Segundos escrita por NyahM


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Ai carã, esta fic devia estar acabando, e ainda nem começou ! Oh, caralho >.<!

Vou tentar apressar o processo.


OU fazer duas fics na mesma série

Mas, de qualquer jeito, eu logo vou acabar essa fic pra que ela fique como a 'primeira fase' ou temporada, tanto faz.
Enfim!

Bem-Vinda Mira-chan! Adoro leitoras novas que fazem reviews realmente legais de se ler! Aqui está o meu agradecimento pela leitora nova, sim? Espero que goste do capítulo! ( Me esforcei muitoo! )

Bjss!



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Todos já estavam se encaminhando parar seus quartos, e dando as saudações de boa noite uns aos outros, quando Crona foi subindo as escadas, sendo acompanhada por Kid. Liz e Patty estavam dormindo, pois Liz morria de medo desses filmes de terror e Patty ficou para fazer companhia á ela. Realmente, Liz era uma medrosa épica. O quarto do trio era ao lado do da mãe, então, esse era o motivo por estarem subindo juntos. Kid estava abrindo silenciosamente a porta do seu quarto, quando viu que Crona tentou uma vez e não conseguiu abrir a porta do quarto da mãe do garoto, onde a bruxa aprendiz dormia. Por um momento, Kiz hesitou, mas sussurrou:

Crona... Precisa de ajuda?

Crona se virou, surpresa por escutar a voz sedosa, agora, sussurrada. Ela soltou devagar a maçaneta, e suspirou. Se virou para o garoto, e sussurrou de volta:

Não consigo entrar no quarto... Está trancado por dentro...

Kid se surpreendeu. Essa não era a melhor coisa que poderia ouvir. Só o fez fazer uma careta de desgosto, e desviar o olhar para o chão, ainda com a mão na própria maçaneta. Crona percebeu que não foi a melhor coisa a se dizer, e tentou se desculpar, mas Kid falou antes dela, que havia hesitado.

Quer dormir comigo?

Os olhos de Crona se arregalaram, e seu rosto ganhou uma coloração de cinza que surpreendeu Kid por um momento. Mas logo ele percebeu que o sangue dela é negro, então quando ela fica constrangida, seu rosto fica cinza, não rosa. Mas, espere: Porque o constrangimento? Então, ele percebeu também que a arrumação de suas palavras não foi das melhores.

Ah! Eh, eu quis dizer no meu quarto, desculpe! R-Realmente desculpe.

Ele murmurou, envergonhado, e sentindo agora o próprio rosto queimar. Sabia que já deveria estar ficando vermelho, e tentou esquecer esse fato vergonhoso. Imagine, ''Quer dormir comigo?'' realmente dava muito o que pensar. Ele se sentiu como um daqueles pervertidos pedófilos, que se aproveitam de crianças, mas no caso, ele estava se aproveitando de uma pessoa mais frágil e inocente que ele, quase a mesma coisa que uma criança, com o diferencial do – Já comprovado pelos seus olhos – corpo mais desenvolvido. Com esse pensamento, não conseguiu evitar ficar mais vermelho. O que estava pensando, meu Deus!? E ainda por cima na frente dela! Estava se tornando alguma espécie de pervertido?

Ah, bom... Não quero incomodar o shinigami-kun, então acho melhor... Eu...

Ora, não fique pensando e remoendo pense nas coisas. Apenas faça. Lembra?

– ... V-Você tem a razão, Shinigami-kun.

Ela chegou á essa conclusão, pensando bem. Quer dizer, além de tudo, não seria nem um pouco educado lhe dizer um não. Ela começou a andar em sua direção, de cabeça baixa, até chegar a uma curta distância, esperando ele terminar de abrir a porta. Mas ele hesitou. Ele continuava olhando pro rosto ainda cinza da garota frágil á sua frente, e sem atenção em aonde estava com a mão. Depois de um tempo, ele meio que percebeu o que estava acontecendo, e olhou pra baixo.

