This Is Us escrita por Rayanne Reis


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem? Espero que sim.
Muito obrigada a todos que estão acompanhando a fic. Estou muito feliz que estejam gostando e muito triste que está acabando. Mais três capítulos e chegamos ao fim.

Sobre o capítulo, as partes em itálico são trechos de Ovelha Negra, a fic que deu origem a This Is Us.

Espero que gostem e boa leitura.



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—Tem mais uma surpresa. – Bella avisou erguendo os olhos. Ela estava com a cabeça deitada no ombro do marido.

—Tem é? – Ele sorriu e deu um beijo nos cabelos dela.

—Espero que goste. Pensei com muito carinho nessa surpresa.

—Tenho certeza de que vou gostar. – Declarou e desceu do carro para ajudá-la a descer. – Conheço esse lugar. – A fachada estava diferente, mas ele reconhecia muito bem o endereço.

—Foi onde tudo começou. – Deu de ombros e ele sorriu ainda mais. Imaginava que ficaria com o rosto doendo de tanto sorrir, mas não se importava nenhum pouco com aquilo.

—Você é a melhor esposa de todo o mundo. – Segurou a mão dela. – Acredita que quase virei sócio desse lugar?

—E por que não virou?

—Ser sócio de uma boate não combina com a vida de um homem casado.

—Tem razão. Agora não é mais uma boate. – Os dois entraram e o sorriso deles aumentou ainda mais.

—Tantas lembranças nesse lugar. – Eles pararam no alto da escada e os convidados os aplaudiram, mas estavam concentradas demais um no outro.

—Acho que as crianças estão exatamente no lugar em que você esbarrou em mim e estragou o meu vestido favorito.

—Fique a vontade e peçam o que quiserem. Se vocês me dão licença, tenho que cumprimentar uma antiga amiga. – ele passou pelo casal e caminhou, se espremendo entre a multidão, até o bar. Ele fingiu que não viu a morena e esbarrou nela derrubando a bebida.

—Ei, olha por onde anda seu idiota. – Edward gargalhou e só então a mulher olhou para ele. – Tinha que ser você.

—Quase não a reconheci, Isabella Swan. Está tão crescida e devo acrescentar que virou uma mulher e tanto. – assobiou a olhando de cima a baixo.

—E você continua o mesmo idiota de sempre. – resmungou analisando o estragou que a bebida causou no vestido dela.

—Sem estresse, gatinha. Vem. – ele a puxou pela mão e a levou até uma área mais tranquila da boate. – Ei, pode me trazer uma garrafa de água e um pano. – pediu piscando para uma das funcionárias. Ela corou e correu para atender ao pedido dele. Voltou em poucos minutos e entregou os objetos para Edward, que piscou em sinal de agradecimento.

—Obrigada, se bem que não fez mais do que a sua obrigação. – Bella começou a limpar o vestido. – Não vou conseguir fazer muita coisa aqui. –gemeu frustrada. – Não olha por onde anda não?

—Foi você que esbarrou em mim. – sorriu torto para ela.

 

—Você sabe muito bem que a culpa foi sua, não sabe? – Bella o cutucou e ele riu.

—Não foi sem querer. Eu te vi e resolvi me aproximar para cumprimentar uma velha amiga. Fazia muito tempo que não nos víamos. Estava com saudade.

—Ah, é? Me deve um vestido.

—A pagarei com o maior prazer. – Piscou e ela suspirou.

—Sempre soube que você armou aquilo. Já estava planejando me pedir em casamento?

—Não. A ideia surgiu do nada.

—É claro que não. Deus me livre de casar com ele. Estou em busca de sugestões, tem alguma? – virou para ficar de frente para ele.

Edward pensou em fazer alguma piada sobre o assunto, mas foi como se uma lâmpada acendesse acima da cabeça dele.

—Na verdade, tenho sim. – abriu um largo sorriso. Ele sabia exatamente como poderia ajudar Bella e de quebra, alcançar o objetivo dele.

—Preciso sentar para ouvir isso. – Bella ao ver o sorriso dele, escorregou pela grade e sentou no chão de pernas cruzadas.

