Na busca incessante por aceitação, as pessoas acabam perdendo a si mesmas. Ouvindo Einaudi, escrevo com sobriedade, talvez não tanta, mas com pureza e extrema devoção a mim mesma: eu perdi a mim mas me encontrei no caminho de volta, por que não consegui ficar muito tempo afastada da minha essência, não consegui desapegar da minha alma.

A chave para a verdadeira felicidade é saber reconhecer esse seu caminho de volta, para que não perca quem você é. O mundo sempre cobra tantas coisas de todos nós, e não é absolutamente possível cumprir todos os requisitos para se encaixar nesse padrão de aceitação. E nessa falível e tendenciosa busca por tal preciosidade, acabamos perdendo quem somos na estrada da vida.

É necessário reconhecer que a única forma de viver feliz e satisfeito consigo é simplesmente aceitar a sua própria personalidade, seus gostos, seu corpo, seu modo de pensar, sua alma. E não tentar adaptá-los constantemente para que esteja presente em todos os modismos.

Somos mais do que aquilo que apresentamos em nossa carcaça. Por que tudo o que sobra quando esta desaparece, é aquilo que somos de verdade, é a nossa verdade. E isso não é passível de mudar. Não é um produto que pode ser avaliado ou simplesmente descartado. É nós.