John estava no seu escritório sentado na sua cadeira preta de rodinhas com as pernas na mesa e os braços na nuca pensando se deveria ir para a casa depois de um dia improdutivo e sem clientela. Já eram 17:45 e seus olhos estavam pesando. A fome lhe atingia novamente e mais uma vez teria que gastar dinheiro para pedir algo. Ele sempre esquecia de levar um lanche.

Ele estava calmo, com os olhos entreabertos quase dormindo e, apesar da fome, não queria esperar a comida pregando os olhos, então ele desistiu de ligar para Sushiao para pedir mais sushis como pediu às 9:00 e na hora do almoço. A cadeira relaxante o poupava de um pouco de dor nas costas de quando caiu de cima de uma árvore para tirar um gatinho e deixava-o ainda mais sonolento. John Califórnia tinha uns 35 anos mas não aparentava muito joven. Ele era um pouco gordinho como Hércule Poirot (David Suchet) e não tinha barba. Na verdade ele parecia um pouco Hércule também pelo fato de seu formato de cabeça e estatura...Tinha um irmão de 37 anos e uma irmã de 29 anos. Os pais ainda estavam vivos e juntos mas moravam em uma cidade próxima.

Seu escritório estava um pouco abafado mas John não se importava pois se abrisse a janela sentiria frio pois nos últimos dias chovera bastante e essa chuva deixara o clima mais frio. 

Quando Califórnia estava pegando no sono seu telefone com fio tocou. Ele despertou de modo brusco quase caindo da cadeira e atendeu sem olhar de quem era a chamada.

— A-Alô? -- Ele disse com a voz cansada, os olhos deveras pesado e corpo idem.

— É você, Sr. Califórnia?

— S-Sim. Sou eu. Quem fala? -- Bocejou.

— Nossa, sua voz está diferente... Ah, sou eu, Shayne Forddway.

— Hum. -- John já ia pegando no sono de novo.

— Gostaria de pedir um favor. 

— Ahn? Ah, pode falar. -- Sua consciência voltou.

Califórnia, passou a mão na rosto descendo os cantos dos olhos e tapando a boca e deu um longo bocejo.

— Se não for incomodo, poderia ajudar a polícia com um novo caso? Os seus casos anteriores deram bom resultado então queríamos que você investigasse um para nós, mas se isso não afetar em algum que já esteja trabalhando.

— Eu não tenho nenhum e ficaria muito feliz em ajudar a polícia.

— Ótimo! Bom, ficou sabendo dos roubos em série que andam acontecendo? 

— Ahn... -- O detetive estava tão sonolento que mal se lembrava das notícias que lera mais cedo no jornal. -- Tô quase lembrando...Sim! Lembrei! Por quê?

— Queremos que investigue ele.