Pokémon Ohana Adventures escrita por Yvelgress


Capítulo 2
Capítulo 01 - Escolha bem!




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A mulher, deitou-se no seu sofá azul como se fosse uma pedra, ao seu lado um monte de bagagem para viagem. Alta, bela e muito bem reservada, quem a visse já mais pensara que esta era mãe de dois filhos adolescentes, uma pele morena como os demais habitantes da região de Alola vestindo uma saia amarela florida, combinada com uma blusinha branca do mais puro algodão. Com um ar descontraído e até com um tom de felicidade ela solta as palavras que parecia não dizer á anos:


— Finalmente, estou de FÉRIAS! — Seus filhos saem dos seus quartos lentamente, ainda era muito cedo, talvez pelas seis horas da manhã que apesar das horas. o sol de Alola já batia fortemente nos rostos das pessoas e nas flores coloridas e vivas. Cansados os garotos bocejavam ao mesmo tempo. Tinham acabado de acordar com o barulho de sua mãe pela manha toda, era impossível os dois conseguirem dormir e assim como sua mãe, eles também estavam de férias logo era óbvio que queriam dormir até tarde, Kai, o filho mais novo e o mais resmungão não hesitou em reclamar com a sua mãe.
— MÃÃÃEEEE! São seis da manhã ainda!! E SÃO FÉRIAS, NINGUEM ACORDA ÁS 6 DA MANHA DE FERIAS É DE LOUCOS. — A mulher se levantou do sofá e andou até Sun dando um leve cotoco na cabeça. Ela pegou nos seus óculos escuros que estavam na bancada da cozinha e colocou-os, pegando logo em seguida nas suas malas.

— Meus queridos, não quero nada de bagunça! Se quando eu chegar nesta casa e tiver um algo fora do sítio, vocês vão ver só! — Disse ela, com aquele seu sorriso. Calem já estava colocando leite em seu copo, para ele já não iria dormir mais, mas algo despertou o seu interesse e decidiu perguntar ainda com um ar sonolento:
— Mas você não ia com o pai?
— Ele já está lá fora no carro, colocando a bagagem. Ei! Não tente desviar da conversa Calem!! — Ela parou por uns momentos, pensando no que iria falar. —Ah! Nada de festas, trazer amigos para dormir aqui durante a nossa ausência!
— Como se eu fosse fazer isso mãe... — Brincou Kai, indo em direção á cozinha para buscar algo para comer.
— Da última vez que vos deixei com o vosso pai os dois deixaram esta casa um completo nojo! E só fiquei fora dois dias, dois dias! — Calem vai até sua mãe empurrando-lhe lentamente para a porta com as malas
— Que exagero mãe! Agora vão lá para vossas férias, o avião vos espera...
— Não se esqueçam de alimentar o Meowth!
— Sim...
— E o Rockruff...
— Siiimm
— E de dar água ás plantas!
— Sim mamãe, nós prometemos que não esquecemos de nada disso! Certo, Kai? — Kai que estava já estava sentado no sofá fez um joinha para sua mulher, que depois de falar aquilo tudo parecia estar mais descontraída, mas apareceu que aquilo não era tudo:
— Aaaahh... Não se esqueça que é hoje que você vai pegar o seu’ ‘Pokémon Inicial '', Kai! Por isso ao saírem tranquem a porta, não quero que ninguém vandalize a minha casa! — Ela após isso saiu de casa acenando e mandando muitos beijinhos para os seus filhos através da janela da sala.

— Tchaauu! — Grita Kai acenando através da janela, o jipe sumiu da vista e então, correndo em direção ao gigantesco sofá, Kai atira-se para cima como se estivesse nadando, o pobre do Meowh que ali dormia correu em direção ao quarto do garoto, assustado com o rabo entre as pernas.
— Aaaahh finalmente, a casa só para nós. É só uma pena que não vamos ficar sozinhos por muito tempo, o Primo Kukui depois de entregar os iniciais vem connosco para casa — Termina Kai, deitado na cama com um leve sorriso, seu irmão se senta na poltrona pegando no controle e ligando a Tv respondendo-lhe enquanto trocava de canal.
— É… Mas o primo é bem legal, com certeza ele vai nos deixar fazer praticamente tudo. Até porque estamos os dois de férias além que ele podia te dar umas boas aulas de como treinar os seus Pokémon, já que vai se tornar um treinador Pokémon não acha?
— Hahahah! — Kai riu num tom irónico e continuou.
— Por favor Calem… Estou de férias e tudo o que eu menos quero é aulas, quero me divertir!!! Além que o inicial não vai ser eu meu primeiro Pokémon, tá? Eu tenho o Rockruff.
— Eu não digo que não, mas treinar e aprender nunca é demais. Principalmente este ano… que dizem que vai ser incrível, vai existir Liga Pokémon e a tradição dos Desafios das Ilhas vai ser revivido e muitos e muitos treinadores querem ser conhecidos como ‘’ O Primeiro Campeão De Alola’’. Eu em Kalos por exemplo tive muita dificuldade para me tornar campeão, pensava que nem você e tive que treinar muito e mudar a minha mentalidade para me tornar o que sou hoje… — Calem fechou os seus olhos e a nostalgia começou a bater forte no seu peito.
— Percebeu Kai?
Quando olhou bem para o seu irmão reparou que ele estava dormindo, que todo aquele discurso foi para ninguém. Suspirou, soltou um pequeno sorriso, levantou-se da poltrona e pegou no seu irmão e levando-o para o seu quarto.
— Desde pequeno, que você não gosta de acordar cedo…


Sun


Já eram quatro e meia da tarde e a entrega dos Pokémon Iniciais não iria demorar muito para acontecer, Kukui tinha me contado que após a entrega deles iriamos fazer uma grande festa de comemoração com uma luta digna para os Tapus, hoje seria o último dia e eu e mais duas pessoas iriamos ser os últimos a ter tal privilégio. Deste que Calem voltou para Alola, tenho vindo a treinar muito com ele, usando o Rockruff e até o Persian, aprendi diversas táticas e ideias que posso usar em batalha (apesar de eu não precisar né?). Enfim… faltando pouco tempo para a minha grande escolha peguei na minha mochila (que me acompanhará para sempre) e na Pokébola onde estava Rockruff, calcei meus sapatos de corrida, no meu chapéu para me proteger do sol mortífero de Alola e sai correndo do quarto de forma disparada.

Mas antes que pudesse sair de casa assim fui interrompido pelo irmão que apareceu bem na minha frente, tombei tão rápido como corri, ele me ajuda a levantar e então começa o interrogatório:
— Onde você pensa que vai irmãozinho? — Interroga.
— Não é obvio? Sei lá… hoje eu acho que tenho que ir pegar o meu Pokémon Inicial, só acho…
— Meu deus, ainda hoje falamos nisso e eu já esqueci. Não me diga que ia sem mim! — Tento disfarçar, mas ele já tinha percebido que sim, eu ia sem ele. Calem cruza levemente os seus braços.
— É…, mas não tente! Você não vai escapar de mim, eu vou com você!
— Tá, tá! Pega aí as chaves e vamos! — Não tinha outra opção, contente Calem salta de felicidade e continua.
— Faz tempo que não visito o laboratório do Primo, deste que cheguei que só tenho ficando em casa e indo no máximo


***


Já tínhamos saído a um bom tempo de casa, caminhávamos lentamente em direção ao campo sagrado de Melemele onde seria ali feita a entrega dos Pokémon inicias que eu tanto almejava e sonhava durante todo este tempo. Seria uma dádiva dos deuses Solgaleo e Lunala deixarem me poder dominar um dos três Pokémon raros ali em Alola e que apenas poderiam ser obtidos pelo Professor Kukui. Calem parecia fascinado, já não se lembrava de quase nada sobre suas terras, dando a sensação de ser um turista nas ilhas de Alola, tirando fotografias a tudo que era sítio e ainda nem estávamos na melhor parte... Subimos um pequeno morro verdejante, dominado pelas flores de diversas cores, estávamos no início do verão, a melhor época para ficar em Alola para um turista, é nessa época que acontecem as mais diversas tradições e Alola parece ganhar mais vida, as pessoas ficam mais felizes e alegres.

Ao subirmos ponto da colina, não tinha nada de mais a não ser seis casas ali ao redor e pequenas escadinhas que nos dava a entrada para o campo sagrado, mas o impressionante era a vista. Dali, nós víamos a grande cidade de Melemele, dava para ver também uma grande parte da costa e o lindo mar azul, e o assustador vulcão Mauna Loa, adormecido e que no centro virou um vale de puro verde e flores nesta época do ano.
— Esperem por mim! — Aquela voz era irreconhecível. Viro-me e vejo Hau, meu grande amigo. Moreno e malhado, seus cabelos verdes estavam presos, com algumas mexas caindo sobre o rosto. Vestia uma T-shirt preta com uma bermuda laranja com detalhes floridos. Umas sandálias da mesma cor e a sua mochila laranja clássica que ele usava sempre que ia saia.
— Hau! — Falei espantando ao vê-lo.
— Aloha Kai! Vejo que também foi convidado para pegar o seu inicial — Diz ele com sorriso aberto e fazendo um símbolo com a mão, significava paz.
— É!
Confirmo, viro parte do meu tronco para apresentar meu irmão (obvio que Hau iria reconhece-lo) — Bem... este é o meu irmão Calem, Calem este é o Hau
— Calem? O campeão de Kalos? — Pergunta Hau com grande ar de fascino em seus olhos que brilhavam fortemente. Ele dá um pulo para se aproximar de Cal, que fica sem jeito. — Mas o que você faz aqui?
— Eeer, vim passar umas férias, muitas batalhas estão me deixando louco então vim para relaxar um pouco nestas lindas ilhas! — Afirma Calem mostrando a linda paisagem com as mãos.
— Eu entendo... — Ele se afasta. — Nada melhor que umas boas férias nas ilhas de Alola para relaxar um pouco não é verdade? Sou muito sua fã cara, você é incrível.
Hau soltou um sorriso que só ele sabia soltar, ficou num ar relaxado e então informa-me de algo que eu pouco esperava
— Aaah... como eu ia me esquecer, eu não vim sozinho!
‘’Aloha Kaiiii!’’
Ouvir aquela linda voz, fez o meu coração bater a mil e meus ouvidos não acreditavam no que ouviam, a garota saiu por de trás de Hau (espera como?) e apesar ter lhe ter reconhecido logo pela voz, a sua face só me fez ter a certeza que era ela. A linda, maravilhosa e esperta: Moana Moon. Uma amiga de infância assim como Hau.
Já não lhe via a anos. Ela mudou-se para Ula ‘Ula, uma ilha muito maior que a nossa para continuar os seus estudos, obrigada pelo pai, para seguir a carreira de médica pokémon.
Parecia estar muito mais bonita, da última vez que lhe vi ela possuía cabelos loiros e curtos, mas agora estavam coloração preta, muitos escuros e um tanto quanto crescidos, passando do ombro dela com belas tranças. Seus olhos tinham a mesma tonalidade dos meus, azulados. Vestia um short branco e um top laranja florida com detalhes vermelhos, umas sandálias esverdeadas e carregava consigo uma bolsa parecendo uma fatia de melancia de cor amarela
— Moana! O que faz aqui? Não me diga que veio pegar seu Pokémon também!? — Pergunto curioso.
— AAAAAHHH CALEM?!! — Ela simplesmente me ignora.

