Maldita garrafa escrita por Desabafo
Notas iniciais do capítulo
Oi
As lagrimas que lhe corriam a face e seus soluço, que cortavam o silencio daquele pequeno quarto vazio , também não pareciam ser algo visível para alguém. Seu corpo tremia por inteiro ,o pequeno talho na cabeça ardia como brasa e cheiro de mofo e outra coisa , que não sabia identificar ,o fazia espirar vez ou outra .
Olhou de novo pela fresta da fechadura e sentiu os pelos de seu corpo se arrepiarem. Estava ali , bem diante de seus olhos, o motivo de tamanho sofrimento: Joaquim , ou como normalmente o chamava, papai.Um homem de meia idade , com cabelos já grisalhos , olho vermelhos , pele parda de baixa estatura .
Não era o homem em si , que fazia o estomago do pequeno se revirar em puro desespero , era o que ele trazia em mão: Uma garrafa , de corpo transparente , que tinha em seu interior uma bebida cristalina como água.
Ele aprendeu com o passar do tempo e da pior forma possível, que aquilo , que seu pai tinha em mãos não era água .Era Cachaça ,aguardente e seja lá o que isso fosse , não servia pra matar a sede . Matava a alma , devagarinho.
Ele amava o pai mais do que qualquer coisa , mas ali , diante da garrafa , aquela maldita garrafa , só conseguia tremer.Ele sabia o que aconteceria quando seu pai o encontrasse , e sim meus caros leitores , ele sempre era capaz de encontrar o pobre menino.
A surra era inevitável , tanto para ele quanto para sua mãe , mas não havia muito o que pudesse fazer.
Uma vez , tentou jogar o conteúdo das garrafas fora. Quando sua mãe viu o que ele estava fazendo , ela o repreendeu deu no menino um belo puxão de orelha e depois disse: 'Santiago , se você jogar isso fora , seu pai vai sair pra comprar mais . Não temos dinheiro pra isso meu filho'
—SAI DAÍ MENINO! EU AINDA TE QUEBRO A CARA POR FICAR FAZENDO ESSAS COISAS!- Gritou seu Joaquim
Miguel continuou em seu pequeno esconderijo. Seu pai , já não era mais seu pai , não era seguro sair dali.
Enquanto esperava ser descoberto ficou pensando nas coisas que diria a seu pai quando ele voltasse ao normal no dia seguinte. Ele estaria com dor de cabeça e com um humor terrível, por isso talvez devesse mostrar seu boletim em um outro momento , a sua nota de matemática não estava muito boa , seu pai provavelmente...
De repente , seus pensamentos são interrompido pela luz que passou a passar pela porta recentemente aberta. O cheiro de álcool invadiu suas narinas e teve uma das visões mais infernais: A maldita aguardente ardente.
—MULEQUE , VOCÊ NÃO INVENTA MAIS ISSO DE ESCONDER!- Ele disse e levanta a mão.
Santiago fechou os olhos.
'E lá vamos nós denovo!'
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