Meu tonto e bêbado, houshi-sama escrita por Agome chan


Capítulo 1
Carinhoso


Notas iniciais do capítulo

Confesso que amo demais esse ship e que deveria fazer mais fanfics focada neles.
Essa fanfic é twoshots, ou seja, tem dois capítulos e o segundo eu posto depois, mas também tem esse clima descontraído.
Foi baseada num meme do tumblr de "eu nem estava tão bêbado ontem a noite"... enfim, melhor não explicar kkkkkk
só lendo
(há outros personagens na fanfic, mas reparei q a plataforma mudou para facilitar a pesquisa e pede apenas pra por os personagens protagonistas agora, não todos, assim como no fanfiction.net, o que ajuda, pq os mais importantes são MirSan)



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Carinhoso

Faz anos desde a última batalha contra Naraku. Talvez tenha se passado já uns cinco. O tempo passa rápido.

Numa casa de chá, os taijimas de nossa vila comemoravam mais um sucesso no trabalho para um poderoso senhor que tivemos exterminar todo seu feudo. Por ser a líder, todos faziam questão de eu ir comemorar com eles no caminho para casa.

Estava com saudade do meu lar e desejava voltar logo, mas até meu irmão Kohaku ficou animado, tentando me convencer a ficar com eles:

— Se mandarmos alguém para trazer seu marido e seus amigos, você se sentiria mais à vontade?

Todos me olhavam cheios de expectativa.

Ainda ajeitava meu Hiraikotsu em minhas costas, pensativa, enquanto o sol já se punha.

Talvez para descontrair… seja bom.

Queria ver meus filhos também, mas Kagome-chan sempre me alertava como era bom eu ter momentos só para mim para relaxar e só para o Miroku também, afinal poderíamos confiar nas pessoas que ele contratou para nos ajudar a cuidar da casa e das crianças. Erámos ambos ocupados.

Pensei até em ser apenas uma dona de casa por um tempo, mas ser taijima fazia parte de mim, assim como fez parte do meu pai e de minha mãe mesmo quando tiveram que criar a mim e ao meu irmão. Mesmo quando ela faleceu jovem e meu pai teve que cuidar de nós dois. Além que daquela forma, sempre treinando, sentia que poderia estar sempre pronta para proteger minha família quando fosse preciso.

E foi bom num todo.

Ter meu irmão de volta a mesma vila que eu, treinando juntos aos aldeões… criei um novo lar e aquelas pessoas eram como uma família que escolhi formar, que lutavam ao meu lado, então…

— É… — sorri dando ombros, com Kirara sobre um deles. — Se for assim, sim, posso ficar.

E bateram palmas e pulavam de alegria, porque a Sango-sama decidiu ficar com eles. Até bati na mão do meu irmão, erámos um time.

Um dos exterminadores tomou o lugar de mensageiro e foi em cima de sua raposa companheira para convidar os outros, enquanto fomos a uma das casas de chá.

Quando Miroku, InuYasha e Kagome chegaram me senti mais descontraída. Shippou infelizmente não estava na vila naquele dia. Estava no seu treino de raposa.

Era como na época em que viajávamos juntos, sem um lugar fixo, em vez de irmos visitar uns aos outros em nossas casas. Tanto é que, enquanto algumas mulheres entretinham tocando instrumentos e servindo bebidas, senti a mão dele descendo pelas minhas costas, me dando arrepios e me virei para Miroku, extremamente vermelha e “irritada”.

Me encarava tomando seu sake, dando um sorriso ingênuo como ele sempre fazia quando estava aprontando.

— Houshi-sama! — dava uma bronca lhe sussurrando. Ele teve se inclinar perigosamente para perto de mim. — Estamos em público.

Sussurrou-me de volta:

— Querida Sango, amor de minha vida… — sabia que ele falava dessa forma doce principalmente quando me irritava, numa tentativa falha de me acalmar.

Ou melhor… não tão falha, confesso. Surtia lá seu efeito, mas mantinha minha irritação, mesmo que continue corada.

— Eles não estão prestando a atenção em nós. — me mostrou ao redor, as exterminadoras e exterminadores se divertindo entre si.