Passa correndo que nem uma louca assim como Hau, aproximando-se de Cal quase o beijando de tão próximos que estavam, por momentos, tive um pouco de ciúmes (sempre fui apaixonado por ela e agora que finalmente a esqueço ela decide aparecer).
— Você é incrível cara!
Calem parece ficar mais ainda constrangido e responde-lhe balançando a sua cabeça e agradecendo com um sorriso sem jeito. Ela então olha para mim e me dá um abraço fortíssimo (quase que fico sem ar), fazia tempo que não sentia o cheiro dos seus belos cabelos.
Me larga e então volta a falar:
— Bingo! — Confirma, estalando os seus dedos enquanto gira. — Eu também fui convidada para pegar o meu Pokémon inicial, olhe aqui... — Moon (como gosta de ser chamada), retira da sua bolsa a carta igualzinha a minha e antes mesmo que eu lhe pudesse perguntar mais sobre como foi a sua vida em Ula’ ula, um homem aparece por trás de Hau e Moana, interrompendo a nossa conversa.
Os dois jovens se viraram curiosos sentindo a grande presença da pessoa, para ver quem era aquela figura cujo interrompera uma conversa que provavelmente iria durar anos, tínhamos tanta coisa para por em dia, falar sobre as novidades e do que Moon perdera em Melemele.
— Aloha Crianças!
Era Kukui! Meu primo! Um homem que mostrava através do seu jaleco longos músculos e bem definidos, eram poucos que davam para Kukui uns 30 anos de idade, com aquela cara de 20 e aquele corpo. Minha mãe sempre lhe disse que por ele o tempo não parecia passar e até com 60 anos ele manteria aquela cara jovem e aquele corpo de dar inveja. Ele usava bermudas compridas e um boné branco prendendo o seu cabelo na parte de trás, e o seu longo jaleco de pesquisador, com um crachá escrito “Professor Kukui”.
— Vocês fazem tanto barulho! — Atrás dele um objeto flutuante aparece, parecendo uma autêntica antena vermelha com vida própria. — O que você está fazendo aqui? Volte para dentro!
Resmunga o homem tentando empurrar aquele objeto flutuante para dentro do seu bolso e então continua onde tinha parado. — Então como vão todos?
— Bem! — Afirmamos todos ao mesmo tempo como se fossemos alunos da infantil.
— Vocês os três foram convidados para pegar um dos inicias de Alola! Por isso estão aqui! Vamos deixar de brincadeiras e começar com a coisa que vocês mais querem! Pegar seus inicias! Mas antes disso...
Kukui passa-nos à frente e segue em direção á arena onde era apenas ali realizada as batalhas sagradas, em honra aos Deuses Solgaleo e Lunala e ao tão poderoso guardião daquela ilha: Tapu Koko, seguimos todos o meu primo, muito alegres e falando entre em nos baixinhos para que ele não nos pudesse ouvir, parecia que estávamos na escola de novo.
A arena estava com três pokebolas ali paradas, e ao lado delas um homem barrigudo e barbudo, ele vestia uma camiseta azul sob uma camisa amarela florida ao estilo aloiano e estava de shorts. Na hora reconheci como o Kahuna da ilha de Melemele: Hala. Para vocês que não sabem o que são Kahunas são tipo os guardiões da ilha, existem quatro no total e eles trabalham todos juntos para manter a paz e a segurança em Alola.
Sabia que ele era barulhento e falava alto e sempre estava gargalhando, pelo menos era o que o Hau me contava, aquele era o seu avô. Naquele momento sua face era séria. Um discurso se iniciou.
— Pela ordem de Lunala e a pela paz de Solgaleo, peço com todo meu coração cheio de amor e de afeto para estes belos deuses, que estes jovens possam ser grandes treinadores no futuro! Que seus Pokémon sejam os melhores dos melhores! Que os três tenham prosperidade em suas vidas como treinadores e nada em suas vidas os abale para desistir daquilo que tanto querem! Em nome da lua, em nome do sol... EU PEÇO FORÇA! E QUE TAPU KOKO OS PROTEJA!
Se iniciou uma pequena reza ali mesmo.
Quando reparei, estávamos todos com os olhos fechados orando juntamente com o Kahuna, incluindo Kukui e Calem, este que por mais que não soubesse os votos estava ali respeitando e tentando fazer um ''playback'' por cima da minha voz. Ficamos um minuto em silêncio, Hala deixou a sua face séria e começou a gargalhar, nos deixando meio sem jeito, como que ele mudou de personalidade tão rapidamente?
— Olá crianças! — Ele acenou. — Sejam todos muito bem-vindos. É aqui onde vocês irão conhecer os vossos parceiros que os acompanharão até o fim de suas vidas! Lembrem-se escolham com calma e com cuidado, pois será uma escolha sem volta!
Meu primo saltou para cima da arena, o Kahuna se afastou e Kukui pegou nas pokébolas atirando-as para o alto.
— Hora de mostrar os Pokémon inicias de Alola! Rowlet, Litten, Popplio venham dizer um oi!
Os três pokémon caiem na madeira escura da arena, soltando seus ‘’gritos’’, felizes e contentes. Kukui deu um passo para a frente e começou a falar, apontando para o primeiro do lado esquerdo:

— Este aqui é o Rowlet, ele é do tipo Grass e Flying! — É uma coruja redonda e muito fofa, com um laço que parecia ser feito de folhas. Ele deu uns passos para a frente e então mostrou a sua asa direita olhando para Moon com um sorriso. Em seguida gira o seu corpo 180 graus olhando para ela de lado, seguida de uma pequena risada. O ser em forma de antena sai novamente do laboratório, mas com uma forma diferente a anterior, não era mais uma antena e se semelhava mais a um videogame vermelho e então com uma voz semelhante à de uma pequena criança, ele fala:

— '' Rowlet consegue atacar sem fazer um único ruído! Voa silenciosamente pelos céus, aproximando-se do seu adversário sem ser detetado, e ataca com pontapés poderosos. Também pode atacar à distância utilizando folhas extremamente afiadas que fazem parte das suas penas. ''

A mulher, deitou-se no seu sofá azul como se fosse uma pedra, ao seu lado um monte de bagagem para viagem. Alta, bela e muito bem reservada, quem a visse já mais pensara que esta era mãe de dois filhos adolescentes, uma pele morena como os demais habitantes da região de Alola vestindo uma saia amarela florida, combinada com uma blusinha branca do mais puro algodão. Com um ar descontraído e até com um tom de felicidade ela solta as palavras que parecia não dizer á anos:

— Finalmente, estou de FÉRIAS! — Seus filhos saem dos seus quartos lentamente, ainda era muito cedo, talvez pelas seis horas da manhã que apesar das horas. o sol de Alola já batia fortemente nos rostos das pessoas e nas flores coloridas e vivas. Cansados os garotos bocejavam ao mesmo tempo. Tinham acabado de acordar com o barulho de sua mãe pela manha toda, era impossível os dois conseguirem dormir e assim como sua mãe, eles também estavam de férias logo era óbvio que queriam dormir até tarde, Kai, o filho mais novo e o mais resmungão não hesitou em reclamar com a sua mãe.

  — MÃÃÃEEEE! São seis da manhã ainda!! E SÃO FÉRIAS, NINGUEM ACORDA ÁS 6 DA MANHA DE FERIAS É DE LOUCOS. — A mulher se levantou do sofá e andou até Sun dando um leve cotoco na cabeça. Ela pegou nos seus óculos escuros que estavam na bancada da cozinha e colocou-os, pegando logo em seguida nas suas malas.

— Meus queridos, não quero nada de bagunça! Se quando eu chegar nesta casa e tiver um algo fora do sítio, vocês vão ver só!  — Disse ela, com aquele seu sorriso. Calem já estava colocando leite em seu copo, para ele já não iria dormir mais, mas algo despertou o seu interesse e decidiu perguntar ainda com um ar sonolento:

— Mas você não ia com o pai?

— Ele já está lá fora no carro, colocando a bagagem. Ei!  Não tente desviar da conversa Calem!! — Ela parou por uns momentos, pensando no que iria falar. —Ah! Nada de festas, trazer amigos para dormir aqui durante a nossa ausência! 

— Como se eu fosse fazer isso mãe...  —  Brincou Kai, indo em direção á cozinha para buscar algo para comer. 

— Da última vez que vos deixei com o vosso pai os dois deixaram esta casa um completo nojo! E só fiquei fora dois dias, dois dias! — Calem vai até sua mãe empurrando-lhe lentamente para a porta com as malas

— Que exagero mãe! Agora vão lá para vossas férias, o avião vos espera... 

— Não se esqueçam de alimentar o Meowth!

 — Sim...

 — E o Rockruff...

 — Siiimm

 — E de dar água ás plantas!

— Sim mamãe, nós prometemos que não esquecemos de nada disso! Certo, Kai?  — Kai que estava já estava sentado no sofá fez um joinha para sua mulher, que depois de falar aquilo tudo parecia estar mais descontraída, mas apareceu que aquilo não era tudo:

— Aaaahh... Não se esqueça que é hoje que você vai pegar o seu’ ‘Pokémon Inicial '', Kai! Por isso ao saírem tranquem a porta, não quero que ninguém vandalize a minha casa! — Ela após isso saiu de casa acenando e mandando muitos beijinhos para os seus filhos através da janela da sala.

— Tchaauu! — Grita Kai acenando através da janela, o jipe sumiu da vista e então, correndo em direção ao gigantesco sofá, Kai atira-se para cima como se estivesse nadando, o pobre do Meowh que ali dormia correu em direção ao quarto do garoto, assustado com o rabo entre as pernas.

— Aaaahh finalmente, a casa só para nós. É só uma pena que não vamos ficar sozinhos por muito tempo, o Primo Kukui depois de entregar os iniciais vem connosco para casa — Termina Kai, deitado na cama com um leve sorriso, seu irmão se senta na poltrona pegando no controle e ligando a Tv respondendo-lhe enquanto trocava de canal.

— É… Mas o primo é bem legal, com certeza ele vai nos deixar fazer praticamente tudo. Até porque estamos os dois de férias além que ele podia te dar umas boas aulas de como treinar os seus Pokémon, já que vai se tornar um treinador Pokémon não acha?

— Hahahah! — Kai riu num tom irónico e continuou.

— Por favor Calem… Estou de férias e tudo o que eu menos quero é aulas, quero me divertir!!! Além que o inicial não vai ser eu meu primeiro Pokémon, tá? Eu tenho o Rockruff.

— Eu não digo que não, mas treinar e aprender nunca é demais. Principalmente este ano… que dizem que vai ser incrível, vai existir Liga Pokémon e a tradição dos Desafios das Ilhas vai ser revivido e muitos e muitos treinadores querem ser conhecidos como ‘’ O Primeiro Campeão De Alola’’. Eu em Kalos por exemplo tive muita dificuldade para me tornar campeão, pensava que nem você e tive que treinar muito e mudar a minha mentalidade para me tornar o que sou hoje… — Calem fechou os seus olhos e a nostalgia começou a bater forte no seu peito.

— Percebeu Kai?

Quando olhou bem para o seu irmão reparou que ele estava dormindo, que todo aquele discurso foi para ninguém. Suspirou, soltou um pequeno sorriso, levantou-se da poltrona e pegou no seu irmão e levando-o para o seu quarto. 

— Desde pequeno, que você não gosta de acordar cedo…

Sun

Já eram quatro e meia da tarde e a entrega dos Pokémon Iniciais não iria demorar muito para acontecer, Kukui tinha me contado que após a entrega deles iriamos fazer uma grande festa de comemoração com uma luta digna para os Tapus, hoje seria o último dia e eu e mais duas pessoas iriamos ser os últimos a ter tal privilégio. Deste que Calem voltou para Alola, tenho vindo a treinar muito com ele, usando o Rockruff e até o Persian, aprendi diversas táticas e ideias que posso usar em batalha (apesar de eu não precisar né?). Enfim… faltando pouco tempo para a minha grande escolha peguei na minha mochila (que me acompanhará para sempre) e na Pokébola onde estava Rockruff, calcei meus sapatos de corrida, no meu chapéu para me proteger do sol mortífero de Alola e sai correndo do quarto de forma disparada.

Mas antes que pudesse sair de casa assim fui interrompido pelo irmão que apareceu bem na minha frente, tombei tão rápido como corri, ele me ajuda a levantar e então começa o interrogatório:

— Onde você pensa que vai irmãozinho? — Interroga.

— Não é obvio? Sei lá… hoje eu acho que tenho que ir pegar o meu Pokémon Inicial, só acho…

— Meu deus, ainda hoje falamos nisso e eu já esqueci. Não me diga que ia sem mim! — Tento disfarçar, mas ele já tinha percebido que sim, eu ia sem ele. Calem cruza levemente os seus braços.

— É…, mas não tente! Você não vai escapar de mim, eu vou com você!

  — Tá, tá! Pega aí as chaves e vamos! — Não tinha outra opção, contente Calem salta de felicidade e continua.

 — Faz tempo que não visito o laboratório do Primo, deste que cheguei que só tenho ficando em casa e indo no máximo

***

Já tínhamos saído a um bom tempo de casa, caminhávamos lentamente em direção ao campo sagrado de Melemele onde seria ali feita a entrega dos Pokémon inicias que eu tanto almejava e sonhava durante todo este tempo. Seria uma dádiva dos deuses Solgaleo e Lunala deixarem me poder dominar um dos três Pokémon raros ali em Alola e que apenas poderiam ser obtidos pelo Professor Kukui. Calem parecia fascinado, já não se lembrava de quase nada sobre suas terras, dando a sensação de ser um turista nas ilhas de Alola, tirando fotografias a tudo que era sítio e ainda nem estávamos na melhor parte...  Subimos um pequeno morro verdejante, dominado pelas flores de diversas cores, estávamos no início do verão, a melhor época para ficar em Alola para um turista, é nessa época que acontecem as mais diversas tradições e Alola parece ganhar mais vida, as pessoas ficam mais felizes e alegres.

Ao subirmos ponto da colina, não tinha nada de mais a não ser seis casas ali ao redor e pequenas escadinhas que nos dava a entrada para o campo sagrado, mas o impressionante era a vista. Dali, nós víamos a grande cidade de Melemele, dava para ver também uma grande parte da costa e o lindo mar azul, e o assustador vulcão Mauna Loa, adormecido e que no centro virou um vale de puro verde e flores nesta época do ano.

— Esperem por mim! — Aquela voz era irreconhecível. Viro-me e vejo Hau, meu grande amigo. Moreno e malhado, seus cabelos verdes estavam presos, com algumas mexas caindo sobre o rosto. Vestia uma T-shirt preta com uma bermuda laranja com detalhes floridos. Umas sandálias da mesma cor e a sua mochila laranja clássica que ele usava sempre que ia saia.

— Hau! — Falei espantando ao vê-lo. 


— Aloha Kai! Vejo que também foi convidado para pegar o seu inicial — Diz ele com sorriso aberto e fazendo um símbolo com a mão, significava paz.

— É! 

Confirmo, viro parte do meu tronco para apresentar meu irmão (obvio que Hau iria reconhece-lo) — Bem... este é o meu irmão Calem, Calem este é o Hau

— Calem? O campeão de Kalos? — Pergunta Hau com grande ar de fascino em seus olhos que brilhavam fortemente. Ele dá um pulo para se aproximar de Cal, que fica sem jeito. — Mas o que você faz aqui? 

— Eeer, vim passar umas férias, muitas batalhas estão me deixando louco então vim para relaxar um pouco nestas lindas ilhas!  — Afirma Calem mostrando a linda paisagem com as mãos. 

— Eu entendo... — Ele se afasta. — Nada melhor que umas boas férias nas ilhas de Alola para relaxar um pouco não é verdade? Sou muito sua fã cara, você é incrível.

