One More Night escrita por Shei


Capítulo 15
Visitas inesperadas


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos.
Espero que curtam o capítulo.

Liz, amore mio. Amanhã é o teu aniversário e estou imensamente feliz de comemorar mais uma vez essa data com você. Te desejo tudo de maravilhoso e que todos teus desejos se realizem. Te amo, linda.



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Regina bufa e revira os olhos, não era ingênua de imaginar que sua mãe não iria querer lhe tirar satisfações, mas não pensava que seria tão rápido e muito menos que a encontraria em sua mesa na segunda-feira pela manhã bem cedo. A morena deixa sua bolsa em cima de um dos sofás de sua sala e caminha direto para seu frigobar, se teria que aturar Cora, precisava beber para isso.

— Não acha que é muito cedo para isso? – Cora questiona negando com a cabeça.

— Poderia te fazer a mesma pergunta, mãe. – Regina bebe uma dose de uísque em um gole só, sentindo o líquido queimar sua garganta. – Agradeceria se fosse direto ao ponto, estou lotada de trabalho hoje.

— Francamente, Regina. – Cora lhe olha com repulsa. - Vai novamente deixar a Swan se infiltrar em sua vida? Ainda não aprendeu que ela é um atraso na sua vida? Você poderia estar bem-sucedida e com filhos próprios, se tivesse casado com um homem a sua altura. Mas não, se contenta numa vidinha de cidade pequena e criando a sobrinha.

— Não ouse falar de Robin. – Regina se enfurece. – Eu sou bem-sucedida, tanto profissionalmente, quanto pessoalmente. Eu não me arrependo de nada, aliás, me arrependo apenas de ter me separado de Emma por um tempo. Emma e Robin são a minha família, a qual eu não trocaria por nada nesse mundo.

— Ah, Regina, me poupe. – Cora levanta da cadeira e fica de frente para a filha. – Você não ama Emma Swan, você gosta do fato de ela viver aos seus pés, é disso que gosta. Pois uma coisa eu não posso negar, aquela mulher é louca por você. E você aprecia ter ela de capacho, nada além disso, pois faz bem para o seu ego.

— Não acredito que estou ouvindo isso. – Regina fica vermelha de raiva. – Emma não é meu capacho, ela é o amor da minha existência. Sentimento que a senhora desconhece, pois casou com o meu pai por interesse. Deu o famoso golpe do baú.

Cora dá um tapa na cara da filha, que desacreditada, põe a mão no local agredido.

— Eu não admito que fale comigo desta forma, Regina. – Cora fala em um tom de voz mais elevado. – Exijo respeito.

— Não pode exigir algo que não concede. – Regina acaricia o lugar que levou o tapa e respira fundo. – Vá embora daqui.

— Não pode me expulsar da minha própria empresa. – Cora ri desdenhosa.

— Empresa do meu pai. – Regina empina o nariz, desafiadora.

— Da qual eu sou a CEO e também me pertence.

— Que seja, mas está é a minha sala, sou a diretora administrativa e quem manda por aqui sou eu.

— Um cargo submisso a mim, não se esqueça disso.

— Apenas vá embora. – Regina suspira cansada, a cabeça começando a doer.

— Não antes de terminar o que vim aqui fazer. – Cora olha bem no fundo dos olhos da filha, antes de dizer. – Será transferida para a nossa sede em Boston. Tem um mês para providenciar a sua mudança.

— O que? – Regina fica em choque. – A senhora perdeu a noção da realidade. Não farei uma coisa destas. Minha vida é aqui, não irei a lugar nenhum. A escola de Robin é aqui, não vou transferir a menina no meio do ano letivo.

— Não é discutível. – Cora dá de ombros. – Senão quer transferir Robin, deixe-a com seus avós paternos, pelo que tenho conhecimento, eles desejam isso há um bom tempo já.

— Nem pensar. – Regina não pode acreditar nos absurdos que está ouvindo. – Não deixarei Robin com eles sob nenhuma circunstância. A senhora não pensa nem no bem-estar da sua própria neta.

— Deixa de ser dramática. – Cora desdenha, fazendo um gesto com a mão. – Eles também são a família dela, ela ficaria muito bem assistida por eles, sem falar que são um exemplo bem melhor de vida para ela.

— Vá para o inferno. – Regina cerra os dentes. – Não iremos a lugar nenhum.

— Já disse que isso não está aberto para debate. Está decidido e ponto final.

— Se é assim. – Regina pega sua bolsa de cima do sofá e segue em direção a porta, virando apenas o rosto na direção de sua mãe para informar. – Estou me demitindo.

Regina segue caminhando sem olhar para trás, ainda ouve alguns gritos de sua mãe lhe mandando voltar, mas ignora e vai direto para o seu carro. Pensa em mandar uma mensagem para Emma, mas sabia que ela era capaz de sair correndo até ela, e não queria lhe prejudicar na escola. Dá algumas voltas de carro pela cidade, tentando espairecer, até que sem perceber, está na frente do restaurante dos pais de Emma. Sorri, que seu inconsciente lhe levou até ali. Estaciona o carro e entra no restaurante, logo sendo recebida por David.

