A Babá escrita por Manu Ferreira
— Cara... - Patrick apertou o botão para que Rachel ouvisse.— Você foi MARAVILHOSAMENTE bem! Pode sair daí...
Rachel assentiu e retirou os fones de seu ouvido. Logo, saiu da cabine e foi para o lado de Patrick e Zac.
— Você se superou!— Zac elogia. — Nunca cantou TÃO BEM! - Ele a abraça.
— Parabéns Rachel! — Patrick a parabeniza. - Agora só faltam as faixas bônus!
— E quem vai cantar comigo?
— Ele já está a caminho. - Patrick dizia. - Sentem-se enquanto ele não chega...
— Ok. - Zac assente. — Vem, Rachel.
Os dois saíram do estúdio de gravação e se sentaram em algumas cadeiras que haviam ali.
— Eu tenho uma coisa para te contar... — Dizia Rachel.— E é muito boa!— Sorriu.
— Conte. - Zac pede.— Desde de manhã você está tão feliz, quero saber o motivo desta felicidade toda!
— Bom... De início, na verdade, a notícia começa BEM ruim... Só que no fim, ela vai ficando boa.
— Conta logo, ruiva!
— Tá bom, tá bom! - Ela ri. — Você sabe que aos 16 anos eu fui encontrada na rua por Frederico. Não é?
— Sim, sei.
— Você nunca achou estranho o fato de Frederico me levar para a casa dele sem mais e nem menos?
— Na verdade... Sempre achei que Frederico tinha uma quedinha por você...
— QUE? NÃO!
— Cara, é a única explicação por ele ter te levado para casa! Ou... Sei lá...— Uma idéia louca veio a sua cabeça e ele riu. - Ele era seu irmão, não sei. - Riu mais ainda.
Rachel assente com a cabeça.
— Como assim, ruiva?
— Zac, Frederico era meu irmão...
— O QUE?!?!?!?— O segurança não acreditava no que ouvia. — Repete que eu acho que não escutei direito!
— É isso mesmo que você ouviu. - Ela conclui e Zac a encara pasmo. - Phillipe Drumond é meu pai.
— E porque nunca te disseram? Porque seu pai sempre te manteve ao lado dele sem você ao menos saber quem ele era?
— Esta é a parte triste... — Rachel abaixou a cabeça. — Eu sou fruto de uma traição de Phillipe. Ele queria me manter por perto, mas não queria que ninguém soubesse que eu era filha dele e fruto de um adultério. Eu sou uma bastarda, Zac!
— Ei, — Zac levanta a cabeça da amiga.— você não é uma bastarda. Phillipe que é um babaca!
— Nem me fale...— Revirou os olhos. — E pensar que um dia eu admirei muito ele.
— E qual a parte boa?
— Zac, eu sou irmã das minhas crianças!— Ela sorriu. — E tia de uma delas... A guarda das minhas pipocas é TODA minha!
— Que ótimo, Rachel! — Ele a abraça fortemente. O abraço era BEM longo. Estavam bem perto um do outro... Alguns diriam que se beijavam.
— RACHEL?— Uma pessoa os chama. Os faz se separarem do abraço e olhar quem era.
— O que você faz aqui?— Rachel revirou os olhos.
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Cecília e Michael estavam no estacionamento da mansão conversando.
— E aí, já falou com ela?— Cecília se refere a Rachel.
— Digamos que... — Michael dizia. - Eu amoleci o coração dela em relação a mim.
— E você acha que só isto basta, seu estúpido? - Pergunta Cecília. - A bastarda já sabe que é minha... - Tossiu. - "Cunhadinha". - Fingiu ter uma ânsia de vomito. — Ou seja, a fortuna dos Drumond já era para mim! — Revirou os olhos.— Temos que ter CERTEZA ABSOLUTA de que Rachel e Eric estão TOTALMENTE separados! Assim você fica com Rachel, Paloma com Eric e eu com a fortuna do cantorzinho de meia tigela! — Riu maléficamente.— Pronto. Todos felizes!
— Não sei se é uma boa idéia pegar a fortuna de Eric... — Michael dizia.— Porque somente não separamos os dois?
— Isto não é óbvio? - Cecília pergunta.— Antigamente eu só queria ter Eric para mim para casar e com isto pegar a fortuna dele. Mas como Paloma apareceu e ela ama ele de verdade... Não preciso fazer este sacrifício.
— Eu não gosto dele, - Dizia o motorista.— mas ele não merece ser roubado.
— Se você pular fora do plano, você pula fora desta casa também! - Ameaçou Cecília.— Pode se considerar demitido!
— Você sabe que agora Rachel é minha patroa! - O motorista rebate.
— NÃO ME TESTE!
— ENTREGA!— Um homem grita ali perto de onde eles estavam.
— AHHHH!! — Cecília cai no chão. - EU NÃO PEDI NADA! - Ela grita furiosa.
— Mas obrigado por descontrair, amigo! - Michael morria de rir. — Obrigado mesmo!
— O pedido foi feito por... - O entregador lia um papel.— Lea Jones.
— Aquela cozinheira também é fogo! - Cecília bufou.— O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO? ME AJUDA! - Ordenou.
— Está bom, está bom!— Michael revirou os olhos e estendeu sua mão.
— Obrigado! - Cecília respondeu irônica e segurou a mão de Michael. — Por nada!— Ela completa e se levanta. Logo depois, ela dá alguns tapas em sua calça para limpá-la.
— E o que eu faço com esta entrega aqui?— O entregador pergunta impaciente.
— Francamente!— Cecília revirou os olhos. - Espera aí. - Ela retirou as chaves de seu bolso e abriu a porta para o entregador que adentrou. - Agora toque a campainha de casa que alguém vai abrir para você.
— Sim senhora! - O entregador assentiu e caminhou até a porta de entrada da mansão.
DING-DONG!
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Lea estava arrumando a cozinha quando a mesma escuta a campainha tocar.
— VANESSA! — A cozinheira gritava com o intuito de que a faxineira escutasse seu chamado estando em outro cômodo. — VAI ATENDER A CAMPAINHA!!!!
Segundos se passam e nenhuma resposta de Vanessa fora obtida.
— Agora além do meu trabalho, eu tenho que fazer o da Vanessa! - Lea bufou. - Lea isso, Lea aquilo, tudo Lea! — Entediada, ela tira o seu avental e caminha até a porta.
Quando a cozinheira fica frente a frente com a porta, ela coloca as chaves na fechadura e gira a maçaneta. Quando ela abre a porta, dá de cara com um homem desconhecido.
— Hã... — Ela estranhava. — Pois não?
— Você é Lea Jones? - O homem pergunta.
— Sim, sou eu mesma. — Lea dizia.— Aconteceu algo?
— Não. - O homem nega. - Mas tenho uma entrega para a senhora. — O homem entrega uma caixa a Lea.
— Uma entrega? — Confusa, ela pega a caixa.— Mas eu não pedi nada!
— Senhora, assine aqui. - O entregador ignorou as falas de Lea e a entregou uma prancheta. Cujo, Lea assinou um papel.— Obrigado! — Ele foi embora.
— E-er, obrigado a você! — Ela se despede e fecha a porta.
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