Novos Rumos escrita por nrodlobato


Capítulo 4
Capítulo 4




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“Fica, saber que você está por perto me acalma”

Darcy em Orgulho e Paixão

 

Por Darcy

 

Os dias que se passaram depois que recebi e li a carta deixada por Elisa, foram de tormento. Sentia uma dor implacável, fui consumido por uma tristeza que não me permitia tomar uma atitude, apesar de saber que deveria fazê-lo. Me atormentava a falta de notícias, o fato de não saber para onde ela teria ido, onde estaria morando, como estaria vivendo... Temo por sua segurança, minha pequena sozinha pelo mundo. Sei que ela é forte e sabe se virar muito bem, mas isso não me impede de exercer esse senso de proteção que tenho quando o assunto é ela.

Será que nunca mais a veria? Essa constatação me assombrava. Não, essa não poderia ser uma opção, não podia sobreviver com essa ideia. Mas não conseguia me mover, passei dias praticamente trancado em meu quarto, sofrendo, sem saber o que fazer, que atitude tomar. Não conseguia me alimentar direito, mas Charlotte sempre trazia meu almoço e o jantar em uma bandeja. E em um desses dias Charlotte entrou no quarto e tentou me trazer a razão, disse que eu não poderia ficar assim, que eu deveria tomar um atitude, precisava reagir. E eu sabia que ela estava certa, e aquilo me impulsionou.

— Darcy, não aguento mais te ver dessa forma. Esse não é o Darcy que eu conheço, você está resignado, cadê o meu irmão forte e cheio de atitude? - Charlotte tentava me trazer a realidade.

— Eu não consigo, Charlotte. Me sinto perdido. Elisabeta dava sentido a minha vida, me aconselhava nas decisões mais difíceis, me sinto aflito, Elisabeta era a única pessoa capaz de me acalmar e agora ela não está mais aqui, não sei o que fazer…

— Não está aqui por um mal entendido. Você precisa reagir, meu irmão! Nunca tinha o visto tão feliz como quando estava com Elisabeta, você vai deixar isso escapar por uma besteira dessas? Ou você espera que sofrer trancado neste quarto vá trazer Elisabeta de volta? - Charlotte me repreendeu e eu me senti um garotinho recebendo bronca dos pais por ter feito alguma besteira.

— O que você sugere que eu faça? Porque eu realmente não sei, parece que tudo é tarde demais agora. - disse sem esperanças.

— Vá atrás dela! Nunca será tarde demais para o amor. Descubra quem escreveu aquela carta falsa para prejudicar o relacionamento de vocês, não deixe que essa pessoa saia vitoriosa por conseguir o que queria. Não sei, faça tudo o que você puder, mas tome uma atitude! - ela respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. E de certa forma era, precisava admitir, e isso abriu a minha mente e me encorajou a reagir.

— Você tem razão, não posso ficar parado. - disse mais animado.

Depois que Charlotte saiu do meu quarto, eu já me sentia melhor. Me levantei, tomei um banho, fiz a barba e sai em direção ao Vale, algo me dizia que tinha o dedo de Suzana nessa história, ela nunca se conformou com meu namoro com Elisabeta, soube por outras pessoas que ela tinha interesse em mim e sempre que nos encontrávamos ela arrumava um jeito de destratar Elisabeta e diminuir nossa relação.

Como já esperava ela se fez de desentendida, disse que não havia sido ela, que eu não tinha o direito de acusá-la daquela forma, chorou… e como não haviam provas concretas eu não pude fazer nada, então retornei a São Paulo.

No dia seguinte levantei cedo, eu não podia ficar parado. Elisa havia partido, mas eu não me curvaria á desesperança e ao ressentimento, o último surgia no meu íntimo pois não me conformava que Elisabeta duvidasse da minha índole depois de tudo o que passamos… mas isso eu resolveria depois, primeiro precisava encontrá-la.

As palavras dela na carta não saiam da minha mente “Peço que nunca mais me procure, me deixe viver em paz”. Desculpa Elisa, mas isso está fora de cogitação.

Havia marcado um encontro com Assunção, um ex-policial que trabalhava realizando investigações. Ele era minha única opção para encontrar Elisabeta. Contei a ele tudo o que se passou, lhe mostrei a carta, uma foto de Elisa e pedi que ele trabalhasse de forma discreta. Pedi também que ele desse o seu melhor para encontrá-la o mais rápido possível, deixei claro que dinheiro não seria o problema, ele seria muito bem recompensado pelo trabalho, pois tudo o que eu queria era encontrá-la a qualquer custo.

Quando saí do escritório de Assunção me dirigi ao cortiço, precisava esclarecer essa história com Camilo e Jane. Felizmente encontrei os dois no quarto, tentei me explicar, dizer que eu não havia escrito aquela carta, que fui vítima de uma armação sórdida para me separar de Elisabeta. Mesmo não tendo culpa, pedi perdão a Jane por ter feito sua irmã sofrer, mesmo que indiretamente. Disse que tomaria providências para encontrar Elisabeta. Jane ficou apreensiva, disse que a irmã não queria que eu a encontrasse mas eu disse a ela que não importava o que dissessem, eu iria atrás de Elisa.

Saí de lá abalado, Camilo acreditou em mim e me apoiou na minha busca, já Jane manteve-se com certa apreensão a meu respeito. Mas eu recuperaria sua confiança.

E assim segui meus dias nessa busca incansável pelo meu amor.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Será que o Darcy vai conseguir encontrar a Elisa?



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