Hau soltou um sorriso que só ele sabia soltar, ficou num ar relaxado e então informa-me de algo que eu pouco esperava

— Aaah... como eu ia me esquecer, eu não vim sozinho!

‘’Aloha Kaiiii!’’

Ouvir aquela linda voz, fez o meu coração bater a mil e meus ouvidos não acreditavam no que ouviam, a garota saiu por de trás de Hau (espera como?)  e apesar ter lhe ter reconhecido logo pela voz, a sua face só me fez ter a certeza que era ela. A linda, maravilhosa e esperta:  Moana Moon. Uma amiga de infância assim como Hau.

Já não lhe via a anos.  Ela mudou-se para Ula ‘Ula, uma ilha muito maior que a nossa para continuar os seus estudos, obrigada pelo pai, para seguir a carreira de médica pokémon.


Parecia estar muito mais bonita, da última vez que lhe vi ela possuía cabelos loiros e curtos, mas agora estavam coloração preta, muitos escuros e um tanto quanto crescidos, passando do ombro dela com belas tranças. Seus olhos tinham a mesma tonalidade dos meus, azulados. Vestia um short branco e um top laranja florida com detalhes vermelhos, umas sandálias esverdeadas e carregava consigo uma bolsa parecendo uma fatia de melancia de cor amarela

— Moana! O que faz aqui? Não me diga que veio pegar seu Pokémon também!? — Pergunto curioso.

— AAAAAHHH CALEM?!!  — Ela simplesmente me ignora.

Passa correndo que nem uma louca assim como Hau, aproximando-se de Cal quase o beijando de tão próximos que estavam, por momentos, tive um pouco de ciúmes (sempre fui apaixonado por ela e agora que finalmente a esqueço ela decide aparecer).

— Você é incrível cara!

Calem parece ficar mais ainda constrangido e responde-lhe balançando a sua cabeça e agradecendo com um sorriso sem jeito. Ela então olha para mim e me dá um abraço fortíssimo (quase que fico sem ar), fazia tempo que não sentia o cheiro dos seus belos cabelos.

Me larga e então volta a falar:

  —  Bingo! — Confirma, estalando os seus dedos enquanto gira. — Eu também fui convidada para pegar o meu Pokémon inicial, olhe aqui...   — Moon (como gosta de ser chamada), retira da sua bolsa a carta igualzinha a minha e antes mesmo que eu lhe pudesse perguntar mais sobre como foi a sua vida em Ula’ ula, um homem aparece por trás de Hau e Moana, interrompendo a nossa conversa. 

Os dois jovens se viraram curiosos sentindo a grande presença da pessoa, para ver quem era aquela figura cujo interrompera uma conversa que provavelmente iria durar anos, tínhamos tanta coisa para por em dia, falar sobre as novidades e do que Moon perdera em Melemele.

— Aloha Crianças!


 Era Kukui! Meu primo! Um homem que mostrava através do seu jaleco longos músculos e bem definidos, eram poucos que davam para Kukui uns 30 anos de idade, com aquela cara de 20 e aquele corpo. Minha mãe sempre lhe disse que por ele o tempo não parecia passar e até com 60 anos ele manteria aquela cara jovem e aquele corpo de dar inveja. Ele usava bermudas compridas e um boné branco prendendo o seu cabelo na parte de trás, e o seu longo jaleco de pesquisador, com um crachá escrito “Professor Kukui”.

— Vocês fazem tanto barulho! — Atrás dele um objeto flutuante aparece, parecendo uma autêntica antena vermelha com vida própria. — O que você está fazendo aqui? Volte para dentro!

Resmunga o homem tentando empurrar aquele objeto flutuante para dentro do seu bolso e então continua onde tinha parado. — Então como vão todos? 

—  Bem! — Afirmamos todos ao mesmo tempo como se fossemos alunos da infantil.

— Vocês os três foram convidados para pegar um dos inicias de Alola! Por isso estão aqui! Vamos deixar de brincadeiras e começar com a coisa que vocês mais querem! Pegar seus inicias! Mas antes disso...

Kukui passa-nos à frente e segue em direção á arena onde era apenas ali realizada as batalhas sagradas, em honra aos Deuses Solgaleo e Lunala e ao tão poderoso guardião daquela ilha: Tapu Koko, seguimos todos o meu primo, muito alegres e falando entre em nos baixinhos para que ele não nos pudesse ouvir, parecia que estávamos na escola de novo.

A arena estava com três pokebolas ali paradas, e ao lado delas um homem barrigudo e barbudo, ele vestia uma camiseta azul sob uma camisa amarela florida ao estilo aloiano e estava de shorts. Na hora reconheci como o Kahuna da ilha de Melemele: Hala. Para vocês que não sabem o que são Kahunas são tipo os guardiões da ilha, existem quatro no total e eles trabalham todos juntos para manter a paz e a segurança em Alola.

Sabia que ele era barulhento e falava alto e sempre estava gargalhando, pelo menos era o que o Hau me contava, aquele era o seu avô. Naquele momento sua face era séria. Um discurso se iniciou.

— Pela ordem de Lunala e a pela paz de Solgaleo, peço com todo meu coração cheio de amor e de afeto para estes belos deuses, que estes jovens possam ser grandes treinadores no futuro! Que seus Pokémon sejam os melhores dos melhores! Que os três tenham prosperidade em suas vidas como treinadores e nada em suas vidas os abale para desistir daquilo que tanto querem! Em nome da lua, em nome do sol... EU PEÇO FORÇA! E QUE TAPU KOKO OS PROTEJA!

Se iniciou uma pequena reza ali mesmo.

Quando reparei, estávamos todos com os olhos fechados orando juntamente com o Kahuna, incluindo Kukui e Calem, este que por mais que não soubesse os votos estava ali respeitando e tentando fazer um ''playback'' por cima da minha voz. Ficamos um minuto em silêncio, Hala deixou a sua face séria e começou a gargalhar, nos deixando meio sem jeito, como que ele mudou de personalidade tão rapidamente?

— Olá crianças! — Ele acenou. — Sejam todos muito bem-vindos. É aqui onde vocês irão conhecer os vossos parceiros que os acompanharão até o fim de suas vidas! Lembrem-se escolham com calma e com cuidado, pois será uma escolha sem volta! 

Meu primo saltou para cima da arena, o Kahuna se afastou e Kukui pegou nas pokébolas atirando-as para o alto.

— Hora de mostrar os Pokémon inicias de Alola! Rowlet, Litten, Popplio venham dizer um oi!

Os três pokémon caiem na madeira escura da arena, soltando seus ‘’gritos’’, felizes e contentes. Kukui deu um passo para a frente e começou a falar, apontando para o primeiro do lado esquerdo:

— Este aqui é o Rowlet, ele é do tipo Grass e Flying! — É uma coruja redonda e muito fofa, com um laço que parecia ser feito de folhas. Ele deu uns passos para a frente e então mostrou a sua asa direita olhando para Moon com um sorriso. Em seguida gira o seu corpo 180 graus olhando para ela de lado, seguida de uma pequena risada. O ser em forma de antena sai novamente do laboratório, mas com uma forma diferente a anterior, não era mais uma antena e se semelhava mais a um videogame vermelho e então com uma voz semelhante à de uma pequena criança, ele fala:

'' Rowlet consegue atacar sem fazer um único ruído! Voa silenciosamente pelos céus, aproximando-se do seu adversário sem ser detetado, e ataca com pontapés poderosos. Também pode atacar à distância utilizando folhas extremamente afiadas que fazem parte das suas penas. ''

— E este aqui, é o Litten! Do tipo Fire! — O pequeno gato preto com detalhes em vermelhos vivo, uns olhos muito chamativos principalmente a sua Escleral que era amarela viva. Ele repara o olhar de todos para ele e mia  para nós num tom de ameaça, arrepiando os pelos de suas costas como se tivéssemos interferido algo, todos se afastaram um pouco e ele começou a lamber sua pata direita se deitando na arena nem um pouco interessado no que estava acontecendo ao redor dele. Tenho que admitir que ele chamou um pouco a minha atenção.

‘’. Racional, mas apaixonado, Litten permanece calmo e não demonstra o que está a sentir. ‘’

Continua a criatura que flutuava em redor do gato, chamando a todos a sua atenção.

  — E por último, mas não mesmos importante... Popplio! — A lontra azul e animada bate palmas ao dizerem o seu nome e então com o seu nariz cria uma pequena bolha que arrebenta, Hau de imediato se aproxima do inicial de água com curiosidade.

— Ei coisa falante! Poderia me dar umas informações sobre ele?

— É uma ela, Hau.  — Informa Kukui com um sorriso amarelo.

— A Popplio?  Ela é garota? — Pergunta Hau curioso, olhando para a lontra.

— Sim! Pokemon inicias fêmeas são muito raras. — Afirma Kukui. 

— Agora é minha vez, seu velho! — O objeto tapa a boca do meu primo com uma de suas ‘’ mãos’’ — ‘’ Popplio nada a uma velocidade de aproximadamente 25 mph. Move-se melhor na água do que em terra. Ainda assim, quando está em terra, tira partido da elasticidade dos seus balões para executar manobras e saltos acrobáticos.  — Informa o videogame girando em redor da lontra. ‘’

— Po Popplio Po! — Responde a pequena lontra batendo com a pata no peito de Hau e antes mesmo de ele falar alguma coisa o videogame interrompe.

— A Popplio disse que você cheira bem e que escolhe você para ser treinador dela!

— UÉ! — Diz Hau já abraçando a lontra com força. — Ainda bem, ela tem bom gosto!

— Acho que já tenho meu escolhido. — Digo, Litten já estava em meus braços, se lambendo todo como um típico felino vaidoso, Calem chegou perto de mim para tentar tocar no tipo fogo, mas este de imediato quis ataca-lo, o campeão parecia não estar habituado com ataques de felinos do nada e grita assustado:

— EEEEEEEII CALMA!

Pego no gato antes dele cair no chão.

Quando dei por mim estávamos todos já com os inicias escolhidos, Rowlet já estava em cima do chapéu de Moon dormindo, enquanto Popplio brincava divertida com o Hau com pequenas bolhas de água saltando para cima delas.

— Então primo, agora que deu os pokémon para eles... vai me dizer o que é essa coisa aí flutuante? — Indaga Cal, apontando para o bicho que não parava de girar no ar.

—AAAAAAAAAAAAAAA — Grito deixando quase Litten cair no chão. — O QUE ISSO NAS MINHAS MÃOS?

— É o óleo do Litten — Responde Kukui rindo da minha cara.

— Ele serve para- — Mas o coitado é interrompido, adivinhem por quem? Pelo maldito videogame vermelho que já começava a me irritar, mas que pela primeira vez dava uma informação útil para mim. — O seu pelo é rico em óleos altamente inflamáveis esse é o motivo para ele estar sempre a lamber o seu pelo. Para usa-lo como combustível em ataques como Ember entre outros! 

— Cala a boca! — Kukui salta para cima da criatura tapando a tela, mas ela rebate.

— Você sabe que tapar a minha boca não vai dar em nada, certooo? — Ele puxa '' o ‘consigo saindo assim das mãos de Kukui, continuando a flutuar olhando para nós.

— Enfim, agora sem nada para nós interromper eu vou vos contar quem é essa ''coisa flutuante'' que vocês tão fartos de perguntar, este é Rotom!

— Rotom? Como assim um Rotom? — Calem pergunta de imediato. — Pelo que eu sei, um Rotom tem 5 variações / transformações. 

— Se acalme meu jovem... Esta Pokedex só fica 100% com Rotom possuindo ela. Obvio que ela também pode ser usada sem o Rotom, mas perde todo o seu encanto...  Logo ele pode fazer qualquer coisa como uma pokedex comum, mas com vários bónus, ele dá-lhe dicas durante a batalha, traduz o que um Pokémon fala e ao contrário das pokedex normais que apenas registam o Pokémon ao ser capturado, Rotom só de ver o pokémon ou ouvir o cry, já lhe dá a informação. Ele tem uma personalidade única! — Kukui pega na criatura e atiro-o ao ar que gargalha de felicidade como se fosse uma criança.

O homem continua:

— Ele possui um pouco do conhecimento do lendário professor Oak, uma lenda entre os professores, sendo considerado o melhor!

— Mas pelo que sei o Rotom de Oak foi um presente do lendário Red. Significa que esse Rotom foi do Red? — Indagou Hau curioso. 

— Exatamente! Demorei exatamente 1 mês para manter contacto com Oak, vários professores querem falar com ele e eu não passava de um mero aluno e o pior é que ele aceitou a minha proposta e hoje somos grandes amigos! Mas também gastei outros meus 2 anos para tornar esta Pokedex a melhor! Um design favorável tanto para o treinador tanto para o Rotom, mas só tem um problema.... Só fiz uma até agora, as próximas só começaram a ser vendidas para a semana.

— UMA!? — Perguntam todos.

— Sim, apenas uma.

— Eu não quero, o meu pai disse que quando iniciasse a minha jornada, ele iria me dar a Pokedex com qual ele iniciou, ele mesmo vai atualizando ela a cada ano para adicionar mais informação a respeito dos Pokémon — A garota se vira um pouco para pegar algo de sua bolsa e retira uma pokedex vermelha e cinza parecendo um celular.

— Eu conheço eu tipo de Pokedex, são as pokedex de Unova. Quando eu comecei a minha jornada elas já eram fabricadas...  