— Regina, surpresa boa lhe ver por aqui. – David sorri amável, sempre gostou da nora, dizendo brincalhão.  – Mas já vou avisando que a minha filha não está.

— Oi, David. – Regina sorri e cumprimenta o sogro com dois beijos no rosto. – Estou bem ciente disso. Estava passando por aqui e resolvi dar um oi para vocês.

— Fico feliz que tenha, deixa eu chamar a Mary, ela vai ficar radiante com a surpresa. Fique à vontade, já lhe preparo um café do jeitinho que sei que gosta.

Regina sorri e senta em banco na frente do balcão, logo David volta acompanhado de uma Mary sorrindo de orelha a orelha. Os três engatam um papo animado, regado a boas risadas, cafés e pães de queijo. Quando David pede licença para atender a um fornecedor, Mary decide questionar a nora.

— Não deveria estar na livraria?

— Pois é. – Regina dá um sorriso sem graça, sabendo que a sogra notou algo errado. – Mary, eu nem sei o que deveria estar fazendo, honestamente.

— Se quiser desabafar, estou aqui para você, Regina. – Mary sorri compreensiva. – E sempre estarei.

— Eu sei disso. – Regina sorri. – Saiba que sou muito grata por isso.

— Sabe, eu sabia que era apenas questão de tempo para você e Emma se acertarem novamente. – Mary pega em uma das mãos da nora carinhosamente. – E não sabe a alegria que senti ao ver que isso tinha acontecido. Minha filha finalmente voltou a ser feliz de verdade, não mais aquele zumbi sem vida que andava por aí. Quando encontramos amor de verdade, fica praticamente impossível viver sem ele.

— Me sinto da mesma forma. – Regina sorri boba. – Eu sou completamente apaixonada pela sua filha, a amo perdidamente. E não sabe o quanto foi libertador parar de negar isso, me sinto renascida.

— Eu imagino. – Mary franze as sobrancelhas. – Mas percebo algo te afligindo.

— Cora. – Regina pronuncia o nome ressentida. – Minha adorável mãe me fez uma visita logo cedo hoje e digamos que fez uma destruição tão característica sua.

— Sinto muito, Regina. – Mary aperta a mão da nora. – Creio que tem a ver com a sua reconciliação com a Emma.

— Precisamente. – Regina suspira. – Ela queria que eu fosse para Boston, teve a audácia de me transferir para a sede da empresa. Eu me neguei, discutimos e eu pedi demissão.

— Cora não muda, nunca aceitou e nunca aceitará a minha filha na sua vida.

— Ela não tem que aceitar, mas respeitar sim. – Regina afirma. – Mary, pode ter certeza de uma coisa, eu te garanto que desta vez ela não vai interferir no meu relacionamento com Emma. Já cometi o erro de deixar isso nos afetar uma vez e isso não voltará a acontecer de forma alguma.

— Acredito em você. – Mary responde honestamente, estava enxergando nos olhos da nora a sua convicção. – Mas não é justo ela te prejudicar profissionalmente, sei o quanto valoriza o teu trabalho.

— Já priorizei meu trabalho demais nessa vida, deixando meu casamento naufragar no processo. – Regina analisa. – Esse é outro erro que não cometerei novamente. Às vezes é necessário perder para aprender a dar o merecido valor a quem merece. Eu estou com as prioridades certas desta vez e isso não vai mudar.

Mary e Regina seguem conversando, até David se unir a elas mais uma vez. A morena aceita almoçar com os sogros, pois Emma tinha avisado que não poderia sair da escola para almoçarem juntas. Durante o almoço recebe mensagem da namorada, conversa com ela por alguns minutos, sem revelar seu desentendimento com Cora, combinando de a encontrar para jantarem juntas.

O resto do dia passa rapidamente, após o almoço, Regina vai para a casa, aonde toma um banho de espuma relaxante, decidindo deixar seus problemas para lá por alguns instantes. Não precisa se preocupar em buscar Robin na escola, pois Emma voltaria com ela para casa. Quando as duas chegam em casa, Regina sorri feliz, se inundando de bons sentimentos. O pensamento de ter Emma todos os dias morando de volta com ela lhe invade, imaginando se seria cedo demais para lhe chamar a morar juntas novamente.

Robin sorri e deixa um beijo na bochecha da tia morena, subindo rapidamente para o seu quarto. Emma sorri e se aproxima sorrindo maliciosamente.

— Oi, namorada. – A loira puxa Regina pela cintura e lhe beija apaixonadamente. – É muito piegas eu admitir que senti saudades?

— Não. – Regina lhe beija novamente. – Pois eu também senti e não sou piegas.

