O futuro da fênix escrita por CrushHP


Capítulo 6
Capítulo 5




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Todos em silêncio, um a um, à medida que terminavam de comer levantaram e seguiram para a sala.
Remus não se surpreendeu ao constatar que a Ministra estava  ali, agora acompanhada de um ruivo alto e uma versão mais velha de sua antiga professora de Transfiguração. Os três estavam sentados em um dos sofás. Porém Harry Potter estava em pé, de braços cruzados e semblante sério.

Sem dúvida, Minerva era a mais confusa ali. Encarava sua versão mais velha como se fosse um pequeno bicho desconhecido por ela.

Um silêncio constrangedor se instaurou na sala, enquanto todos se sentavam agora dispostos em um sofá magicamente ampliando e duas poltronas.  

A Ministra foi a primeira a quebrar o silêncio.

— Bom... Vamos dispensar apresentações por enquanto. Eu sei que devem ter muitas perguntas e nós também temos... Mas enquanto resolvemos algumas… coisas, viemos tirar dúvidas de vocês sobre o futuro.

— Já que, por enquanto, não podemos mandá-los de volta, não podemos deixar vocês sem informações. Infelizmente - completou a versão mais velha de Minerva.

— infelizmente? — Fabian e Gideon perguntaram juntos e foram ignorados.

A primeira a se manifestar foi Minerva, ainda um pouco atônita por conhecer sua versão mais velha que nem ao menos a olhava.

— Você-Sabe-Quem?

Hermione sorriu. Já esperava essa pergunta.

— Morto em 1998. 02 de maio, mais precisamente.

— Quem o matou? — perguntou Remus. — Foi Dumbledore, não foi?

Harry, a Ministra e o ruivo se entreolharam e, como se estivessem se comunicando,  assentiram e novamente a Ministra tomou a palavra.

— Não, Remus. Dumbledore já tinha morrido nessa época.  

Os viajantes do passado olharam assustados para o homem de cabelos brancos, que continuava inabalável em sua poltrona. Ele sorriu contrafeito.

— Não acham que eu ia viver para sempre, não é? — Perguntou retoricamente. — Então é presumível que ele ainda assolou o mundo mágico por mais quase vinte anos?

A velha senhora Mcgonagall, ainda com o mesmo olhar severo, mais enrugados pela idade, sorriu e explicou.

— Houve a primeira queda de Voldemort, em 1981. Ele acabou perdendo os poderes e ressurgiu em junho de 1995.

Eles continuaram perguntando sobre Voldemort e Lily percebeu, que sutilmente a Ministra se esquivava sobre dizer como foi sua queda, ou sobre como foi sua morte. Sorriu. A mulher era com certeza, muito boa com palavras.

Eram tantas coisas que Lily queria perguntar, mas nenhuma delas tinha relação com Você-Sabe-Quem. Queria saber como tinha morrido - e esse pensamento não a deixava com tanto medo. - queria saber porque Harry,  seu filho, evitava encará-la. Queria saber sobre seus netos - que louco pensar que tinha netos! Queria saber sobre seus amigos. Até sobre sua irmã ela pensava em perguntar. Mas o que saiu de sua boca foi surpreendente.

— Quantos anos você tinha quando fomos mortos? — Sabia que ela morrera quando ele era jovem, só precisava de uma confirmação.

Harry pareceu levemente surpreso. Mas suspirou resignado e perguntou de volta:

— Então já sabem que estão mortos? — E pela primeira vez ele a encarou diretamente nos olhos. Verde contra verde. Não havia resquícios de dúvidas no olhar que seu filho lhe lançava. Ela tinha plena consciência de que estava morta há muitos anos, só pelo olhar que ele lhe deu.

— Espere… — Sirius se intrometeu. — Mortos? Você está dizendo que estão mortos?  Como assim… você não pode estar morto, Pontas!

Sirius levantou-se da cadeira exaltado e aterrorizado ao mesmo tempo. James foi acalmá-lo.  

— Está tudo bem Almofadinhas. Sente-se. Lily e eu já imaginávamos que estamos morto pelo comportamento de Harry. Agora falta descobrir quem ainda está vivo.

A frase de Minerva cortou o ar como uma lâmina.  

— Só eu estou viva.

Oito cabeças estalaram em sua direção e Fabian juntamente com seu irmão exclamaram em uníssono:

— Como é?  
O ruivo, que tinha se mantido calado o tempo todo, tomou a palavra.

— Muito repentino, professora. — repreendeu a mulher, tentando usar de bom humor para aliviar o clima. A mulher mais uma vez lhe lançou um olhar severo.

— Não me diga o que fazer, Weasley. — Disse olhando o ruivo por cima dos óculos.

— Não precisava ter jogado de cara assim. — suspirou o ruivo e voltou sua atenção para os seres do passado. — Bom… Como Minni... Quiz dizer Minerva falou com tanta delicadeza — Ouviu-se um resmungo por parte das duas Minervas.  — Infelizmente vocês estão mortos nessa época. Decidimos que seria melhor não esconder de todos o fato de estarem mortos. Então qualquer pergunta sobre suas mortes, podem fazer.