Kohaku estava fazendo uma queda de braço. InuYasha e Kagome estavam mais próximos a nós, porém também no seu próprio mundinho, com uns exterminador implorando para Kagome-chan lhe dar sorte para encontrar uma esposa que eles estavam desesperados, e InuYasha se segurando pra não rir vendo a esposa atônica sem saber o que fazer.

— Não há mal nenhum nisso. — Claro, houshi-sama desceu sua mão.

Lhe estapeei o rosto, vendo-o sorrir abobalhado com a marca na sua cara. Até assustei Kagome, e InuYasha não pode mais segurar o riso. Acabei rindo também. Era aquele sentimento de nostalgia e me divertia acariciando o rosto do Miroku.

— Doeu? Você mereceu.

Ele segurou-me a mão e beijou:

— Estava com saudades, luz da minha vida.

— Fiquei fora apenas dois dias…

— E não ficou com saudades? — perguntou sugestivamente.

Me acheguei mais para perto dele, me recostando em seu peito:

— Muita. — respondi, sentindo-o acariciar meus cabelos.

Miroku sempre foi muito carinhoso. Sóbrio ou não e naquele momento ele ainda estava. O que era um contraste em relação a mim principalmente quando era mais jovem, mais tímida e tinha meu pé atrás em relação a ele, afinal era um mulherengo infelizmente, mas passou essa sua mania que aprendeu com o velho Mushin.

Apesar que o lado pervertido não ter jeito mesmo. E… é constrangedor confessar que não vejo necessidade em mudança em relação a isso?

Bom se sentir desejada pelo o homem que você ama, ainda mais quando ele passa a só focar em você (até porque concordei me casar com ele, se ele largasse desse aspecto) é… bom. Mesmo que me deixasse sem jeito.

Em dado momento, quando conversávamos todos, Miroku percebeu a garrafa de sake que InuYasha tinha trago e não deixava ninguém tomar. Ele pediu um pouco.

— Keh! Miroku, esse aqui não é pra humanos.

— Deixa disso, InuYasha, eu sou forte.

Eu e Kagome nos entreolhamos já imaginando que aquilo não acabaria bem.

Dito e feito.

Miroku era resistente a álcool, realmente, mais do que eu, mais que Kagome, mais do que nossos vizinhos e vizinhas exterminadoras que caiam de bêbados naquele local. Mas ele era um homem humano ainda. Então ele não aguentaria o tanto quando nosso amigo InuYasha, que é um hanyou.

Mas sempre tem aquele momento em que seu marido não te escuta e faz besteira.

Esse foi um deles. Mesmo eu avisando para ele não o fazer, o pai dos meus filhos tentava me acalmar ao mesmo tempo que se deixava se servi pelo InuYasha, que discordava da ideia, porém desistiu de tentar convencer o amigo teimoso.

Kohaku segurava a barriga de tanto rir, ouvindo as coisas desconexas que Miroku falava especialmente para mim. Era como se ele tivesse se esquecido de todos esses anos e voltasse na época em que lutava contra o Naraku.

Segurava minha mão me olhando boquiaberto, eu mal conseguia levar aquilo a sério. Tentava me pedir para ser mãe de seus filhos, mas parava sempre no meio para dizer:

— Meu santo Buda, como você é bonita, eu estou chocado. Tem certeza é a senhorita é humana?

Estava totalmente vermelha e podia ver os olhos de Kagome-chan brilharem vendo aquela cena.

 — Tenho certeza sim, houshi-sama.

Voltou a ficar me olhando confuso, acho que tentava me ver melhor, porque certamente sua visão deveria estar muito confusa.

— Não sinto miasma vindo de você realmente, mas sinto que já te conheço.

InuYasha cobriu o rosto balançando a cabeça, murmurando como Miroku era burro.

— Sim, o senhor me conhece. — Nem estava totalmente sóbria, o que me permitia entrar naquela brincadeira.

Ele suspirou:

— Ah, se eu tivesse mais tempo de vida eu me casaria com você, com certeza.

