INTRUSA EM THE MAGICIANS escrita por Jace Jane


Capítulo 9
Capítulo 9 - Big Girls Don’t Cry




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No dia anterior, Elena havia tido uma conversa interessante com o Deus da trapaça, redefinindo os termos do acordo. Assim que bebeu da nascente, Loki entrou em contato. A garota deu um sorriso de canto ao encarar a face da serpente.

— Ainda bem que entrou em contato. – Elena tomou a palavra. – O pai de todos enviou uma de suas guerreiras para me eliminar, agora tenho duas cicatrizes e uma espada! – Sorriu.

— O que fará? – Perguntou o Deus, já imaginando a resposta.

— Eu pretendia negar até o fim, porque se tem uma coisa que eu aprendi lendo histórias com sua pessoa, é não confiar em alguém conhecido como o Deus da mentira e da trapaça, mas Odin me irritou com sua assassina e eu quero me vingar. – disse Elena para o Deus. – Vamos redefinir os termos do acordo, eu te liberto e em troca você deixa o meu espectro quieto onde quer que ele esteja, e conseguirá uma muda da árvore das maçãs douradas que os deuses nórdicos usam para ter sua “imortalidade”, e quando eu o libertar e ter o que eu quero, você não fará nenhum atentado contra minha vida ou qualquer pessoa ligada a mim, então, de acordo?

A serpente sorriu a ouvir a resposta da humana, em breve teria sua tão sonhada liberdade.

— Você parece ter pensado em tudo, mas sinto que você está ganhando mais do que eu nesse acordo. – Respondeu Loki.

— Discordo. – Cruzou os braços e encarou bem os olhos da serpente. – Sua liberdade pode iniciar o Ragnarok, o peso disso está em minhas costas, sem contar que graças a você me arrastando para essa confusão eu perdi um pedaço da minha alma, tive que me aliar a um vilão para ter forças para enfrentar possíveis inimigos no futuro e quase fui morta por uma assassina asgardiana, acho que o acordo é bem justo.

— Vendo por esse ângulo... – Inclinou a cabeça pensativo. – Estou de acordo. Irei te trazer a minha prisão assim que a segunda onde lhe atingir, seu poder estará no ponto ideal para poder me libertar. Nos vemos em uma semana.

— Uma semana... – Refletiu Elena. – Não faço ideia de como passar meu tempo.

— Você pensará em alguma coisa.

Essas foram as ultimas palavras do Deus antes da maga voltar à realidade. Elena ficou encarando algum ponto aleatório da floresta pensando no seu próximo passo.

— Ao anoitecer Martin deixará este mundo com a Julia, talvez eu deva segui-los, e depois eu vejo que faço.

Quando chegou ao apartamento da bruxa hedge, não havia nenhuma alma viva no local, imaginando que havia chegado cedo, foi explorar o ambiente. O primeiro cômodo que escolheu foi à cozinha, especificamente a geladeira.

— Um danone! – Gritou eufórica. – Faz tanto tempo que não tomo um.

Quando voltou pra sala de estar, estava tomando um danone com uma colher de sobremesa.

— Onde tem tomada aqui?

Rodou o apartamento inteiro em busca de um carregador e uma tomada, precisou revirar algumas gavetas para achar.

"I hope you know, I hope you know

That this has nothing to do with you

It's personal, myself and I..."

 

Depois de algumas horas sem nada para fazer, acabou pegando no sono no sofá ao som de "Big Girls Don’t Cry".

Em meio das profundezas dos seus sonhos, uma cena invadiu seu subconsciente, um som se destacava: metal colidindo no granito.

— Aquela midgardiana medíocre! – Rosnou uma voz grossa em meio aos raios.

Com suas botas grossas e vestes pesadas, andava até seu trono.

— Dessa vez seu julgamento foi falho, Odin. – disse a mulher de voz gentil. – Se não tivesse agido precipitadamente, a midgardiana não teria se posicionado.

