Quem é ela? escrita por Satoji


Capítulo 7
Capítulo sete - Lembranças.


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde leitores, agora vocês estão oficialmente junto aos leitores do Spirit. Mais uma vez me perdoem pelo vacilo! Eu realmente havia me esquecido xD KKKKK
enfim, o oitavo capítulo vai sair em breve.
Estou em viagem, por esse motivo postar com frequência esta difícil, principalmente por não ter um PC para formatar o capítulo e tudo mais! Porém, consegui um e estou aqui, talvez eu solte ainda hoje o oitavo? Talvez! Veremos.
Essa fanfic não é longa, provavelmente o próximo capítulo será o ultimo =o Bem, sem mais delongas, boa leitura ;*



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Capítulo sete — Lembranças.

 

Cinco anos atrás.

— Eu não sei, parece meio esquisito... por que você mesma não entrega? É seu no final das contas — Estendeu a carta de volta, encarando os olhos castanhos da outra garota.

— Por favor, eu não posso fazer isso — Pediu juntando as duas mãos finas e delicadas em frente ao corpo, enquanto observava os olhos azuis da outra garota — Se eu for pessoalmente ele vai achar que é brincadeira. Por favor, faça isso por mim...

— Porque não pede ‘pra alguma amiga sua? — Tentou se esquivar, só queria ir comprar seu lanche e comer em paz.

Viu os olhos da menor encherem de lágrimas e voltou a suspirar, não conseguia negar ajuda ao ver as pessoas chorando. Bufou e por fim cedeu, pedindo com as mãos que a menina tivesse calma.

— Ainda acho que não é uma boa ideia.

— Só faça, por favor — Pediu novamente, segurando os ombros da mais velha.

Acenou positivo com a cabeça, enquanto dava alguns passos para sair de trás da pilastra e voltou a voz em direção a menina que continuava escondida atrás da mesma.

— Qual deles é o Sesshoumaru? — Perguntou encarando a rodinha de meninos que ria de algo que provavelmente nem era tão engraçado.

Tirou a cabeça de trás da pilastra e o reconheceu na hora, apontou com o dedo indicador em direção ao menino mais alto, com o moletom vermelho e o cabelo prateado preso em um rabo de cavalo.

— Certo, já volto — Colocou os pés a caminhar em direção aquela rodinha de garotos.

Sentia raiva de si mesma por não saber dizer não para os outros, nem conhecia a garota, ela havia lhe escolhido de forma aleatória entre as outras meninas. Porque de tantas havia de ser ela quem teria de entregar aquela carta?

— Kagome! — Ouviu seu nome ser chamado e parou no meio do caminho.

Seus olhos encararam o rosto do garoto que vinha ao seu encontro, com um sorriso imensamente largo em sua face. Ele parou ao lado dela, tentando recuperar o folego, como se tivesse corrido uma maratona.

Ela esperou que ele o fizesse e olhava de vez em quando em direção a rodinha de meninos que deveria ir entregar a carta.

— O que vai fazer esse final de semana?...

— Só espera um minuto, Inuyasha? Eu preciso entregar um negocio ali — Balançou a carta em frente ao rosto do outro rapaz.

Ele acenou positivo com a cabeça e então a viu partir determinada em direção a rodinha. Por favor, que não seja para o Sesshoumaru, pensou Inuyasha, enquanto um olhar frustrado permanecia em seus olhos.

Finalmente havia chegado em seu destino, Kagome levantou a mão e com o dedo indicador, cutucou o ombro do garoto alto, que se virou calmamente e encarou seus olhos azuis.

— Isso é ‘pra você — Estendeu a carta em direção a ele.

Sesshoumaru pegou a carta com a mão direita e a amassou, guardando em seu bolso em seguida.

— Se tem algo a me dizer, diga pessoalmente e não por meio de carta.

— Que? Não, espera... — Tentou se defender, mas ele logo rebateu.

— Eu não tenho interesse algum em você, garota. Se era isso, pode ir embora, já te dei sua resposta.

Desacreditada, Kagome riu, coração maldito esse que eu tenho e olha só esse sem noção, nem fui eu quem escrevi essa porcaria, ah para o inferno com carta e tudo! Pensou ela. Apenas revirou os olhos e deu as costas, não valia a pena nem argumentar com o rapaz. Caminhou despreocupada em direção a pilastra, onde a outra garota era espectadora de toda a cena.

