formado.

— Repita isso. – Emily precisou se sentar. – Acho que eu ainda não acordei.

— Penelope está a quase uma semana na UTI. – Stephen começou a elaborar. – Amanhã à noite eles vão retirar a sedação dela. Podemos armar uma cena criminal, uma morte falsa para o suspeito acreditar.

— Não funcionara. – Reid estava triste em dizer isso. – Ele sabe que ela não vai morrer.

— JJ pode reunir uma equipe de jornalistas. – Walker começou a traçar. – Emily liga para todos os nossos amigos e conhecidos falando sobre o plano e deixar eles calmos. Rossi pode usar sua influência para trocar Penelope de lugar. Se ele não morder, ele vai achar que estamos perto dele. E vai esperar para voltar.

— Precisam ver isso. – JJ estava com obvia ansiedade. – Cruzei o nome Charles com possíveis pessoas do passado da Penelope e descobri alguém. Charles Conrad. Diz que ele morreu em um acidente com explosão na rota 133.

— Aqui fala que o fogo foi depois da batida. – Reid leu. – Todos os passageiros morreram. Inclusive Charles.

— Será? – JJ mostrou duas fotos. – Comparem a foto de Charles Conrad com Edgar Jackson.

— São a mesma pessoa. – Rossi juntou. – Corte o cabelo, ponha óculos e uma lente azul e você tem alguém vindo das cinzas.

— Ele trabalha no hotel onde estávamos hospedados antes de sermos remanejados. – Emily disse. – Ele empurrou Garcia das escadas.

— Onde esse idiota mora? – Rossi preparou a arma. – E onde ele está agora?

— O gerente disse que ele pediu demissão. – Emily disse com raiva. – A casa dele está vazia, cartões cortados, carro abandonado. Só levou as roupas.

— Agente. – Jones sentiu uma tensão. – Eddie disse que Carlos recebeu isso na semana passada.

Não adiantava procurar impressões. Destravando a valise, ela soltou um grito estrangulado.

Lá dentro, estavam três pares de olhos, duas mãos e trancas de cabelo loiro.

— Façam a coletiva de imprensa. – Emily disse. – Vamos avisar todos os nossos amigos e transfira Penelope para um andar seguro.

Ela praticamente correu da sala em direção ao banheiro. JJ a seguiu e a viu chorando no chão do lugar.

— Emily. – JJ se sentou ao lado dela. – Quer conversar?

— Ver aqueles olhos me fez perder o café de hoje. – Ela tinha lágrimas borrando a maquiagem. – Penelope veio com a gente porque eu insisti.

— Você não tem culpa. – JJ pegou a mão dela. – Charles a atirou da escada, vamos conseguir recuperar nossa amiga e Luke vai finalmente deixar de ser o prego de sempre e contar o que sente.

Limpando as lágrimas, Emily inflou os olhos. Agora era uma questão de honra. Charles seria morto. Não apenas por Penelope, mas por todas as garotas que ele brutalmente assassinou.

Luke recebeu as instruções de Rossi e viu os irmãos Garcia se organizarem. Nos últimos três dias, todos se reuniram no hospital. Cada um deles deixando de lado seus egos e problemas.

A esposa de Jones estava aqui. Ela carinhosamente cuidava de Penelope como se fosse uma filha. Rebecca e Camila, as gêmeas de Michelle e Jones estavam também aqui.

Quando os enfermeiros vieram mover Penelope para quatro andares para cima, Luke ficou com a mão na arma, pronto para atirar em caso de perigo.

Quando ela estava novamente segura, Luke se sentou outra vez.

— Vamos retirar a sedação a partir da meia noite. – O médico anunciou. – A senhorita Garcia provavelmente deverá começar a acordar a partir da noite de amanhã.

 - E quanto ao tubo? – Luke estava preocupado. – Ela vai acordar com ele na garganta?

— Não seria um grande problema. – O médico tentou tranquilizar o agente. – O tubo vai causar dor quando ela começar a acordar. Por isso, você precisa nos chamar na mesma hora.

— E quanto a voltar a andar? – Luke precisava disso. – E o inchaço na cabeça?

— O inchaço assim como a concussão se foram. – Ele sorriu. – Quanto a voltar a andar, ela vai provavelmente precisar reaprender. Temos um centro de reabilitação aqui na Califórnia.

— Vou levar ela para Washington. – Luke viu a hesitação do médico. – Não é o senhor, mas toda nossa vida está lá.

— Vai me mandar notícias dela? – O médico não queria perder contato. – Penelope é importante para mim.

Luke assentiu e o médico sorriu. Quando a meia noite chegou e a última gota de medicação caiu, Luke suspirou. Se tudo desse certo, eles a teriam por perto.

No andar de baixo, a equipe estava sem sorte. O suspeito não havia mordido a encenação, quase como se tivesse alguém infiltrado na equipe médica. Um enfermeiro ou paramédico.

A enfermeira do turno se afastou lentamente e discou alguns números.

— Ela pode acordar a qualquer hora. – Ela disse ao telefone. – Se descobrirem que eu estou te ajudando eu posso perder meu emprego.

— Venha se encontrar comigo. – Charles iria fazer controles de danos. – Vamos conversar sobre isso.

— Estou a caminho. – Ela desligou o telefone e bateu o ponto. – Até amanhã, Daphne.

— Até amanhã, Alice. – Daphne devolveu. – Boa noite.

 Alice saiu pela pora do hospital. Ela se virou a tempo de ver o cano de uma arma e um tiro soou. Alice caiu no chão, sangrando. Seus olhos viram Charles se afastando do lugar, comum sorriso.

Já era tarde para ela. Dando seu último suspiro, ela morreu no mesmo tempo que dois paramédicos tentaram ressuscitarem.


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