The Half-blood Prince - Severo Snape escrita por MeireMRL


Capítulo 11
O Encontro - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Olá,
Segue mais um capítulo para vocês.
Boa leitura.



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"Está pronta para o melhor encontro da sua vida?"

A sonserina sorriu ao encarar o rapaz a sua frente antes de responder.

"Estou."

—---------

Valerie ficou intridaga com a direção a qual Amos a levava. Eles não estavam indo para Hogsmeade e sim em direção ao Lago Negro.

Como eles estavam em dezembro e em pleno inverno o lago estava totalmente congelado. O que fez a sonserina olhar intrigada para seu par.

"O que estamos fazendo aqui?"

Amos apenas indicou um lugar onde havia uma cesta de vime e dois pares de patins de gelo.

"Espero que você saiba patinar."

Valerie olhou em volta e sinceramente ela adorou a idéia do Diggory de vir fazer um piquenique e patinar no lago congelado.

"Pra falar a verdade eu não só sei como adoro."

"Ótimo"

Intimamente o lufano comemorava por ter acertado na escolha do local para o encontro.

Depois de colocar os patins os dois deslizaram juntos sobre o lago.

"Tem certeza que é seguro Amos?"

"Pode confiar, Hagrid me falou que nesse local não tem perigo patinar."

Amos pegou a mão de Valerie e a puxou para o seu lado. A castanha notou que ele patinava muito bem.

"Você vem muito aqui? Para patinar quero dizer?"

"As vezes. Gosto de patinar mais como não tenho companhia geralmente deixo de vir."

"Posso ser sua companhia apartir de hoje. Se você quiser."

Amos fez um movimento fluído e se pôs de frente para Valerie, colocou as mãos em sua cintura e a guiou deslizando pelo gelo.

"Eu vou adorar ter sua companhia."

Eles deslizavam como se estivessem dançando uma valsa. Movimentos lentos que corriam de maneira fácil como se os dois já tivessem feito aquilo antes. Valerie sentiu que Amos diminuía ainda mais o espaço entre eles enquanto enlaçava sua cintura. 

O frio de dezembro fazia com que as respirações de ambos saíssem como fumaça no ar e em um determinado momento essa fumaça se misturou.

Enquanto Valerie encarava Amos naquele cenário tão lindo ela viu nos olhos do rapaz o que ele pretendia.

Ele iria lhe beijar. 

Mas algo dentro dela não queria aceitar esse beijo, era como se estivesse traindo seu próprio coração e o amor que ela sentia por Severo.

Severo… a sonserina pensou no amigo e em como queria que na realidade ali em sua frente prestes a lhe beijar fosse o moreno e não Amos.

Mas o que ela estava pensando? Severo amava Lílian e estava namorando a mesma. Se ela quisesse mesmo esquecer esse amor platônico ela deveria empurrar esses sentimentos para o lado e entrar de cabeça no encontro com Diggory.

Valerie apenas se deixou ser puxada cada vez para mais perto de Amos e quando ela viu que ele aproximava seu rosto bem devagar em direção ao dela, simplesmente fechou os olhos e esperou pela sensação dos lábios dele nos seus.

Mas antes que isso acontecesse ela sentiu algo peludo passar por entre suas pernas a fazendo desequilibrar e cair para trás.

Quando Valerie abriu os olhos viu que Amos também estava no chão e ao lado deles havia um enorme cão negro de olhos prateados.

O cachorro pulava de um lado para o outro tentando chamar a atenção de sonserina. O que teve sucesso pois Valerie pensou nunca ter visto cão mais bonito antes.

Seu pelo era totalmente negro e muito macio, Valerie notou quando fez carinho no canino.

A castanha ficou feliz ao notar que o cão tinha gostado imediatamente dela. Sentiu o focinho molhado em sua bochecha e a língua úmida lamber sua face causando cócegas na sonserina.

"Olha Amos, ele não é lindo? Onde está o seu dono em coisa fofa?"

"Sem dúvidas um belo cão. Não se preocupe ele deve ser do Hagrid, ele adora animais."

Amos tentou fazer um carinho na cabeça do animal mais o mesmo não permitiu, latindo e mostrando os dentes para o lufano.

"Acho que ele não gostou muito de mim."

"Ele deve estar com fome. Vamos dar algo para ele comer."

Valerie e Amos sentaram um do lado do outro embaixo de uma árvore que estava coberta de neve fazendo a mesma parecer que tinha folhas brancas, e quando o vento soprava um pouco mais forte dava pra ouvir os pequenos cristais de gelo baterem um contra o outro e Valerie achou simplesmente lindo.

Amos ficou encantado em como Valerie sorria para ele. Tão natural e espontânea e ele desejou terminar o que havia começado antes  da queda os impedir.

