INTRUSA EM THE MAGICIANS escrita por Jace Jane


Capítulo 7
Capítulo 7 - No one likes the gods


Notas iniciais do capítulo

Neste capitulo veremos como Loki pode ser um pé no saco, hehe, apreciem a leitura o/



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Algumas semanas haviam se passado desde que a jovem maga havia se livrado de seu espectro, e a mesma parecia bem aliviada em relação a isso, um peso havia saído dos seus ombros.

Martin observava Elena com a sobrancelha esquerda arqueada, ela parecia mais louca do que antes.

— I must confess, a thousand degrees, bring out the beast inside of me... – Cantava Elena em cima da mesa de jantar, enquanto escutava a música pelo seu celular.

— Sua voz é desafinada. – Reclamou Martin, enquanto observava a garota pela ponta da mesa.

— Por isso eu uso o fone de ouvido. – Aponta para seu ouvido. – Assim não escuto o quanto sou desafinada. – Ela então, pisca para o homem.

— Magia não é a única coisa que preciso te ensinar... – Comenta a Besta.

— O que não fazemos para poupar nossos tímpanos... – Ri Elena.

Ao final de sua risada a garota desliga o telefone e o guarda no bolso de sua calça, enquanto se aproxima de Chatwin e se senta á sua frente.

— Falando sério agora, não sei como o tempo se passa em Fillory, mas imagino que falta pouco tempo até você ter que ir atrás da turminha do barulho. – Comentou Elena com uma expressão vazia em seu rosto.

— Turminha do barulho...?

— Quentin, Alice, Julia, Peny, etc. – Respondeu Elena dando de ombros. – Não vou lhe desejar boa sorte antecipada, não é como você precisasse. – Piscou novamente ela.

Depois do jantar, a maga se trancou em seus aposentos, e ficou a observar o jardim através da janela. Seus olhos focavam em uma única direção, mas não registravam nada, a mente de Elena estava longe. Quando Martin fosse enfrentar a turminha de Breakebills, esse seria o momento da jovem bruxa ir embora para nunca mais voltar.

— Quero um souvenir...

No dia seguinte, ela acordou cedo e vestiu as roupas que usava quando foi jogada em Fillory, aquele planeta governado por alienígenas, conhecidos como crianças da Terra. Aquela jaqueta rosa lhe dava vontade de vomitar de tão brega que era, mas era a única peça que combinava com aquela calça, algo que seu primo aprovaria.

— Talvez eu devesse voltar para Terra e arrumar umas peças de roupa. – Pensou ao se olhar no espelho. – Em breve terei a oportunidade.

Calçou as botas e desceu as escadas, o salto fazia um pequeno barulho ao tocar na madeira, antes que pudesse pisar no ultimo degrau, sua visão foi redirecionada para as profundezas do oceano onde a única criatura a vista era uma enorme serpente.

— Você de novo? – Comentou a garota, suspirando. – Pensei que depois de ter me livrado do meu espectro, você me deixaria em paz...

— Não é só porque seus interesses mudaram que significa que não exista nada que eu não posso lhe oferecer. – Respondeu Loki, em um tom suspeito, de acordo com a maga.

— Se tem uma coisa que eu aprendi vendo os filmes do Thor foi não confiar em você, já que você joga um jogo muito maior do que nos faz pensar. – Comentou Elena.

— Isso pode ter certeza. – Concordou o deus da mentira.

— O que me faz pensar se o que você disse até agora é realmente verdade. Será que sua esposa realmente morreu?

— Se precisa de uma prova, irei lhe oferecer uma. A marca que recebeste é um selo de segurança, o poder que você recebe não é para lhe igualar ao poder dos locais, mas para garantir que você morra antes que possa causar estragos irreparáveis. – Informou Loki recebendo toda a atenção da feiticeira. – Lembra-se da noite que nos conhecemos? A dor que você sentiu foi quando a primeira onde lhe atingiu, pois bem em breve terá uma segunda, uma terceira e por aí vai.