Quer dizer, ele já havia percebido o que estava acontecendo.

Tinha quinze anos ( mentalmente ), já percebia certas coisas – Apesar de não procurar nem um pouco por essas coisas. Aquilo que aconteceu naquela noite, e também os efeitos que aquele 'encontro' nas fontes fizeram sobre ele... Kid entendia mais ou menos o que sentia. Bem mais ou menos. Crona era um pessoa complexa, e o garoto sabia que ainda tinha muito o que aprender com ela. Kid era um garoto que tinha muita mais o que parecia, e a garota se sentia realmente atraída para conhecê-lo. A curiosidade mútua era o que ligava os dois, como uma linha que precisa ser encurtada, fazendo-os próximos.

Kid se sentia confuso por nunca ter sentido algo assim antes, e confessava que procurava não sentir, enquanto Crona estava mais confusa ainda, se sentindo como uma peça de vidro sendo minuciosamente examinada. E gostando disso.

Kid pareceu pensar durante um momento. Será que poderia... ? Não, é ousado demais, ela nunca mais olharia em sua face. Mas, se sentia realmente tentado em provar o gosto dos lábios pálidos á sua frente. Ele olhou pra boca dela, entreaberta, convidativa.

' ARGH, isso é estranho! Que incômodo! '

Ele engoliu em seco, abrindo a porta e entrando silenciosa, mas rapidamente. Ele estava muito constrangido com tudo aquilo, e se sentia muito irritado com aquele sentimento, que aparecia em horas indevidas, e transformava o que antes para ele era uma beleza ingênua em algo mais carnal. Coisa simplesmente nojenta, em seu modo de ver. Quer dizer, antes, ele achava atrativo o jeito ingênuo de Crona. Agora, vê perversidades em quase todas as coisas que ela faz. E até quando ela não faz nada.

Isso era a maldita puberdade?

Bom, então, ele estava passando por uma baita crise de puberdade.

Estava se odiando por causa da porcaria.

Quer dizer, seu pai, um dia, havia parado e falado com ele sobre isso. Foi uma conversa nojenta que podia ser evitada.

Ele falou sobre bebidas, drogas, e deu ênfase nas besteiras que podiam acontecer caso ele acabasse fazendo coisas erradas no quesito sexo.

Urgh, se sentia envergonhado só de pensar.

Kid se virou para trás, mas Crona estava em um lugar um tanto incômodo. Estava enrolada em posição fetal no canto do quarto, com a cabeça abaixada e respirando profundamente. Kid ergueu uma sobrancelha, e andou até ela, se abaixando em sua frente, ficando de cócoras.

– Crona. Porque está assim? Fiz algo que te deixou triste?

Crona balançou a cabeça, negando.

Eu durmo assim. Me sinto vunerável á noite.

– ... Então, eu vou trazer um colchão e uma manta grossa, e você pode dormir, aqui, no canto mesmo. Desde que fique deitada.

Ela balançou a cabeça em negação, novamente, sem levantá-la.

Eu quero ficar assim.

– ... Hum... Porque se sente vulnerável, Crona?

– Porque fico sozinha. E porque é escuro. Me faz lembrar da Sala.

Kid se sentou em sua frente. Era uma chance de conhecê-la melhor, e ele não iria deixar escapar.

Pode me explicar sobre a Sala?

Crona levantou um pouco a cabeça. Kid pôde apenas ver os olhos azuis dela, que brilhavam durante á noite. Ela pareceu apenas olhá-lo por um instante.

Porque você quer que eu explique?

– ... Não sei. Acho que faz um tempo que me sinto instigado com o pequeno mundo em que você as vezes se fecha. Gostaria de saber o que tem de tão bom nele para que você o escolha invés de ficar conosco.

– ...

– ...

Crona voltou a abaixar a cabeça. Kid piscou, confuso. Um pequeno tempo se passou.