Passando o braço pelos ombros da castanha ele se aproximou mais dela. Só que antes de prosseguir o cão latiu forte e se sentou no meio dos dois colocando a cabeça no colo da jovem, impedindo assim o lufano de prosseguir com seu desejo de beijar Valerie.

Diggory pegou a cesta e quando abriu viu que todo seu conteúdo estava congelado o que fez o lufano ficar intrigado pois ele tinha certeza que encantou a cesta antes de saírem.

"Algum problema Amos?"

"Bom… acho que só temos gelo para o lanche."

Dizendo isso Diggory mostrou o conteúdo da cesta a Valerie, que gargalhou ao ver toda a comida congelada.

"Sendo assim será melhor voltarmos ao castelo."

Andaram por alguns minutos ainda sendo acompanhados pelo cachorro negro que não saia de perto da Valerie e quando chegaram perto do castelo o cão tomou a direção da casa de Hagrid fazendo o casal acreditar que ele pertencia sim ao guarda-caça.

"Desculpe pelo…"

"Ei, sem desculpas, eu adorei nosso encontro. Tirando que nossa comida virou blocos de gelo tudo estava perfeito."

Amos pegou a mão de Valerie e a puxou para ficarem frente a frente. Levantou a mão e tocou o rosto da sonserina em uma carícia leve.

Diggory ergueu  o queixo de Valerie e a  trouxe gentilmente para sua direção. Mas antes de suas bocas se tocarem Valerie parou o lufano.

"Desculpe Amos, mas tenho que te avisar que ganhei uma pastilha de um amigo, mas acho que o sabor que ele me deu não é dos melhores. Era de cebola."

Valerie falou meio sem jeito e viu o sorriso de Amos aumentar. O lufano tirou um tubinho de pastilhas de cebola do bolso.

"Só pra constar, eu amo cebola."

Os dois riram juntos e se conectaram de uma forma perfeita, aproximando os lábios lentamente até que não havia mais espaço algum entre eles.

O beijo foi lento e sensual. O lufano sabia como beijar pensou a sonserina se perdendo cada minuto mais naquela lábios macios.

Amos mordeu de leve os lábios de Valerie, ele havia imaginado várias vezes como seria a sensação dos lábios dela mais a realidade estava sendo bem melhor, Valerie respondia a seus beijos com a mesma empolgação.

Estava tudo perfeito naquele momento,  até que no minuto seguinte já não estava mais…

—-------------

Severo tentava não transparecer seu desconforto por estar sentado naquele lugar cheio de babados, até parecia que estava em uma casa de bonecas com aquela decoração com um gosto para lá de duvidoso que havia na Casa de Chá Madame Puddifoot. 

Era um local típico para casais apaixonados e por esse motivo o moreno tentava não fazer da experiência um desastre.

Tentava ignorar o tilintar melodioso do sino sobre a porta que estava lhe dando nos nervos sem falar que se relacionar de modo tão íntimo na frente de outras pessoas não era bem a coisa mais fácil para o sonserino que sempre achou prudente esconder suas emoções de todos.

Lílian olhava fixamente para o menu a sua frente sem conseguir se concentrar de verdade no que estava escrito nele. Por mais que ela quisesse se enganar ou não dar o braço a torcer ela tinha que ser sincera e admitir que o relacionamento dela e de Severo não foi uma boa idéia.

Ela sabia disso por dois motivos. Primeiro, o amor que ela sentia pelo sonserino era apenas fraternal e isso ficou bem claro nos últimos dias, pois ela não conseguia sentir tudo o que as garotas dizem que se deve sentir quando se está apaixonada pelo cara certo. Ela tinha um enorme carinho por seu amigo de infância, e o queria muito bem, só que nada mais do que isso.

Segundo, ela sabia que Severo poderia ainda não ter percebido mas era claro que ele estava apaixonado por Valerie e pela maneira que a castanha olhava para Severo era mais do que evidente que ela sentia o mesmo por ele. 

Ela não culpava nenhum dos dois, se alguém tinha culpa de alguma coisa esse alguém era ela. Não deveria ter se deixado levar pelo sentimento de perda que sentiu quando notou que Severo já não gostava dela como antes. E por esse motivo ela teria que dar um fim a esse engano imediatamente.

"Sevie. Precisamos conversar."

O sonserino estava tão concentrado que demorou um minuto para perceber que Lílian o chamava.

"Sevie."

"Desculpe eu estava distraído, você falou alguma coisa?"

"Precisamos conversar. Que tal a gente dar uma volta?"

"Claro."

Severo e Lílian caminharam por um tempo em silêncio. Os dois se afastaram um pouco do amontoado de estudantes que visitavam Hogsmeade.

Severo tentava descobrir o que tinha feito Lily ficar incomodada. Será que ela percebeu que ele não tinha gostado de ir a Madame Puddifoot? 

O sonserino já estava pronto para pedir desculpas, pelo que ele nem sabia que fez quando ouviu a suave voz da grifana.