Passou pela pilastra e chamou a menina para longe dali, para só então poderem conversar. Assim o fez, quando saíram do pátio, Kagome se colocou a caminhar em direção a fila da lanchonete da escola, queria comprar seu lanche em paz e aproveitaria a espera para conversaria com a menina.

— E então? — Perguntou a menor, ansiosa e corada.

— Amassou a carta e guardou no bolso, foi bem babaca, não deixou nem eu falar que a carta não era minha — Riu ao lembrar de como ele havia “presumido” que era dela somente porque estava entregando.

— Ah... — Viu a menor com os olhos cheios de lágrimas novamente — Obrigada — Sorriu de forma larga.

— Sinto muito... — Falou, mas a outra apenas acenou positivo e saiu, provavelmente para chorar em algum lugar sozinha.

 

Atualmente

 

— Como assim, sobre mim? — Rin arregalou os olhos — Ele já sabe que fui eu quem o beijou no baile?

— Não, muito pelo contrário, ele achava que havia sido eu — Respondeu, ainda encarando a garota — Sério? Demorou cinco anos ‘pra tomar alguma atitude e ainda foi dessa forma? Beijou o cara num baile, onde ele nem pode ver seu rosto, usou uma peruca e uma máscara... qual o seu problema?

— Eu sou amiga de infância dele, nunca iria querer me beijar se eu não estivesse disfarçada — Respondeu como se fosse obvio e a pergunta de Kagome fosse “idiota”.

— Pelo jeito superestimou o cérebro dele né? Pois é do tamanho de uma sardinha, isso se não for menor.

Respirou fundo, enquanto voltava a falar com a garota, tentando não ser mal-educada.

— Olha, deveria conversar com ele, garanto que ele está caidinho por você. Ele disse que não para de pensar na garota do baile... e a propósito, ele também quer saber quem foi que deu a carta ‘pra ele.

— Ele ainda lembra da carta? — Sussurrou a pergunta.

— Essa maldita carta que trouxe ele até mim, ele acha que é minha, quando o tempo todo foi você — Apontou para a garota — Então, se resolva com o senhor Sherlock e me deixem fora de toda essa história. Por favor.

—  Mas você não disse que não era sua? — Perguntou espantada, a essa altura Kagome já deveria ter dito que não era dona da carta.

— Sim, mas seu amigo é um cara teimoso demais e pelo visto, quando ele coloca algo na cabeça é impossível tirar. Vá até ele e conte sobre a carta e confesse que foi você quem o beijou no baile ou eu mesma faço.

 

 

Desanimado, se jogou na cama e bufou enraivecido. Colocou a cabeça a pensar e então, como em um flash, sua memória o levou a um lugar em especifico.

— Não... impossível! — Sentou na cama e deixou seus olhos caírem sobre a cômoda que havia no quarto — Eu já devo ter jogado aquilo fora.

Levantou e de forma estabanada abriu a gaveta de sua cômoda. Tinha o costume de guardar suas tranqueiras de anos passados ali e se suas suspeitas não estivessem erradas, era lá que ela estaria.

Vasculhou a gaveta, jogou algumas agendas no chão, folheou alguns cadernos e finalmente encontrou, totalmente amassada e jogada sem pretensão alguma no meio de seus pertences.

A pegou e encarou um bom tempo, antes de se colocar a falar com ela.

— Então era aqui que a senhora estava escondida esse tempo todo, poderia ter me poupado um imenso trabalho, sabia disso? — Bufou, já abrindo a carta e se colocando a ler o conteúdo da mesma.

O que havia escrito, somente algumas palavras que diziam exatamente o que precisava ser dito. A letra ele conhecia bem, e se sentia um tonto por ter aquilo debaixo do nariz e não ter nem ao menos se tocado que a resposta poderia ter sido entregue a ele a bem mais tempo.

Soltou um sorriso com o canto dos lábios e jogou a carta novamente dentro da gaveta, passou a mão sobre o rosto e encostou suas costas na porta do guarda-roupas que ficava próximo a cômoda, respirando fundo.

— Ótimo, o que vou fazer agora? — Olhou para o teto e bateu o tênis no piso de madeira maciça de seu quarto.

Nem precisava mais confirmar quem era a garota. Já havia ligado todas as pontas soltas.

 

 

— O que era tão importante? — Encostava na parede da quadra de esportes da escola. Não havia ninguém ali além dos dois.