— Eu quero esse Rotom Dex! — Digo, chegando-me na frente ainda com Litten nas mãos (com certa dificuldade para que ele não me escapasse das mãos)

— Querer não é poder meu caro, Kai! EU vou ficar com ela!  — Então Hau se aproxima de mim num ar desafiador olhando-me nos olhos, foi então que quando dei por mim a noite começou a cair e as tochas foram ficando acesas. Barraquinhas vendendo comida começaram a abrir e os moradores dos arredores começaram a aparecer, sem a gente querer Hala tinha planeado um ritual de iniciação como treinadores Pokémon.

    Subimos para a arena com nossos Pokémon com um grande ar vitorioso em nossos rostos, seria obvio que eu iria ganhar, não quero me gabar (mas já me gabando) tive dias treinando com Calem. Nós já tínhamos batalhado algumas vezes na Escola de Hau’o Li mas nunca foi algo valendo uma pokedex tão boa quanto a Rotom Dex (apesar de ser chata também)l utar com Hau seria algo legal e seria algo nostálgico, mas seria fácil, olhei em redor e vi pessoas se aproximando para ver a batalha, Moon olhava para nós com os seus olhos gigantescos e faiscando.

— Afs, se eu soubesse que pegar a Rotom Dex dava direito uma luta eu devia querer pegar também! Sem dúvida vai ser uma incrível batalha — Argumentou Moon com um sorriso de canto na orelha e saltou um apoio para nós os dois:

— VAI HAU! VAI SUN!

Assim como ela eu estava muito ansioso, seria a minha primeira batalha pokémon oficial e eu não podia perder, porque agora eu tinha deixado de vez o Kai para trás e me havia tornado no Sun, o garoto confiável e futuro campeão de Alola.

Procurei por Kukui e Calem, mas eles não estavam ali, estranhei, mas não podia me desconcentrar.

— Está pronto para perder Kai? — Perguntou Hau num tom de deboche, colocando as mãos atrás da cabeça como sempre fazia.

—  Sun, agora é Sun. — Corrigi-o de imediato para ele saber o nickname daquele que o iria derrotar.

— Seja lá como for.… eu não vou perder, eu quero aquele Rotom!

—  E eu também!

Hala então ficou no lado de fora da arena e começou a gritar para que todos o pudessem ouvir e um clima de festa foi implantando com batidas nos tambores e sons tribais alolianos, me fazendo cada vez mais entrar no clima de luta... era algo lindo e que ficaria sempre em nossas cabeças.

— Por nossas jornadas. Pelo povo de Melemele. Por Alola. E por Tapu Koko. Esta SERÁ uma grande batalha!

Narrador

— Vamos Pop, vamos mostrar ao Sun quem merece ficar com a Pokedex! — Hau começou alongando-se e então preparou para iniciar o primeiro movimento.

— Sinto-me tão importante. Eles tão lutando por mim! — Afirma a pokedex girando em volta de Moon. O velho Hala retira o um apito da longa manga da camisa e com aquela voz cheia de força ele brada em alto e em bom som:

— Eu serei o juiz, esta batalha será de um contra um, o primeiro Pokémon que ser nocauteado será considerado o perdedor. Prontos?

— Certo! — Afirmam Sun e Hau, os dois ao mesmo tempo.

O homem levanta sua mão para o alto e então uma batida forte é tocada, ele desce a mão e todos ali presentes começam a gritar de alegria iniciando a batalha

— Vamos logo começar com isto! Pop use Pound!

A lontra saltou de imediato para cima do felino que permanecia parado, levando em cheio com a narradeira em seu rosto, fazendo cair no chão com tudo. Popplio estava em vantagem tanto no tipo como também na vontade de querer batalhar.

— Ah? Já? Litten corra em redor do Popplio! — E assim o fez, o gato por mais que tivesse zangado com o seu treinador por não o ter mandado desviar a tempo estava agora consumido pelas chamas com vontade de ganhar.

— Agora! Ember! — Ele gritou. Litten do momento em que Popplio girava para ver onde ele se encontrava cuspia as chamas que iam consumindo o pobre pokémon de água vivo.

— Espero que saiba que esses tipos de ataque não são lá muito eficazes contra o Popplio, né Sun? Ao meu ver você não esta preparado nem para ser um treinador pokémon! Popplio use Water Gun para o céu! — Qual era a ideia de Hau? Com isso ele havia perdido um turno atoa e Sun tinha mais uma oportunidade para atacar, porém o neto de Hala já tinha um plano em mente, nos tempos de escola ele e Sun sempre foram considerados uns prodígios na arte da batalha, não era de menos, um era o neto do Kahuna da ilha e outro era irmão mais novo do CAMPEÃO de Kalos. Mas Hau não tinha a fama de apenas prodígio na batalha como também de estrategista pelos professores da escola, com poucos movimentos de pokémon que ele pouco conhecia ele conseguia fazer magia.

Sun do outro lado da arena ordenou com felicidade:

— O quê? Não me subestime Hau! Scratch!

 O felino sem pensar duas vezes atirou-se em direção ao Popplio como da última vez e afiava suas unhas sobre o pelo azul da lontra que era atirada para longe da arena, deixando Sun com um sorriso em seu rosto.

— Agora olhe para cima Sun! — Gritou Hau, apontando com o dedão para o céu alaranjado. Vinha água e muita água!

Uma pequena chuvada caiu sobre a arena deixando ela molhada, Sun então viu que a estratégia de Hau era deixar o campo molhado para assim a lontra ter melhor facilidade em desviar dos ataques e contra-atacar, alias só ali ele percebeu que Hau usufruiu de cada detalhe falado pela pokedex, será que ele já tinha planejado desde o início que pegaria um Popplio?

— Então era isso que você quis fazer... — Sun percebeu ter caído em mais uma vez uma armadilha assim como na sua última batalha contra Calem. Ele fechou os seus olhos e quando os abriu novamente estava vendo Litten tomando uma surra de todos os lados, a lontra deslizava sobre o chão enquanto acertava diversos pound sobre o felino que aí perdendo cada vez mais do seu Hp, Hau pisou o chão de madeira com força e gritou para o seu pokémon:

— COLOCA O LITTEN DENTRO DE UMA BOLHA! BORA POP!

Popplio saltou por cima de Litten que tentava acerta-lo com uma arranhadela, e então quando o felino percebeu já estava dentro de uma bolha enorme de água.

Sun pensava rápido, ele tinha que procurar alguma estratégia para fazer Popplio perder e Litten sair daquela bolha gigantesca.

— Sai dai Litten! Use Scratch! — O tipo fogo conseguiu, mas quando olhou para onde caia, lá estava Popplio com aquele sorriso, pronto para acerta-lhe com mais um pound no meio da cara.

— Ah! Desta vez não! EMBER! — A cada segundo os dois pokémon estavam se aproximando cada vez e mais. Foi quando o tipo fogo explodiu com aquelas chamas ardentes sobre o corpo de Popplio que caiu no chão, como se tivesse sido jogado com raiva. Sun prosseguiu:

— Leer!

O Pokémon enquanto caia sobre a arena de madeira mandava um olhar feroz para a lontra que de tão assustada fazia o seu status defense abaixar um estágio, então ataques do Litten dariam agora mais dano.

Hau viu a sua vida andar para trás e sendo impulsivo mandou o seu pokémon atacar de qualquer jeito.

— Water Gun, Popplio!

A lontra cuspiu um projétil de água em direção ao gato preto que avisado pelo seu treinador desviou-se para o lado esquerdo e partiu para o ataque, sendo impressionado com a lontra já na sua frente novamente para acertar com um pound na sua cara.

— Já sabia dessa! Scratch! —  O tipo fogo sendo avisado antes do tempo apenas executava com maestria o que ele melhor sabia fazer: Arranhar. Arranhando a pata dianteira da lontra que caiu nocauteada no chão devido a velocidade que vinha.

As pessoas batem palmas pela batalha tão maravilhosa entre dois novos treinadores, todos orgulhosos, incluindo Sun e Hau. Hau que por mais que tivesse perdido sabia que tinha dado o seu melhor juntamente com Popplio.

‘’. Que batalha incrível! ‘

‘’ A melhor de todas até agora! ‘’. Dizia um.

‘’. Esses garotos têm futuro! ‘’

— Você foi muito bem Popplio, agora descanse amiga... — Ele pegou na lontra que sorriu para o seu treinador ainda um pouco triste. E com a pokébola tocou na sua testa fazendo ela retornar para o objeto esférico para descansar.

— E você também Kai, quer dizer... Sun. — Ele caminhou até o seu companheiro e estendeu a mão de forma humilde, com um sorriso no rosto.

— Eu quase perdi Hau, você foi muito melhor que eu- você e a sua Popplio. — Sun estendeu também a mão e ambos se cumprimentaram como uma batalha saudável, sendo ainda mais aplaudidos pelo publico que depois de ter assistido o gesto ia se esvaziando como se fossem formigas.

Uns ainda ficavam para consumir os alimentos nas pequenas barracas, enquanto outros ficaram ali para dançar ao som dos tambores e da música típica, aquilo era uma pequena festa afinal, não poderia acabar por uma simples batalha.

‘’ Professor Kukui!’’

Uma jovem garota de cabelos loiros subia as escadas com velocidade para chegar logo na frente dos rapazes que desciam da arena. A moça usava um vestido branco e um enorme chapéu para lhe proteger do sol escaldante de Alola, com certeza ela não poderia ser de Alola.

— Desculpem... — Ela se aproximou de Hau e de Sun. — Por acaso viram o Professor Kukui? Eu perdi-me completamente nos meus estudos e não consegui comparecer logo cedo.

— Eu vi ele entrar para a casa do Tio Hala, ali com o Calem, mas ele não saiu mais de lá.

 Comenta Sun

A garota se abaixou novamente e sente a sua mochila a vibrar freneticamente como se algo vivo estivesse lá dentro e antes que um dos dois garotos perguntasse algo, ela já disfarçava levantando-se.

— Muito Obrigada, ah meu nome é Lillie e sou eu a ajudante do Professor Kukui, caso tenham alguma dúvida é só falar comigo! — Após se apresentar ela correu logo em direção a casa de Hala, os dois ficaram sem entender nada.

— Ela é sempreee assim, é bem esquisita para falar a verdade! — Debocha Rotom. — Ela tem os seus problemas...

—  Bem, eu posso não ter ganhado o Rotom, certo? Mas mesmo assim quero comemorar e depois de amanha gostaria de convidar vocês todos para a minha Surf House, passar lá uma semana!  — Hau salta empolgado.

— Surf Quê? — Pergunta Calem saindo de casa, junto com Professor Kukui.

— Surf House, casa para surfistas. É uma casa próxima a praia na qual muitos surfistas alugam-na para não ter grandes viagens para puder surfar. — Explica Moon. — Como eu estou em uma jornada, eu alinho! — Diz ela de bom grado.

— Eu tamb-

— Você nada! Não se esqueça que temos que cuidar a casa! — Interrompe o campeão.

— Vocês podem ir! Eu falo com a Tia Ki a respeito. Eu vou fazendo as visitas enquanto vocês se divertem, Ok?

— Best Cousin!  — Kai corre até Kukui e então eles fazem um toque especial que só eles sabem.

— Obrigado Kukui — Agradece Calem já descansado. Sun volta a interromper, perguntando algo que trouxe a curiosidade do seu primo mais velho que o encarou um pouco supresso.

— Ah Kukui, você viu a sua assistente chegando?

Lillie

— Aí meu Arceus... quase fui apanhada! — Me escondi em um dos quartos do laboratório e segura, tranco a porta e então finalmente consigo tirar da minha mala, Nebby

Uma criatura com um tamanho pouco maior que uma laranja. Parecia uma concentração de gases com um tom das galáxias cintilando no espaço sideral sobre ele.

Ele salta da mala contente e cheio de energia fazendo barulho enquanto me deito no chão completamente casada, soltando um leve sorriso vendo Nebby parecer estar feliz. — Nebby, nunca mais faça isso quando estiver na mala, por favor.... Tivemos muita sorte que o Professor não nos viu entrar... — A sua voz falhava, ela fechou os olhos e descansou por ali mesmo, enquanto o monstro fofinho foi em seu encontro dando-lhe um pequeno abraço….

A mulher, deitou-se no seu sofá azul como se fosse uma pedra, ao seu lado um monte de bagagem para viagem. Alta, bela e muito bem reservada, quem a visse já mais pensara que esta era mãe de dois filhos adolescentes, uma pele morena como os demais habitantes da região de Alola vestindo uma saia amarela florida, combinada com uma blusinha branca do mais puro algodão. Com um ar descontraído e até com um tom de felicidade ela solta as palavras que parecia não dizer á anos:

— Finalmente, estou de FÉRIAS! — Seus filhos saem dos seus quartos lentamente, ainda era muito cedo, talvez pelas seis horas da manhã que apesar das horas. o sol de Alola já batia fortemente nos rostos das pessoas e nas flores coloridas e vivas. Cansados os garotos bocejavam ao mesmo tempo. Tinham acabado de acordar com o barulho de sua mãe pela manha toda, era impossível os dois conseguirem dormir e assim como sua mãe, eles também estavam de férias logo era óbvio que queriam dormir até tarde, Kai, o filho mais novo e o mais resmungão não hesitou em reclamar com a sua mãe.

  — MÃÃÃEEEE! São seis da manhã ainda!! E SÃO FÉRIAS, NINGUEM ACORDA ÁS 6 DA MANHA DE FERIAS É DE LOUCOS. — A mulher se levantou do sofá e andou até Sun dando um leve cotoco na cabeça. Ela pegou nos seus óculos escuros que estavam na bancada da cozinha e colocou-os, pegando logo em seguida nas suas malas.

