The Sinners escrita por Bird
Notas iniciais do capítulo
Uma repaginada nessa fic que deixei parada tanto tempo
Espero que gostem ♥
PREFÁCIO
— Reunião às sete, para a demonstração do novo projeto. — Ouvia a voz de Luke distante, enquanto olhava o horizonte cinza de São Francisco. — Como está indo?
— Preciso verificar o capital. — Respondi indiferente. — Nada muito diferente do que eu lhe contei da última vez.
— Não falo do projeto. — Ele parou do meu lado, encarando a vista. — Imagino que esteja sendo difícil administrar as coisas, sem o velho Poseidon por aqui.
Soltei um sorriso triste. Poseidon Olympius havia sido um homem honroso, e pai melhor ainda. Fazia tudo pela família e pelo império que construiu. Pela ordem natural das coisas, eu sabia que aconteceria, mas sempre esperamos que nossos pais sejam deuses imortais, como a maioria dos nomes da minha família sugerem.
Zeus arrastou meu pai avoado para o empreendimento, e quando o irmão mais velho partiu, ele assumiu a empresa, estabilizando-se e criando a família que tanto zelava. Nunca tive o que reclamar do velho, era presente e amigo. Já Thalia e Jason, filhos de Zeus e meus primos, tiveram o pai tirado deles cedo demais, sendo criados pela mãe pouco presente.
Jason sempre foi interessado em seguir os passos do pai, e era o mais comprometido dos três herdeiros com o trabalho, sempre se ocupando e se distraindo, assim se tornando o CEO da Olympius Company, me deixando como administrador geral e -as vezes- gerente. Thalia escolheu se afastar do ramo empresarial, nunca foi uma pessoa muito ambiciosa. Trabalhava em um emprego de meio período, terminava o mestrado em línguas estrangeiras e dividia apartamento com seu cachorro, Tofu.
— No que está pensando, Jackson? — Luke deu um tapa na minha nuca enquanto se afastava da janela e sentava-se no sofá de meu escritório.
— Podia dizer que na reunião de algumas horas, mas estou mesmo pensando no quão estranha Thalia foi em colocar o nome de seu cachorro de Tofu. — Sentei na poltrona, ouvindo Luke soltar uma risada. — Qual é, Tofu é horrível!
— Eu entendo a indignação, mas você precisa se distrair com coisas melhores. — Ele faz uma careta, Castellan sempre teve uma paixão por Thalia, sendo rejeitado quase sempre pela morena. — Como estão as coisas com Reyna?
— Eu vou terminar.
— O que?
— Não posso ficar fazendo isso com ela, entende? — Suspirei. — Desde que meu pai morreu, e até antes disso, brigamos consecutivamente. Ela já tem outra pessoa, eu sei que tem. Têm chegado em casa mais tarde que o normal, não conversa e sinto como se nem existisse mais para ela.
Pensei sobre Reyna, com sua pele morena e corpo voluptuoso. Além da personalidade forte, do grande coração... Ela merecia alguém que não se escondesse tanto e fosse mais presente em um relacionamento. Eu sabia que ela já pensava em terminar a algum tempo, mesmo querendo respeitar todos os anos de namoro, desde a faculdade. Também sabia que teria que fazer isso por ela.
— Isso é péssimo pra você, Percy... Bem, você podia sair com os caras depois do trabalho, se sentir confortável...
— Você mais do que ninguém sabe que eu nunca gostei de festas. — Massageei a extensão do nariz, querendo evitar o assunto.
— Vamos só tomar um café hoje, onde Thalia trabalha. — Ele argumentou. — Vamos só eu e Jason.
Fiquei em silêncio.
— Você quer algo mais entediante que um brunch durante o intervalo do trabalho?
— Tudo bem, você ganhou. — Me dei por vencido. — Mas a conta vai ser descontada do seu salário.
— Tudo por você, chefe. — Ele levantou do sofá, pegando seu telefone e verificando a hora. — Bom, preciso passar nos Stolls pra ajudá-los, te vejo mais tarde.
Vi seu cabelo loiro sair da sala e descansei a cabeça na poltrona, observando o teto do escritório e relaxando os músculos. Um café não parece uma ideia tão ruim assim, além de que poderia ver os foras incríveis que Thalia tem guardados especialmente para o Castellan. Levantei e fui até a mesa, onde fiquei encarando o ecrã de meu computador durante horas, verificando os setores empresariais até Luke e Jason entrarem na sala.
Jason parecia cansado, com bolsas em baixo dos olhos, provavelmente pelas noites em claro estudando e administrando a empresa. Por mais que não admitisse, ele era quase doente pelo emprego e por coisas materiais. Sempre pensei que tivesse sido por não ter recebido tanto afeto materno. Luke por sua vez, estava radiante, e o contraste entre os dois loiros era quase cômico.
— Vamos indo? — Saímos do prédio andando até o café, e por mais que a distância fosse de no máximo duas quadras, já havia cansado um pouco e não via a hora de voltar para o ar condicionado do escritório.
O ambiente era gourmetizado, e por se localizar na área nobre da cidade, atraía muitos empresários e famílias das redondezas. Ao chegarmos lá, sentamos na mesa e observamos minha prima vir nos atender. Thalia se tornara uma mulher linda, com corpo magro e esbelto, cabelo preto na altura dos ombros e uma personalidade... Bem, vamos deixar pra lá.
— Vocês parecem uns perdedores. — Isso é como um bom dia em Thalianês. — O que vão pedir?
— O de sempre. — Luke respondeu. — Infelizmente você ainda não entrou no cardápio.
— Não no seu, Castellan. — Ela sorriu venenosa. — E tenho pena das mulheres desesperadas que você ainda arranja
— Infelizmente só tenho olhos pra você. — Ele retrucou, a deixando visivelmente feliz com a resposta. — Devia parar com essa marra e aceitar logo meu convite para o baile da empresa...
— E ser vista com você em público por escolha própria? Nem morta. — A resposta fez Jason largar o celular para uma risada, mas meus olhos se concentraram do outro lado do adorável restaurante.
Annabeth Chase era o tipo de garçonete que deixava qualquer estabelecimento em pé, com seus cabelos loiros ondulado e sua aparência divina, ela trazia bebidas geladas carregando sempre seu sorriso caloroso no rosto.
— Vou pegar um balde pra você babar, Jackson! — Thalia debochou, se retirando depois de recolher nossos pedidos.
— Thalia precisa apresentar algumas amigas pra você depois do término com a Reyna. — Luke disse com seu tom sugestivo. — Acho que já temos uma ideia por sua repentina preferência por loiras.
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