– ... Não é melhor. Eu prefiro vocês. Só que é mais fácil ficar longe. Não sei como lidar com tantas pessoas. Não sei como lidar com pessoas.

Kid franziu a testa, sentando na posição de 'índio' e apoiando os braços sobre as pernas. Seria uma conversa um pouco longa.

Eu acho que te entendo. Um pouco.

A cabeça da garota menor voltou á se levantar, enquanto ela claramente esperava uma explicação.

Ás vezes, as pessoas... Me decepcionam. – Ele olhou para a divisa do quarto, que separava o quarto dele e o de sua mãe – Ou talvez eu espere demais delas. Eu não sei. Só sei que... Ás vezes, acho que tudo seria melhor se uma parte delas não existisse... Mas, eu começo a lembrar das pessoas boas na minha vida... – Ele olhou pra Liz, a princesa mimada, e Patty, a eterna criança, e voltou a olhar nos olhos da garota á sua frente – E daí eu desisto dessa idéia, e reconsidero as coisas. Talvez, eu devesse esperar menos perfeição. Nenhum dos meus amigos é tão simétrico como eu gostaria, mas mesmo assim, não deixo de admirá-los. Todos tem defeitos... Eu tenho defeitos. E muitos. Nem ao menos sou simétrico, uma coisa puramente física, imagine meus erros de caráter. Mas... Acho que procurar ajuda é bom. Se eu me fechar - O que eu já tentei - nada vai piorar. Mas também não vai melhorar, sabe? E é muito melhor contar com alguém. Eu-

Ele se interrompeu, vendo Crona dar seu primeiro soluço. Ele fez cara de surpreso, enquanto tocava de leve a face da garota, limpando uma lágrima descendo.

O que foi, Crona? Agora eu fiz algo errado?

Ninguém nunca quis saber sobre mim, além de Maka.. E-E ninguém nunca.. N-Nunca disse que me entendia...

Ela disse, apertando os olhos banhados de lágrimas, que refletiam na luz da Lua que entrava de algum lugar. Kid ficou meio exasperado, procurando algo em que pudesse o ajudar a fazê-la parar de chorar.

Por favor, pare de chorar... O que Maka faz para te deixar alegre?

– ... Ela me ajuda a fazer um poema... ?

Oh. Um poema... Bom, eu não sou bom com poemas. Posso te dar apenas um abraço? É o que fazem para mim quando eu me sinto triste.

Ele apontou para as gêmeas, dormindo. Crona pareceu fungar uma vez, e assentiu, esticando os braços inocentemente. Kid sorriu, se inclinando e abraçando-a. Ele pousou os braços de forma leve, com medo de machucá-la, enquanto os braços dela estavam agarrados á seu pescoço como se fosse a última salvação. Ele mergulhou o rosto no pescoço da garota, não podendo resistir á chance. Seu pescoço tinha cheiro de... Bom, de limpo. De pessoa asseada. Não um cheiro ao certo, mas cheirava como alguém que tinha cuidado com a higiene. Kid ainda sentiu algumas lágrimas quentes escorrerem e cairem em seus ombros, mas a abraçou um pouco mais forte, até que elas pararam. Ele colocou uma mão em sua cabeça, a trazendo mais para si, como se quisesse que se fundissem. Crona apenas soltou um suspiro.

Nunca havia sido abraçada daquele jeito, daquela maneira, com aquele toque especial... Nem por Maka.

O abraço já tinha se tornado bem longo, e Kid achava que podia acabar fazendo alguma coisa idiota se continuasse com aquilo.

Já se sente melhor, Crona?

A-Acho que sim... A-Abraços também são bons...

Ela fungou mais uma vez, enquanto se separavam. Crona pôde sentir um frio após se separarem, e abraçou a si mesma. Ele ficou ali, pensando durante um momento.