Sesshoumaru já imaginava o assunto daquela conversa, não havia falado com Kagome depois de descobrir quem era realmente a dona da carta e deduzido por fim que a menina do baile só poderia ser Rin.

Estava tão chateado de não ser Kagome, que nem quis a amolar mais com o assunto. Colocaria a cabeça a esfriar um tempo e depois, se ainda estivesse intrigado com ela chamaria para conversar.

Rin havia pedido que se encontrasse com ela na quadra de esportes antes do início das aulas, ela queria contar a ele antes que Kagome o fizesse, então ao invés de ir a casa do amigo, preferiu falar com ele na escola.

— Não sei como começar... — Rin levou ambas as mãos ao rosto, tentando respirar nelas e pensar a melhor forma de se expressar.

— Estou esperando — Os olhos dourados não estavam nem mesmo curiosos sobre o assunto.

Rin estreitou os dela, Sesshoumaru estaria no mínimo curioso, irritado ou até mesmo intrigando para saber do que se tratava, paciência não era o forte dele. Sabia disso, o conhecia muito bem.

— Está tudo bem? — Perguntou ela, cruzando os braços em frente aos seios — Podemos falar depois se...

— Rin, desembucha logo — Ali estava a impaciência, explodindo em seus olhos, o que a fez rir nervosa.

— Certo — Respirou fundo e então se colocou a falar — Eu sou a garota...

— Da carta e do baile? Eu sei — Respondeu antes dela conseguir concluir.

A garota congelou, arregalando os olhos. Como ele sabia? Perguntou a si em pensamentos, apertando mais os braços em frente ao seu corpo, sentindo o nervoso consumir seu corpo. Abriu os lábios, mas o som não saia, parecia que haviam lhe sugado as energias.

— C-Como? — Gaguejou a pergunta — Quem contou? — Sua mente a levou até Kagome, descruzou os braços e apertou os punhos. — Ela não tinha o direito de te contar! — Resmungou baixo, mas não o suficiente para que ele ouvisse.

— Ela? — Arqueou a sobrancelha confuso e se colocou a explicar — Eu guardei a carta, por sorte a achei na minha gaveta de “tranqueiras” e a li ontem depois de conversar com Kagome, por isso eu sei que foi você. Nas duas situações... Só não entendi porque não me disse quando te perguntei se era você, poderia ter me poupado bastante tempo.

Vergonha, era o que transparecia nos olhos castanhos de Rin, a viu morder o lábio inferior, provavelmente buscando as palavras certas para se expressar diante tudo aquilo. Mesmo sendo amigo dela, Sesshoumaru não media as palavras e era grosso. Respirou fundo e se colocou a se defender.

— Gostar de você é complicado — Respondeu por fim — Nos conhecemos a muito tempo e eu tinha medo de perder você, caso não me quisesse — Finalmente havia sido honesta com ele e consigo mesma.

— Sempre seremos amigos, mas nada além disso, Rin — Também foi honesto — Não deixaria nossa amizade morrer só porque você já teve interesse em mim, mas peço desculpas, caso eu tenha lhe dado falsas esperanças.

Rin era uma das poucas pessoas com quem ele tinha amizade. Também era uma das poucas com quem ele era honesto com seus sentimentos, mas isso não queria dizer que conseguiria ter um relacionamento com ela.

Por mais que gostasse de Rin, não era da mesma forma que a garota gostava dele. E ela já sabia disso.

— Realmente, isso dói mais pessoalmente... — Levou a mão ao peito e fechou o punho — Obrigada por ser honesto comigo.

— Se tivesse conversado comigo na época, hoje doeria menos — Completou.

— Claro — Sentiu os olhos marejarem — Escuta, está interessado nela?

— Nela?

Fingiu desentendimento, mas sabia que era de Kagome que Rin estava falando, não havia outra garota naquela conversa além de Kagome. Rin riu da forma cínica que Sesshoumaru perguntou.

— Inuyasha deve estar chateado também, não é? — Perguntou Rin, levantando os olhos em direção a Sesshoumaru, vendo o rapaz com o olhar confuso — Já que ele também gosta da Kagome.


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Notas finais do capítulo

Eu posso só deixar aqui e sair de novo? -q POASKAPSOASKAPO
O que acham que vai dar? xD Bem, é isso, os vejo em breve ;*



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