— Realmente, não é um adjetivo que lhe atribuiria.

As duas voltam a se beijar. Emma vai empurrando a morena, até lhe encostar na parede da sala, descendo beijos pelo seu pescoço, causando estremecimento por onde seus lábios passam. Regina prende as mãos nas madeixas loiras, puxando com vontade, trazendo a namorada mais próxima ainda ao seu corpo. Os beijos continuam por um bom tempo, com mãos ansiosas percorrendo ambos os corpos, até ouvirem passos da sobrinha descendo as escadas e se separarem ofegantes.

— Não queria atrapalhar. – Robin olha de forma curiosa de uma para outra. – Só vou ali na cozinha, pegar um sanduiche para comer.

— Você nunca atrapalha, Lindinha. – Emma sorri, ajeitando sua roupa.

— E nada de sanduiche, mocinha. – Regina também ajeita sua roupa. – Iremos jantar logo, logo.

— Ah, Tia Regina. – Robin faz beicinho. – Apenas um, não vou perder o apetite para o jantar.

— Nem um e nem nenhum. – Regina sorri. – Eu já deixei uma lasanha montada, é só colocar no forno.

— Falou a palavra mágica para me convencer. – Robin sorri, adorava as lasanhas da tia. – Já pode colocar no forno, não acha?

— Quando teve tempo para montar a lasanha? – Emma franze as sobrancelhas, sabia o quanto a namorada era perfeccionista com sua culinária. – Achei que tinha chegado um pouco antes de nós.

— Na realidade, eu estou em casa desde cedo. – Regina suspira, não queria entrar naquele assunto ainda. – Eu não trabalhei hoje, mas depois explico o motivo.

— Mas...

— Depois, Emma. – Regina dá um selinho na loira. – Vem comigo para a cozinha, quero tua ajuda para arrumar a mesa.

— Você cozinha e eu arrumo a mesa, não é? – Emma riu.

— Sim, é impossível fazer o contrário, meu bem. – Regina piscou para a namorada. – Já perdi as esperanças de você aprender a cozinhar decentemente.

— Culpa tua e dos meus pais. – Emma mostra a língua para morena. – Não mandei vocês serem tão bons cozinheiros, assim nem tive motivação para aprender eu mesmo, se a comida de vocês é mil vezes melhor do que de toda a nação.

— Exagerada. – Regina ri. – Vem, antes que a nossa sobrinha morra de fome.

— E morro mesmo. – Robin responde do sofá, aonde se deitou e está mexendo no celular. – As duas ficam flertando aí e se esquecem de me alimentar.

— Outra exagerada. – Regina nega com a cabeça.

— Desde quando esquecemos de te alimentar em pirralha? – Emma vai até o sofá e cutuca a sobrinha, que apenas ri. – Está vendo a ingratidão, Regina?

— Não reclame, Emma. – Regina sorri. – Ela puxou todo o drama de você mesma. Aprendeu contigo a ser assim.

— Outra calúnia e difamação. – Emma faz cara de ofendida. – Sou injustiçada nessa família. Tudo é culpa minha.

— Claro que sim, toda culpa é sempre tua. – Regina concorda sorrindo e puxa a loira pela mão. – Vamos logo, para de drama.

Regina e Emma vão para a cozinha, enquanto a morena coloca a lasanha no forno a outra arruma a mesa para o jantar. Quando está tudo pronto, chamam Robin. O jantar transcorria de maneira leve e divertida.

— Então, minha querida. – Regina olha para a sobrinha. – Quero mais detalhes sobre a Alice.

— Ah, ela é maravilhosa. – Robin fica vermelha. – É a garota mais inteligente que já conheci, ela é loira de olhos azuis e tem um sorriso tão doce, gosta das mesmas coisas que eu e é tão honesta, tão corajosa, fala tudo que pensa sem medo da opinião alheia.

— Isso é ótimo. – Regina sorri. – Estou enxergando nos seus olhos, que está apaixonada, meu amor. Isso é incrível, pode acreditar. Não é errado amar seja quem for, independente de sexo e qualquer outra coisa. Amar sempre é uma benção e devemos viver esse sentimento com muito orgulho.

As três seguem jantando e conversando sobre Alice e tudo mais. No final do jantar, quando estão prestes a se levantarem da mesa, ouvem a campainha tocar. Emma diz para elas ficarem aonde estão que vai atender. Quando chega na porta e a abre, fica surpresa de encontrar seu sogro ali.

— Gold?

— Olá, Emma. – Gold sorri contido. – Minha filha está em casa?

— Sim, está. – Emma abre mais a porta e faz um gesto com a mão. – Entre, por favor. Estávamos terminando de jantar.

— Papai? – Regina arregala os olhos, totalmente surpresa.

— Oi, querida. – Gold sorri para a filha. – Precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?

Me conte seus pensamentos sobre o capítulo e o andamento da história.

Até o próximo.



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