— Meus queridos, não quero nada de bagunça! Se quando eu chegar nesta casa e tiver um algo fora do sítio, vocês vão ver só!  — Disse ela, com aquele seu sorriso. Calem já estava colocando leite em seu copo, para ele já não iria dormir mais, mas algo despertou o seu interesse e decidiu perguntar ainda com um ar sonolento:

— Mas você não ia com o pai?

— Ele já está lá fora no carro, colocando a bagagem. Ei!  Não tente desviar da conversa Calem!! — Ela parou por uns momentos, pensando no que iria falar. —Ah! Nada de festas, trazer amigos para dormir aqui durante a nossa ausência! 

— Como se eu fosse fazer isso mãe...  —  Brincou Kai, indo em direção á cozinha para buscar algo para comer. 

— Da última vez que vos deixei com o vosso pai os dois deixaram esta casa um completo nojo! E só fiquei fora dois dias, dois dias! — Calem vai até sua mãe empurrando-lhe lentamente para a porta com as malas

— Que exagero mãe! Agora vão lá para vossas férias, o avião vos espera... 

— Não se esqueçam de alimentar o Meowth!

 — Sim...

 — E o Rockruff...

 — Siiimm

 — E de dar água ás plantas!

— Sim mamãe, nós prometemos que não esquecemos de nada disso! Certo, Kai?  — Kai que estava já estava sentado no sofá fez um joinha para sua mulher, que depois de falar aquilo tudo parecia estar mais descontraída, mas apareceu que aquilo não era tudo:

— Aaaahh... Não se esqueça que é hoje que você vai pegar o seu’ ‘Pokémon Inicial '', Kai! Por isso ao saírem tranquem a porta, não quero que ninguém vandalize a minha casa! — Ela após isso saiu de casa acenando e mandando muitos beijinhos para os seus filhos através da janela da sala.

— Tchaauu! — Grita Kai acenando através da janela, o jipe sumiu da vista e então, correndo em direção ao gigantesco sofá, Kai atira-se para cima como se estivesse nadando, o pobre do Meowh que ali dormia correu em direção ao quarto do garoto, assustado com o rabo entre as pernas.

— Aaaahh finalmente, a casa só para nós. É só uma pena que não vamos ficar sozinhos por muito tempo, o Primo Kukui depois de entregar os iniciais vem connosco para casa — Termina Kai, deitado na cama com um leve sorriso, seu irmão se senta na poltrona pegando no controle e ligando a Tv respondendo-lhe enquanto trocava de canal.

— É… Mas o primo é bem legal, com certeza ele vai nos deixar fazer praticamente tudo. Até porque estamos os dois de férias além que ele podia te dar umas boas aulas de como treinar os seus Pokémon, já que vai se tornar um treinador Pokémon não acha?

— Hahahah! — Kai riu num tom irónico e continuou.

— Por favor Calem… Estou de férias e tudo o que eu menos quero é aulas, quero me divertir!!! Além que o inicial não vai ser eu meu primeiro Pokémon, tá? Eu tenho o Rockruff.

— Eu não digo que não, mas treinar e aprender nunca é demais. Principalmente este ano… que dizem que vai ser incrível, vai existir Liga Pokémon e a tradição dos Desafios das Ilhas vai ser revivido e muitos e muitos treinadores querem ser conhecidos como ‘’ O Primeiro Campeão De Alola’’. Eu em Kalos por exemplo tive muita dificuldade para me tornar campeão, pensava que nem você e tive que treinar muito e mudar a minha mentalidade para me tornar o que sou hoje… — Calem fechou os seus olhos e a nostalgia começou a bater forte no seu peito.

— Percebeu Kai?

Quando olhou bem para o seu irmão reparou que ele estava dormindo, que todo aquele discurso foi para ninguém. Suspirou, soltou um pequeno sorriso, levantou-se da poltrona e pegou no seu irmão e levando-o para o seu quarto. 

— Desde pequeno, que você não gosta de acordar cedo…

Sun

Já eram quatro e meia da tarde e a entrega dos Pokémon Iniciais não iria demorar muito para acontecer, Kukui tinha me contado que após a entrega deles iriamos fazer uma grande festa de comemoração com uma luta digna para os Tapus, hoje seria o último dia e eu e mais duas pessoas iriamos ser os últimos a ter tal privilégio. Deste que Calem voltou para Alola, tenho vindo a treinar muito com ele, usando o Rockruff e até o Persian, aprendi diversas táticas e ideias que posso usar em batalha (apesar de eu não precisar né?). Enfim… faltando pouco tempo para a minha grande escolha peguei na minha mochila (que me acompanhará para sempre) e na Pokébola onde estava Rockruff, calcei meus sapatos de corrida, no meu chapéu para me proteger do sol mortífero de Alola e sai correndo do quarto de forma disparada.

Mas antes que pudesse sair de casa assim fui interrompido pelo irmão que apareceu bem na minha frente, tombei tão rápido como corri, ele me ajuda a levantar e então começa o interrogatório:

— Onde você pensa que vai irmãozinho? — Interroga.

— Não é obvio? Sei lá… hoje eu acho que tenho que ir pegar o meu Pokémon Inicial, só acho…

— Meu deus, ainda hoje falamos nisso e eu já esqueci. Não me diga que ia sem mim! — Tento disfarçar, mas ele já tinha percebido que sim, eu ia sem ele. Calem cruza levemente os seus braços.

— É…, mas não tente! Você não vai escapar de mim, eu vou com você!

  — Tá, tá! Pega aí as chaves e vamos! — Não tinha outra opção, contente Calem salta de felicidade e continua.

 — Faz tempo que não visito o laboratório do Primo, deste que cheguei que só tenho ficando em casa e indo no máximo

***

Já tínhamos saído a um bom tempo de casa, caminhávamos lentamente em direção ao campo sagrado de Melemele onde seria ali feita a entrega dos Pokémon inicias que eu tanto almejava e sonhava durante todo este tempo. Seria uma dádiva dos deuses Solgaleo e Lunala deixarem me poder dominar um dos três Pokémon raros ali em Alola e que apenas poderiam ser obtidos pelo Professor Kukui. Calem parecia fascinado, já não se lembrava de quase nada sobre suas terras, dando a sensação de ser um turista nas ilhas de Alola, tirando fotografias a tudo que era sítio e ainda nem estávamos na melhor parte...  Subimos um pequeno morro verdejante, dominado pelas flores de diversas cores, estávamos no início do verão, a melhor época para ficar em Alola para um turista, é nessa época que acontecem as mais diversas tradições e Alola parece ganhar mais vida, as pessoas ficam mais felizes e alegres.

Ao subirmos ponto da colina, não tinha nada de mais a não ser seis casas ali ao redor e pequenas escadinhas que nos dava a entrada para o campo sagrado, mas o impressionante era a vista. Dali, nós víamos a grande cidade de Melemele, dava para ver também uma grande parte da costa e o lindo mar azul, e o assustador vulcão Mauna Loa, adormecido e que no centro virou um vale de puro verde e flores nesta época do ano.

— Esperem por mim! — Aquela voz era irreconhecível. Viro-me e vejo Hau, meu grande amigo. Moreno e malhado, seus cabelos verdes estavam presos, com algumas mexas caindo sobre o rosto. Vestia uma T-shirt preta com uma bermuda laranja com detalhes floridos. Umas sandálias da mesma cor e a sua mochila laranja clássica que ele usava sempre que ia saia.

— Hau! — Falei espantando ao vê-lo. 


— Aloha Kai! Vejo que também foi convidado para pegar o seu inicial — Diz ele com sorriso aberto e fazendo um símbolo com a mão, significava paz.

— É! 

Confirmo, viro parte do meu tronco para apresentar meu irmão (obvio que Hau iria reconhece-lo) — Bem... este é o meu irmão Calem, Calem este é o Hau

— Calem? O campeão de Kalos? — Pergunta Hau com grande ar de fascino em seus olhos que brilhavam fortemente. Ele dá um pulo para se aproximar de Cal, que fica sem jeito. — Mas o que você faz aqui? 

— Eeer, vim passar umas férias, muitas batalhas estão me deixando louco então vim para relaxar um pouco nestas lindas ilhas!  — Afirma Calem mostrando a linda paisagem com as mãos. 

— Eu entendo... — Ele se afasta. — Nada melhor que umas boas férias nas ilhas de Alola para relaxar um pouco não é verdade? Sou muito sua fã cara, você é incrível.

Hau soltou um sorriso que só ele sabia soltar, ficou num ar relaxado e então informa-me de algo que eu pouco esperava

— Aaah... como eu ia me esquecer, eu não vim sozinho!

‘’Aloha Kaiiii!’’

Ouvir aquela linda voz, fez o meu coração bater a mil e meus ouvidos não acreditavam no que ouviam, a garota saiu por de trás de Hau (espera como?)  e apesar ter lhe ter reconhecido logo pela voz, a sua face só me fez ter a certeza que era ela. A linda, maravilhosa e esperta:  Moana Moon. Uma amiga de infância assim como Hau.

Já não lhe via a anos.  Ela mudou-se para Ula ‘Ula, uma ilha muito maior que a nossa para continuar os seus estudos, obrigada pelo pai, para seguir a carreira de médica pokémon.


Parecia estar muito mais bonita, da última vez que lhe vi ela possuía cabelos loiros e curtos, mas agora estavam coloração preta, muitos escuros e um tanto quanto crescidos, passando do ombro dela com belas tranças. Seus olhos tinham a mesma tonalidade dos meus, azulados. Vestia um short branco e um top laranja florida com detalhes vermelhos, umas sandálias esverdeadas e carregava consigo uma bolsa parecendo uma fatia de melancia de cor amarela

— Moana! O que faz aqui? Não me diga que veio pegar seu Pokémon também!? — Pergunto curioso.

— AAAAAHHH CALEM?!!  — Ela simplesmente me ignora.

Passa correndo que nem uma louca assim como Hau, aproximando-se de Cal quase o beijando de tão próximos que estavam, por momentos, tive um pouco de ciúmes (sempre fui apaixonado por ela e agora que finalmente a esqueço ela decide aparecer).

— Você é incrível cara!

Calem parece ficar mais ainda constrangido e responde-lhe balançando a sua cabeça e agradecendo com um sorriso sem jeito. Ela então olha para mim e me dá um abraço fortíssimo (quase que fico sem ar), fazia tempo que não sentia o cheiro dos seus belos cabelos.

Me larga e então volta a falar:

  —  Bingo! — Confirma, estalando os seus dedos enquanto gira. — Eu também fui convidada para pegar o meu Pokémon inicial, olhe aqui...   — Moon (como gosta de ser chamada), retira da sua bolsa a carta igualzinha a minha e antes mesmo que eu lhe pudesse perguntar mais sobre como foi a sua vida em Ula’ ula, um homem aparece por trás de Hau e Moana, interrompendo a nossa conversa. 

Os dois jovens se viraram curiosos sentindo a grande presença da pessoa, para ver quem era aquela figura cujo interrompera uma conversa que provavelmente iria durar anos, tínhamos tanta coisa para por em dia, falar sobre as novidades e do que Moon perdera em Melemele.

— Aloha Crianças!


 Era Kukui! Meu primo! Um homem que mostrava através do seu jaleco longos músculos e bem definidos, eram poucos que davam para Kukui uns 30 anos de idade, com aquela cara de 20 e aquele corpo. Minha mãe sempre lhe disse que por ele o tempo não parecia passar e até com 60 anos ele manteria aquela cara jovem e aquele corpo de dar inveja. Ele usava bermudas compridas e um boné branco prendendo o seu cabelo na parte de trás, e o seu longo jaleco de pesquisador, com um crachá escrito “Professor Kukui”.

— Vocês fazem tanto barulho! — Atrás dele um objeto flutuante aparece, parecendo uma autêntica antena vermelha com vida própria. — O que você está fazendo aqui? Volte para dentro!

Resmunga o homem tentando empurrar aquele objeto flutuante para dentro do seu bolso e então continua onde tinha parado. — Então como vão todos? 

—  Bem! — Afirmamos todos ao mesmo tempo como se fossemos alunos da infantil.

— Vocês os três foram convidados para pegar um dos inicias de Alola! Por isso estão aqui! Vamos deixar de brincadeiras e começar com a coisa que vocês mais querem! Pegar seus inicias! Mas antes disso...

Kukui passa-nos à frente e segue em direção á arena onde era apenas ali realizada as batalhas sagradas, em honra aos Deuses Solgaleo e Lunala e ao tão poderoso guardião daquela ilha: Tapu Koko, seguimos todos o meu primo, muito alegres e falando entre em nos baixinhos para que ele não nos pudesse ouvir, parecia que estávamos na escola de novo.

A arena estava com três pokebolas ali paradas, e ao lado delas um homem barrigudo e barbudo, ele vestia uma camiseta azul sob uma camisa amarela florida ao estilo aloiano e estava de shorts. Na hora reconheci como o Kahuna da ilha de Melemele: Hala. Para vocês que não sabem o que são Kahunas são tipo os guardiões da ilha, existem quatro no total e eles trabalham todos juntos para manter a paz e a segurança em Alola.

Sabia que ele era barulhento e falava alto e sempre estava gargalhando, pelo menos era o que o Hau me contava, aquele era o seu avô. Naquele momento sua face era séria. Um discurso se iniciou.

— Pela ordem de Lunala e a pela paz de Solgaleo, peço com todo meu coração cheio de amor e de afeto para estes belos deuses, que estes jovens possam ser grandes treinadores no futuro! Que seus Pokémon sejam os melhores dos melhores! Que os três tenham prosperidade em suas vidas como treinadores e nada em suas vidas os abale para desistir daquilo que tanto querem! Em nome da lua, em nome do sol... EU PEÇO FORÇA! E QUE TAPU KOKO OS PROTEJA!

