INTRUSA EM THE MAGICIANS escrita por Jace Jane


Capítulo 4
Capítulo 4 - Without butterflies


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem he hehe...



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A morena atravessou o corredor e abriu uma das portas. Ao encontrar um quarto, revirou os olhos e fez bico, respirou fundo em quanto tentava se acalmar e fechou a porta e foi para o próximo corredor, só havia mais portas, suspeitava que fossem apenas mais quartos.

— QUE INFERNO! – Gritou ela fervendo de raiva.

Não conseguia acreditar que estava perdida, queria bater sua cabeça repetidamente na parede por tamanha burrice, não deveria ter saído andando por um local desconhecido, principalmente por uma mansão. Bateu a mão na parede sem reparar na rachadura que havia criado.

— Não, eu não admito! – Seu primeiro pensamento foi gritar pela Besta, para que lhe ajudasse a sair daquela parte do labirinto que era sua mansão, mas não daria aquele gostinho para ele, não depois de admitir que tinha uma queda por ele. – Eu não tenho um pingo de juízo. – choramingou em quanto se sentava no chão abraçando os joelhos.

Depois de ficar parada por um bom tempo no chão frio, acabou percebendo que estava com fome, o ronco em seu estômago confirmou, a fazendo suspirar novamente.

— Inacreditável... – Ao olhar para frente foi surpreendida pela figura de terno e gravata com o rosto coberto por mariposas. Naquela altura já não ligava para mais nada, nem pelas consequências de desafiar o homem a sua frente. – Não gosto de mariposas, fazem um barulho irritante e insistem em bater no forro do teto. – Comentou, cansada. – Não precisa delas, já sei quem você é de qualquer forma. – Ela levantou do chão e deu meia volta, ficando de costas para a Besta. – Antes que pergunte, o Coldwater descobre sua identidade e revela no dia que tenta te atacar, ele voltou no tempo... Não me lembro direito, ele viu aquele homem tirar fotos suas. – Sem que notasse, cerrou os punhos com raiva. – Homens como aquele merecem receber o pior tipo de tortura e morrer lentamente, morte por mil cortes parece uma escolha boa. – Sorriu com o pensamento.

— Esse tipo de pensamento é o que um aprendiz meu deveria ter. – Comentou a Besta colocando a mão no ombro de Elena. – Um pouco ingênuo, mas teremos tempo para consertar isso.

A jovem encarou os olhos da Besta e sorriu.

— Sem mariposas.

 

Conforme os dias se passaram, a jovem feiticeira começou a aprender alguns feitiços úteis, mas sempre havia dificuldade em gravar as posições das mãos.

— Como vocês conseguem gravar tudo isso? – Perguntou a jovem irritada tendo falhado mais uma vez na execução do feitiço.

— Não está se concentrando direito. – Alertou a Besta enquanto saboreava uma fruta suculenta de Fillory.

— Estou acostumada com Harry Potter, não com isso! – gritou a jovem frustrada – Eles usam varinhas e dão nomes bonitos para os feitiços.

— Não sei do que está falando. – Disse a Besta sobre Harry Potter – E somos magos, não bruxos.

— Eu aprendi que magia é associação, eu não preciso necessariamente seguir esse lance das mãos para fazer o feitiço, só molda-lo com a minha mente.

— Então você não precisa de mim. – disse a Besta, despreocupado.

A feiticeira parou o que estava fazendo, e se virou para encarar o bicho papão dos Filloryanos.

— Não foi isso que eu quis dizer, fui equivocada, sabe como são os hormônios de uma mulher. – Tentou desfazer suas palavras anteriores e voltou para os seus estudos.

As próximas horas foram torturantes, as posições das mãos eram difíceis de lembrar, o que deixava a garota completamente irritada.

— Não tem algo mais fácil? – Perguntou Elena com os olhos suplicantes. – Tipo aquele lance que você faz de esconder seu rosto.

— Você não gosta de mariposas.

— Mas gosto de borboletas. – Disse a jovem quase implorando.

O mago suspirou e se levantou da cadeira que estava sentado. A jovem feiticeira estava praticando no jardim, perto do local que tinha acomodações para a Besta poder observá-la. Ao se aproximar um pouco da jovem, Martin começou a realizar a magia para que a mesma seguisse o exemplo: Colocou suas mãos estendidas na frente de seu corpo as unidos através dos dois dedões e depois as cruzou para baixo, criando uma ave, ao bater as “asas”, dezenas de borboletas surgiram para cobrir sua face.

— Esse você consegue. – O mago estalou os dedos e as borboletas desapareceram.

Mais animada com o treinamento, a jovem seguiu o exemplo do mestre e em pouco tempo conseguiu realizar a proeza de invocar as borboletas de asas azuis. Elas não só ajudariam a proteger sua identidade, como também seriam um constante lembrete de não bagunçar a linha do tempo mais do que já havia feito.

Ao anoitecer, a garota voltou para dentro da mansão, onde estaria segura dos perigos da noite. Depois do acontecimento com o cadáver, havia procurado outro quarto para se instalar. Não foi muito difícil de encontrar, aquela casa tinha vários daqueles quartos vagos. A garota adentrou em seus novos aposentos e foi direto para o banheiro, onde tinha uma banheira de madeira cheia de água quente lhe esperando. A morena cruzou os braços desconfiada. Quem encheu sua banheira? A Besta não era, ele não se daria o trabalho. Havia mais alguém na casa? Não havia visto ninguém desde que havia chegado, mas com uma casa daquele tamanho era fácil não se esbarrar. Suspirou derrotada, estava cansada demais para pensar naquilo, deu de ombros e se despiu.

Aquela noite, não teve um sono muito tranquilo, a marca no seu corpo latejava lhe cansando uma dor angustiante, quando se tornou insuportável, não pôde se conter e gritou.

A feiticeira estava absorta demais em sua dor para perceber as consequências de seu descontrole, o chão daquele pedaço de terra nobre começou a tremer com sua agonia, finas fendas se abriram no chão.

Do outro lado da mansão, a Besta acordava em um pulo com os sentidos atentos. Deixou seus aposentos e foi até o quarto de sua aprendiz. Ao abrir a porta, constatou que ela era o motivo de tudo aquilo. Uma estranha magia irradiava de um ponto de seu corpo, uma magia que nunca havia sentido antes, o ar a sua volta parecia ficar mais pesado como consequência.

O grito da jovem parou, mas no instante seguinte seu corpo flutuou um metro para cima da cama.

A Besta sentiu quando ele veio, mesmo não sabendo exatamente o que estava vindo. A garota estava inconsciente, mesmo quando seu corpo era colocado gentilmente de volta à cama.

Antes que pudesse se aproximar do corpo de seu aprendiz, ela se levantou, abriu os olhos, porém um permaneceu fechado.

Antes que a Besta se pronunciasse, o que estava no corpo de sua aprendiz falou.

— Heimdall ficou de olho em todas e impediu que fossem acessadas, mas essa conseguiu escapar da nossa vigilância, aposto que Loki tem um dedo nisso.

— Quem é você? – Perguntou Martin com os olhos desconfiados.

— Odin, Rei de Asgard.


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