—Você nem ouviu o que tenho a dizer. – Edward sentou ao lado dela com as pernas esticadas. – Quando ouvir vai dizer que sou um gênio.

—Gênio? Você nunca foi um gênio. – ela debochou o olhando de lado. – Mas o que vai me sugerir? Devo fugir do país? Vender tudo o que tenho?

—É claro que não. E, é claro que sou um gênio. – retrucou ofendido. - Você deve se casar comigo, ora essa.

—Do nada?

—Não estava falando sério, mas você aceitou e pensei: por que não?

—... Agora voltemos às vantagens para você. Se casar com o Newton só terá desgostos, vai saber que tipo de fetiches ele tem. – fez uma careta fazendo Bella rir. – Mas comigo, só terá alegrias. Sou um amante incrível, sou muito gostoso...

—Já entendi. – Bella o cortou.

—A questão é que, não te obrigaria a fazer nada que não queira. Você poderia fazer as suas coisas e eu não interferiria em nada. Não te obrigaria a ir a jantares chatos e nem a ficar comigo. Nosso casamento pode ser puramente de aparências. Embora não recomende isso, eu realmente sou um bom amante. – piscou para ela.

—Você se acha demais, Cullen. – murmurou pensativa. A ideia dele não parecia tão ruim assim.

—Até parece que não sei que você tinha uma queda por mim quando éramos menores.

—Você usou o verbo no tempo correto. Eu tinha uma queda por você, não tenho mais. Meu gosto melhorou ao longo dos anos.

—Pensa com calma no assunto e se quiser. – ele pegou um cartão da carteira. – Me liga e conversamos melhor. – ele levantou e deu três passos antes de parar.

—Eu topo. – Bella teve que gritar para que ele a ouvisse. – Eu caso com você.

—Não vai se arrepender. – voltou e sentou ao lado dela.

—Assim espero...

 

—E aí, se arrependeu de ter casado comigo?

—Não mesmo. – Bella entrelaçou as mãos ao redor do pescoço dele. – E você realmente é um bom amante. – Piscou e começou a andar na direção dos convidados.

—Parabéns! – Os filhos gritaram e abraçaram os pais.

—Olha o que achei. – Lucy estendeu as duas alianças e Edward suspirou aliviado. Poderia devolver as dos pais. E ele tinha escolhido com muito carinho as alianças deles, não queria perde-las.

—Como achou Lulu?

—Tava aqui. – Apontou para a almofada.

—Aaaah... – Falaram juntos. Ninguém se deu ao trabalho de conferir se as alianças realmente haviam sumido.

—Tinha que ter uma confusão. – Bella riu. – Vamos cumprimentar os convidados e encontramos vocês daqui a pouco.

[...]

—Estão com cara de que andaram aprontando. - Edward apontou para os filhos e eles sorriram.

—Queremos entregar o nosso presente. - Tyler explicou e entregou um envelope aos pais.

—Não precisavam queridos. - Bella agradeceu emocionada e abriu o envelope retirando de lá uma chave.

—É da casa de campo dos meus pais.

—Isso mesmo. Nosso presente é uma viagem de lua de mel.

—Ovelhinhas. - Edward levantou e os abraçou. - Muito obrigado pelo presente, mas não podemos ir agora.

—Podem sim. - Lucy garantiu e Agnes puxou a cadeira sentando no meio dos pais.

—Tem um hospital a 20 minutos da casa e já deixei uma médica de sobreaviso. - A casa de campo ficava cerca de 2 horas do centro de Seattle. - Só para o caso de acontecer alguma coisa. E não precisam preocupar com eles, vou cuidar deles. - Edward e Bella olharam um para o outro. Eles amavam a filha, mas precisavam ser sinceros e confessar que ela não era uma boa babá. - Maria e Leah vão me ajudar. - Os dois suspiraram aliviados. Maria assumiria o comando e tudo ficaria bem. - E o Connor não vai colocar os pés lá em casa enquanto estiverem fora. - Completou, achando que assim o pai ficaria mais tranquilo.

—Acho que seria uma boa ideia ele ficar lá em casa. - Todos o olharam, surpresos. - Precisa de um homem lá para cuidar da casa.

—Eu sou um homem. - Tyler estufou o peito.