"Sevie, já nos conhecemos a tanto tempo. Eu me lembro como se fosse ontem o dia em que você falou comigo pela primeira vez."

Severo notou que Lílian parecia nervosa ao lembrá-lo de sua longa amizade.

"Eu também. Você parecia um anjo."

Lílian sorriu sem graça antes de  prosseguir

"Sempre fomos muito amigos, tirando aquele episódio em que você me chamou de sang…"

"Porfavor não repita essa palavra. Foi algo horrível e…"

"Severo, porfavor me deixa terminar."

O moreno apenas confirmou com a cabeça.

"Tirando aquele episódio lamentável você sempre foi um ótimo amigo sempre estando ao meu lado e devo confessar que eu notava como você me olhava diferente. Foi por isso que eu realmente achei que fosse o certo começarmos um namoro, mas… bom… eu me enganei."

Por um momento Severo não soube o que pensar. Ele apenas olhou para Lílian e seu rosto transparecia confusão mais ele nada disse esperou a ruiva terminar de falar.

"Eu quero que saiba que você é um ótimo namorado e qualquer garota teria muita sorte em ser sua namorada mas… eu e você… não está dando certo Sevie. Eu acho melhor sermos somente amigos."

Severo pensou consigo, se seria insensível da sua parte se sentir aliviado ao ouvir aquelas palavras? O sonserino sabia que deveria se sentir magoado com o término do namoro mas não ficou, na verdade ele estava grato por ela ter falado isso antes dele. Pois ele já tinha notado que entre Lílian e ele só existia uma boa amizade, amor fraterno e nada mais.

Não soube explicar quando deixou de amar Lily da maneira que um homem ama uma mulher, mas naquele momento ele soube que entre os dois jamais daria certo e ficou feliz pela ruiva pensar do mesmo jeito.

Lílian estava nervosa pois Severo não esboçava nenhuma reação.

"Severo, fala alguma coisa."

"Lily… bom… eu entendo. Quer dizer… somos melhores como amigos. Devo ser sincero e dizer que também vinha pensando o mesmo mas não sabia se você também pensava assim. Fico feliz que mesmo não sendo mais namorados possamos ser amigos."

A ruiva sentiu uma imensa paz quando ouviu as palavras de Severo. Abraçou a moreno e sentiu que ele retribuía com carinho.

"Que tal voltarmos para o castelo amigo?"

"Acho uma excelente idéia amiga."

Severo sorriu e apenas seguiu Lílian de volta para o castelo.

De longe ele viu Valerie e Diggory que caminhavam juntos vindo da direção do Lago Negro. Sua melhor amiga e o texugo maldito sorriam um para o outro de maneira muito íntima o que deixou o sonsrino irritado. Era para esse encontro ter sido um desastre e não para eles parecerem ainda mais próximos.

Severo viu quando Diggory puxou a mão de Valerie a fazendo parar em sua frente. Ele precisava saber o que estavam falando. Só então ele se lembrou de Lílian ao seu lado.

"Lily, se importa em ir na frente?"

"Mas Sevie, você disse que me acompanharia..."

"É bem rápido! Vá indo, eu logo te alcanço."

A grifana achou o comportamento de seu amigo bem estranho mais seguiu em direção ao castelo deixando Severo sozinho.

Snape chegou mais perto do casal sempre com cuidado para não ser visto se posicionando atrás de um árvore ficou observando os dois.

Foi quando aconteceu. A cena que fez seu coração doer.

Diggory puxou Valerie para seus braços e colou seus lábios nos dele.

Não... não pode ser... Ele tá beijando a minha Valerie??? Mesmo com a pastilha de cebola???

Por um momento Severo não conseguia formular nenhum pensamento lógico a única coisa em que ele pensava era em jogar uma maldição naquele texugo maldito. Sectumsempra seria o mais apropriado para aquela situação. Mas como não queria ser expulso iria ter que pensar em outra coisa.

Tirou a varinha discretamente de dentro da manga e pensou numa azaração para jogar no lufano.

"Preciso de algo engenhoso... Tenho que interromper essa palhaçada imediatamente!"

Sem pestanejar, jogou um feitiço para afastar os pombinhos.

"Lactos fetidum..."

Valerie interrompeu Amos e fungou com um semblante repulsivo.

"Amos... Está sentindo esse cheiro..."

"Isso parece... Argh! É queijo podre???"

Severo esperou até ver o casal se despedir e ir cada um para um lado, provavelmente estavam indo para seus salões comunais.

Se sentindo muito satisfeito o sonserino seguiu em direção ao castelo.


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Notas finais do capítulo

Nem preciso dizer que cão era aquele né? Espero que vocês tenham descoberto.

Nunca um encontro teve tanta gente tentando atrapalhar kkkk

Comentem adoro saber o opinião de vocês.



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