— Está mentindo! – Interrompeu Elena cruzando os braços, sua mente estava dividida, sabia que Loki poderia estar falando a verdade para poder chegar ao ponto que queria e que poderia estar mentindo para chegar ao mesmo lugar.

— Dessa vez não. – Disse Loki contente em conseguir confundir a aprendiz da Besta. – Se sobreviver a essas ondas, você terá o poder necessário para destruir as minhas amarras.

Elena ficou absorta com as informações que havia ouvido, se fosse verdade poderia não sobreviver a segunda onda, o que lhe trazia uma questão importante.

— Como eu sobrevivi à primeira? – Olhou para a serpente, com olhos desconfiados. – A dor que eu senti foi como se todas as minhas células fossem esmagadas, mas depois a dor foi embora.

— Eu não poderia deixar você morrer antes de me libertar. – Respondeu Loki, sem rodeios.

— Como conseguiu isso se está preso? – Perguntou a garota arqueando a sobrancelha com desconfiança e curiosidade.

— Eu tenho meus meios. – Foi só o que o deus revelou para ela, a deixando insatisfeita com a resposta, mas sabia que não conseguiria arrancar mais nada dele.

— Não vai me dizer, não é? – Perguntou sem esperar uma resposta. – Mas isso não importa, você disse que tinha algo a me oferecer.

— Sim, é algo que irá garantir sua sobrevivência quando a próxima onda vier. – disse Loki.

— O que seria?

— A maçã dourada de Iduna. – Respondeu Loki com prazer.

— A maçã da imortalidade... – Comentou Elena, enquanto puxava a informação no fundo de sua mente. Em algum momento da sua vida, havia lido sobre a fonte da imortalidade dos deuses nórdicos, as maçãs douradas. – Fortaleceria meu corpo e garantiria que eu passasse pelo processo... – Deduziu.

Elena ficou pensativa por um minuto, até que voltou a encarar a serpente com um sorriso.

— Não foi por acaso que eu atravessei a fenda de Jormungandir, foi?

 De alguma forma a serpente sorriu.

— Nada é por acaso quando se trata dos deuses. – Confirmou o deus da mentira.

A bruxa respirou fundo antes de voltar a falar.

— Porque eu? – Perguntou curiosa.

— A razão é óbvia. – Pronunciou Loki.

— Por que eu gosto de vilões. – Percebeu incrédula.

— É porque se compadeceria com a minha situação. – Completou o deus.

— Inacreditável... – Sussurrou em quanto tampava a boca com ambas as mãos, um sinal claro de surpresa. Uma pequena parte de seu ser admirava a genialidade do deus. – Não importa! Existem outras formas de eu conseguir sobreviver sem sua ajuda, se vou receber uma carga de magia novamente só preciso me livrar da que esta no meu corpo para a outra ter espaço para se alojar.

— Não é tão simples. – Bufou Loki, semicerrando os olhos. – Mesmo que consiga espaço para a outra carga, seu corpo irá definhar até você morrer!

— Você não esperava minha relutância, não é? – Perguntou a garota com um tom provocativo. – Alguma coisa saiu do seu controle e teve que improvisar, pode até ter pensado que seria mais fácil me convencer depois da retirada do meu espectro, mas eu não agi conforme o previsto. – Deduziu Elena com um sorriso de canto.

— Tentei ser agradável, mas se não for possível, existe outras cartas que posso usar. – Sibilou Loki, mostrando a língua da serpente para a jovem garota. – Como devolver seu espectro, sei que andou fazendo coisas bem desagradáveis, a culpa que viria seria insuportável.

— Meu espectro foi para o submundo de Hades, e não para Helheim.

— Tem certeza disso?

A imagem a sua frente se desfez em fumaça e sua visão retornou para a sala da casa em Fillory. A raiva que se formava em seu peito, explodiu para fora de seu corpo e tudo que era de vidro e porcelana se partiu em vários pedaços.

— Agora eu entendo por que ninguém gosta dos deuses! – Bufou a bruxa, transbordando de ódio.


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