Uma carta, mas não de despedida. É somente uma carta, onde lentamente deixarei os meus sentimentos que andam tão anulados de sentidos, ou sendo mais objetivos. (Algo que nunca foram, e não seria justamente nesse tempo que eles iriam se transformar e seriam mais claros.) Se expressarem e dizerem o que gritam e necessitam dizer.

Os meus sentimentos eles necessitam da sua presença, sua existência. Um pouquinho que seja de você, para que eles não se sintam que talvez, só talvez, eu tenha inventado você. Um personagem com características às vezes opostas as minhas. Introvertido, para não dizer tímido. (desculpe, é que não consigo te ver ou pensar em você como alguém tímido. Me dê um certo desconto, foram muitos auê junto contigo.) Devidamente sério demais, e ao mesmo tempo, bobo demais. Lerdo, nos momentos mais inconvenientes, para não dizer sonso volte e meia. 

Um ser, que no momento em que estamos assim, tão distantes, sem ao menos a prolongação de um contato, me parece tão frio. Como se fosse outra pessoa. Uma pessoa na qual eu não gosto nenhum pouco. E me aproximo para que esse sentimento e pensamentos sumam e veja que estava enganada. 

Que a pessoa tão fria e silenciosa, na verdade é amorosa, atenciosa e também é um bom amigo. Que apenas ainda, deixa as decisões para as outras pessoas, se querem permanecer ou não em sua vida.

Se por acaso você chegar a ler isso, saiba que é muito importante para as pessoas que são próximas a você, que elas querem sentir um retorno vindo de você, saber que elas são importantes para você e que você faz questão da presença delas em sua vida. Às vezes eu queria saber isso vindo de você, digo saber, porque eu sinto que você faz questão da minha presença, nem que seja um pouquinho. Mas convenhamos, a minha imaginação é fértil demais, você sabe bem. Sou capaz de me apaixonar por personagens de mangá, que dirá projetar e acreditar sentimentos vindos de outra pessoa seja meramente fácil, e talvez seja isso que esteja acontecendo.

A realidade de que estou projetando sentimentos de amizade, companheirismo e importância vindos de você.

Só de cogitar isso, meu peito dói um pouquinho. Dói porque você é importante para mim e muito. E imaginar que esse nosso envolvimento foi apenas algo sem importância, sem nenhum valor. Não direi que me dilacera, mas dói de um jeito que nem com todos os Aurélios que constam na minha estante, (e olha que são muitos) poderiam me ajudar a explicar o que me causa, e me faz sentir.

Eu sei que eu sou uma bagunça.

Que eu sinto demais. Sentimental demais.

Que acabo embolando os sentimentos em um só. 

Te enchendo de perguntas, para obter respostas que saem mais confusas que as perguntas.

É que os meus sentimentos me sufocam às vezes, e deixam os meus sentimentos mais embolados ainda. E provavelmente eles sempre serão assim se eu permanecer em contato com você, indo atrás de você.

E eu estou cansada de sentir isso, mesmo que ao mesmo tempo volte e meia queira sentir isso. 

Mas se eu não romper com isso tudo, quando isso vai acabar? Quando esses sentimentos vão ir embora? 

Eu não sei e nem você.. 

E tudo bem, relaxa. Você não têm culpa de nada, você não fez nada. E eu também não. Por isso que eu tenho que me manter o mais longe possível. Porque os sentimentos são meus. Eu não sei quando começou, e nem como. Mas volte e meia eles surgem. E de verdade? São um porre. Mas nas outras vezes, são tão bons. 

O que sinto por você me fez criar as poesias mais intensas, profundas e às vezes obscuras em que volte e meia pego para ver, reler. Me encanto com a imensa intensidade de sentimentos que você me causa.

Como um café quente, que traz a capacidade de aquecer um corpo de um vento frio.

E já se passaram tantos anos..

E um dos meus vários pedidos é que ninguém mais se afastasse de mim. E aqui estou eu, indo, mas sem ir..

E mesmo que nunca mais te veja, saiba que sempre estarei orando para que você esteja bem e feliz.

E, dizer algo que teimava em não dizer por achar bobo demais.. (e com vergonha demais, e não ser rejeitada tão diretamente) que te amo.

Mesmo achando que talvez pra você, nada do que eu disse, e tudo isso, não faça nenhum sentido.