Olha... Vou trazer um colchão e uma manta. Você fica sentada, em cima do colchão, porque o chão está muito frio. E, se cobre com a manta. Se quiser, eu fico do seu lado até que você durma. Ouvi dizer que amanhã vai nevar, não quero que fique na friagem. Pode fazer isso?

Crona assentiu, encolhida.

Logo, Kid veio com as coisas que prometera trazer. Estendeu o colchão, á cobriu... Se sentou ao seu lado, e suspirou.

Agora, me conte. Me conte sobre o que você quiser.

~QuebraDeTempo/MudançaDeLugar~

Nocturna estava deitada. Ao seu lado, o ex-marido. Ela percebeu assim que acordou. Suspirou aliviada, lembrando que eles não passaram de beijos e carícias á noite passada. Ela simplesmente teria a sentença de morte e o fim da confiança de Maaba se engravidasse novamente. Não nessa ordem, óbvio.

Sentou-se devagar, e suspirou vendo o homem com o cabelo despenteado e jogado sobre o rosto. Ela balançou devagar o ombro do homem.

Ei, ei Death... 

Death acordou, colocando a mão sobre o rosto.

– Agh, para que tanta luz... Sim, o que foi, Nocturna?

– Você não tem que voltar pra Shibusen?

– ... Argh... Tenho. Já devia estar lá. Tem algum espelho por aqui?

A mulher apontou para um espelho na parede, de corpo inteiro. O shinigami assentiu, levantando-se, apressado. Ele caminhou até o espelho arrumando a própria aparência desalinhada. Voltou á perto da bruxa, lhe dando um beijo terno.

– Eu volto. Na primeira chance.

Nocturna assentiu, suspirando pesadamente.

Assim, o homem foi embora.

Pelo espelho.

Que estranho ...

!

~QuebraDeTempo~

Nocturna desceu, e quase todos estavam na mesa. Faltavam: Kid; Liz; Patty;  Crona e Ragnarök. Se é que Ragnarök conta.

– Onde está o resto?

Ela perguntou, de braços cruzados, em frente á todos, que comiam o café-da-manhã fazendo barulho e sorrindo. Eles diminuiam um pouco, mas ninguém deu uma resposta exata.

– Bom, que seja. Eu tenho uma pequena missão pra vocês. Soul e Maka, sabem a região montanhosa a qual a casa está situada?

Eles assentiram.

– Vão lá e investiguem. Os turistas parecem estar sumindo pela área do pico. Tsubaki e Black*Star, quero que vão até o vilarejo que fica no pé dessa mesma montanha. Um fenômeno semelhante está acontecendo no vilarejo também. Certo?

– YAHOO! A MELHOR MISSÃO PARA O MELHOR HOMEM! YEAH! ESTAMOS DENTRO!

– Hum.. Certo, Nocturna-senpai.

Concordaram.

– Kid e as Thompsom não tem objetivo fixado aqui, portanto não vou dar uma missão a não ser que ele peça. Crona, terá seu treinamento durante á noite, comigo, aqui mesmo. Só esclarecendo. Enfim, vão agora, logo após comerem. Quando mais cedo começarem, mais cedo vão terminar.

~Quebra(pequena)DeTempo/MudançaDeLugar~

Liz estava brigando com Kid.

– Seu pervertido! O que estava fazendo com Crona!?

– Eu apenas fiquei com ela ontem até ela dormir, e acabei dormindo do lado dela... Não vamos confundir as coisas, Liz.

– Confundir as coisas?! Eu não estou confundindo as coisas! A aproximação estava muito estranha entre vocês dois! Espere, por acaso... por acaso, você gosta mesmo de Crona?

– Eehhtoo, Kid gosta da Crona! Hehiehie~!

A voz das gêmeas estavam sobrecarregando sua mente.

– Aaargh, parem! Puff, estou com fome. Depois eu volto, vou comer.

Saiu, batendo a porta não de um jeito muito barulhento, pois uma frágil Crona ainda estava dormindo, encostada no canto do quarto.


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