Civil War escrita por Dark Sweet


Capítulo 3
Retraída


Notas iniciais do capítulo

Hey, bebês! Eu voltei! Sim, estive sumida, eu sei. No entanto, esses meus sumiços e demoras para atualizar já é meio que uma rotina, não? Ou seja, eu só peço desculpas pela demora e desejo a vocês boa leitura. Nos vemos lá em baixo.



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 —Melinda, chegou visita para você. –

—Diz que estou ocupada e manda ir embora, Sexta-Feira. – informei, não tirando os olhos da enorme tela. – Não recebo ninguém hoje, lembra? Sem contato com o mundo exterior. –

—Pausar filme. –

O desenho do Pica-Pau foi pausado abruptamente, fazendo-me arregalar os olhos.

—Quem você pensa que é para... – virei-me na direção da entrada da sala do cinema do complexo. – Pinguim? – abri um sorriso, deixando o pote de sorvete de lado e levantando.

Corri até Coulson, abraçando-o com força. Abraço esse que foi retribuído, óbvio.

—Por que você não pediu para a Sexta-Feira dizer seu nome? – me separei dele. – Eu teria pausado o desenho e ido ter receber. Aliás, eu não gostei nada do fato de você ter interrompido minha maratona de todos os episódios do Pica-Pau. No entanto, acho que dá para relevar já que se trata de você. Então, Pinguim, o que o traz aqui? Alguma invasão alienígena ou robô assassino solto por aí? Ou é apenas uma visita de amigo? Seria errado eu pedir que fosse mais a primeira opção do que a segunda? –

—Melinda, calma. Respira, ok? – Coulson respirou devagar, induzindo-me a acompanhá-lo. – Melhor? –

—Sim. Foi mal. Eu me empolguei. – soltei uma risada. – O que veio fazer aqui? –

—Soube do que aconteceu em Dallas. –

—É claro que soube. – revirei os olhos.

—O Capitão me falou que assim que vocês chegaram em New York, você foi para o quarto e no dia seguinte preparou comida para um batalhão e veio até a sala de cinema para assistir algo. – completou.

—E qual o problema disso? É uma maratona, Pinguim. – ao ver a sobrancelha arqueada dele, resolvi terminar meu raciocínio: – Eu senti um tom de repreensão, ok? E não há motivos para isso. – cruzei os braços.

—Uma maratona de cinco dias? –

—Sim, ué. É uma maratona de todos... espera. Cinco dias? – questionei, vendo-o assentir. – Não. Isso é uma brincadeira. Né? – Coulson balançou a cabeça negativamente. – Sexta-Feira, que dia é hoje? –

—28 de Abril. – Sexta-Feira respondeu rapidamente.

—O casamento do Adam e da Chris foi dia 23. – murmurei. – Puta que pariu. Eu passei cinco dias aqui e ninguém me avisou? –

—Devo lembrar que todos que tentaram falar com você foram impedidos pelos seus escudos? – esse IA não negava que foi criado por Tony Stark.

—Que mentira, Sexta-Feira. Tony também está te ensinando a mentir? – cruzei os braços, olhando para o teto.

Coulson apontou com a cabeça para algo atrás de mim. Virei-me.

A tela em que passava o meu episódio favorito do Pica-Pau agora transmitia uma filmagem.

No canto esquerdo da tela tinha a data.

24 de Abril.

A filmagem me mostrava sentada no imenso sofá com várias comidas ao meu redor enquanto assistia a maratona de Cavaleiros do Zodíaco.

"–Melinda, a srta. Maximoff está na porta e deseja falar com você. –

—Eu não estou, Sexta-Feira. – minha resposta foi rápida.

—A srta. Maximoff insiste. –

—Não quero falar com ninguém. Isso vale até para Wanda. – falei sem desgrudar os olhos da tela.

A porta da sala foi aberta e meu braço se ergueu na direção da mesma, fazendo um escudo emergir e deixando Wanda impossibilitada de se aproximar.

—Melinda, podemos conversar? – a Bruxinha questionou.

—Não gosto que interrompam minhas maratonas, Malévola. Volte mais tarde. –

Dito isso, eu apenas movimentei meus dedos, a colocando para fora da sala e fechando as portas."

Mais filmagens apareceram na tela.

Algumas do mesmo dia, outras de dias seguintes. Mas todas com algo em comum: o meu desejo de me isolar do mundo.