Se iniciou uma pequena reza ali mesmo.

Quando reparei, estávamos todos com os olhos fechados orando juntamente com o Kahuna, incluindo Kukui e Calem, este que por mais que não soubesse os votos estava ali respeitando e tentando fazer um ''playback'' por cima da minha voz. Ficamos um minuto em silêncio, Hala deixou a sua face séria e começou a gargalhar, nos deixando meio sem jeito, como que ele mudou de personalidade tão rapidamente?

— Olá crianças! — Ele acenou. — Sejam todos muito bem-vindos. É aqui onde vocês irão conhecer os vossos parceiros que os acompanharão até o fim de suas vidas! Lembrem-se escolham com calma e com cuidado, pois será uma escolha sem volta! 

Meu primo saltou para cima da arena, o Kahuna se afastou e Kukui pegou nas pokébolas atirando-as para o alto.

— Hora de mostrar os Pokémon inicias de Alola! Rowlet, Litten, Popplio venham dizer um oi!

Os três pokémon caiem na madeira escura da arena, soltando seus ‘’gritos’’, felizes e contentes. Kukui deu um passo para a frente e começou a falar, apontando para o primeiro do lado esquerdo:

— Este aqui é o Rowlet, ele é do tipo Grass e Flying! — É uma coruja redonda e muito fofa, com um laço que parecia ser feito de folhas. Ele deu uns passos para a frente e então mostrou a sua asa direita olhando para Moon com um sorriso. Em seguida gira o seu corpo 180 graus olhando para ela de lado, seguida de uma pequena risada. O ser em forma de antena sai novamente do laboratório, mas com uma forma diferente a anterior, não era mais uma antena e se semelhava mais a um videogame vermelho e então com uma voz semelhante à de uma pequena criança, ele fala:

'' Rowlet consegue atacar sem fazer um único ruído! Voa silenciosamente pelos céus, aproximando-se do seu adversário sem ser detetado, e ataca com pontapés poderosos. Também pode atacar à distância utilizando folhas extremamente afiadas que fazem parte das suas penas. ''

— E este aqui, é o Litten! Do tipo Fire! — O pequeno gato preto com detalhes em vermelhos vivo, uns olhos muito chamativos principalmente a sua Escleral que era amarela viva. Ele repara o olhar de todos para ele e mia  para nós num tom de ameaça, arrepiando os pelos de suas costas como se tivéssemos interferido algo, todos se afastaram um pouco e ele começou a lamber sua pata direita se deitando na arena nem um pouco interessado no que estava acontecendo ao redor dele. Tenho que admitir que ele chamou um pouco a minha atenção.

‘’. Racional, mas apaixonado, Litten permanece calmo e não demonstra o que está a sentir. ‘’

Continua a criatura que flutuava em redor do gato, chamando a todos a sua atenção.

  — E por último, mas não mesmos importante... Popplio! — A lontra azul e animada bate palmas ao dizerem o seu nome e então com o seu nariz cria uma pequena bolha que arrebenta, Hau de imediato se aproxima do inicial de água com curiosidade.

— Ei coisa falante! Poderia me dar umas informações sobre ele?

— É uma ela, Hau.  — Informa Kukui com um sorriso amarelo.

— A Popplio?  Ela é garota? — Pergunta Hau curioso, olhando para a lontra.

— Sim! Pokemon inicias fêmeas são muito raras. — Afirma Kukui. 

— Agora é minha vez, seu velho! — O objeto tapa a boca do meu primo com uma de suas ‘’ mãos’’ — ‘’ Popplio nada a uma velocidade de aproximadamente 25 mph. Move-se melhor na água do que em terra. Ainda assim, quando está em terra, tira partido da elasticidade dos seus balões para executar manobras e saltos acrobáticos.  — Informa o videogame girando em redor da lontra. ‘’

— Po Popplio Po! — Responde a pequena lontra batendo com a pata no peito de Hau e antes mesmo de ele falar alguma coisa o videogame interrompe.

— A Popplio disse que você cheira bem e que escolhe você para ser treinador dela!

— UÉ! — Diz Hau já abraçando a lontra com força. — Ainda bem, ela tem bom gosto!

— Acho que já tenho meu escolhido. — Digo, Litten já estava em meus braços, se lambendo todo como um típico felino vaidoso, Calem chegou perto de mim para tentar tocar no tipo fogo, mas este de imediato quis ataca-lo, o campeão parecia não estar habituado com ataques de felinos do nada e grita assustado:

— EEEEEEEII CALMA!

Pego no gato antes dele cair no chão.

Quando dei por mim estávamos todos já com os inicias escolhidos, Rowlet já estava em cima do chapéu de Moon dormindo, enquanto Popplio brincava divertida com o Hau com pequenas bolhas de água saltando para cima delas.

— Então primo, agora que deu os pokémon para eles... vai me dizer o que é essa coisa aí flutuante? — Indaga Cal, apontando para o bicho que não parava de girar no ar.

—AAAAAAAAAAAAAAA — Grito deixando quase Litten cair no chão. — O QUE ISSO NAS MINHAS MÃOS?

— É o óleo do Litten — Responde Kukui rindo da minha cara.

— Ele serve para- — Mas o coitado é interrompido, adivinhem por quem? Pelo maldito videogame vermelho que já começava a me irritar, mas que pela primeira vez dava uma informação útil para mim. — O seu pelo é rico em óleos altamente inflamáveis esse é o motivo para ele estar sempre a lamber o seu pelo. Para usa-lo como combustível em ataques como Ember entre outros! 

— Cala a boca! — Kukui salta para cima da criatura tapando a tela, mas ela rebate.

— Você sabe que tapar a minha boca não vai dar em nada, certooo? — Ele puxa '' o ‘consigo saindo assim das mãos de Kukui, continuando a flutuar olhando para nós.

— Enfim, agora sem nada para nós interromper eu vou vos contar quem é essa ''coisa flutuante'' que vocês tão fartos de perguntar, este é Rotom!

— Rotom? Como assim um Rotom? — Calem pergunta de imediato. — Pelo que eu sei, um Rotom tem 5 variações / transformações. 

— Se acalme meu jovem... Esta Pokedex só fica 100% com Rotom possuindo ela. Obvio que ela também pode ser usada sem o Rotom, mas perde todo o seu encanto...  Logo ele pode fazer qualquer coisa como uma pokedex comum, mas com vários bónus, ele dá-lhe dicas durante a batalha, traduz o que um Pokémon fala e ao contrário das pokedex normais que apenas registam o Pokémon ao ser capturado, Rotom só de ver o pokémon ou ouvir o cry, já lhe dá a informação. Ele tem uma personalidade única! — Kukui pega na criatura e atiro-o ao ar que gargalha de felicidade como se fosse uma criança.

O homem continua:

— Ele possui um pouco do conhecimento do lendário professor Oak, uma lenda entre os professores, sendo considerado o melhor!

— Mas pelo que sei o Rotom de Oak foi um presente do lendário Red. Significa que esse Rotom foi do Red? — Indagou Hau curioso. 

— Exatamente! Demorei exatamente 1 mês para manter contacto com Oak, vários professores querem falar com ele e eu não passava de um mero aluno e o pior é que ele aceitou a minha proposta e hoje somos grandes amigos! Mas também gastei outros meus 2 anos para tornar esta Pokedex a melhor! Um design favorável tanto para o treinador tanto para o Rotom, mas só tem um problema.... Só fiz uma até agora, as próximas só começaram a ser vendidas para a semana.

— UMA!? — Perguntam todos.

— Sim, apenas uma.

— Eu não quero, o meu pai disse que quando iniciasse a minha jornada, ele iria me dar a Pokedex com qual ele iniciou, ele mesmo vai atualizando ela a cada ano para adicionar mais informação a respeito dos Pokémon — A garota se vira um pouco para pegar algo de sua bolsa e retira uma pokedex vermelha e cinza parecendo um celular.

— Eu conheço eu tipo de Pokedex, são as pokedex de Unova. Quando eu comecei a minha jornada elas já eram fabricadas...  

— Eu quero esse Rotom Dex! — Digo, chegando-me na frente ainda com Litten nas mãos (com certa dificuldade para que ele não me escapasse das mãos)

— Querer não é poder meu caro, Kai! EU vou ficar com ela!  — Então Hau se aproxima de mim num ar desafiador olhando-me nos olhos, foi então que quando dei por mim a noite começou a cair e as tochas foram ficando acesas. Barraquinhas vendendo comida começaram a abrir e os moradores dos arredores começaram a aparecer, sem a gente querer Hala tinha planeado um ritual de iniciação como treinadores Pokémon.

    Subimos para a arena com nossos Pokémon com um grande ar vitorioso em nossos rostos, seria obvio que eu iria ganhar, não quero me gabar (mas já me gabando) tive dias treinando com Calem. Nós já tínhamos batalhado algumas vezes na Escola de Hau’o Li mas nunca foi algo valendo uma pokedex tão boa quanto a Rotom Dex (apesar de ser chata também)l utar com Hau seria algo legal e seria algo nostálgico, mas seria fácil, olhei em redor e vi pessoas se aproximando para ver a batalha, Moon olhava para nós com os seus olhos gigantescos e faiscando.

— Afs, se eu soubesse que pegar a Rotom Dex dava direito uma luta eu devia querer pegar também! Sem dúvida vai ser uma incrível batalha — Argumentou Moon com um sorriso de canto na orelha e saltou um apoio para nós os dois:

— VAI HAU! VAI SUN!

Assim como ela eu estava muito ansioso, seria a minha primeira batalha pokémon oficial e eu não podia perder, porque agora eu tinha deixado de vez o Kai para trás e me havia tornado no Sun, o garoto confiável e futuro campeão de Alola.

Procurei por Kukui e Calem, mas eles não estavam ali, estranhei, mas não podia me desconcentrar.

— Está pronto para perder Kai? — Perguntou Hau num tom de deboche, colocando as mãos atrás da cabeça como sempre fazia.

—  Sun, agora é Sun. — Corrigi-o de imediato para ele saber o nickname daquele que o iria derrotar.

— Seja lá como for.… eu não vou perder, eu quero aquele Rotom!

—  E eu também!

Hala então ficou no lado de fora da arena e começou a gritar para que todos o pudessem ouvir e um clima de festa foi implantando com batidas nos tambores e sons tribais alolianos, me fazendo cada vez mais entrar no clima de luta... era algo lindo e que ficaria sempre em nossas cabeças.

— Por nossas jornadas. Pelo povo de Melemele. Por Alola. E por Tapu Koko. Esta SERÁ uma grande batalha!

Narrador

— Vamos Pop, vamos mostrar ao Sun quem merece ficar com a Pokedex! — Hau começou alongando-se e então preparou para iniciar o primeiro movimento.

— Sinto-me tão importante. Eles tão lutando por mim! — Afirma a pokedex girando em volta de Moon. O velho Hala retira o um apito da longa manga da camisa e com aquela voz cheia de força ele brada em alto e em bom som:

— Eu serei o juiz, esta batalha será de um contra um, o primeiro Pokémon que ser nocauteado será considerado o perdedor. Prontos?

— Certo! — Afirmam Sun e Hau, os dois ao mesmo tempo.

O homem levanta sua mão para o alto e então uma batida forte é tocada, ele desce a mão e todos ali presentes começam a gritar de alegria iniciando a batalha

— Vamos logo começar com isto! Pop use Pound!

A lontra saltou de imediato para cima do felino que permanecia parado, levando em cheio com a narradeira em seu rosto, fazendo cair no chão com tudo. Popplio estava em vantagem tanto no tipo como também na vontade de querer batalhar.

— Ah? Já? Litten corra em redor do Popplio! — E assim o fez, o gato por mais que tivesse zangado com o seu treinador por não o ter mandado desviar a tempo estava agora consumido pelas chamas com vontade de ganhar.

— Agora! Ember! — Ele gritou. Litten do momento em que Popplio girava para ver onde ele se encontrava cuspia as chamas que iam consumindo o pobre pokémon de água vivo.

— Espero que saiba que esses tipos de ataque não são lá muito eficazes contra o Popplio, né Sun? Ao meu ver você não esta preparado nem para ser um treinador pokémon! Popplio use Water Gun para o céu! — Qual era a ideia de Hau? Com isso ele havia perdido um turno atoa e Sun tinha mais uma oportunidade para atacar, porém o neto de Hala já tinha um plano em mente, nos tempos de escola ele e Sun sempre foram considerados uns prodígios na arte da batalha, não era de menos, um era o neto do Kahuna da ilha e outro era irmão mais novo do CAMPEÃO de Kalos. Mas Hau não tinha a fama de apenas prodígio na batalha como também de estrategista pelos professores da escola, com poucos movimentos de pokémon que ele pouco conhecia ele conseguia fazer magia.

Sun do outro lado da arena ordenou com felicidade:

— O quê? Não me subestime Hau! Scratch!

 O felino sem pensar duas vezes atirou-se em direção ao Popplio como da última vez e afiava suas unhas sobre o pelo azul da lontra que era atirada para longe da arena, deixando Sun com um sorriso em seu rosto.

— Agora olhe para cima Sun! — Gritou Hau, apontando com o dedão para o céu alaranjado. Vinha água e muita água!

Uma pequena chuvada caiu sobre a arena deixando ela molhada, Sun então viu que a estratégia de Hau era deixar o campo molhado para assim a lontra ter melhor facilidade em desviar dos ataques e contra-atacar, alias só ali ele percebeu que Hau usufruiu de cada detalhe falado pela pokedex, será que ele já tinha planejado desde o início que pegaria um Popplio?