— Não ouse me culpar, Frigga! – Gritou o Deus, furioso. – Se houver qualquer chance de Loki sair de sua prisão eu vou eliminá-la.

— Se não conseguir, devemos nos preparar para o pior... – disse Frigga com o olhar cabisbaixo, não encarava seu marido, havia tristeza em seus olhos que não seria compreendida pelo Deus.

— Nos preparamos por séculos, se o ragnarok chegar, estamos preparados.

Quando acordou, se levantou bem confusa com o estranho sonho que havia tido.

— Será que foi realmente um sonho...? – Perguntou-se confusa.

Decidiu deixar qualquer questão que não fosse matar sua fome em segundo plano, e novamente atacou a geladeira da bruxa hedge, preparando o seu café da manhã ricamente nutrido em café. Enquanto comia, ela mexia no notebook que encontrou no quarto da dona do apartamento. Como não sabia a senha do WI FI precisava entrar na rede por um computador já registrado.

— Queria ter um Facebook, mas quando se alia a vilões não pode se dar ao luxo de deixar rastros, o que eu não sigo a risca. – Ela encarou a pilha de louça suja que havia formado desde sua chegada no dia anterior, cheia de fluidos corporais. – Ok, melhor deixarmos o facebook de lado e vamos atualizar as séries! – Estalou os dedos e digitou rapidamente o seu site favorito de séries.

As próximas horas foram passadas sentadas no sofá vendo o diabo dando uma de consultor da polícia na cidade dos anjos.

— Esse sotaque é maravilhoso. – No fundo do que restava de sua alma, sentiu uma presença familiar, ela não estava longe .– Martin. – Sussurrou.

No instante seguinte, se levantou do sofá, desligou o notebook e o colocou onde o encontrou, pegou seu celular que havia esquecido no carregador e o enfiou em seu bolso. Não daria tempo de se livrar da louça suja, então a deixou como estava e foi para do lado da porta e esperou que fosse aberta. Não precisou esperar muito, suas costas sentiam o frio da parede que lhe deixava desconfortável. Quando a bruxa hedge junto com o mago atravessaram a porta, Elena se teletransportou para o lado de fora do apartamento, na mesma posição que estava antes, para que quando a porta fosse fechada, não fosse vista. Enquanto à porta era fechada, a garota invocava borboletas para ocultar seu rosto e só então se teletransportou de volta para dentro do apartamento.

— Estava me perguntando se iria demorar a aparecer. – Pronunciou Martin, virando-se para encarar a sua aprendiz.

— Olá Martin, gostou da surpresa? – Sorriu Elena para o amante.

Julia encarou a desconhecida confusa, na sua mente questionava quem poderia ser ela, e porque parecia ser intima da Besta.

— Você tinha razão, não me divertiria tanto se tivesse me alertado. – Respondeu a Besta com um fino sorriso.

— Você a conhece? – Perguntou a Hedge para o Chatwin.

— Mais do que imagina. – Respondeu Elena no lugar do Chatwin. – Não pretendo ficar por muito mais tempo minha querida Julia, você tem muito o que planejar e não quero atrapalhar, fora que eu cheguei ontem e já carreguei o meu celular e fucei seu notebook, não se preocupe! Não sou de fuçar o histórico alheio. – Avisou.

— Você é de Fillory? – Perguntou Julia.

— Não, sou de um lugar mais longe. – Respondeu Elena – Imagino que gostaria de saber mais sobre mim e minha ligação com a Besta.

Hedge não disse nada, só continuou a encarar a estranha mulher a sua frente.

— Não sou ninguém relevante para você, ou que deva se importar no momento. – disse desviando seus olhos para o Chatwin. – Irritei um Deus com um exército bem grande, depois do que farei, não sei se vou voltar viva, então adeus Martin, não me esquecerei dos momentos que tivemos. – Fez uma breve reverência em agradecimento, e desapareceu.


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