Wanda não foi a única a tentar falar comigo durante esses cinco dias.

Steve, Natasha, Sam, Tony, Visão, Rhodey. Todos tentaram.

Até a Amy apareceu e eu fechei a porta na cara dela.

—Certo. Você não está mentindo. – suspirei. – Ok. Eu fiquei trancada em uma sala de cinema durante cinco dias, maratonando meus desenhos preferidos, comendo coisas nenhum pouco saudáveis, sem dormir e sem falar com qualquer pessoa a não ser comigo mesma. E daí? – virei-me para Coulson com os braços cruzados.

—O que aconteceu em Dallas te fez desenvolver TEPT novamente? – a pergunta dele foi direta.

—Não, Pinguim. Eu estou bem, ok? Só queria ficar sozinha e acabei não notando que já ia fazer uma semana que não saio daqui. – dei de ombros. – É uma droga ter TEPT. E se esse transtorno estivesse voltando, eu já teria procurado o dr. Palmer. –

—Então se eu pegar aquele frasco em cima do sofá eu não irei ver o nome de um antidepressivo nele? – ele arqueou a sobrancelha.

Merda.

—Como você conseguiu um frasco de antidepressivos sem prescrição médica? Eu falei com o dr. Palmer e ele me disse que faz um bom tempo que você não marca uma consulta. – Coulson falou. Seu semblante estava sério.

—Richard mal. – murmurei. O diretor da S.H.I.E.L.D. ainda esperava uma resposta. – Olha, Pinguim, eu precisava me acalmar, ok? Ficar zen. A cada dia que passava a data do casamento do Adam se aproximava e com ela vinha a viagem até Dallas para a fazenda de Vitória. Eu estava surtando só com o fato de ter que pisar naquele lugar depois de tudo. – falei exasperada. – Agora junta com o medo que eu tinha dela acabar machucando os Vingadores? E veja só, foi exatamente o que aconteceu! –

—Como conseguiu os antidepressivos? – tornou a questionar.

—Eu conheço um farmacêutico que estava me devendo um favor. Então eu cobrei. – dei de ombros. – Não me olhe desse jeito, ok? Se álcool surtisse efeito sobre mim eu não teria ido atrás de antidepressivos sem uma prescrição médica. – justifiquei. – Eu até tentei maconha e cocaína, mas quem disse que essas merdas funcionaram? Funcionaram porra nenhuma! –

Coulson tinha os olhos visivelmente arregalados. Não sei se foi pelo palavrão ou pelo fato de eu ter assumido que já tinha tentado me drogar.

Provavelmente a segunda opção.

—Faz um bom tempo, ok? Eu pegava um cara que curtia esse tipo de coisa e ele me ofereceu. Eu experimentei, mas, como era previsto, nada aconteceu. – respirei fundo. – Não sei se isso é algo positivo ou não. Nunca vou poder saber qual a sensação de ficar chapadona. – murmurei. Coulson limpou a garganta. – Para todos os efeitos, eu não disse isso. –

—Acredito que depois do que aconteceu na fazenda você não parou de tomá-los. – neguei com a cabeça. – E acabou aumentando a dose. –

—Talvez. Dependia do intervalo de tempo que a Sexta-Feira demorava para trocar de desenho. – respondi.

—Por que álcool não surte efeito em você, mas remédios sim? –

—Bom, o único remédio que eu tomo desde a explosão são antidepressivos. E eu os tomo desde criança. – dei de ombros. – Aquela terapeuta sem sal me dizia que o remédio me ajudaria a melhorar. Sabe quando sua mente precisa achar que você está se curando para seu corpo se curar de fato? – Coulson assentiu. – Talvez seja isso. Talvez os antidepressivos nem surte efeito sobre mim e eu apenas acho que me acalma. –

—Por que você não quis falar com ninguém, Melinda? –

—Ora, Pinguim, eu precisava de um tempo sozinha. – o encarei. – Não queria ter que encarar os Vingadores depois daquela cena patética na fazenda. –

—Por quanto tempo você não pretende falar com eles? – ele colocou as mãos para trás do corpo.

—Eu não pretendia passar de dois dias. Só que eu não vi o tempo passando. Juro. –

—Sua sorte é que quando eu liguei, eles não tinham ligado para seus pais ainda. – franzi as sobrancelhas. – Então pedi para falar com você antes de contar a Michelle e o Michael que você estava cinco dias trancada em uma sala. –

—Espera. Eles iam contar para meus pais? Quantos anos eles acham que eu tenho? 12? – perguntei incrédula.