— Então era isso que você quis fazer... — Sun percebeu ter caído em mais uma vez uma armadilha assim como na sua última batalha contra Calem. Ele fechou os seus olhos e quando os abriu novamente estava vendo Litten tomando uma surra de todos os lados, a lontra deslizava sobre o chão enquanto acertava diversos pound sobre o felino que aí perdendo cada vez mais do seu Hp, Hau pisou o chão de madeira com força e gritou para o seu pokémon:

— COLOCA O LITTEN DENTRO DE UMA BOLHA! BORA POP!

Popplio saltou por cima de Litten que tentava acerta-lo com uma arranhadela, e então quando o felino percebeu já estava dentro de uma bolha enorme de água.

Sun pensava rápido, ele tinha que procurar alguma estratégia para fazer Popplio perder e Litten sair daquela bolha gigantesca.

— Sai dai Litten! Use Scratch! — O tipo fogo conseguiu, mas quando olhou para onde caia, lá estava Popplio com aquele sorriso, pronto para acerta-lhe com mais um pound no meio da cara.

— Ah! Desta vez não! EMBER! — A cada segundo os dois pokémon estavam se aproximando cada vez e mais. Foi quando o tipo fogo explodiu com aquelas chamas ardentes sobre o corpo de Popplio que caiu no chão, como se tivesse sido jogado com raiva. Sun prosseguiu:

— Leer!

O Pokémon enquanto caia sobre a arena de madeira mandava um olhar feroz para a lontra que de tão assustada fazia o seu status defense abaixar um estágio, então ataques do Litten dariam agora mais dano.

Hau viu a sua vida andar para trás e sendo impulsivo mandou o seu pokémon atacar de qualquer jeito.

— Water Gun, Popplio!

A lontra cuspiu um projétil de água em direção ao gato preto que avisado pelo seu treinador desviou-se para o lado esquerdo e partiu para o ataque, sendo impressionado com a lontra já na sua frente novamente para acertar com um pound na sua cara.

— Já sabia dessa! Scratch! —  O tipo fogo sendo avisado antes do tempo apenas executava com maestria o que ele melhor sabia fazer: Arranhar. Arranhando a pata dianteira da lontra que caiu nocauteada no chão devido a velocidade que vinha.

As pessoas batem palmas pela batalha tão maravilhosa entre dois novos treinadores, todos orgulhosos, incluindo Sun e Hau. Hau que por mais que tivesse perdido sabia que tinha dado o seu melhor juntamente com Popplio.

‘’. Que batalha incrível! ‘

‘’ A melhor de todas até agora! ‘’. Dizia um.

‘’. Esses garotos têm futuro! ‘’

— Você foi muito bem Popplio, agora descanse amiga... — Ele pegou na lontra que sorriu para o seu treinador ainda um pouco triste. E com a pokébola tocou na sua testa fazendo ela retornar para o objeto esférico para descansar.

— E você também Kai, quer dizer... Sun. — Ele caminhou até o seu companheiro e estendeu a mão de forma humilde, com um sorriso no rosto.

— Eu quase perdi Hau, você foi muito melhor que eu- você e a sua Popplio. — Sun estendeu também a mão e ambos se cumprimentaram como uma batalha saudável, sendo ainda mais aplaudidos pelo publico que depois de ter assistido o gesto ia se esvaziando como se fossem formigas.

Uns ainda ficavam para consumir os alimentos nas pequenas barracas, enquanto outros ficaram ali para dançar ao som dos tambores e da música típica, aquilo era uma pequena festa afinal, não poderia acabar por uma simples batalha.

‘’ Professor Kukui!’’

Uma jovem garota de cabelos loiros subia as escadas com velocidade para chegar logo na frente dos rapazes que desciam da arena. A moça usava um vestido branco e um enorme chapéu para lhe proteger do sol escaldante de Alola, com certeza ela não poderia ser de Alola.

— Desculpem... — Ela se aproximou de Hau e de Sun. — Por acaso viram o Professor Kukui? Eu perdi-me completamente nos meus estudos e não consegui comparecer logo cedo.

— Eu vi ele entrar para a casa do Tio Hala, ali com o Calem, mas ele não saiu mais de lá.

 Comenta Sun

A garota se abaixou novamente e sente a sua mochila a vibrar freneticamente como se algo vivo estivesse lá dentro e antes que um dos dois garotos perguntasse algo, ela já disfarçava levantando-se.

— Muito Obrigada, ah meu nome é Lillie e sou eu a ajudante do Professor Kukui, caso tenham alguma dúvida é só falar comigo! — Após se apresentar ela correu logo em direção a casa de Hala, os dois ficaram sem entender nada.

— Ela é sempreee assim, é bem esquisita para falar a verdade! — Debocha Rotom. — Ela tem os seus problemas...

—  Bem, eu posso não ter ganhado o Rotom, certo? Mas mesmo assim quero comemorar e depois de amanha gostaria de convidar vocês todos para a minha Surf House, passar lá uma semana!  — Hau salta empolgado.

— Surf Quê? — Pergunta Calem saindo de casa, junto com Professor Kukui.

— Surf House, casa para surfistas. É uma casa próxima a praia na qual muitos surfistas alugam-na para não ter grandes viagens para puder surfar. — Explica Moon. — Como eu estou em uma jornada, eu alinho! — Diz ela de bom grado.

— Eu tamb-

— Você nada! Não se esqueça que temos que cuidar a casa! — Interrompe o campeão.

— Vocês podem ir! Eu falo com a Tia Ki a respeito. Eu vou fazendo as visitas enquanto vocês se divertem, Ok?

— Best Cousin!  — Kai corre até Kukui e então eles fazem um toque especial que só eles sabem.

— Obrigado Kukui — Agradece Calem já descansado. Sun volta a interromper, perguntando algo que trouxe a curiosidade do seu primo mais velho que o encarou um pouco supresso.

— Ah Kukui, você viu a sua assistente chegando?

Lillie

— Aí meu Arceus... quase fui apanhada! — Me escondi em um dos quartos do laboratório e segura, tranco a porta e então finalmente consigo tirar da minha mala, Nebby

Uma criatura com um tamanho pouco maior que uma laranja. Parecia uma concentração de gases com um tom das galáxias cintilando no espaço sideral sobre ele.

Ele salta da mala contente e cheio de energia fazendo barulho enquanto me deito no chão completamente casada, soltando um leve sorriso vendo Nebby parecer estar feliz. — Nebby, nunca mais faça isso quando estiver na mala, por favor.... Tivemos muita sorte que o Professor não nos viu entrar... — A sua voz falhava, ela fechou os olhos e descansou por ali mesmo, enquanto o monstro fofinho foi em seu encontro dando-lhe um pequeno abraço….

— E este aqui, é o Litten! Do tipo Fire! — O pequeno gato preto com detalhes em vermelhos vivo, uns olhos muito chamativos principalmente a sua Escleral que era amarela viva. Ele repara o olhar de todos para ele e mia para nós num tom de ameaça, arrepiando os pelos de suas costas como se tivéssemos interferido algo, todos se afastaram um pouco e ele começou a lamber sua pata direita se deitando na arena nem um pouco interessado no que estava acontecendo ao redor dele. Tenho que admitir que ele chamou um pouco a minha atenção.
— ‘’. Racional, mas apaixonado, Litten permanece calmo e não demonstra o que está a sentir. ‘’
Continua a criatura que flutuava em redor do gato, chamando a todos a sua atenção.
— E por último, mas não mesmos importante... Popplio! — A lontra azul e animada bate palmas ao dizerem o seu nome e então com o seu nariz cria uma pequena bolha que arrebenta, Hau de imediato se aproxima do inicial de água com curiosidade.
— Ei coisa falante! Poderia me dar umas informações sobre ele?
— É uma ela, Hau. — Informa Kukui com um sorriso amarelo.
— A Popplio? Ela é garota? — Pergunta Hau curioso, olhando para a lontra.
— Sim! Pokemon inicias fêmeas são muito raras. — Afirma Kukui.
— Agora é minha vez, seu velho! — O objeto tapa a boca do meu primo com uma de suas ‘’ mãos’’ — ‘’ Popplio nada a uma velocidade de aproximadamente 25 mph. Move-se melhor na água do que em terra. Ainda assim, quando está em terra, tira partido da elasticidade dos seus balões para executar manobras e saltos acrobáticos. — Informa o videogame girando em redor da lontra. ‘’
— Po Popplio Po! — Responde a pequena lontra batendo com a pata no peito de Hau e antes mesmo de ele falar alguma coisa o videogame interrompe.
— A Popplio disse que você cheira bem e que escolhe você para ser treinador dela!
— UÉ! — Diz Hau já abraçando a lontra com força. — Ainda bem, ela tem bom gosto!
— Acho que já tenho meu escolhido. — Digo, Litten já estava em meus braços, se lambendo todo como um típico felino vaidoso, Calem chegou perto de mim para tentar tocar no tipo fogo, mas este de imediato quis ataca-lo, o campeão parecia não estar habituado com ataques de felinos do nada e grita assustado:
— EEEEEEEII CALMA!
Pego no gato antes dele cair no chão.
Quando dei por mim estávamos todos já com os inicias escolhidos, Rowlet já estava em cima do chapéu de Moon dormindo, enquanto Popplio brincava divertida com o Hau com pequenas bolhas de água saltando para cima delas.
— Então primo, agora que deu os pokémon para eles... vai me dizer o que é essa coisa aí flutuante? — Indaga Cal, apontando para o bicho que não parava de girar no ar.
—AAAAAAAAAAAAAAA — Grito deixando quase Litten cair no chão. — O QUE ISSO NAS MINHAS MÃOS?
— É o óleo do Litten — Responde Kukui rindo da minha cara.
— Ele serve para- — Mas o coitado é interrompido, adivinhem por quem? Pelo maldito videogame vermelho que já começava a me irritar, mas que pela primeira vez dava uma informação útil para mim. — O seu pelo é rico em óleos altamente inflamáveis esse é o motivo para ele estar sempre a lamber o seu pelo. Para usa-lo como combustível em ataques como Ember entre outros!
— Cala a boca! — Kukui salta para cima da criatura tapando a tela, mas ela rebate.
— Você sabe que tapar a minha boca não vai dar em nada, certooo? — Ele puxa '' o ‘consigo saindo assim das mãos de Kukui, continuando a flutuar olhando para nós.
— Enfim, agora sem nada para nós interromper eu vou vos contar quem é essa ''coisa flutuante'' que vocês tão fartos de perguntar, este é Rotom!
— Rotom? Como assim um Rotom? — Calem pergunta de imediato. — Pelo que eu sei, um Rotom tem 5 variações / transformações.
— Se acalme meu jovem... Esta Pokedex só fica 100% com Rotom possuindo ela. Obvio que ela também pode ser usada sem o Rotom, mas perde todo o seu encanto... Logo ele pode fazer qualquer coisa como uma pokedex comum, mas com vários bónus, ele dá-lhe dicas durante a batalha, traduz o que um Pokémon fala e ao contrário das pokedex normais que apenas registam o Pokémon ao ser capturado, Rotom só de ver o pokémon ou ouvir o cry, já lhe dá a informação. Ele tem uma personalidade única! — Kukui pega na criatura e atiro-o ao ar que gargalha de felicidade como se fosse uma criança.

O homem continua:
— Ele possui um pouco do conhecimento do lendário professor Oak, uma lenda entre os professores, sendo considerado o melhor!
— Mas pelo que sei o Rotom de Oak foi um presente do lendário Red. Significa que esse Rotom foi do Red? — Indagou Hau curioso.
— Exatamente! Demorei exatamente 1 mês para manter contacto com Oak, vários professores querem falar com ele e eu não passava de um mero aluno e o pior é que ele aceitou a minha proposta e hoje somos grandes amigos! Mas também gastei outros meus 2 anos para tornar esta Pokedex a melhor! Um design favorável tanto para o treinador tanto para o Rotom, mas só tem um problema.... Só fiz uma até agora, as próximas só começaram a ser vendidas para a semana.
— UMA!? — Perguntam todos.
— Sim, apenas uma.
— Eu não quero, o meu pai disse que quando iniciasse a minha jornada, ele iria me dar a Pokedex com qual ele iniciou, ele mesmo vai atualizando ela a cada ano para adicionar mais informação a respeito dos Pokémon — A garota se vira um pouco para pegar algo de sua bolsa e retira uma pokedex vermelha e cinza parecendo um celular.
— Eu conheço eu tipo de Pokedex, são as pokedex de Unova. Quando eu comecei a minha jornada elas já eram fabricadas...
— Eu quero esse Rotom Dex! — Digo, chegando-me na frente ainda com Litten nas mãos (com certa dificuldade para que ele não me escapasse das mãos)
— Querer não é poder meu caro, Kai! EU vou ficar com ela! — Então Hau se aproxima de mim num ar desafiador olhando-me nos olhos, foi então que quando dei por mim a noite começou a cair e as tochas foram ficando acesas. Barraquinhas vendendo comida começaram a abrir e os moradores dos arredores começaram a aparecer, sem a gente querer Hala tinha planeado um ritual de iniciação como treinadores Pokémon.