Não sabia onde enfiar a cara ouvindo meu irmão dizer que dava sua benção.

— Mas me diga, está solteira?

— Ah, céus! — exclamou Kagome, animada, batendo palminhas.

Mordi meu lábio inferior, eu já deveria estar suando frio de tão vermelha, mas ria ao mesmo tempo, porque o álcool me deixava mais desinibida.

Neguei com a cabeça:

— Não, houshi-sama.

Ele ficou boquiaberto, soltando minhas mãos, em choque, devastado e para minha surpresa vi seus olhos começaram a lacrimejar, chamando atenção de Kagome e InuYasha. Minha amiga, preocupada, até se aproximou ficando atrás de mim, para olhar o rosto dele:

— Oh, céus, Miroku, está chorando?

Ele enxugava as lágrimas na sua roupa. Não chorava compulsivamente, era até fofo. Ou talvez seja o efeito de eu estar bêbada e… apaixonada… que fazia achar a situação desconcertante fofa pela sua sincera atitude e demonstração de emoção.

Achei muito fofo.

— Tão frustrante, Kagome-sama.

A essa altura InuYasha girava os olhos e ria. Eu não via a hora de contar isso para o Miroku-sóbrio no dia seguinte e para nossas crianças quando tivessem um pouco mais velhas para entenderem.

Ele prosseguiu falando:

— Tão frustrante… tão infeliz… — Seus olhos azuis ficavam ainda mais bonitos umedecidos. Brilhavam contra a luz das iluminarias. — É minha sina. Encontro a mulher perfeita. Ela estando solteira ou não, não posso ficar com ela jamais, eu tenho uma maldição maior do que eu pensei.

— Oooh… — dissemos eu e Kagome com dó dele.

Enquanto Kohaku e InuYasha não acreditavam no que ouviam.

— Estou tocada. — desabafei colocando as mãos em meu peito.

E ele voltou a me perguntar:

— Mas está a se encontrar com um homem? Ou já está noiva?

Sorri segurando uma risada pela a pena que sentia daquele Miroku:

— Houshi-sama…

— Hm?

— Eu estou casada à cinco anos.

— Ah! — Ficou muito mais frustrando. Cobriu o rosto com as mãos, de cabeça baixa, devastado. — Por queeee?! — Ergueu as mãos pro ar e de repente em meio a aquele seu drama, ele reparou na palma de uma de suas mãos e arregalou os olhos quase caindo pra trás (mesmo estando sentado como todos nós, sobre o tatame). — Cadê meu buraco do vento?

Olhou para Kagome e InuYasha a procura de resposta:

— Miroku, isso foi muito fofo. — disse Kagome.

— Keh! Falei pra não beber do meu sake, monge idiota.

E Kohaku para complementar, apoiou a mão sobre o ombro dele e disse ao seu cunhado:

— A pior parte é que ela — apontou para mim — já tem filhos.

Novamente o meu marido voltou a chorar e eu com dó fui abraça-lo, confortando-o enquanto acariciava seus cabeços, não me importando com ele me apertar em seus braços, sentindo meu cheiro e provavelmente sentindo meus seios contra seu peito.

— Tão suave, tão cheirosa… por quê, Buda? É por que pequei por ser mulherengo? Eu largo essa vida, eu largo! Nunca desejei tanto a morte de um inocente como desejo a morte do marido dela. — Lhe estapeei forte nas costas por isso. — Parece frágil, mas ela é muito forte, meu santo Buda, maravilhosa!

Kagome suspirou atrás de nós, falando coisas que não entendia e que provavelmente eram da sua antiga época:

— Ah… nada melhor do que meu ship ser canon.


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Notas finais do capítulo

Fanart da capa da fanfic: https://www.deviantart.com/sangoxmiroku132/art/Those-Nights-352372575

Sango é uma diva e merece ser enaltecida, por issouma fic no ponto de vista dela, até porque eu adoro também o Miroku ♥
Espero que tenha ficado a cara deles, mesmo tendo que imaginar um pouco mais diferente a interação deles, porque... né... casados.
Enfim, comentários? Please



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