Asas do Pecado escrita por Sasazaki Akemi


Capítulo 1
Capítulo 1




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Um estrondo fora escutado de um dos corredores da grande Prisão de Baste, causando desordem dentre os guardas presentes. O alto som logo fora identificado pela Cavaleira Sagrada que fora designada responsável para supervisionar os prisioneiros de todo o local, estava claro que o barulho fora causado pela enorme porta de metal marcada com um pé que fora arrombada pelo prisioneiro parado a frente de sua cela.

— Crow, o que está esperado?! – A mulher vestida de uma pequena armadura gritava sem esforços para a Cavaleira Sagrada, que ali estava parada com olhares escuros e mortos para o prisioneiro, suas mãos trêmulas seguravam sua espada ainda na bainha e aguardava as ações de sua superior – Crow!

—Crow? – Perguntava o prisioneiro com sua altura de 2m, deixando a mostra seu abdômen definido e a marca da besta: a Raposa, com apenas uma calça rasgada e uma barba longa da mesma cor que seus cabelos esbranquiçados. Seus olhos rosados foram direcionados para a Cavaleira que se vestia com uma larga armadura e uma espada de duas mãos em sua cintura, o olhar de ambos se encontraram.

—O que é que... – Antes mesmo da mulher que hesitava em desembainhar sua espada, com seus olhos castanhos que demonstravam insegurança, fora rapidamente silenciada pela superior.

—Jericho, eu sou a Cavaleira Sagrada responsável por supervisionar este local e você não deve direcionar ordens – Sua voz fria deixava nítido seu poder sobre a mulher medrosa com os cabelos longos e acinzentados presos em um alto rabo de cavalo. Pela última vez, antes de começar a caminhar em direção a mulher e ao prisioneiro, direciona um sorriso debochado ao homem – A barba não combina com você.

Ao dizer esta frase, o prisioneiro designado como um dos membros dos Sete Pecados Capitais, o Pecado da Raposa da Ganância, Ban, murmura em seus pensamentos como lembrasse de algo. Enquanto a mulher que se manteve sem fazer nada, rangia os dentes de raiva com a decisão da Cavaleira Sagrada.

—Crow, você...! – Mal terminara sua frase cheia de ódio contra a Cavaleira que caminhava calmamente ao seu lado sem nenhuma preocupação. A única coisa que recebera em troca de sua superior fora os olhares mortos e escuros, da mesma cor de seus cabelos longos e soltos – Eu nunca... Nunca vou perdoá-la! – Murmura antes de avançar furiosa no prisioneiro.

Crow, a Cavaleira Sagrada pertencente ao grupo Deuses do Inferno, era reconhecida como a Mensageira do Inferno. Caminhava tranquilamente pelos corredores da enorme prisão como se procurasse algo ou alguém, mas tudo fora impedido por um forte tremor. O teto começara a desmoronar e não haveria muito tempo para conseguir sair do local, prepara-se para desembainhar sua espada e logo pronuncia:

—Flame Blade (Lâmina Flamejante) – Em um instante, a espada com a larga lâmina é coberta por chamas e rapidamente é usada para despedaçar as rochas que estavam no caminho e conseguira escapar da pilha de destroços que fora um local de tortura.

Ao guardar a lâmina em sua bainha, caminha em direção a cidade ali próxima. Já havia escurecido, um mau pressentimento corre por sua mente e corre em direção do perigo, o destino era visto no fim da rua com a presença de uma gigante em sua frente.

—Droga... – Murmura a si mesma ao perceber que os Sete Pecados Capitais não haviam percebido a situação. Apressasse subindo no telhado da casa e deixando ser vista por todos ali presentes no terrado da casa, observa friamente o local e logo avança no homem e dono da casa, Doutor Dana.

—Pai! – Gritava a filha do homem, Sennet. Aparentava as mesmas características de seu pai, cabelos e olhos castanhos claros e a presença dos óculos.

Pena, era o que as duas humanas sentiam ao ver que o homem logo seria assassinado por uma Cavaleira Sagrada diante aos seus olhos. Mas Crow, que pulara com a espada em mãos em direção ao médico, defende rapidamente a lâmina que caíra do céu em direção àquela direção. Sennet que observava boquiaberta, corre para abraçar seu pai, enquanto Crow retomava a pose.

—Perdão Doutor Dana e senhorita Sennet, mas vocês estão sendo observados por um parasita – Crow diz calma, observando a sua volta: o convidado loiro de olhos verdes já se preparava para defender-se, igualmente a gigante de marias chiquinhas que desconfiavam da Cavaleira ali parada entre eles. Sem importar-se com os membros dos Sete Pecados Capitais, usa mais uma vez sua lâmina para atacar apenas uma sombra em sua direção.

—Crow... – Murmura em meio a uma tosse de sangue, o homem em uma armadura de ferro que aparecia da sombra, causada pela espada perfurada em seu peito. Esta era a habilidade do Cavaleiro Sagrado, Golgius: invisibilidade – Por quê...?

—Golgius, por todos os seus pecados, você deverá pagar os seus castigos. Que Deus seja piedoso e salve sua alma de todas as impurezas – Citava Crow, observando o homem implorar por sua vida, e sem importar-se, continua – Ó Deus, conforte este pobre homem.

—Por favor... Crow! – Gritava o Cavaleiro Sagrado.