—Quem foi que se trancou em uma sala durante cinco dias e que toda vez que alguém tentava conversar fazia um escudo? – ele arqueou a sobrancelha.

Coulson deu as costas, saindo da sala.

Soltei um suspiro, voltando para perto do sofá e colocando o frasco de remédio no bolso do short.

Levantei meu braço, cheirando e fazendo uma careta.

—Jesus Cristo. Eu preciso de um banho urgentemente. – falei sozinha. – Como diabos o Coulson me abraçou desse jeito? – resmunguei saindo da sala.

—Você poderia estar coberta de lama, eu jamais negaria um abraço seu, Melinda. – o diretor da S.H.I.E.L.D. falou com um sorriso discreto.

—Eu abraçaria você, mas agora que eu sei o quanto estou fedendo prefiro tomar um banho antes de tudo. Estou parecendo o Cascão, meu Deus. – falei fazendo outra careta.

—Quem? – Coulson indagou confuso.

—Nada não. Eu vou para o meu quarto tomar um banho e logo encontro você na sala comunal. – falei, começando a dar as costas para o Pinguim.

—Na da Lufa-Lufa, espero. – virei-me de supetão.

—Eu entendi a referência. – comentei rindo. – Você é da Lufa-Lufa Pinguim? Por que isso não me surpreende? – coloquei as mãos na cintura.

—E você é da Sonserina. Aposto. – sorriu.

—Óbvio e evidentemente que sim. – sorri. – Eu vou tomar meu banho e assim você pode me contar mais a respeito da sua casa. Eu já volto. – dei as costas, começando a caminhar.

—Melinda? – virei-me.

—Sim? –

—O frasco. – Coulson estendeu a mão. — O que está no seu bolso. –

Revirei os olhos, retirando o frasco de antidepressivos do bolso e entregando a Coulson.

—Por isso que eu sempre achei os Lufanos chatos. – resmunguei, indo em direção ao meu quarto.

***

Após tomar um banho deveras demorado - afinal, eu fiquei cinco dias sem ver água -, ter levado meu cabelo umas três vezes e ter escovado meus dentes mais vezes do que posso contar, eu finalmente voltei a ser uma pessoa descente e higiênica.

Vesti um vestido solto no tom azul escuro e com alças finas e calcei meu chinelo, fazendo um coque em meu cabelo.

Sai do quarto, descendo a escada e indo para a sala comunal do complexo.

Como as paredes eram de vidro, dava para ver o time todo reunido junto com o diretor da S.H.I.E.L.D.

—É, Melinda, o esporro vai ser grande. – murmurei antes de entrar na sala com um sorriso. – Fala, rapaziada. –

—Vejam só quem resolveu sair da toca. – Tony comentou, me encarando.

—Em minha defesa, eu não sabia que estava trancada naquela sala durante cinco dias. – informei sentando-me no sofá ao lado de Visão.

—Mas sabia que estava tomando antidepressivos sem prescrição médica. – Wanda jogou na rodinha, me encarando.

—E se você não tem uma prescrição médica significa que não precisa tomar antidepressivos. – Tony completou.

—Eu não acredito que vocês viram e ouviram a minha conversa com o Pinguim. O Tony tudo bem. Ser intrometido está no sangue dele. Agora vocês? Achei que não gostassem quando o Stark fazia isso. – cruzei os braços.

—Você não queria conversar com a gente, Melinda. Se não fosse por causa do instinto curioso do Stark nunca iríamos saber que você estava se automedicando. – abri a boca incrédula.

—Até você assistiu as imagens, Nat? – indaguei, vendo ela erguer os ombros. – Isso é invasão de privacidade, sabiam? –

—O que fizemos foi errado. – Steve tomou a palavra. Franzi as sobrancelhas. Até o Picolé ouviu minha conversa com o Pinguim? – Mas o que você fez também foi, Melinda. – cruzei os braços, bufando.

—Você não precisava se isolar da gente, Melinda. Não precisava ficar sozinha. Não te culpamos pelo que aconteceu na fazenda. – Wanda falou fazendo-me rir.

—Vocês não precisam me culpar de nada. Eu já me culpo sozinha e sem a ajuda de ninguém. – respondi. – E antes que vocês falem que eu podia conversar vocês, eu não queria, ok? –

—Você acha que iríamos te julgar por se culpar por algo que não foi sua culpa? – Natasha questionou.