—É claro, mas você ainda não pode dirigir e nem é maior de idade. - Explicou e ele teve que concordar com o pai. - Mas que fique claro que o Combo deve dormir no estábulo.

—E ele está de volta. - Agnes resmungou.

—Nós decoramos a casa. Está bem romântico. - Hayley avisou.

—Igual nos filmes. - John completou corando.

—Vocês são os melhores filhos de todo o mundo. - Bella esticou os braços para poder abraçá-los.

—Abraço em família. - Edward os cercou. - Amo vocês.

—Aproveitem bastante essa viagem. – Agnes piscou para eles.

—Nada de outro bebê. – Hayley alertou e eles riram.

—Não é na lua de mel que fazem bebê? – John olhou para os pais em busca de explicação, ele tinha visto em um filme.

—Não deixe eles assistirem TV. – Edward apontou para Agnes. – Olha o tipo de coisa que eles falam. Vou ficar louco antes mesmo do sétimo nascer. – Resmungou.

—Sr. e Sra. Cullen, meus parabéns pelo casamento. Foi tudo muito lindo. – Connor deu um abraço em Bella e um aperto de mão em Edward.

—Combo, que bom que apareceu. Preciso conversar com você. – Os dois foram para um canto com Connor preocupado com a conversa. - Escuta, Connor. - Edward passou o braço em volta do ombro do genro.

—É Combo, senhor. - Edward riu e só então Connor percebeu o que havia acontecido. - Espera, você falou o meu nome certo?

—Eu sempre falo o seu nome cerro. Acha que sou burro?

—Claro que não, senhor. Mas eu o ouvi claramente me chamando de Connor. - Aquilo significava que o sogro o aceitava como parte da família? Bem, se não o aceitasse, não o teria ajudado quando os pais o expulsaram de casa.

—E porque eu o chamaria assim, sendo que o seu nome é Combo? Você mesmo disse.

—O senhor está me confundindo. - Coçou a nuca e Edward riu.

—Eu iria deixar você responsável por cuidar da casa, mas acho melhor não. Você não sabe nem o seu nome. - Provocou dando tapinhas nas costas dele.

—É claro que eu sei o meu nome. - Ele abriu um largo sorriso. - É Combo Cullen-Swan e faço parte de uma família incrível.

—Pois bem. Já que sabe o seu nome posso deixá-lo responsável por tomar conta da casa enquanto Bella e eu estivermos em lua de mel.

—Eu juro ao senhor que cuidarei muito bem da sua família.

—Nossa família, garoto. - O corrigiu.

—Vou cuidar deles como se fossem meus irmãos. - Edward fez uma careta. - Menos, a Agnes é claro. Vou cuidar dela como o amor da minha vida  

—Vocês ainda são novos. Como pode saber que ela é o amor da sua vida?

—Ora, por causa de vocês. Vocês me fazem acreditar no amor e que Agnes e eu podemos ser felizes. Eu sei que a amo e acredito que ela também me ame.

—Ok, Combo. Você tem a minha bênção. Mas não ouse abusar da sorte. - Apontou o dedo para ele. - Vai dormir no estábulo.

—Com o maior prazer, senhor. E obrigado por tudo. Sem querer deixar essa situação complicada. - Sorriu constrangido. - Eu o considero como um pai e espero ser metade do homem que você é.

—Aí meu Deus, Combo. - O puxou para um abraço. - Quer me fazer chorar de novo? Independente do que aconteça entre você e minha filha e desde que você não a magoe, saiba que poderá contar sempre comigo. Estarei aqui para o que você precisar, filho.

—Devo chamá-lo de pai? - Perguntou secando as lágrimas e Edward o soltou.

—Não force a barra, Combo. - os dois riram. - E só mais uma coisa. Se quiser casar com a minha filha vai ter ser melhor do que eu. Não aceito menos do que isso para ela.

—Vou fazer o meu melhor e além. - Bateu continência e correu para encontrar a namorada. Precisava contar a novidade a ela.

—Jacksons! – Edward recebeu o cumprimento dos dois.

—O senhor sabe que eu sou o Jackson e o meu Jasper? – Enquanto o pai não se importava de ser chamado pelo nome errado, o filho sempre corrigia Edward.