Subimos para a arena com nossos Pokémon com um grande ar vitorioso em nossos rostos, seria obvio que eu iria ganhar, não quero me gabar (mas já me gabando) tive dias treinando com Calem. Nós já tínhamos batalhado algumas vezes na Escola de Hau’o Li mas nunca foi algo valendo uma pokedex tão boa quanto a Rotom Dex (apesar de ser chata também)l utar com Hau seria algo legal e seria algo nostálgico, mas seria fácil, olhei em redor e vi pessoas se aproximando para ver a batalha, Moon olhava para nós com os seus olhos gigantescos e faiscando.
— Afs, se eu soubesse que pegar a Rotom Dex dava direito uma luta eu devia querer pegar também! Sem dúvida vai ser uma incrível batalha — Argumentou Moon com um sorriso de canto na orelha e saltou um apoio para nós os dois:
— VAI HAU! VAI SUN!
Assim como ela eu estava muito ansioso, seria a minha primeira batalha pokémon oficial e eu não podia perder, porque agora eu tinha deixado de vez o Kai para trás e me havia tornado no Sun, o garoto confiável e futuro campeão de Alola.
Procurei por Kukui e Calem, mas eles não estavam ali, estranhei, mas não podia me desconcentrar.
— Está pronto para perder Kai? — Perguntou Hau num tom de deboche, colocando as mãos atrás da cabeça como sempre fazia.
— Sun, agora é Sun. — Corrigi-o de imediato para ele saber o nickname daquele que o iria derrotar.
— Seja lá como for.… eu não vou perder, eu quero aquele Rotom!
— E eu também!
Hala então ficou no lado de fora da arena e começou a gritar para que todos o pudessem ouvir e um clima de festa foi implantando com batidas nos tambores e sons tribais alolianos, me fazendo cada vez mais entrar no clima de luta... era algo lindo e que ficaria sempre em nossas cabeças.
— Por nossas jornadas. Pelo povo de Melemele. Por Alola. E por Tapu Koko. Esta SERÁ uma grande batalha!
Narrador
— Vamos Pop, vamos mostrar ao Sun quem merece ficar com a Pokedex! — Hau começou alongando-se e então preparou para iniciar o primeiro movimento.
— Sinto-me tão importante. Eles tão lutando por mim! — Afirma a pokedex girando em volta de Moon. O velho Hala retira o um apito da longa manga da camisa e com aquela voz cheia de força ele brada em alto e em bom som:
— Eu serei o juiz, esta batalha será de um contra um, o primeiro Pokémon que ser nocauteado será considerado o perdedor. Prontos?
— Certo! — Afirmam Sun e Hau, os dois ao mesmo tempo.
O homem levanta sua mão para o alto e então uma batida forte é tocada, ele desce a mão e todos ali presentes começam a gritar de alegria iniciando a batalha
— Vamos logo começar com isto! Pop use Pound!
A lontra saltou de imediato para cima do felino que permanecia parado, levando em cheio com a narradeira em seu rosto, fazendo cair no chão com tudo. Popplio estava em vantagem tanto no tipo como também na vontade de querer batalhar.
— Ah? Já? Litten corra em redor do Popplio! — E assim o fez, o gato por mais que tivesse zangado com o seu treinador por não o ter mandado desviar a tempo estava agora consumido pelas chamas com vontade de ganhar.
— Agora! Ember! — Ele gritou. Litten do momento em que Popplio girava para ver onde ele se encontrava cuspia as chamas que iam consumindo o pobre pokémon de água vivo.
— Espero que saiba que esses tipos de ataque não são lá muito eficazes contra o Popplio, né Sun? Ao meu ver você não esta preparado nem para ser um treinador pokémon! Popplio use Water Gun para o céu! — Qual era a ideia de Hau? Com isso ele havia perdido um turno atoa e Sun tinha mais uma oportunidade para atacar, porém o neto de Hala já tinha um plano em mente, nos tempos de escola ele e Sun sempre foram considerados uns prodígios na arte da batalha, não era de menos, um era o neto do Kahuna da ilha e outro era irmão mais novo do CAMPEÃO de Kalos. Mas Hau não tinha a fama de apenas prodígio na batalha como também de estrategista pelos professores da escola, com poucos movimentos de pokémon que ele pouco conhecia ele conseguia fazer magia.
Sun do outro lado da arena ordenou com felicidade:
— O quê? Não me subestime Hau! Scratch!
O felino sem pensar duas vezes atirou-se em direção ao Popplio como da última vez e afiava suas unhas sobre o pelo azul da lontra que era atirada para longe da arena, deixando Sun com um sorriso em seu rosto.
— Agora olhe para cima Sun! — Gritou Hau, apontando com o dedão para o céu alaranjado. Vinha água e muita água!
Uma pequena chuvada caiu sobre a arena deixando ela molhada, Sun então viu que a estratégia de Hau era deixar o campo molhado para assim a lontra ter melhor facilidade em desviar dos ataques e contra-atacar, alias só ali ele percebeu que Hau usufruiu de cada detalhe falado pela pokedex, será que ele já tinha planejado desde o início que pegaria um Popplio?
— Então era isso que você quis fazer... — Sun percebeu ter caído em mais uma vez uma armadilha assim como na sua última batalha contra Calem. Ele fechou os seus olhos e quando os abriu novamente estava vendo Litten tomando uma surra de todos os lados, a lontra deslizava sobre o chão enquanto acertava diversos pound sobre o felino que aí perdendo cada vez mais do seu Hp, Hau pisou o chão de madeira com força e gritou para o seu pokémon:
— COLOCA O LITTEN DENTRO DE UMA BOLHA! BORA POP!
Popplio saltou por cima de Litten que tentava acerta-lo com uma arranhadela, e então quando o felino percebeu já estava dentro de uma bolha enorme de água.
Sun pensava rápido, ele tinha que procurar alguma estratégia para fazer Popplio perder e Litten sair daquela bolha gigantesca.
— Sai dai Litten! Use Scratch! — O tipo fogo conseguiu, mas quando olhou para onde caia, lá estava Popplio com aquele sorriso, pronto para acerta-lhe com mais um pound no meio da cara.
— Ah! Desta vez não! EMBER! — A cada segundo os dois pokémon estavam se aproximando cada vez e mais. Foi quando o tipo fogo explodiu com aquelas chamas ardentes sobre o corpo de Popplio que caiu no chão, como se tivesse sido jogado com raiva. Sun prosseguiu:
— Leer!
O Pokémon enquanto caia sobre a arena de madeira mandava um olhar feroz para a lontra que de tão assustada fazia o seu status defense abaixar um estágio, então ataques do Litten dariam agora mais dano.
Hau viu a sua vida andar para trás e sendo impulsivo mandou o seu pokémon atacar de qualquer jeito.
— Water Gun, Popplio!
A lontra cuspiu um projétil de água em direção ao gato preto que avisado pelo seu treinador desviou-se para o lado esquerdo e partiu para o ataque, sendo impressionado com a lontra já na sua frente novamente para acertar com um pound na sua cara.
— Já sabia dessa! Scratch! — O tipo fogo sendo avisado antes do tempo apenas executava com maestria o que ele melhor sabia fazer: Arranhar. Arranhando a pata dianteira da lontra que caiu nocauteada no chão devido a velocidade que vinha.
As pessoas batem palmas pela batalha tão maravilhosa entre dois novos treinadores, todos orgulhosos, incluindo Sun e Hau. Hau que por mais que tivesse perdido sabia que tinha dado o seu melhor juntamente com Popplio.
‘’. Que batalha incrível! ‘
‘’ A melhor de todas até agora! ‘’. Dizia um.
‘’. Esses garotos têm futuro! ‘’
— Você foi muito bem Popplio, agora descanse amiga... — Ele pegou na lontra que sorriu para o seu treinador ainda um pouco triste. E com a pokébola tocou na sua testa fazendo ela retornar para o objeto esférico para descansar.
— E você também Kai, quer dizer... Sun. — Ele caminhou até o seu companheiro e estendeu a mão de forma humilde, com um sorriso no rosto.
— Eu quase perdi Hau, você foi muito melhor que eu- você e a sua Popplio. — Sun estendeu também a mão e ambos se cumprimentaram como uma batalha saudável, sendo ainda mais aplaudidos pelo publico que depois de ter assistido o gesto ia se esvaziando como se fossem formigas.
Uns ainda ficavam para consumir os alimentos nas pequenas barracas, enquanto outros ficaram ali para dançar ao som dos tambores e da música típica, aquilo era uma pequena festa afinal, não poderia acabar por uma simples batalha.
‘’ Professor Kukui!’’
Uma jovem garota de cabelos loiros subia as escadas com velocidade para chegar logo na frente dos rapazes que desciam da arena. A moça usava um vestido branco e um enorme chapéu para lhe proteger do sol escaldante de Alola, com certeza ela não poderia ser de Alola.
— Desculpem... — Ela se aproximou de Hau e de Sun. — Por acaso viram o Professor Kukui? Eu perdi-me completamente nos meus estudos e não consegui comparecer logo cedo.
— Eu vi ele entrar para a casa do Tio Hala, ali com o Calem, mas ele não saiu mais de lá.
Comenta Sun
A garota se abaixou novamente e sente a sua mochila a vibrar freneticamente como se algo vivo estivesse lá dentro e antes que um dos dois garotos perguntasse algo, ela já disfarçava levantando-se.
— Muito Obrigada, ah meu nome é Lillie e sou eu a ajudante do Professor Kukui, caso tenham alguma dúvida é só falar comigo! — Após se apresentar ela correu logo em direção a casa de Hala, os dois ficaram sem entender nada.
— Ela é sempreee assim, é bem esquisita para falar a verdade! — Debocha Rotom. — Ela tem os seus problemas...
— Bem, eu posso não ter ganhado o Rotom, certo? Mas mesmo assim quero comemorar e depois de amanha gostaria de convidar vocês todos para a minha Surf House, passar lá uma semana! — Hau salta empolgado.
— Surf Quê? — Pergunta Calem saindo de casa, junto com Professor Kukui.
— Surf House, casa para surfistas. É uma casa próxima a praia na qual muitos surfistas alugam-na para não ter grandes viagens para puder surfar. — Explica Moon. — Como eu estou em uma jornada, eu alinho! — Diz ela de bom grado.
— Eu tamb-
— Você nada! Não se esqueça que temos que cuidar a casa! — Interrompe o campeão.
— Vocês podem ir! Eu falo com a Tia Ki a respeito. Eu vou fazendo as visitas enquanto vocês se divertem, Ok?
— Best Cousin! — Kai corre até Kukui e então eles fazem um toque especial que só eles sabem.
— Obrigado Kukui — Agradece Calem já descansado. Sun volta a interromper, perguntando algo que trouxe a curiosidade do seu primo mais velho que o encarou um pouco supresso.
— Ah Kukui, você viu a sua assistente chegando?

Lillie
— Aí meu Arceus... quase fui apanhada! — Me escondi em um dos quartos do laboratório e segura, tranco a porta e então finalmente consigo tirar da minha mala, Nebby
Uma criatura com um tamanho pouco maior que uma laranja. Parecia uma concentração de gases com um tom das galáxias cintilando no espaço sideral sobre ele.
Ele salta da mala contente e cheio de energia fazendo barulho enquanto me deito no chão completamente casada, soltando um leve sorriso vendo Nebby parecer estar feliz. — Nebby, nunca mais faça isso quando estiver na mala, por favor.... Tivemos muita sorte que o Professor não nos viu entrar... — A sua voz falhava, ela fechou os olhos e descansou por ali mesmo, enquanto o monstro fofinho foi em seu encontro dando-lhe um pequeno abraço….


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Notas finais do capítulo

Capítulo 01

Aaaah, não sei porquê eu adoro escrever sempre o primeiro capítulo. A escolha de inicial, conhecer os pokémon e o professor regional, eu escrevo sempre com muita alegria e fico sempre contente com o resultado e com este não foi diferente.



Sei que normalmente as pessoas gostam mais de ver o Hau com o Rowlet, Moon com Popplio e Sun com o Litten. Mas, tentei escapar as escolhas padrões, pelo menos para Hau e Moon, na minha opinião Hau fica muito melhor com Popplio que por sinal é fêmea e vocês irão perceber o porquê, tudo terá uma explicação (provavelmente sóó lá para a frente, sei lá, só sei que vai ter explicação e me cobrem tá?), Rowlet, com Moon essa provavelmente vai ser a relação que me mais irá fazer rir ao escrever, pois praticamente toda a ideia da fanfic já está terminada, relações entre eles e só falta escrever. E Litten com Sun? Decidi deixar mais ou menos como a maioria das relações em fanfic de pokémon, porém ela também irá ter o seu significado.



Apenas uma Rotom Dex? Por enquanto sim... elas começaram a ser vendidas comercialmente depois de uma semana, mas os garotos precisavam daquela maquinaria naquele momento então acabaram por fazer uma batalha pokémon, a primeira oficial e recebendo a benção dos deuses e de Tapu Koko.



Moon está no nível dos garotos?

Muito provavelmente, ou então maior pois a garota ficou estudando por mais tempo que eles a respeito de Medicina Pokémon, ao seja, ela sabe de certas coisas com maior conhecimento que os seus melhores amigos. Mas isso não tira o mérito dos dois jovens afinal, além de ser incrivelmente bons, ambos já tiveram diversos treinos com Hala (no caso de Hau) e Calem (no caso de Sun) por isso eles também já estão de certa forma habituados com a tensão das batalhas e o que lhes espera.



Enfim... No final, Sun acaba por ganhar (por puro protagonismo) e consegue a Rotom Dex, depois de uma conversa eles decidem tirar ''férias'' em Akala, por poucos dias para treinar os seus pokémon e principalmente relaxar ainda mais o que não irá dar muito certo....



Lillie, devem se perguntar se ela deu de cara com Kukui, até porque quando ela entrou na casa, Kukui saiu então eles acabaram por se encontrar não? Não mesmo, foi algo de desencontro, Lillie acabou adentrando num quarto e na hora Kukui e Calem sairam de outro indo para fora de casa



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