—Divine Punishment (Castigo Divino) – Esta era a magia por qual ela fora designada como Mensageira do Inferno, cobrindo sua vítima por uma chama azul até seus restos sejam apenas cinzas, representando a Deusa que encaminha os mortos ao inferno.

—Crow... – Sennet dizia ao aproximar-se aos poucos da morena.

—Perdão, eu fracassei – Era as únicas palavras que saíram da boca da cavaleira, que largava sua espada ensanguentada e observava fixamente o chão manchado de vermelho. Surpreendendo-se ao ser reconfortada pelo abraço da mulher – Por quê...?

—Obrigada – Ela dizia chorosa.

—Eu fracassei em salvá-la de Golgius quando fora levada, Senhorita Sennet. Eu não deveria ser agradecida – Diz revirando seus olhares mortos para longe dali.

Antes mesmo que o abraço acabasse, Sennet é empurrada para longe por Crow, que é rapidamente lançada contra a parede. Nenhum arranhão fora feito na morena que acabara de ser atingida por um chute da visita mais baixa: Meliodas, o Capitão dos Sete Pecados Capitais e o Pecado do Dragão da Ira, apenas caíra sentada no chão.

—Pare! – Sennet impedia de o convidado aproximar-se mais de Crow ao colocar-se entre eles.

—Por favor, afaste-se – Pedia Meliodas.

—Não! Por favor, não faça nada contra ela – Insistia.

—Ela é uma Cavaleira Sagrada – Complementava a gigante parada do lado de fora da casa: Diane, o Pecado da Cobra da Inveja.

—Por favor! Ela é uma boa pessoa...! – Explicava-se.

—Senhorita Sennet, por favor acalme-se. Está tudo bem – Crow dizia ao levantar-se normalmente e caminhando em direção aos membros dos Sete Pecados – Eu sou Crow, Cavaleira Sagrada do grupo Deuses do Inferno, reconhecida como Mensageira do Inferno – Apresentava-se sem cerimônia, observando de canto a figura seminu do prisioneiro antes visto e prossegue – Estou largando meu cargo como Cavaleira Sagrada e não causarei mal a ninguém, o povo desta cidade está de testemunha de que eu não sou uma má pessoa. Fui designada a salvar a senhorita Sennet das mãos de Golgius, mas fracassei miseravelmente e devo agradecer a vocês, Sete Pecados Capitais, por salvarem a vida desta mulher inocente – Reverencia todos.

—Senhorita Crow... – Murmurava o dono da casa.

—Sei de meus erros cometidos no passado, porém, peço que reconsidere e deixe-me partir sem deixar quaisquer vestígios de que estive presente nesta cidade – Pedia, rapidamente sendo recusada por Sennet.

—Não! Você não pode... – Ela dizia ao tentar convencer a morena.

—Por favor Sennet, pegue meus pertences. Irei partir em seguida – Eram as únicas palavras que saíram rígidas contra a mulher que tanto lhe defendeu, causando dor em ambas as mulheres. Sennet corre para dentro de sua casa para fazer o que foi ordenado, enquanto os Sete Pecados pensavam friamente sobre a situação.

A decisão fora tomada apenas por Meliodas e Diane, por Ban não querer envolver-se. Sennet logo retorna com a maleta de couro com os pertences de Crow, que agradece com um sorriso.

—Diga, por que está deixando os Cavaleiros Sagrados...? – Era vez de uma voz fraca predominar naquele terraço, e pertencia a última mulher daquele local: a Terceira Princesa de Liones, Elizabeth. Seus cabelos longos e esbranquiçados faziam destacar seu olho esquerdo azulado, estava debilitada por seus ferimentos causados por uma batalha, mas conseguira pronunciar algumas palavras.

—Fiz uma promessa com uma pessoa importante – As palavras saíam em um tom caloroso, mas doloroso a dona da frase.

Agradece por todos naquele lugar e partira ao despedir-se. Estava escuro, iluminando a noite apenas pelas estrelas, não havia ninguém nas ruas, logo não chamaria atenção. Caminhava pela rua silenciosa, mas após atravessar a saída da cidade, diz:

—Pensei que estivesse embriagado – As palavras eram direcionadas ao homem que perseguira.

—Você esqueceu isto – Ban estende um pote de madeira e indo em direção a morena.

—Como saberei que não há veneno no alimento? – Pergunta desconfiada.

—Não quer, vá e procure por se mesma. Não preciso ficar me preocupando com uma fugitiva – Ele diz dando meia volta, fazendo com que a mulher que apenas sorria para ele sorrisse pela última vez.

—Eu aceito – Ao receber essa resposta, Ban lhe estende a comida quente e ambos encaram-se.

—Você me prometeu que largaria o cargo de Cavaleira Sagrada quando eu saísse daquela prisão – Ban diz.

—E cumpri a promessa.

—Mas você está bem com isso? – Ban pergunta, tentando desvendar o que os olhares sem vida da mulher a sua frente queriam dizer – Eu encontrei meu motivo de estar aqui fora, mas e você?

—Eu irei encontrar Ban, mas agora nossos caminhos irão para direções diferentes – Responde desviando o olhar ao chão – Isto é um adeus, Ban. Obrigada por tudo.

Ela caminhava sem ao menos trocar um outro olhar com o mais alto, enquanto o mesmo não hesitava em dar as costas e voltar aos seus companheiros.

—Mas sabe de uma coisa? Eu gostaria de ter lhe conhecido antes mesmo daquele dia – Fora o que ela disse ao último encontro de ambos.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem



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