—Não. Talvez vocês apenas contassem sobre nossa pequena conversa para meus pais. – sorri com desdém.

—Melinda... – o Capitão tentou se explicar.

—Quando é que vocês vão parar de me tratar como uma criança, hein? –

—Que tal quando você parar de agir como uma? – Tony retrucou.

—Ah, claro. Falou o mais responsável do time. – rebati, vendo-o arquear a sobrancelha.

—Viu? Atitude de uma pirralha de 10 anos. –

—Não enche. – resmunguei, virando o rosto.

—Não queríamos ligar para seus pais, Melinda. – Steve tomou a palavra. – Queríamos resolver isso com você sem ter que envolver sua família. Só que a qualquer sinal de aproximação da nossa parte, você recuava. –

—Talvez porque eu não quisesse conversar. – respondi seca.

—E por que você não queria conversar? – finalmente a voz de Rhodes foi ouvida.

—Vitória quase me matou. Vitória machucou vocês e se o Adam não tivesse aparecido, talvez vocês estivessem mortos. Assim como eu. – respondi, encarando-os. – E foi por minha culpa. Eu me distraí. E foi por tempo suficiente para ela colocar aquele troço no meu braço. Quando Vitória me jogou no porão e eu pedi ajuda ao Capitão, foi outro erro. Talvez eu devesse ter esperando mais um tempo, perguntado o que ela pretendia fazer. Uma hora eu arrancaria a verdade dela. Só que eu não fiz nada disso. Eu simplesmente deixei o desespero tomar conta de mim e isso quase matou o Steve e a Nat. –

—Eu falei para você usar o ponto de comunicação se notasse que Vitória iria fazer algo contra você. – o Picolé falou, atraindo minha atenção para ele. – Independente se isso colocaria minha vida em risco ou não, Melinda, era para você usá-lo. –

—Eu sei, Cap. Mas... eu não devia ter colocado a vida de todos vocês em risco. – baixei o olhar. – Vitória admitindo ou não, o problema dela era comigo. Não tinha para que ela ou eu envolver vocês nisso. –

—Quando Bruce e eu criamos o Ultron, todos ajudaram a matá-lo. O problema era apenas meu e dele. Mais meu do que do Bruce, na verdade, mas ainda sim um problema nosso. Entretanto, todos vocês ajudaram a pará-lo. – Tony apoiou os cotovelos sobre os joelhos. – E sabe por que, Pirralha? Porque nós somos um time. Podemos não ser um time perfeito, mas, ainda sim, somos um time. –

—O que o Tony quer dizer, Melinda – Natasha me encarou. – É que não importa se o problema que você tem com alguém é pessoal ou não. Se esse alguém estiver ameaçando não só a sua vida como a de outras pessoas, também é um problema nosso. –

—Mesmo que isso coloque a vida de vocês em risco? – sondei.

—Principalmente se colocar nossas vidas em risco. – Steve respondeu.

—Bom, parece que vocês não precisam mais de mim. – Coulson falou, levantando-se.

—Ah, Pinguim, você pode ficar mais um tempinho. Eu até estava pensando em fazer brigadeiro para todos. – falei sorrindo.

—Brigadeiro? – o diretor franziu as sobrancelhas.

—É um doce brasileiro. – Sam respondeu. – Você deveria ficar. –

—Deveria mesmo, Coulson. É um doce realmente muito gostoso. – Natasha sorriu.

—Eu adoraria, mas tenho coisas pendentes na S.H.I.E.L.D. Fica para uma próxima. – ele me encarou. – E, Melinda, se eu souber que você está se automedicando novamente, terei que lhe prender. –

—Anotado. –

Coulson assentiu, se despediu e saiu do complexo.

—Então? Qual o próximo tópico da nossa rodinha? – perguntei.

—Que tal falarmos sobre você tentando se drogar? – Tony sugeriu, causando-me uma risada.

—Isso foi algo bem engraçado, Cabeça de Lata. – admiti ainda rindo.

—O que acha de nos contar na cozinha enquanto você faz o brigadeiro? – Wanda questionou levantando.

—Fechado. – levantei, indo em direção à cozinha. – Sigam-me os bons! –

***

Já fazia dois dias que o episódio na sala do cinema tinha acontecido e tudo tinha voltado ao normal.