—Os dois são Jackson e ponto final. – Edward bagunçou os cabelos do garoto.

—Se houver uma terceira vez não hesite em me chamar. – Jasper resolveu mudar de assunto. – Fico muito feliz por vocês dois, nunca imaginei que esse casamento fosse durar e que vocês seriam tão felizes juntos.

—A vida é uma caixinha de surpresas, Jas.. – Ele parou assim que o garoto o olhou surpreso. – Enfim, estou muito feliz por ter comparecido mais uma vez ao meu casamento. É bom saber que você ainda me apoia depois de todos esses anos.

—Sempre, meu amigo. Nós temos que ir.

—Já? Fiquem para o bolo. – Ele estava de olho no bolo desde que chegou.

—A mamãe vai querer bolo. – Jackson, que queria continuar brincando com os amigos, o lembrou e Jasper teve que concordar com o filho.

—Tem razão. Ela nos mataria se chegássemos lá sem um pedaço de bolo.

—Que ótimo. Vou avisar a Bella que já vamos cortar. Ah, Jackson pai, as crianças nos deram um viagem de presente e sei que você está com uma recém nascida em casa.

—Não se preocupe com nada, Edward. Jacob vai cuidar da empresa enquanto estivermos fora.

—Acha que o Blake consegue? – Eles avistaram Jacob que estava cercado pelas crianças. Ele tentava se afastar delas, mas ao que parece eles queriam que ele também participasse da brincadeira.

—Cuidar da empresa, sim. Sobreviver a hoje, talvez. – Os dois riram.

—Vou voltar para a minha esposa. – Avisou já andando na direção dela. – Sozinha?

—Meus pés estão me matando. – Ele sentou ao lado dela e entrelaçou as mãos deles.

—Podemos fazer a nossa primeira dança como casados, cortar o bolo e dar o fora daqui. Te faço uma massagem caprichada e depois... – Ele deixou a frase no ar e Bella riu.

—Depois o quê?

—Lembra de quando você cuidou de mim quando o seu pai me deu um tiro?

—Espero que não esteja querendo insinuar nada, Edward. - Bella começou num alerta. - Não sabia dos planos sórdidos do meu pai, mas pode ter certeza que tirarei essa história a limpo. Só não quero ouvir acusações. Sou sua esposa e escolhi você ao invés da minha família.

—Eu também escolhi você, Bella. - Parou bem perto dela e passou a mão em seu rosto.

—Estou aqui por você, Edward. E não vou deixar que ninguém o magoe. Somos parceiros.

—Droga, Bella. - Colou os corpos deles. - Preciso desesperadamente de você. - Exigiu e a beijou para provar o quão desesperado estava.

—Ei. - Ela sussurrou quando ele a largou. - Não precisa ter medo, não vou a lugar algum. Estou com você.

—Agora vá para cama e deite. – Ordenou indo até a porta.

—Não estou com sono, a adrenalina voltou. – Reclamou, mas a obedeceu.

—Que bom, pois não vamos dormir. – Sorriu maliciosamente e trancou a porta. – Agora ninguém vai nos interromper. – Caminhou lentamente até ele. – E não precisaremos ficar espremidos.

—Certo, mas você vai ter que fazer todo o trabalho pesado. – Sorriu apontando para o braço.

—Não vou me opor nenhum pouco. – Garantiu avançando sobre ele.

 

—Acho que tenho uma vaga lembrança daquela época. – Sorriu e ele aproximou dela.

—Estava pensando em repetir o que fizemos lá.

—Dessa vez você vai precisar fazer todo o trabalho pesado. – Apontou para o vente volumoso.

—Não vou me opor nenhum pouco. – Garantiu a puxando que pudessem dançar. Depois cortariam o bolo, ela jogaria o buquê e eles partiriam em lua de mel.


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Notas finais do capítulo

E fim do mistério. Lucy estava com as alianças o tempo todo. Talvez se alguém tivesse verificado não teria tido toda aquela confusão, mas também não queria graça, então...

Comentem, palpitem, indiquem e recomendem a vontade.

Bjs e até mais.