— Fomos mortos por quem?

— Quando morri?

— Quem matou Pontas?

— Molly está viva?

Gideon, Remus, Sirius e Fabian perguntaram ao mesmo tempo. Todos estavam muito curiosos e ao mesmo tempo temerosos, sobre como tinham morrido.

Harry Potter manteve-se calado, já havia desviado do olhar de sua mãe e contemplava ao longe a praia que o agraciava pela janela.

— Foram preciso cinco Comensais para matar vocês dois. — contou o ruivo. Uma  nota de orgulho em sua voz. — Você, Remus, morreu no dia da queda de Lord Voldemort. A última queda, em 1998.

O ruivo olhou para o amigo que negou com a cabeça sem nem ao menos olhá-lo.

— E Molly está viva sim. Quer vê-los imediatamente, quase tirou meu juízo quando contei.

— Você não me respondeu. Não disse quem matou meu melhor amigo — alfinetou Sirius.

Harry sentiu aquele mesmo desconforto que ele conhecia há tantos anos atingi-lo em cheio.

— Voldemort o matou, pessoalmente. Era assim que ele dizia, não era? — perguntou Harry a Ministra que assentiu minimamente. — Como se fosse honroso morrer pelas mãos do grande Tom Ridlle. — completou sarcástico e antes que todos pudessem assimilar a informação as chamas da lareira se esverdiaram e uma mulher já de idade saiu de lá, sendo seguida pela ruiva chamada Ginny, que estava no Ministério na noite anterior.

A mulher muito apressada e ativa para a idade que tinha, examinou todos na sala e à medida que seus olhos reconheceram os presentes, as lágrimas vieram.

Ginny segurava o braço da mulher e tentava acalmá-la, mas as palavras eram vãs perto de tamanha emoção que a assolava.

— Fabian! Gideon!  Oh,  meu Deus! Eu não acreditei que era verdade! — A mulher levou as mãos ao peito e suspirou. Os gêmeos reconheceriam aquele gesto típico de mãe atarefada em qualquer lugar.

— Molly?

— É você?  

Os dois levantaram do sofá e em passos rápidos fizeram o caminho até a mulher que eles conheciam tão bem e que agora estava tão diferente.

Num abraço forte e emocionado, Molly chorou toda a sua dor, saudade e alegria. Ela nunca pode se despedir deles e agora eles estavam ali, bem à sua frente.

— Eu não acreditei quando Ron me disse que vocês estavam aqui! Pensei que era uma pegadinha! — disse por entre os braços dos dois irmãos. O ruivo bufou indignado.

— Claro mamãe! Eu iria mesmo brincar com algo assim.

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Alguns minutos depois, Molly continuava a admirar seus irmãos como se fossem duas jóias de valor inestimável. Sentada defronte a eles, no lugar que antes era ocupado por Ron e Ginny ao lado de ambos no lugar de Sirius que se levantou e começou a andar pela grande sala, sentia-se plena e feliz.
Molly conversava com seus irmãos como se tivesse trinta anos novamente. Cheia de vida e de alegria.

Ginny a admirava do lugar onde estava, olhava de sua mãe para o gêmeos e percebia as semelhanças, o mesmo nariz gordinho, as mesmas bochechas cheias… Que cena inacreditável! Ela parecia mãe deles!

— Então teve mais filhos, Molly? — Gideon continuou a perguntar. Estava tão interessado em saber sobre sua irmã, que nem ligava para o fato de estar morto.

— Tive sim, querido. Mais dois, Ron e Ginny. — Apontou para a mulher que estava ao seu lado e mesmo que ela não tivesse dito ele percebera que ambas eram muito parecidas. Os mesmos olhos, elas tinham os mesmos olhos.

Fazendo um muxoxo tristonho, Gideon pôs os braços ao redor dos ombros de Ginny e disse de forma dramática.

— Que pena que você é minha sobrinha! Não posso dar em cima da ruiva — Suspirou ao final da frase e olhou para seu irmão.

Ginny arqueou uma sobrancelha e mesmo que não tivesse olhado na direção de Harry, Sabia que ele olhava tudo com uma expressão divertida.

— Eu sou casada, Prewett. — Disse sorrindo para o gêmeo que estava do seu lado, esse fez uma careta e dispensou o que ela disse com um aceno de mão.

— Bobagens! Seu marido não deve ser melhor do que eu.

Hermione segurou a risada, mas Ron não conseguiu.

Ginny entrou na brincadeira.

— É, com certeza, não deve ser mesmo melhor que você. — E virou o rosto para Harry que continuava de braços cruzados e a encarou com as sobrancelhas levantadas, fazendo uma cara que ela reconheceu como: "É isso mesmo, Ginevra?" Ela lhe sorriu doce e voltou-se  para seus tios, que tinham sorrisos idênticos.

— E onde estão os outros? O seu mais velho, Bill não é? Era o que eu mais gostava! Também tinha Charlie não era? — Disse Fabian e sem esperar resposta se voltou para a Ministra. — Você é casada com algum desses Weasley, senhora?  