Ontem eu fui até a casa dos meus pais para tentar compensar todas as ligações perdidas durante esses cinco dias.

Quando foi questionado o porquê do meu sumiço eu falei que a Natasha tinha confiscado meu celular depois de eu ter respondido um tuíte de um fã no meio do treinamento.

A desculpa foi aceita, óbvio.

Agora eu estava correndo ao redor dos dois prédios das instalações dos Vingadores.

Acontece que eu estava malhando na academia do Complexo, mas quando eu fui correr na esteira acabei me frustrando por ela ser lenta demais.

Por mais que Sexta-Feira tivesse dito que a velocidade máxima dela era por volta de 40km/h, eu ainda a achava lenta demais.

Talvez a esteira estivesse com defeito, não sei.

Acontece que minha cabeça ainda estava cheia a respeito do casamento do Adam.

Quando eu fui visitar meus pais ele estava presente e tocou no assunto.

Adam estava se sentindo culpado por ter confiado tanto em Vitória. Michelle estava do mesmo jeito.

A minha cabeça estava a ponto de explodir se eu continuasse no quarto, fazendo nada. Eu precisava me ocupar com alguma coisa.

Alguma coisa diferente de séries, livros e desenhos.

Treinar foi o que me fez esquecer um pouco o assunto. E até agora estava funcionando.

Eu estava chegando próximo ao Complexo quando encontrei Steve e Natasha saindo do mesmo.

As expressões estavam sérias, mas dava para notar um pouco de confusão e curiosidade nos olhares dos dois.

Minha preocupação começou quando os dois pararam e me encararam enquanto corria.

Parei de correr assim que me aproximei o suficiente deles.

—Algum problema? – indaguei, retirando os fones de ouvido.

—Ela não está ofegante, Steve. – Natasha comentou, causando-me um leve franzir de sobrancelhas.

—Não estou ofegante em relação a que? A minha corrida? –

—Há quanto tempo está correndo, Melinda? – o Capitão questionou.

—Eu não. Eu não contei. – respondi. – Mas não faz muito tempo, eu acho. –

—Sabe quantas voltas você deu ao redor dos prédios? – minhas sobrancelhas se franziram mais ainda depois dessa pergunta da Natasha.

Isso era algo importante?

—Eu perdi a conta depois da décima terceira volta. – falei confusa. – Por quê? –

—Melinda, você deu mais de 45 voltas ao redor dos prédios. – Steve informou.

—E? – sondei.

—Em menos de duas horas. – Natasha completou.

—O que? Eu estou correndo há duas horas e nem percebi? – indaguei incrédula.

—É com isso que você está surpresa? – Nat arqueou a sobrancelha.

—Sim, Dona Aranha. Eu nem vi o tempo passar. Impressionante. – murmurei.

Ao notar as sobrancelhas arqueadas de Steve e Natasha eu me preocupei.

—Tem alguma coisa errada comigo, gente? – perguntei séria.

—Melinda, nós queremos fazer uns testes com você. –

—Não! Nada de agulhas, Picolé. – dei um passo para trás.

Qualquer coisa era só ativar o escudo ou sair voando.

—Não terá agulhas, Melinda. Eu prometo. – Steve falou calmamente.

—Tem alguma coisa errada comigo? – tornei a perguntar.

—Não, Melinda. Nós achamos que você está desenvolvendo uma nova habilidade. – Romanoff respondeu cruzando os braços. – Apenas queremos tirar a dúvida. Tony está no laboratório dele. Ele poderia te examinar. O que acha? –

—Nova habilidade, é? – murmurei pressionando os lábios. – Certo. Vamos fazer esses testes. Agora eu juro que se alguma agulha aparecer no meu campo de visão, eu saio correndo. – avisei séria.

—Fechado. –


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Notas finais do capítulo

Hey, bebês! Então? O que acharam? Gostaram? Não gostaram? Comentem! Esse e os capítulos que estão por vir serão um pouquinho mais ameno, pois eu fiz uma contagem de capítulos e notei que a história se encerraria com uns 10 capítulos. Aí eu fiquei pensando: Civil War não pode ter apenas 10 capítulos. Por esse motivo eu decidi adicionar alguns capítulos mais mamão com açúcar, sabe? Contudo, não se preocupem. Os capítulos sobre o Tratado e tudo mais virão em breve (eu espero).
Bon revoar!



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