Ron arqueou uma sobrancelha para seu tio, mas nada mais que isso. Hermione sorriu e respondeu.

— Sou casada com Ron Weasley, Sr. Prewett.

A boca deles se abriram em um "O" perfeito.

— Como esse cara conseguiu uma mulher dessas? — foi Sirius que perguntou arrancando uma risada de Ginny.

— Olha, não foi fácil! Pobre Harry que os aguentou tanto tempo na escola.

E para grande surpresa de todos, Harry riu.

— Você não tem idéia, Almofadinhas.

— Pare de me denegrir, cicatriz. Eu não estou contando seus podres. — Ron disse com as orelhas vermelhos. Estava agora atrás do sofá onde sua esposa, a Ministra, estava. Essa ria abertamente.

Os gêmeos continuaram  com o interrogatório, "como estava Arthur?" E Molly respondia: "Está bem, mas estava um pouco cansado e eu o deixei dormindo". "Ainda é fissurado por coisas trouxas?", "Ah Claro! Continua o mesmo" até pela resmungona Muriel eles perguntaram. "Morreu há muitos anos, devo muito a ela" .

O clima ameno se esvaiu quando Gideon perguntou:

— E aqueles gêmeos? Eram os mais novos não eram?
Molly, agora com um sorriso desfeito foi poupada de responder, Ron interveio na situação de forma calma.

— Fred e George, aprontaram muito. Fred não está mais entre nós. Se foi há alguns anos.

Lily se lembrou imediatamente de seus pensamentos de dois dias atrás, ou quarenta anos, era ainda muito confuso. Apenas olhando para Molly ali, ela soube que ela perdera o filho para a guerra. Era óbvio, o sorriso forçado a apreensão acompanhada da saudade e a dor superada.

Muito lentamente, olhou na direção do homem que futuramente seria seu filho e viu a culpa disfarçada ali. Ela conhecia aquele olhar. Era o mesmo que ela via no espelho toda vez que pensava em como perdera a irmã que ainda estava viva. Mas seu olhar era forte demais, não restava neles inocência alguma. Era presumível para um homem com aquela idade. Só que a inocência parecia ter sido perdida tão imaturente, que Lily se sobressaltou assustando James.

— O que foi Lily? — perguntou James assustando.

—N-nada. Só que… não, realmente não foi nada. — Se esquivou da pergunta é só agora percebeu o silêncio que estava ali.

Gideon e Fabian pararam de fazer perguntas após saber da morte do sobrinho e ninguém ousou quebrar o clima, até Harry se manifestar:

— Molly, você deveria ter esperado em casa.
Molly olhou para ele como uma mãe que fora repreendida pelo filho e ergueu um dedo gorducho para ele.

— Pare de bobeiras, Harry. Eu acho que tenho o direito de ver meus irmãos.

Harry suspirou.

— Você tem todo o direito Molly, mas Ron ia levar seus irmão até a Toca. O curandeiro falou para você ficar de repouso.

A palavra repouso teve efeito imediato em Molly, que parecia muito horrorizada com a proposta de Harry.

—Claro!  Eu fico de repouso e vocês somem da minha casa! Pensa que não percebi? Você nem anda mais na Toca! Só vive trabalhando! Está tão magrinho! Ginny, você não tem alimentado seu marido?

A boca de James, Fabian, Gideon e Sirius estavam escancaradas. Em um uníssono muito perfeito que poderia ter sido completamente premeditado, eles perguntam:

— O quê?
Ginny sorriu inabalável, enquanto balançava a cabeça na direção de sua mãe.

— Até eu estou impressionado. — James diz — Potter só consegue mulher bonita. — levou um tapa de Lily em resposta.

— Me ensinem a fórmula.  — Sirius disse boquiaberto. — Como conseguir um mulherão que tenha coragem de se casar com um Potter.

— Sirius — repreendem as duas Minervas.

Sirius fingiu não ouvir e continuou:

— Sempre tive essa dúvida. Potter é bom de cama ou só sabem se gabar? — perguntou.

— Meu Deus, Sirius! — exclamou Lily cobrindo a boca.
Ginny que ria da situação inclinou a cabeça e respondeu:

— Eu não sei seu amigo, Sirius. Mas meu marido não é de se gabar. Ele sabe que ações valem mais que palavras.

—Que nojo, Gin. — Ron reclamou fazendo uma carranca.

Várias cabeças foram na direção de Harry que estava vermelho de constrangimento.

— Querida, só queria saber como nossa conversa séria chegou nesse nível.— balançou a cabeça resignado.

Ginny riu e lhe mandou beijos.

Entre conversas mais tranquilas, Harry se dirigia à cozinha em seus passos leves e calculados. Seu intuito era apenas tomar um gole de água, mas Dumbledore - que se mantivera extremamente calado e pensativo durante quase toda a conversa - se manifestou atraindo todas as atenções e fazendo Harry estacar no lugar:

— Então... você não pretende nos dizer como derrotou Lord Voldemort?


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